Título: Obsessão.
Autora: Blanche Malfoy, traduzida por Celly M.
Rating: M
Sumário: Situa-se no sétimo ano de Harry e Draco em Hogwarts. Draco está obcecado por Harry Potter e questiona-se sobre o que deverá fazer para que Harry apaixone-se por ele.
Pares: Draco Malfoy/Harry Potter
Retratação: Esta fic é baseada nos personagens e situações criadas por J.K. Rowling. A autora não possui direitos em nenhum desses personagens e a tradutora apenas seguiu os moldes da fic original, não modificando nenhum aspecto ou idéia.
Nota da tradutora: olha que eu consegui postar cedo, com um dia de atraso só. E esse é o penúltimo capítulo! Vai ter presente de Natal na semana que vem, o último capítulo da fic, aliás, dessa jornada, não é mesmo? Não posso deixar de agradecer todos os comentários até agora, beijos especiais para Pipe, Clara dos Anjos, Maaya M., Dark Wolf03, Bela-chan, Ferfa, Chibiusa-chan, Aniannka, K-Chan-Kaoru, Lily (2 vezes!), Sofiah Black, Tsuki Koorime e Arsínoe pelas reviews, pelo carinho, pelo respeito, por tudo. Vocês são maravilhosos. A quem lê mas também não comenta, um beijo especial. O prêmio pra quem revisou está a caminho e o desse capítulo está lá no finzinho, tudo bem?
Parte 13 – Chame de Esperança
Eu estava surpreso com o número de pessoas que estava na Corte dos Bruxos naquele dia. Claro, havia um monte de inimigos do meu pai, esperando para me ver ser frito, mas também havia muitos amigos meus. Sim, eu descobri naquele dia que eu tinha amigos, ao contrário do que pensava. E eles estavam todos torcendo para que eu saísse daquela confusão.
Dumbledore ficou ao meu lado o dia inteiro. Eu me senti envergonhado do tempo em que costumava dizer que ele era apenas um velho tolo que não tinha capacidade para comandar Hogwarts. Aquilo não era verdade. Eu nem ao menos sabia qual a idade de Dumbledore, mas naquele dia ele parecia mais jovem que nunca e pronto para uma batalha. Ele me ajudou, mesmo eu não tendo feito nada para merecer.
Harry estava lá também, tentando me acalmar com seus olhares intensos. Eu me sentei no banco e ouvi o depoimento de Ryan contra mim. Ele disse tantas coisas ruins sobre mim. A coisa triste era que algumas delas haviam sido verdade. Eu havia sido um moleque mimado, eu havia escondido e mentido sobre muitas coisas. Eu havia tratado os nascidos trouxas muito mal.
Ouvindo-o dizer todas aquelas coisas me fez perceber que talvez eu merecesse ir para a prisão. Havia a questão sobre a minha menoridade. Eu não podia ir realmente para a prisão porque ainda não havia feito dezoito anos. Mas em se tratando de Comensais da Morte, o Conselho havia aprovado há muito tempo uma lei onde bruxos menores de idade poderiam ser punidos por estarem associados a Voldemort.
Eu podia me defender se quisesse. Eu não o fiz, porém. Eu não conseguia falar. Meus lábios estavam colados e mesmo que eu falasse, as palavras ficariam presas na minha garganta. Eu não olhei para Harry. Não queria ver o desapontamento nos olhos dele.
Finalmente, meu pai foi trazido para a corte. Ele estava mais magro do que eu me recordava, mas ainda tinha a mesma postura esnobe dos velhos tempos. Seus cabelos estavam mais longos também, e não tão brilhantes quanto antes. Eu tive pena dele. Meu pai era mais vaidoso que eu, e deveria ser muito difícil para ele viver daquela maneira.
Ele me fitou com uma expressão em branco e meu coração parou. Engoli em seco e desviei o olhar.
