Título: Obsessão.

Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.

Rating: M

Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.

Pares: Draco Malfoy/Harry Potter

Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.

Nota da tradutora: bem, meninas e meninos, devo dizer que o Harry não ficou nem um pouco satisfeito ao saber que eu havia barganhado um passeio com o Draco na Floresta Proibida. Ele disse que eu deveria pedir permissão a ele ou ao menos deixá-lo ir junto. Portanto, para esse capítulo, as reviews valem um passeio com os dois, o que acham? E obrigada mais uma vez, por tudo mesmo, à Blanche, por ser uma amiguinha maravilhosa, e à Aniannka, Bela-chan, Christine Annette-Waters, Tachel Black, Jade Toreador, Lee, Arsínoe, Sofiah Black, Dark Wolf 03 e Maaya M. pelo carinho absurdo em cada um de seus comentários. Já disse que vocês são demais? Ah, resolvi comentar as reviews dessa fic, então, em breve elas estarão lá no meu live journal, o endereço é livejournal (ponto) com (barra) users (barra) mscellym Beijinhos a todos e até o próximo encontro!

Parte 8 – Chame de Nostalgia

Dois dias haviam se passado e as coisas não poderiam estar melhores. Bem, talvez elas pudessem... Mas tudo estava tão próximo da perfeição que eu nem tinha palavras para descrever. Era como se minha vida finalmente encontrasse algum sentido. Na frente de todos, Harry me tratava como um amigo – e nada mais – o que era um pouco frustrante. Mas quando estávamos sozinhos... Deus! Ele me arrebatava da maneira que eu sempre sonhara que ele faria, e ele fazia comigo o que bem entendia. Nós não havíamos passado dos toques, mas em breve seríamos amantes em todos os sentidos da palavra. Eu podia sentir que o momento estava próximo e que muito em breve, ele se renderia a mim.

As coisas estavam indo bem. Ele não mais me afastava e não tentava me negar. Tudo bem, talvez ele não estivesse preparado para contar a todo mundo que estávamos namorando – se o que fazíamos podia ser considerado namorar – mas eu sabia que ele iria contar a Granger e Weasley ao menos, e eu não estava errado. No segundo dia, ele contou a eles. Sim! E eu fiz a dança da vitória na privacidade do meu quarto – sozinho, é claro!

Eu acho que finalmente ele estava me aceitando em sua vida, como uma parte dele. Ou então era apenas minha mente boba e sonhadora falando por si mesma. Quero dizer, apenas dois dias haviam se passado! Mas eu queria tanto que ele me aceitasse em sua vida. Eu precisava da aceitação dele. Estava ansioso por aquilo. Claro, que eu estava ansiando por outras coisas também. Como eu por cima dele.

Em breve...

Infelizmente, ele ainda não me chamava de Draco, não importava o quanto eu pedisse que ele o fizesse...

Na noite de Natal, eu perdi a paciência.

– Harry?

– O quê?

Estávamos no meu quarto um nos braços do outro após uma sessão perfeita de amassos. Ele se parecia com um anjo, e de certa forma ele era mesmo. Seus olhos estavam brilhando de satisfação, assim como os meus. MAS – e sempre tinha que ter um maldito 'mas' – ele ainda se recusava a me chamar pelo meu primeiro nome.

Era Natal, por Merlin! Milagres supostamente deveriam acontecer no Natal. Então por que ele não me chamava de Draco? Seria um presente perfeito de Natal. Eu o chamava de Harry. O mínimo que ele podia fazer era me chamar de Draco.

– Me chama de Draco, somente uma vez. –disse, num tom de voz tão suplicante que senti vontade de me estapear.

Não havia tido a intenção de que minha voz saísse tão necessitada, mas foi o que aconteceu.

– Eu não posso. –ele disse, sem olhar nos meus olhos.

Engoli em seco.

– Por que não? O que há de tão difícil nisso? É só uma droga de um nome!

Eu me irritei, me levantando da cama, não me importando se estava nu.

– Eu não te entendo. Eu juro! Por mais que eu tente... Eu não te entendo, Potter! E não acho que vou conseguir um dia.

Ele sentou-se na cama e olhou para baixo.

– Sinto muito.

– Por quê? Você não gosta do que temos? Ou eu sou apenas algum tipo de passatempo para você, enquanto Cho Chang se decide ou não se te quer? Você está esperando por ela, não está? –disse, maldosamente. –Você está se guardando pra ela! Aposto que vai chamá-la de Cho e não de Chang quando vocês transarem. Chang, transar(1). Isso é meio engraçado. – eu comecei a rir.

