Título: Obsessão.

Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.

Rating: M

Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.

Pares: Draco Malfoy/Harry Potter

Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.

Nota da tradutora: mil perdões pela demora, pessoal. Eu disse que postaria esse capítulo na semana passada, mas eu e a Blanche tivemos nossos desencontros, então a revisão do capítulo, foi adiada, isso sem falar na estréia do FILME, não é mesmo? Mil agradecimentos a quem tem esperado, quem manda email, quem comenta comigo, quem fica em cima. Obrigada de coração mesmo, especialmente à Bela-chan (conseguiu ver o filme?), Chibiusa-chan, Aniannka, Tachel Black, Markus Malfoy, Lee, Maaya M., K-chan Kaoru, Mandy Moony Black, Amy Lupin, Dark Wolf03, Clara dos Anjos, Ia-chan, Arsínoe e Ferfa pelas reviews engraçadas, pelos comentários hilários e pelos quase surtos com o passeio com a Cho pelo Salgueiro Lutador. Um beijinho especial também à Pipe e à Senhorita Mizuki que eu sei que estão sempre lendo!

Parte 12 – Chame de Problemas

Eu acordei não sabendo onde estava ou porque estava ali. E então, tudo veio a mim, com força total, como um Balaço no meio do estômago. Alguém do Ministério havia vindo me prender. Eu estava condenado. Eles me levariam para Azkaban, aquele lugar horrível que os maiores humanistas no mundo da magia estavam tentando fechar. Eles iriam sugar minha alma, eles iriam me quebrar. E eu havia estado tão perto... Harry havia quase confessado seus sentimentos por mim. Por que a vida era cruel comigo? Por que eu tinha que sofrer desse jeito?

Eu estava com muitos, muitos problemas. Mas eu ainda não estava em Azkaban. Estava sozinho em um pequeno quarto em Hogwarts. Ainda não sabia dos meus crimes – o que era totalmente injusto – mas, em breve, eu saberia. Fazia idéia do que poderia ser. Eu havia queimado alguns papéis contra meu pai porque ele havia me pedido. No final de tudo, um pouco antes de ser preso, Lucius havia implorado pelo meu perdão e eu fui fraco em negar aquilo a ele. Então, ele me pediu para me livrar de alguns documentos que estavam escondidos em seu escritório. E assim eu o fiz. Eu sabia que ia queimar no inferno por aquilo, mas não podia ajudá-los a incriminar meu pai.

Eu não sabia o que havia naqueles papéis. Honestamente, não queria saber.

-Sr. Malfoy. –Dumbledore disse, entrando no quarto.

-Professor.

-Eles querem levá-lo.

-Eu sei.

-Eu não vou deixar. –ele sorriu.

Então ele me explicou do que eu estava sendo acusado. Eu estava certo. Aqueles malditos papéis. Aquele maldito momento de fraqueza. Alguém havia me visto queimá-los. Ryan Farley, meu primeiro amante. Eu o odiava tanto. Ele havia transformado minha vida em um inferno quando estávamos juntos. Finalmente, meu pai havia colocado um fim naquela loucura toda. Eu nunca mais havia ouvido falar de Ryan até agora. Mas como ele podia ser uma testemunha contra mim? Como ele sabia sobre os papéis?

-Harry já sabe? –perguntei.

-Sim. O Sr. Potter ameaçou fazer um grande escândalo caso ele não pudesse ficar no meu escritório.

Eu desejei que o chão se abrisse e me engolisse por completo. Estava tão envergonhado. Harry me odiaria agora.

-Ele quer vê-lo. –Dumbledore me informou. –Devo deixá-lo entrar?

Sim! Não, espere. Talvez não fosse uma boa idéia. Eu não queria ver o ódio nos olhos dele. Eu...

-Eu não sei.

-Sr. Malfoy, se quer um conselho, deixe-o entrar.

Então eu permiti. Enquanto ele entrava, Dumbledore nos deixou a sós. Nos fitamos por um longo tempo. Reparei em sua confusão. Seus olhos estavam implorando que eu lhe dissesse que tudo aquilo era mentira e que eu era inocente. Ah, Harry, como eu queria poder fazer isso. Mas eu não era inocente. Nunca fui. Eu era um Malfoy.

-Você fez isso? –ele perguntou.

Eu assenti.

-Você destruiu evidências contra seu pai. –ele afirmou e eu assenti novamente. –Eu achei que você o odiasse.

-Eu odeio, mas por outro lado, não odeio. Consegue me entender? Eu não pude dizer não quando ele me pediu... Ele disse que sentia muito por tudo que havia feito comigo. Ele não foi um pai ruim o tempo todo. Ele e eu tivemos bons momentos juntos. E eu estava em dívida com ele. Ele me salvou de mim mesmo e da minha estupidez.