Quando seu depoimento começou, fiquei impressionado com sua frieza. Claro, se ele houvesse estado em Azkaban, aquilo provavelmente não aconteceria. Ele teria ficado horrorizado por aqueles Dementadores. Ele não agiria tão friamente, e sim lunática e perturbadoramente. Mas a prisão de Lockham não era como Azkaban. O repentino aumento de voz de meu pai quebrou minha cadeia de pensamentos.
-Isso é absurdo! O que isso tem a ver com tudo? Se eu entendi direito, Draco está sendo acusado de queimar alguns papéis que poderiam me comprometer, o que eu já neguei! Eu nunca dei qualquer ordem desse tipo. Ele nunca foi um Comensal da Morte. Ele sempre foi muito teimoso para tal. Mesmo eu o tendo criado para ser como eu, ele sempre teve vontade própria.
-Seu depoimento não é muito confiável, Sr. Malfoy. –o Ministro da Justiça disse.
-Bem, seu idiota, -houve arfadas por todo o lugar. –Se meu depoimento não é confiável, então o que eu estou fazendo aqui?
Naquele momento eu realmente admirei meu pai.
-Ryan Farley é apenas um bêbado problemático. Ele transformou a vida do meu filho em um inferno. Ele apenas está fazendo isso agora porque...
E Lucius fitou Harry, que apenas assentiu. O que era aquilo?
-Porque Draco está tendo um relacionamento com Harry Potter, e Farley está com ciúmes. Farley quer que Draco sofra.
Mais arfadas por todo o lugar. Uma mulher no banco se engasgou. Eu mesmo arfei. Quero dizer, aquilo era bom demais para ser verdade. Harry havia deixado meu pai falar sobre nosso relacionamento em voz alta! Na frente de todas aquelas pessoas. Oh. Meu. Deus.
-Está dizendo que seu filho está tendo um relacionamento amoroso com Harry Potter?
-Isso mesmo. Você é surdo?
-Sr. Potter. –o homem virou-se para Harry. –Isso é verdade?
Todos os olhos se voltaram para Harry, incluindo os meus. Reparei que suas bochechas coraram, e eu lhe sorri fracamente.
-É sim. –mesmo timidamente, sua voz soava firme.
Uma mulher desmaiou. Eu não podia culpá-la, estava impressionado também.
-Viram? –meu pai disse. –Posso ir agora? Tenho uma partida de baralho marcada. Meu filho está livre? Honestamente, vocês seriam estúpidos de não o livrarem. É óbvio que Farley está mentindo. Potter sabe do que estou falando. Ele tem provas de que Farley é um desordeiro e tem um passado recriminável com os Trouxas.
Eu poderia beijar meu pai naquele momento.
-O corpo de jurados e eu iremos nos reunir para discutir isso. Sr. Potter, poderia nos apresentar suas provas?
Harry aproximou-se e as entregou para o Ministro. Meu pai estava sendo levado embora e eu corri em sua direção antes que ele pudesse desaparecer. Os guardas tentaram me impedir, mas eu não me importei. Eu tinha que falar com Lucius.
-Obrigado. –disse, agradecido.
-Bem. –ele disse, com um sorrisinho. –Era o mínimo que eu podia fazer, não é mesmo? Você não pertence à prisão. Além do mais, Potter foi bem persuasivo.
Eu franzi a testa, me perguntando se Harry havia comprado o depoimento do meu pai.
-Não, Draco. Ele não o fez. –Lucius disse, como se tivesse conseguido ler minha mente.
-Como você sabia que...
-Eu sei como sua mente funciona. E quanto ao depoimento, eu o dei porque assim o quis. Você deveria me visitar na prisão qualquer dia desses.
E, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, os guardas o levaram embora.
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Enquanto esperava pela deliberação, roí todas minhas unhas. Estava a ponto de roer a última quando senti a mão de alguém segurar a minha. Era Harry.
-Não faça isso. –ele disse.
