Título: Obsessão.
Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.
Rating: M
Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.
Pares: Draco Malfoy/Harry Potter
Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.
Nota da tradutora: rodadas de cerveja amanteigada pros meus lindos que deixaram reviews! Gente, nunca imaginei que ia ter uma recepção tão positiva! Aniannka, Pipe, Athena Sagara, Arsínoe, Maaya M., Tachel Black, Sofiah Black, Larinha e Rose Wild Black, vamos todas engrossar o coro pedindo a cabeça do Harry pelo que ele faz ao Deus-Mor da Sonserina no último capítulo. E pausa pra meditação: eu recebi uma review da MIZUKI! Ohhhh... passou, passou...parece que fui atingida pelo Estupefaça, mas tudo bem! À Blanche, como sempre, pelas ótimas tramas e tudo mais. Aproveitem o capítulo! Semana que vem tem mais!
Parte 10 – Chame de Tentação
A vida é realmente engraçada, às vezes. Digo às vezes porque na maioria delas é uma tragédia atrás da outra, até que você chega ao ponto onde não consegue mais suportar. Eu vi minha tragédia quando Cho Chang entrou na sala de aula. A primeira coisa que pensei foi: como diabos ela nos encontrou aqui? Eu havia lançado um feitiço de privacidade, não havia? E mesmo que não tivesse, como ela, acima de todas as pessoas, sabia que Harry e eu estávamos aqui?
Harry estava sem fala. Ele murmurou algo que eu não compreendi e que também não me interessava. Ele havia escondido aquele encontro de mim. Ele nunca havia me dito que deveria encontrar-se com ela naquele dia. E, então, um súbito pavor me acometeu. E se ela fosse a namorada dele, e durante todo esse tempo Harry estivesse traindo ela comigo? Merda! Aquilo seria muito cruel. Pra mim, claro, eu estava pouco me importando com ela.
-Vou deixar vocês dois sozinhos. –disse, saindo graciosamente do colo de Harry e fitando-a, enquanto caminhava em direção à porta. –Faça bom proveito do seu namorado. Porém, devo te dizer que eu estive me divertindo com ele durante todo esse tempo.
Ela me olhou, em choque.
-Draco, não! Ela não é... quero dizer... ela... apenas... –ele continuava balbuciando.
-Tanto faz, Potter.
E eu saí. Estava muito magoado para chorar. Eu nunca mais queria vê-lo. Meu peito estava pesado e minha respiração, descompassada. Mas eu não iria chorar, mesmo que meus olhos estivessem meio nublados e eu...
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-Ei! Você está bem? –ouvi alguém falar.
Eu não conhecia aquela voz. Onde eu estava? Abri meus olhos lentamente, deixando-os ganhar foco. Reparei nas paredes de pedra e na estátua de bronze de Salazar Sonserina perto de mim. Então reparei que estava deitado nos braços de um estranho.
-Tire suas mãos de mim! –eu gritei, colocando distância entre mim e o estranho.
Minha cabeça pareceu doer um pouco quando eu fiz aquilo. O homem se aproximou novamente e senti sua mão quente tocar minha testa.
-Eu acho que você bateu a cabeça quando caiu. –ele me explicou.
-Quando eu caí?
-É, você desmaiou. Está se sentindo bem?
-Desmaiar? Malfoys não desmaiam! –disse, como se aquilo fosse a pior das ofensas.
Ele gargalhou.
-Um Malfoy? Típico. Bem, a não ser que você tenha um metabolismo diferente do nosso, tenho quase certeza de que você desmaiou. Você comeu direito hoje? Está zanzando por aí de barriga vazia?
Quem ele pensava que era? Meu pai? Não, espere. Meu pai nunca me perguntaria algo assim. Ele nunca se importou àquele ponto.
-Claro que não! E eu não desmaiei!
-Claro que não, cara.
Ele me ajudou a levantar e no momento que fiquei de pé, o empurrei para longe.
-Não me chame de 'cara'. Nós não nos conhecemos!