Eu estava perdendo a cabeça, sabia disso. Estava cansado e com ciúmes e... Bem... Eu o amava. Isso, sozinho, já seria capaz de deixar qualquer um maluco. Era tão fácil amar Harry Potter e, ao mesmo tempo, era a coisa mais difícil do mundo. Então eu ri... Ri tanto que tinha dificuldades de respirar. Foi então que ele saiu da cama e ficou ao meu lado.

–Pára com isso! –ele gritou.

Eu tentei dizer alguma coisa a ele, mas não consegui. Nenhum som saía dos meus lábios. Nada além de uma gargalhada histérica.

– Pára com isso! –ele repetiu. –Você está me assustando!

Eu estava assustado comigo mesmo, mas não conseguia parar. Era tanto estresse para que eu me segurasse. Claro, nós tínhamos nossos momentos, mas eu queria mais. Então, eu gargalhei até que não conseguisse mais respirar. E ele me estapeou. Eu parei imediatamente e o olhei, não conseguindo acreditar que ele havia feito aquilo. O bonzinho do Harry Potter havia me dado um tapa no rosto!

– Sinto muito, mas você quase havia parado de respirar. –ele explicou.

Eu apenas o fitei.

– Diz alguma coisa! –ele me sacudiu e eu o empurrei para longe.

– Sai daqui.

– O quê?

– Eu disse sai daq...

– Eu sei o que você disse. –ele me interrompeu no meio da frase. –Só não entendo o porquê. É porque eu não quero te chamar pelo seu primeiro nome? É isso? É um motivo imbecil e você sabe disso.

– Vai se foder! É o meu nome, por Merlin! E é só uma merda de um nome! Você não vai contaminar a sua linda boca dizendo isso. Você já me beijou! Deus! Você já me chupou e isso não faz muito tempo! –eu estava furioso e precisava desabafar.

Ele ruborizou. Ele ainda era muito tímido a qualquer coisa relacionada a sexo e eu sempre achei que aquela era uma das suas qualidades mais adoráveis, mas não nessa noite. Essa noite eu queria que ele me levasse a sério. Eu queria que ele... Diabos, não sei! Precisasse de mim como eu precisava dele!

– Além do mais, você bateu em mim! Ninguém tem permissão de encostar um dedo em mim. Ninguém, está me entendendo? Meu pai nunca me bateu!

– Sinto muito. –Harry disse, parecendo tão arrependido como soava. –Seu rosto estava vermelho e eu sabia que você estava perdendo o fôlego. Eu vi Hermione fazer isso com Gina quando ela estava fazendo exatamente a mesma coisa e achei que podia tentar. Honestamente, eu não estava... Eu... Merda! Eu achei que estava te ajudando. Não tinha nenhuma intenção de te machucar, eu juro pelo túmulo da minha mãe! Por favor, me perdoa. Por favor!

Ele estava implorando. E certamente parecia desesperado pelo meu perdão. Bem, aquele tapa não havia doído tanto assim. Não iria nem deixar marca. Ah, merda. Ele parecia tão perdido e cheio de remorso. Sem mencionar que ele havia jurado pelo túmulo da mãe dele. Harry nunca faria aquilo se não estivesse falando a sério. Eu suspirei profundamente e então o perdoei.

– Tudo bem. Mas se você fizer isso novamente... –disse, deixando a frase pendendo no ar.

– Eu não vou! Eu juro! –ele pareceu pensativo por um instante. –Da próxima vez, eu vou jogar água na sua cara. O que você acha? Acho que pode funcionar, certo? Deus, eu deveria ter pensado nisso antes! Eu acho que teria funcionado...

– Apenas... Cala a boca. –eu segurei a vontade de jogar um travesseiro nele.

– Por que você estava gargalhando?

Eu dei de ombros.

– Porque eu estava com vontade. – respondi.

– Você estava nervoso.

– Como você sabe?

– Porque eu sei.

– Não, não sabe! –disse, escandalizado.

– Eu fiz a mesma coisa uma vez porque estava nervoso.

– Mesmo?

– Sim.

Ficamos em silêncio por um instante, então eu percebi que estávamos nus. Harry Potter era tão gostoso quando estava nu. Eu fiquei paralisado por sua beleza por um momento. Somente sua beleza interior ofuscava seu corpo. Pros infernos ele e sua maldita perfeição!

