Título: Obsessão.

Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.

Rating: M

Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.

Pares: Draco Malfoy/Harry Potter

Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.

Nota da tradutora: ah, eu fico muito feliz mesmo que todos vocês tenham gostado do último capítulo e não tenham esquecido desse bebê traduzido, que eu gosto demais e nem babo! Beijos com gosto de cerveja amanteigada para Tachel Black, Bela-chan, Maaya M, Arsínoe, Ju, Kirina-Li, Jade Toreador, Christine Annette Waters, Aniannka, Pipe, Carlos Bert Silva, Dark Wolf 03 e Gabi Potter Malfoy pelas reviews lindas e animadoras! Nem preciso falar que vocês são demais, certo? E claro, à Blanche também, por ser sempre tão adorável!

Parte 7 – Chame de Luxúria

Malfoy, posso tocar você?

O mundo parou. Eu engoli em seco, não sabendo o que dizer. Eu deveria dizer SIM naquele momento, mas não disse. Por quê? Porque eu estava nervoso. Meu desejo havia se tornado realidade e aquilo era assustador. Você já teve um momento em que seu sonho está tão próximo de se tornar realidade que você não sabe o que fazer? Eu me sentia assim naquele exato momento.

–Bem, eu posso? –ele repetiu. – Achei que era isso o que você queria.

–Eu quero. –eu finalmente respondi. – Na verdade, você nem precisava perguntar.

Ele sorriu, timidamente.

–Eu sei. Eu perguntei porque você vai ter que me ensinar.

Fechei meus olhos por um instante. Eu estava no paraíso. Talvez estivesse sonhando.

–Me beija. –ordenei.

–Não.

–Por quê não?

–Porque isso pareceu uma ordem e eu não aceito ordens de você.

Eu contei até dez.

–Ok. Tanto faz.

Cruzei meus braços e olhei para o teto. Então eu senti os lábios de Harry pressionarem os meus suavemente. Eu o olhei, espantado.

–É tão fácil provocar você. –ele disse com um sorriso brincalhão. Aquilo era malditamente sexy. – É por isso que é tão engraçado te provocar. Você perde a calma tão facilmente, Malfoy.

–Isso não é verdade. Eu tenho sido muito paciente com você, Potter. Muito mesmo.

Ele me beijou novamente e uma de suas mãos tocou em meu peito timidamente. Ele havia me pedido para ensiná-lo, mas enquanto suas mãos me acariciavam, eu não acreditava que ele precisava de qualquer treinamento. Ele estava indo muito bem sozinho. Mais do que bem, na verdade. E... Merlin! Ele estava tentando tirar a minha camisa. Eu deixei que ele o fizesse, mas não sem antes tirar a dele.

Nossos torsos se tocaram e ambos nos arrepiamos.

–Me beija. –eu pedi, dessa vez.

Ele o fez, mas não na minha boca. Seus lábios rumaram pelo meu queixo, depois para meu pescoço e a área entre meus mamilos. Sua língua circulou um deles e eu mordi meus lábios para prevenir um gemido, mas foi inútil. Eu gemi como nunca havia gemido antes. Então ele mordiscou o outro mamilo levemente, e aquilo foi mais do que o suficiente para mim.

–Merda, Potter. –minha voz estava claramente rouca. – Você é um grande mentiroso! Você já fez isso antes! Você não é tão inocente como você quer que eu acredite.

Eu estava chocado. De verdade.

–Ninguém é totalmente inocente com 17 anos, Malfoy! –ele provocou. – Mas eu honestamente nunca fiz isso com um outro garoto antes. Além do mais, eu sou virgem. Eu tenho um pouco de experiência com garotas, mas nunca fui até o final. –ele confessou, desta vez com uma expressão séria. – Eu não sei o que estou fazendo com você. Eu li sobre isso...

Ora, ora, ora... Harry Potter estava lendo revistas pornôs para aprender a me satisfazer. Sorri largamente.

–O quê você leu? –perguntei.

–Hermione me deu um livro sobre sexo e...

–Um livro obsceno? –eu o interrompi.