Até esse momento, eu não havia visto seu rosto. Qual era o motivo para tal? Eu não estava interessado em um homem que havia me flagrado em um momento embaraçoso. Na verdade, eu queria sair dali o mais rápido que pudesse. Mas então, eu olhei para cima e aquele estranho me fascinou.
Ele era absolutamente maravilhoso. Talvez com sardas demais para o meu gosto, mas todo o resto era apenas perfeito. Eu o analisei sem a mínima vergonha. Botas que eu morreria para ter, pernas fortes, um bumbum maravilhoso, um grande volume dentro das calças de couro de dragão, sorriso fofo, olhos verdes e cabelos que tinham a cor do fogo. Ele era gostoso. E eu estava quase babando por causa disso.
-Gosta do que vê? –ele perguntou, me provocando e eu acordei.
- O quê? Do que você está falando? – tentei disfarçar. Tarde demais pra isso, eu sabia, mas tinha que tentar. Ele sorriu. Maldito sorriso! Não conseguia parar de encará-lo, e ele notou.
- Você está bem agora? – ele perguntou.
Vamos lá, Draco, seja gentil com o homem. Ele te ajudou. Ele é um deus.
-Si..sim. Obr..obrigado. –eu gaguejei. Eu. Gaguejei.
-Tudo bem, então. Você quer que eu te leve para algum lugar?
Sim, sim! Eu quero que você me leve para o meu quarto!
-Nã...não, n...não p...precisa.
Droga! Pare de gaguejar, por Merlin! Viram? Era por isso que a vida era engraçada às vezes.
-Ah, eu não vou me importar. –ele disse.
Bem, já que ele insistiu...
-Tudo bem. –quem era eu para negar alguma coisa a ele?
Enquanto eu o olhava infinitamente, reparei que ele me parecia familiar. Ele se parecia com...
-Charlie! –ouvi Weasley gritando atrás de mim. –Não acredito que é você!
-Ei, Ron!
Charlie deu um grande abraço em Ron e o levantou no ar por alguns momentos. Foi a primeira vez na minha vida que eu quis ser Ron Weasley.
-Vocês dois se conhecem. –disse.
-Sim. Ron é meu irmãozinho. –Charlie explicou.
Claro, Draco, seu idiota! Você sabia que ele se parecia com alguém. Ele era um Weasley. Bem, ninguém podia ser tão perfeito.
-O que você está fazendo aqui? –Ron perguntou.
-Bem, eu recebi uma oferta de emprego e vim aqui para discuti-la com Dumbledore.
Ele ia ser meu professor? Eu dei um sorrisinho.
-Você não disse nada! –Ron reclamou.
-Queria que fosse uma surpresa. Onde está Gina?
-Não sei. Vamos procurá-la.
-Ah, vai na frente. Te encontro mais tarde.
Ron me olhou e depois olhou seu irmão. Ele estava com essa expressão estranha no rosto e eu imaginei o que tudo aquilo seria. Mas eu não podia reclamar. Charlie – por sinal, eu adorei o nome – queria ficar comigo. Eu dei um sorrisinho ainda maior.
Quando Ron passou por mim, ele murmurou:
-Não faça nada idiota, Malfoy. Se você magoar Harry de alguma maneira, eu te mato.
Harry? Que Harry? Eu nao queria me lembrar de Harry. Eu precisava de uma distração. Harry havia partido meu coração. Eu não precisava de Harry. Tinha Charlie para me fazer esquecê-lo. Ele era mais velho – mas nem tanto – lindo, e terrivelmente atraente. Ele também estava me olhando com o mesmo interesse que eu o olhava.
Quando Ron desapareceu, ele falou:
-Quer conversar?
-Sobre o quê?
-Sobre o que está te incomodando.
Não, eu não queria falar sobre aquilo. Eu queria esquecer.
-Não tem nada me incomodando. –respondi, irritado.
Ele segurou minha mão e eu estremeci.
-Vamos lá. Vamos dar uma volta.
E eu o segui.