-O que devo fazer então?
-Fale comigo. Pelo menos você pode se distrair um pouco.
Apertei sua mão.
-Obrigado, Harry.
-De nada. –ele piscou para mim.
-O que você fez foi espetacular! Você disse a todos que eu e você somos...e...eu...eu estou sem fala!
-Hermione e Ron disseram que já estava na hora. –ele sorriu. –O que eu fiz não foi tão maravilhoso assim. Confesso a você que estava assustado. Ainda estou. Não sei como as pessoas vão reagir quanto a isso. O herói do mundo deles, o Garoto-Que-Sobreviveu, apaixonado por outro garoto e não por uma garota...
-Não se preocupe. Você não é mais um garoto. Você é um homem, pelo menos para mim. –acariciei a mão de Harry. –Além do mais, eles não vão achar mais estranho do que gigantes e bruxos se casando. Ou sereias e cavalos-marinhos, ou sereianos e...
-Sereias e cavalos-marinhos? –ele estremeceu. –Isso é definitivamente estranho! Ugh. Diz que você está mentindo.
Eu sorri.
-Bem, houve um caso em 1860.
Ele fez uma careta.
-Você é tão mentiroso.
-Não sou. Pergunte a Hermione!
-Irei mesmo.
Falando da bruxa...Hermione e Ron apareceram ao nosso lado com as mãos entrelaçadas.
-Ouvi meu nome? –ela perguntou.
-Sim, estava contando a Harry sobre o casamento de uma sereia com um cavalo-marinho!
-Você é um grande mentiroso, Draco! –ela exclamou. –Nunca houve um caso assim!
-Claro que teve! Você não tem lido muito, Hermione! Existe um livro sobre isso.
-Humm...eu preciso pesquisar. Mas, pelo que sei, isso é besteira.
-Oh, Herm, não dê ouvidos a ele. Ele só está provocando você e Harry.
-Não estou!
Bem, só um pouquinho. Houve mesmo um caso assim, uma vez. Acontece que no final das contas eles descobriram que a sereia estava sob o efeito de um feitiço do amor, lançado por um amante rancoroso. Tinha todos os elementos de uma história triste, mas era engraçado. Meu pai costumava me contar isso quando eu era pequeno. Meu pai... Por que ele teve de escolher os caminhos errados para subir na vida? Por que ele tinha de ser da maneira que era?
-Drake? –Harry me chamou.
-Sim?
-Não fique triste. Você vai sair dessa.
Eu sorri fracamente.
-Espero que sim.
Finalmente, o Ministro da Justiça apareceu com o corpo de jurados atrás dele. Harry agarrou minha mão e nós esperamos pelo veredicto. Após muita conversa fiada, por fim chegamos à parte interessante. E quando eles disseram que eu estava livre para ir embora, fechei meus olhos e suspirei pesadamente em alívio. Harry me segurou com força como se nunca quisesse me deixar ir embora.
-Eu te disse. –ele murmurou em meu ouvido.
-Sem dúvida, meu amor. Sem dúvida.
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De volta a Hogwarts, havia uma grande festa esperando por mim. Eu estava envaidecido por toda aquela atenção. É claro que a maioria dos alunos presentes estava ali para perder algumas aulas e comemorar durante todo o dia e noite, mas quem se importava? Eu com certeza não! Eu tinha Harry ao meu lado. Nada mais me importava.
O momento mais excitante do dia foi quando ele me puxou para a pista de dança e me beijou na frente de todos. Suas ações produziram algumas caras enojadas, mas a maioria das pessoas parecia não se importar, o que para mim – e para ele – era um alívio.
Quando nos afastamos, eu o fitei, alarmado.
-O que você está fazendo? –perguntei.
-O que você acha? Estou te beijando, se ainda não percebeu.