–NÃO! Só um livro que ensina coisas sobre sexo. –ele disse timidamente e seu rosto ficou vermelho.

Deixe-me ver se eu entendi. Ele estava aprendendo sobre sexo. E agora estava me tocando. Eu poderia estar mais feliz? Acho que não. Ele me queria. SIM! Toda a tortura a qual fui submetido finalmente ia ser recompensada.

–Esse livro tinha figuras? –eu perguntei, com um sorriso maior ainda.

–Bem...sim. Somente algumas. Mas nada pornográfico e não fique tão animado a respeito disso. Elas não se mexem como nos livros mágicos. É um livro Trouxa.

–Ah, então não tem graça.

Ele balançou a cabeça negativamente.

–Você é um caso perdido, Malfoy.

Eu o segurei e o beijei diretamente nos lábios. Senti suas mãos descerem pela minha barriga e... sim! Ele estava me tocando... bem aonde eu queria que ele me tocasse. Sua mão me acariciou para cima e para baixo, em um movimento contínuo que me enlouqueceu.

–Estou fazendo direito? –ele perguntou, e quando eu abri meus olhos deslumbrados para encará-lo, reparei que eles estavam como os meus. Ele estava gostando daquilo.

Se eu abrisse minha boca, nenhum som sairia, exceto talvez um rosnado alto, um som primitivo de satisfação. Então, eu não disse nada, apenas assenti. Ele estava fazendo certo. Oh, Merlin! Ele estava fazendo mais do que certo. Ele era um mestre naquele departamento.

Ele me beijou e a ponta de seu dedo tocou a ponta da minha ereção. Minha cabeça pendeu para trás e ele mordeu meu pescoço ao vê-lo exposto, não com muita força, mas o suficiente para deixar uma pequena marca ali. Então eu senti sua língua acariciar aquele exato local, como se quisesse aliviar a mordida. Aquilo era tãão bom.

Sua mão acelerou o movimento, e ele me beijou, sua língua imitando o ato sexual que eu queria tanto fazer com ele. Eu conseguia respirar. Eu... estava... eu ia...sim...em breve... bem ali...oh...mais rápido...me beija, transa comigo, me toca... sim, sim, sim...eu...eu...eu gozei, gritando seu nome.

Quando tudo acabou, eu olhei diretamente nos olhos dele e vi que eles brilhavam com luxúria. Eu queria ter uma máquina fotográfica comigo para guardar aquele momento em uma fotografia para sempre.

Nós não falamos nada por um longo tempo. As palavras eram desnecessárias naquele momento. Era suficiente ficarmos ali deitados, braços emaranhados uns nos outros, respirando pacificamente, nos beijando de vez em quando. Mas depois de algum tempo, eu me senti o cara mais egoísta do mundo. Harry não havia gozado. Eu tinha sido o único a sentir prazer.

–Harry?

–O quê? –ele me olhou.

–Eu vou te tocar agora. –disse, calmamente.

Eu esperava que ele voltasse a um estado de negação e me proibisse de tocá-lo, mas ele não o fez. Ele apenas assentiu, como se soubesse que aquilo iria acontecer em seguida. Eu rocei meus lábios nos dele e ele fechou os olhos. Beijei o resto de seu corpo com uma fome que me surpreendeu. Eu queria comê-lo vivo. Mordi o lóbulo de sua orelha e depois assoprei. Sabia que ele gostava disso. Seu corpo todo se arrepiou e eu senti sua ereção contra minha virilha. Minha mão direita envolveu-a e depois de alguns movimentos provocativos, eu comecei a acariciá-lo cada vez mais determinado.

Porém, eu estava frustrado com uma coisa. Ele não estava emitindo nenhum som. Claro que a sua respiração estava ficando cada vez mais acelerada, mas fora isso, ele não fazia nenhum barulho. Eu queria que Harry Potter gritasse para mim. Queria que ele fosse o mais barulhento possível. Queria que ele gemesse e implorasse por mim. Eu queria tudo. Mas, antes que eu pudesse fazer alguma coisa a respeito, ele gozou, e tudo o que eu ouvi foi o som quieto de sua respiração rápida.