Então eu expliquei a ele tudo sobre Ryan e nosso relacionamento doentio. Eu contei a ele que quando encontrei Ryan pela primeira vez, eu estava me sentindo como o pior ser humano na face da Terra. Minha auto-estima estava muito baixa, perto do zero. Ryan era charmoso, mas um completo bastardo. Ele se aproveitou de cada fraqueza que eu tinha. Ele quase me destruiu. Mas Lucius me salvou da companhia odiosa de Ryan. Era essa a dívida que eu tinha com meu pai.

Fechei meus olhos e esperei pelo enorme sermão que sabia que merecia. Eu esperava que Harry gritasse sobre quão fraco e desprezível eu era e me abandonasse. Mas ele não fez nenhuma dessas coisas. Ele apenas me enlaçou por trás e descansou sua cabeça sobre meu ombro. Eu me virei e vi compreensão em seus olhos. Abracei-o apertado, não querendo largá-lo nunca mais.

-Ele não me viu, Harry. Não podia! Ele nem estava lá em casa naquele dia! Meu pai o havia proibido de pisar nos terrenos da família Malfoy. E aqueles papéis... eles não fariam diferença alguma. Meu pai já estava preso mesmo. O Ministério tem evidência suficiente contra ele por uma vida inteira. É tudo culpa de Ryan! Ele quer se vingar de mim!

-Eu não vou deixá-lo fazer isso. –Harry disse.

Havia algo queimando em seus olhos. Eu vi o ódio queimando suas entranhas.

-Você me odeia? –perguntei.

-É claro que não. –ele acariciou meu rosto. –Eu não sei se o que você fez foi certo ou errado, mas quem sou eu para julgá-lo? Eu não te odeio, Draco. Mas estou muito próximo de machucar esse tal de Ryan por tudo o que ele fez com você!

Harry queria me proteger. Aquilo era tão adorável.

-Ele quer te machucar novamente, isso é óbvio. Eu não vou deixar.

-O que você pode fazer, Harry?

Ele me olhou com determinação.

-Eu posso fazer várias coisas. Espere e veja.

-Mas...

Harry me beijou com força.

-Eu volto mais tarde. No momento, tenho muito a fazer.

E então ele partiu.

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Nem um dia havia se passado e eu já me sentia como um pássaro preso em uma gaiola. O quarto era legal e todos os professores estavam tentando fazê-lo parecer tão confortável quanto era possível, mas eu ainda estava encarcerado. Eu odiava isso! Não tinha minha varinha comigo, Harry não havia retornado... A única pessoa que aparecia para me fazer companhia era Hermione.

-Harry está ocupado. Mas ele pediu que eu lhe dissesse que vai voltar em breve.

-Voltar? Ele não está aqui? Onde ele está?

-Não posso te dizer.

-Por que não?

-Porque ele pediu que eu não o fizesse.

-Ah, isso é ótimo! –que ele vá pro inferno!

Eu sabia que era inútil tentar fazer com que ela falasse. Ela era leal a Harry e ainda por cima era uma Grifinória.

-Pelo menos você pode me dizer o que está acontecendo, não pode?

-Não, não posso por um simples motivo. Eu não sei o que está acontecendo. –ela não parecia feliz com aquilo. –Harry levou Ron para uma jornada até a prisão de Lockham e... –ela parou de falar subitamente. –Droga, eu não deveria ter dito isso!

Meu coração estava quase saindo pela boca.

-Ele foi até a prisão Lockham? É lá que meu pai está! O que ele pretende fazer? E Dumbledore o deixou ir sozinho? Quero dizer, Ron não é lá essas coisas para um guarda-costas. E Lockham não é uma prisão de segurança máxima como Azkaban. Não é seguro!

-É segura o suficiente. E Snape foi com eles.

Bem, pelo menos isso! Snape estava acostumado a lidar com caras maus, e Lockham estava cheia deles. Só de pensar no Harry naquele lugar... Ele era o inimigo número 1 – a maioria dos prisioneiros ali estava preso por suas ligações com Voldemort. Oh, Deus! É tudo minha culpa! Ele está lá por minha causa!

-Pare com isso, Malfoy!

-O quê?

-Você está se culpando. Não faça isso! Foi exatamente por isso que Harry não queria que você soubesse.

Harry e seu complexo de herói. Eu suspirei.

-O que eu posso fazer? Estou preso aqui! Ninguém me diz nada! E agora Harry foi ao lugar que ele deveria evitar a todo custo! O que ele está fazendo lá? Eu não consigo pensar em um bom motivo. Somente meu pai... Mas por que ele iria falar com Lucius?

-Eu não sei, Malfoy! Você vai ter que esperar. Eu também não estou contente com isso. Odeio ser deixada de fora!

Me sentei ao lado dela.

-Eu odeio também.

-É verdade o que estão falando sobre você? Harry falou pra todo mundo que você é inocente.

Oh, Harry. Você não deveria ter feito isso. Harry Potter, o todo-bom, estava mentindo por mim. Eu me odiava por isso.

-Sou tão inocente quanto posso ser, Granger.

-Muito justo.