-Ah, eu não perderia isso por nada, Harry. –beijei a ponta do nariz dele. –Mas é tão impressionante! Eu levei tanto tempo para ganhar a sua confiança e fazer você perceber que me queria tanto quanto eu te queria! Se eu soubesse mais cedo que tudo o que tinha que fazer para conseguir sua atenção era me meter em apuros...
-Não seja bobo. Foi sua insistência em conseguir minha atenção que me trouxe até aqui. Não, essa não é a palavra correta. Persistência, talvez? Persistente, sim. Essa é a palavra correta para te descrever. Você realmente deve me amar para suportar tudo o que eu te fiz passar esses últimos meses.
Eu me prendi em seus braços e enterrei meu nariz em seus cabelos, sussurrando suavemente em seu ouvido:
-Você não faz idéia, Harry Potter. E se formos para o meu quarto agora, eu posso te mostrar quão grande é o meu amor por você.
Ele gargalhou.
-Você é tão provocador.
-Estou falando a sério.
-Se nós sairmos agora, as pessoas vão começar a falar.
Não havia nenhum tipo de preocupação na voz dele. Harry estava achando a situação divertida.
-Então, deixe-os falar!
-Eu tenho que manter minha boa reputação.
-Ah, por favor! Circulando por aí comigo...você pode dar um grande au revoir à sua reputação.
Eu o guiei para fora do Salão Principal, reparando nos olhares curiosos em cima de nós até sairmos pela porta. Nos beijamos até meu quarto. Em um dado momento eu duvidei que conseguiríamos chegar até lá. Harry estava tão... inspirado! Estava sendo difícil conseguir me controlar. Mas, após o que me pareceram séculos, chegamos ao meu quarto e eu joguei nossas roupas no chão, sem a mínima piedade. Então eu parei. Não queria que aquele momento fosse apressado. Eu queria que levasse uma eternidade.
Eu o beijei bem devagar, nossos lábios e línguas se tocando ternamente. Eu me deliciei com os lábios dele como se fossem a coisa mais gostosa que já havia provado. Ele era tão gostoso. Então, nossos corpos se tocaram, dos pés à cabeça, e eu senti a adrenalina correndo pelas minhas veias. Os beijos se tornaram um pouco mais intensos, um pouco mais apaixonados – se é que aquilo era possível, porque estávamos queimando desde o início. Nós precisávamos um do outro. Bem, pelo menos eu precisava dele. Mas, pela maneira como ele estava reagindo a cada um dos meus beijos e toques, eu bem que podia dizer que ele estava se sentindo da mesma maneira que eu.
Nos deitamos na cama e eu o amei tal como na nossa primeira vez. Não houve nenhuma pressa. Nós tínhamos todo o tempo do mundo. Após o êxtase, eu ainda estava me sentindo um pouco incerto quanto a ele. Harry não havia dito que me amava. Eu sabia que ele se importava comigo, mas e se ele não me amasse? Ele percebeu que eu estava tenso e me abraçou.
-O que há de errado?
-Eu estava apenas pensando...
-Sobre o quê?
-Eu tenho uma pergunta para você e preciso que você seja muito, muito honesto sobre ela. –comecei, nervosamente.
-Pergunte.
Eu suspirei profundamente e então perguntei:
-Você me ama?
Eu o senti ficar tenso, e temi sua resposta. Agora, eu só podia esperar que ele não partisse meu coração depois de tudo que passáramos juntos...
Continua...
Chegamos a um fim tenso. Será que Draco não sabe a resposta para isso? Mas tudo bem...vamos ver qual vai ser o prêmio pra quem deixar review. Vai ser um wild card, o que acham? O que isso significa? Um coringa: vocês podem escolher o personagem que quiser e fazer o que quiser com esse determinado personagem. Por exemplo, eu poderia escolher o Draco e comer fundue de chocolate com ele a noite toda. E quanto a vocês? Façam suas escolhas através das reviews! Até semana que vem com o último capítulo! Beijões pra vocês!