Ok. Eu não era barulhento, mas definitivamente não era quieto daquele jeito. Eu me sentia como se tivesse falhado com ele. Como se não fosse o suficiente para ele. Apesar dos meus pensamentos tolos, nós não éramos feitos um para o outro e ali estava a prova.

Eu deitei na cama me sentindo deprimido.

–O quê há de errado? –ele perguntou.

–Nada.

–Não mente pra mim. Você parece tão... desapontado. –e antes que eu pudesse responder, ele resmungou. – Eu sabia. Eu sabia! Eu não devia...mas eu dou ouvidos à razão? NÃO! Eu sou tão...idiota! Eu...

–Calma aí, Harry! –eu gritei. – Por quê você está assim? Eu não disse nada!

–Está escrito na sua cara. Você conseguiu o que queria de mim e agora perdeu o interesse, não é mesmo? –ele perguntou, em tom acusador. – Eu sabia que isso ia acontecer, mas...

Eu arregalei meus olhos.

–Você acha que eu não estou mais interessado em você?

–Bem, sim. Quero dizer, olha a sua cara.

Eu o beijei rapidamente e sorri.

–Eu não perdi o interesse em você, Harry Potter. Além do mais, o que nós fizemos aqui hoje foi apenas o início. Eu tenho muitos planos para você. E eu acho que nunca vou me cansar de você. Não depois do que senti quando você colocou as suas mãos em mim.

–Então por quê? Por que você parece estar tão descontente?

–Porque...

Eu deveria dizer? Deveria confessar meu medo patético? Deveria dizer a ele que estava com medo de que o que eu fizera com ele não era comparável ao que ele fizera comigo?

–Porque o quê? –e de repente ele se sentou na cama, me encarando. – Espera. Você não disse que nunca iria se cansar de mim?

Eu corei dos pés a cabeça.

–Talvez.

–O que isso quer di...

Eu o interrompi antes que ele terminasse aquela frase. Não estava preparado para confessar meu amor incondicional por ele. Seria demandar muito de mim naquela noite. Então eu tentei voltar ao nosso assunto prévio. Era tão embaraçoso quanto o assunto que eu estava tentando evitar, mas que diabos!

–Você quer saber por quê eu fiquei desapontado? Porque você não fez um ruído quando eu estava...você sabe...E eu estou com medo de você não ter gostado do que eu fiz com você. Pronto! Eu disse! –eu estava um pouco orgulhoso de mim mesmo.

Ele me fitou com a boca aberta, tal como um peixe. E então começou a rir. ARGH! Ele estava rindo às minhas custas!

–Isso não é engraçado! –eu protestei.

Ele continuou rindo por um tempo, até que lágrimas começassem a cair de seus olhos. O desgraçado estava achando a minha insegurança engraçada. FODA-SE ELE! Eu não era o palhaço de ninguém. Então, eu o chutei da cama.

–Ouch! –ele gritou quando caiu com um enorme baque no chão. – Por que fez isso?

–Você está tirando sarro da minha cara!

–Eu não posso evitar. –ele continuou a rir. – Quero dizer, você é o grande Draco Malfoy! Todo mundo me disse que você era ótimo de cama e aqui está você, achando que a sua performance não havia me agradado! –ele riu com mais gosto depois que disse isso.

Aquilo não era engraçado! Mas espere. As pessoas disseram a ele que eu era ótimo de cama. Aquilo era bom. Melhor ainda era saber que Harry Potter havia saído pela escola perguntando sobre mim. Hummm... Aquilo era interessante.

–Então você perguntou às pessoas sobre mim? –perguntei, sorrindo com escárnio.

Ele parou de rir imediatamente.

–Será que podemos mudar de assunto?

–Não! Eu quero saber! Você andou perguntando sobre mim! HA! Quem está envergonhado agora? – Era minha vez de rir.