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Perto da meia-noite, alguém entrou no meu quarto. Era Harry, e ele tinha um olho roxo. Na mesma hora eu saí da cama e fiquei ao lado dele. Que merda era aquela?

-O que aconteceu? Você está machucado?

Ele balançou a cabeça.

-Não é nada.

-Não me enrole, Harry!

-Eu me envolvi em uma briga com Farley. Ele é uma cobra nojenta! As coisas que ele disse... Eu não consegui me segurar. Eu tive que bater nele! Ele bateu em mim também. Mas eu o machuquei bastante!

-Você ficou maluco? Quer ir preso também?

-Ele me provocou primeiro! Todos viram! Além do mais, o Ministro não está muito convencido sobre a credibilidade dele como testemunha. Ele tem um histórico ruim com os Trouxas. Brigas, estupros... –Harry estremeceu quando disse aquilo. –Ele te...

-Sim. –foi a minha vez de estremecer.

-Draco... –ele me abraçou. –Eu sinto muito.

-Por que? Não é sua culpa.

-Ele é um bastardo tão doentio! Eu não sei como o Ministro o ouviu em primeiro lugar.

-Ele pode ser charmoso quando quer. –disse, amargamente.

-Bem, ele não estava charmoso hoje. Estava bêbado e patético.

-Bom saber. Você deveria ver a Madame Pomfrey.

-Em um minuto. Eu queria vir aqui primeiro.

Eu enterrei meu nariz em seus cabelos.

-Por que eu fiz aqueles bottons de "Potter Fede" no nosso quarto ano? Você cheira tão bem... –eu beijei seu pescoço e o ouvi gargalhar. –Claro que naquela época eu era apenas um moleque. Eu gostava de você, mas não queria admitir.

Nós nos beijamos devagar.

-Eu vim aqui para trazer uma mensagem de Dumbledore. –ele disse. –Amanhã você vaia julgamento.

-Tão cedo? –eu entrei em pânico.

-Na verdade, isso é bom. O Ministério sabe que está errado sobre você.

-Mas eles não estão.

-Você entendeu o que eu quis dizer. Farley não é uma boa testemunha. E uma pessoa vai testemunhar a seu favor.

-Quem?

-Seu pai.

-Meu pai? Então foi por isso que você foi à prisão Lockham?

Ele fez uma careta.

-Hermione te contou.

-Contou. E não fique bravo com ela.

-Não ficarei.

-Você falou com Lucius, Harry?

-Falei. Foi uma conversa estranha, por assim dizer. Mas chegamos a um acordo. Ele disse que irá testemunhar a seu favor, dizendo ao tribunal que você nunca teve nada a ver com os negócios dele ou com os Comensais da Morte. Ele também irá dizer que Ryan Farley foi um completo idiota com você e que está fazendo isso pra se vingar.

Eu estava impressionado. Meu pai ia fazer aquilo por mim. Mas eu era realmente culpado e aquilo estava me matando.

-Qual o problema? Você não está aliviado de saber disso? –Harry perguntou.

-Como diabos Ryan sabe sobre aqueles papéis, Harry?

-Ele foi um dos homens que ajudou o Ministério a encontrar seu pai. Ele estava lá no dia em que Lucius foi preso, e ele te viu.

-Então por que ele levou tanto tempo para me entregar?

Harry não disse nada, mas me olhou seriamente.

- O que foi? – perguntei.

-Ele descobriu sobre nós dois e ficou bem irritado.

-Como? Quem contou a ele?

-Não faço idéia, mas vou descobrir.

-Então ele está fazendo toda essa confusão...

-Ele está com ciúmes. É obcecado por você. Ele é doente! Ele acha que você vai voltar pra ele.

-Por isso você brigou com ele. –afirmei.

-Esse foi um dos motivos, sim. –ele admitiu, desconfortável. –Ele queria te chantagear.

-Para voltar pra ele.

-Sim. E se você voltasse, ele abandonaria as acusações.

Merda.

-Eu estou tão envergonhado por tudo isso. –eu suspirei.

-Por favor, não fique. –ele me abraçou. –Todos nós temos nossos pecados.

Ele me beijou com tanta suavidade e ternura que todos os ossos do meu corpo se desmancharam.

-Eu tenho que ir. Mas estarei com você amanhã.

-Mesmo?

Será que eu não conseguiria parar de agir como um idiota inseguro? Aparentemente não.

-Sim. E amanhã, você estará livre.

Eu esperava que ele estivesse certo.

Continua...

Harry é um herói mesmo, não é? Ah, ele às vezes me dá vontade de agarrar...e vamos lá, Draquinho, pensamento positivo! Suas fãs estão do seu lado! Até o Papi Lucius vai colaborar! Bem, presentinho que toda garota com pé na Sonserina quer pra quem revisar o capítulo: fim de semana na Mansão Malfoy com Draco e Lucius, sem Narcisa, é claro. E pra quem não é chegada nos loiros, strip-poker Weasley, com Charlie, Bill, George e Fred. O que acham? Fui boazinha não é? Beijinhos em todos, até o próximo capítulo!