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Charlie era um cara maravilhoso. E ele me disse que era bi. Enquanto caminhava com ele pelas margens do lago, reparei em duas coisas. A primeira era que eu queria beijá-lo porque ninguém seria capaz de resistir a ele. E a segunda era que Harry era realmente mais do que uma obsessão porque eu não conseguia parar de pensar nele. Aquilo era uma droga. Eu sentia que estava traindo Harry, quando era exatamente o oposto que estava acontecendo. Era ele quem estava com Cho Chang, não eu. Era ele quem estava mantendo segredos de mim. Eu tinha todo o direito de estar ali com Charlie. Eu tinha.
-Você é legal para um Malfoy. –ele disse.
Eu dei um sorrisinho de escárnio.
-Você é legal para um Weasley.
Ele gargalhou.
-Todos os Weasleys são legais, Draco.
-Não posso dizer o mesmo dos Malfoy.
-Sabe, eu não desistiria do Harry. Talvez tenha sido um mau-entendido.
Eu havia contado minha história com Harry pra ele. E daí? Charlie Weasley era um homem muito persuasivo. Eu não queria falar com ele sobre meus sentimentos. Havia acabado de conhecê-lo, por Merlin! Ele era um completo estranho. Mas de alguma maneira, achei fácil me abrir com ele. Ele parecia entender o que eu estava passando. Era impressionante a maneira como nos entendíamos. Eu não tinha medo de mostrar a ele o verdadeiro Draco Malfoy. Além do mais, eu não conseguia dizer não aqueles olhos verdes – eles eram iguais aos de Harry. Merda!
-Talvez.
Ele colocou a mão no meu ombro e o apertou.
-Harry não é esse tipo de cara, sabe? Talvez ele esteja confuso sobre seus sentimentos.
-Eu não sei. –disse.
-Você o ama?
-Sim!
Aquilo saiu dos meus lábios em alta velocidade.
-Então você deveria ouvir o que ele tem a dizer.
Eu sorri.
-Sabe, eu não consigo acreditar que abri meu coração a você assim. Harry é um assunto delicado na minha vida e sempre encontrei dificuldade para falar sobre ele com qualquer pessoa.
-Bem, Bill sempre me disse que eu tenho uma estranha habilidade de fazer as pessoas falarem sobre seus sentimentos.
-Ele está certo. É um feitiço?
-Claro que não! É apenas a minha personalidade maravilhosa.
-E essa carinha linda. –disse, me arrependendo imediatamente.
Eu enrubesci. Ele sorriu. Quão estúpido era aquilo?
-Talvez devêssemos voltar. –ele sugeriu.
-Claro.
Enquanto voltávamos para o castelo, aproveitei para secar seus quadris. Ele reparou, porém, e eu me fiquei muito envergonhado.
-Tudo bem, pode olhar. –ele provocou.
Deus do céu!
-Me desculpe.
-Ah, não faça isso. Eu sei que sou gostoso.
Gostoso? Aquela era a palavra mais certa para descrevê-lo. Eu sorri. Ele era um cara tão engraçado!
-Você é bem convencido também. –afirmei.
-Você está certo. Sabe, você é uma graça. Espero que Harry saiba o que tem.
Ele tocou meu rosto levemente. Ele era tão tentador. Mas não importava quão maravilhoso ele era, eu estava completamente apaixonado por Harry.
-Boa sorte com Harry.
-Obrigado.
Enquanto o observava se afastar, desejei que meu coração não estivesse comprometido com alguém. Harry era tão malditamente complicado e Charlie era o total oposto. Ainda assim, eu amava Harry. Eu era tão estúpido. A vida era realmente uma merda na maioria das vezes.
Continua...
Ho Ho Ho... sinto que o Natal veio mais cedo depois da descrição do Charlie...foi só comigo ou parece que a temperatura esquentou? Harry Who? Dá-lhe Malfoy!
Bem, depois do meu "pequeno" escândalo, deixo o capítulo à disposição de vocês para a revisão. Merece, não merece? Até mais, pessoal! Quem revisar ganha o que dessa vez? Um passeio por Hogwarts com o Charlie? Tá bom assim?