Ele se levantou lentamente do chão e eu percebi que seus olhos estavam brilhando, mas eu não conseguia parar de rir. De repente, eu senti algo suave me acertar. Ele havia me batido com o meu travesseiro. Eu o olhei insultado e ele sorriu. Sorri de volta e começamos uma guerra de travesseiros que terminou em beijos. Enquanto as plumas dos travesseiros voavam a nossa volta, nos aconchegamos um no outro e nos beijamos. Finalmente, ele parou e eu suspirei em protesto.

–Você foi ótimo. –ele murmurou.

Meu coração parou. Literalmente.

– Por que então...

– Estou acostumado a isso. A não fazer barulho, quero dizer. Tem cinco pessoas dormindo comigo. Aprendi a ser silencioso enquanto... você sabe.

– Enquanto o quê? Você se masturba?

O rosto dele ficou vermelho. Eu adorava quando aquilo acontecia.

– É.

– Você pode fazer barulho comigo.

– Vou me lembrar disso.

Aquela frase era tão promissora. Significava que teríamos mais momentos daqueles.

– Sobre o que você falou com as pessoas, Potter? –perguntei.

– Eu já te disse.

– Não, não disse.

– Bem, é o suficiente para você saber que eu fui discreto a respeito disso. Além do mais, foi Hermione que fez as perguntas.

Aquilo era meio que decepcionante. Não havia sido ele a começar a conversa. Meu maior medo era a negação dos sentimentos dele por mim. Eu tinha medo de que ele não me olharia no café da manhã e que me evitaria durante o resto do dia. Eu não acho que podia agüentar outra rejeição, especialmente depois do que aconteceu.

– Harry?

– Humm...

Ele estava quase dormindo, eu podia perceber.

Não pergunte o que você quer, Draco! Ele vai te odiar! Ele vai achar graça da sua fraqueza!

– Você não vai me ignorar amanhã, vai? –eu perguntei. Merda!

Ele abriu os olhos e me fitou. Eu não podia lê-los, o que me preocupou. Mas aquilo não era novidade. Fazia tempo que eu não conseguia ler o que se passava em seus olhos. E não havia nada que eu pudesse fazer, a não ser ter esperança. Esperança de que ele iria parar de mentir para si mesmo e para mim a respeito de seus sentimentos.

– Não, eu não vou. –ele respondeu.

– Bom. Porque se você me ignorar, eu vou quebrar a sua cara.

Ele sorriu.

– Claro.

– E eu vou te humilhar. Estou falando sério!

– Não, não vai. Se existe alguma coisa que eu aprendi sobre você, é que você não é tão durão assim.

Arregalei meus olhos. Aquilo era uma grande mentira! Eu era durão!

– Eu sou durão! Você não faz idéia de como eu sou!

– Que seja. –ele fechou os olhos.

Eu odiava aquele Harry Potter. Aquele confiante, irritante, filho da mãe que achava que tudo o que ele tinha que fazer era assobiar que eu iria rastejando aos seus pés. Não era verdade. Era? NÃO! Claro que não! Eu era Draco Malfoy, eu tinha respeito próprio. Não importava que eu estava chamando-o de Harry enquanto ele ainda me chamava de Malfoy. Aquilo era irrelevante. Ele me chamaria de Draco quando estivesse pronto. Certo?

Ta-da! Bem vindos à Terra da Negação!

– Você se preocupa demais, Malfoy. –Harry disse.

– É tão difícil pra você me chamar de Draco?

Outro momento de silêncio opressivo. Eu estava me cansando daquilo.

– Eu acho... – ele começou, e eu senti que não iria gostar. –... que eu ainda não estou preparado para te chamar assim.

Eu suspirei, me perguntando como uma frase podia estragar uma noite perfeita.

– Mas eu prometo que vou tentar. –ele disse, antes de dormir.

Aquela pequena frase iluminou meu coração de esperança.

Continua...

Sim, por favor...batam no Harry e dêem um lindo pedestal pro Draco. Ele não maravilhosamente tudo? Ninguém percebeu que eu arrasto um caminhão por ele, certo? De qualquer maneira, espero que gostem desse capítulo! Convites para um passeio com o Draco pela Floresta Proibida a cada um que revisar! Até mais!