– Você está com ciúmes da Cho, não está? –ele perguntou, me pegando de surpresa. –Posso perguntar o porquê?

O QUÊ?

– Não seja idiota, Potter. Eu não tenho ciúmes daquela magricela! Por que você gosta dela, hein? Ela é tão feia!

Tudo bem, aquilo não era verdade. Ela até que era bonitinha. Não fazia meu tipo, mas era agradável de se olhar. Meu tipo era mais como Harry. Deus! Deixa de ser idiota, Draco. Seu tipo é o Harry!

– Ela não é feia! –ele disse. –Ela é maravilhosa com aqueles cabelos negros que cheiram tão bem e...

– Eca! Não me diz essas coisas! Muita informação! –protestei.

Deus! Eu estava passando mal.

– Você está com ciúmes, Malfoy! –ele parecia particularmente triunfante.

Tudo bem. Talvez fosse a hora de falar a ele a verdade sobre meus sentimentos. Era Natal, então... Que diabos!

– É, eu estou com ciúmes! E você pode pensar o que quiser! –disse, de sopetão.

Ele apenas me observou com seus olhos arregalados como se estivesse em estado de choque.

– Você gosta dela? –ele ousou perguntar. Que pirralho idiota! E era ele quem usava óculos!

Você gosta? –repliquei.

– Eu perguntei primeiro!

Sentei novamente na cama e fechei os olhos.

– Você é tão idiota, Potter. Não é óbvio o que eu sinto?

Ele não disse nada e eu abri os olhos para fitá-lo. Ele se sentou ao meu lado na cama e fitou o chão, como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

– Não. – foi sua resposta.

– Eu... Eu... –gaguejei. Droga!

Por que era tão difícil dizer aquelas palavras? Provavelmente era o medo da rejeição.

– Euteamo.

Pronto. Eu disse! Ai, meu Deus. Eu disse.

– O quê? Eu não ouvi.

– Eu disse euteamo.

Tudo bem, talvez o meu tom de voz tenha saído baixo da primeira vez, mas dessa vez era impossível ele não ter escutado.

– Eu não entendi, me desculpa. Pode dizer de novo? –ele perguntou.

–Ah, por Merlin! –eu parei na frente dele e gritei. –EU TE AMO! Foi isso o que disse. EU TE AMO! É tão difícil entender? EU AMO TUDO EM VOCÊ! COMO VOCÊ PODE ACHAR QUE EU GOSTO DAQUELA... GAROTA DA CORVINAL? ELA NEM SE COMPARA A VOCÊ E, HONESTAMENTE EU NÃO SEI PORQUE VOCÊ GOSTA TANTO DELA! VOCÊ PODE CONSEGUIR COISA MELHOR! VOCÊ PODE TER A MIM! QUANTAS PESSOAS PODEM DIZER ISSO?

Ele arregalou os olhos ao máximo e eu me sentei novamente na cama.

– Está feliz agora? –perguntei, incomodado. –Você me enlouquece.

Ele mordeu o lábio inferior e eu esperei por sua reação, mas ele apenas ficou sentado ali, com a boca ligeiramente aberta.

– Diz alguma coisa, Potter!

Ele não disse nada, mas o que fez no instante seguinte foi melhor do que qualquer coisa que poderia dizer. Bem, não qualquer coisa. Eu gostaria de ouvi-lo dizendo que me amava... Mas ainda assim, o beijo que ele me deu me deixou fora de órbita. Minha cabeça girou enquanto ele me deitava na cama e me puxava para cima dele. Ele me provocou de uma maneira que eu nunca o havia visto fazer antes. Ele beijou, lambeu e mordeu minha boca até me deixar fora de controle. Sua virgindade não iria sobreviver àquela noite. E eu estava certo.

Eu esfreguei nossos corpos juntos, sabendo o quanto ele apreciava aquilo. Então eu toquei e beijei seus pontos mais sensíveis – atrás de suas orelhas, um pouquinho abaixo de seu umbigo e um pouco acima do meu playground preferido. Ele se arrepiou e gemeu enquanto eu oenlouquecia. Harry Potter podia gemer; e eu havia aprendido aquilo da maneira mais deliciosa.

Ele fez todos os barulhos que eu queria ouvir dele. Eu o fiz implorar por mim, suplicar e o fiz gozar mais de uma vez.

Preparei sua entrada para minha passagem, enquanto sussurrava palavras carinhosas em seus ouvidos. Reafirmei que não iria machucá-lo. Minha primeira vez havia sido dolorosa e cheia de lágrimas, mas eu não queria que ele se sentisse assim. Eu queria que ele gemesse de prazer, não de dor. Nunca dor. Por ele, eu faria o meu melhor. Seria a performance da minha vida.

Não, não performance. Performance soava barato e falso. Como se eu estivesse fingindo.

Não, com ele eu não teria que fingir nada.

Eu o penetrei lentamente, deixando que ele se ajustasse a mim. Harry jogou a cabeça pra trás e eu senti seu corpo se arrepiar. Ele estava em êxtase. Eu ouvia todos os pequenos sons de luxúria que ele fazia e aquilo era combustível para a minha já enfurecida libido. Fazer amor com ele era como violar algo sagrado. Eu não o merecia e sabia disso. Mas aquilo não me impedia de amá-lo e o querê-lo.

Ele me puxou para perto de si e mordeu meu ombro. Daquela vez eu gemi bem alto. Enquanto ele sussurrava coisas sensuais e, muitas vezes, incompreensíveis no meu ouvido, eu perdi meu próprio senso. Para mim, só existia Harry e eu no mundo e nada mais. Comecei a aumentar a velocidade das minhas estocadas. Gemi seu nome, minha cabeça girando em direção a outro mundo.

E, naquele momento, nos tornamos um. Ele jogou sua cabeça para trás e eu beijei seu pomo de Adão. Ele sorriu para mim, suas mãos agarrando meus braços até que seus dedos ficassem brancos; seus dentes mordendo o lábio inferior com tanta força que o machucaram. Eu não o queria machucado, então o beijei suavemente, pedindo que ele parasse de se machucar daquele jeito.

Eu o estoquei mais rápido, enquanto me empurrava para dentro dele até que ele gozasse. E então me deixei correr livremente para meu momento de completo êxtase. Era mágico e por mais estúpido que pareça, eu tinha vontade de chorar. Meus sentimentos estavam correndo como loucos. Porém, eu não chorei. Aquela noite havia sido o melhor presente de Natal que eu poderia ter recebido. Harry era o melhor presente que eu poderia ter ganhado.

Momentos depois, enroscados nos braços um do outro, ele murmurou algo que eu não consegui entender. Meus olhos estavam pesados, mas eu consegui forçá-los a se abrir e o fitei com curiosidade. Harry estava me olhando de um jeito que eu nunca havia visto antes.

– Você disse alguma coisa, Harry? –murmurei.

Ele sorriu e acariciou meu rosto.

– Não era nada importante. Volte a dormir.

– Você vai estar aqui amanhã? –perguntei, sonolento.

– Vou. Eu tenho um presente pra você.

– Mesmo? Eu achei que já havia me dado um presente. –provoquei.

Ele deu um sorrisinho maroto.

– Tenho um outro presente pra você.

Eu sorri, satisfeito.

– Eu também tenho um pra você. Se importa que eu te dê amanhã? Estou muito cansado para me levantar. – fechei meus olhos.

– Sem problemas. – ele sussurrou.

Eu me aconcheguei nele.

– Me promete que você vai estar aqui amanhã de manhã quando eu acordar.

– Eu estarei, não se preocupe. Você se preocupa demais.

Eu dei de ombros e ele gargalhou.

– Eu nunca encontrei ninguém como você. – ele disse.

– Claro que não, Harry. Eu sou especial e único.

– Sim, você é.

Eu suspirei, satisfeito.

– Doces sonhos, Harry.

– Doces sonhos, Draco...

Continua...

Awww...esses dois são absurdamente fofos que dá vontade de morder, como a Arsínoe costuma comentar. Reviews, please? LOL. O que acharam desse capítulo de Natal...ah, só uma notinha sobre o capítulo, sigam lendo:

(1) na versão original da fic, quando o Draco tem essa crise de riso por causa da Cho, é porque ele usou o sobrenome dela com a palavra 'shag', ficando então "Chang Shag", que dá um som parecido. Obviamente, na tradução não fez o mesmo efeito, mas aqui está a explicação.

Bem, feito isso, não esqueçam de passar lá no livejournal, onde vou comentar as reviews do capítulo 7. Beijinhos em todos!