Tiago e Lily...Aventuras na Arábia..

Capítulo 1:

Era Uma vez, um pequeno objeto, que à primeira vista não passava de bugiganga, mas que tinha mudado a vida de um jovem...Um jovem que também era mais do que aparentava ser...

Gostaria de ouvir a história desse jovem?

Ela começa numa noite sombria...Onde um homem sombrio aguarda...Com um sombrio objetivo...

Em um lugar distante da Arábia um homem vestido de negro aguarda, com seu papagaio ao ombro.

Chegando em meio ás dunas um ladrão caminha apressado em direção ao nosso senhor de preto.

- Está Atrasado, Lestrange.

-Perdões, pacientíssimo Lord.- Murmura o homem , que acabara de chegar, se curvando á frente do Lord.

- Dessa vez passa se você trouxe o que pedi.

- Sim, Milorde, eu trouxe...Tive que procurar e gastar muito, mas afinal está aqui- Lestrange estende uma pequena metade de escaravelho ao Lord.

-Finalmente! – os olhos do Lord Negro brilham ao segurar a peça e ele gargalha. Uma gargalhada fria e calculista.

Finalmente! Ahhh! – diz o papagaio que está no ombro do Lord.

Cale-se, Severus.

-Agora, lembre-se . Na caverna há milhares de tesouros, pode ficar com todos eles- os olhos do homem brilharam.- Se me trouxer a lâmpada, é apenas o que eu desejo.

-Claro, milorde.-Com uma pequena reverência o ladrão entrou calculadamente na caverna que se erguera com a junção do escaravelho nas mãos do Lord.

Como se fosse a coisa mais normal do mundo, uma caverna se ergueu onde antes estava um montinho de areia e perguntou com voz forte:

Quem ousa perturbar meu sono?

Arrogante, o homem respondeu:

Eu, Robert Lestrange, pertencente á nobreza real.

-Pois saiba que apenas um homem nobre de coração poderá entrar aqui...Um diamante bruto!- a caverna sibilou.

Arrogante e assumindo porte altivo, certo de que ele era um nobre, Lestrange adentrou à caverna, que se fechou logo após sua entrada, voltando a ser um monte de areia.

-Ah, Não, Voldie, e agora?- o papagaio berrou.

-Ele não valia de nada...Precisamos do diamante bruto...e não me chame de Voldie, Severus, você sabe como odeio esse apelido...

- Sim, Milorde!

No mercado de Agrabah, na manhã seguinte...

Guardas correm atrás de um ágil rapaz que acabara de roubar um pão.

- Pare, ladrão!

- Vou cortar suas mãos como troféu!

- Rato das ruas!

- Tudo isso por um pão?- com um trejeito e um sorriso maroto o rapaz, de olhas castanho-claros, quase verdes, e cabelos espetados dá a volta pelos guardas, caminhando tranqüilamente.

Ainda andando com calma, pára em frente a uma barraca onde jovens vendedoras o chamam.

Arranjando encrenca logo cedo, Tiago?

Sorrindo marotamente e piscando um olho para as moças, o rapaz responde displicente, encostado ao balcão:

- Nada disso meninas, sabem, só é encrenca se você for apanhado...

Nesse instante, um dos guardas prende os braços do rapaz.

- É, agora é encrenca! – diz Tiago,sorrindo amarelo para as meninas mas ainda calmo.

Como ouvindo a sua deixa, um pequeno macaco pula em frente ao guarda, fazendo tantas acrobacias que o deixa de mãos amarradas e o ladrãozinho solto.

- Bem na hora, Aluado!- cumprimenta Tiago, enquanto os dois aproveitam a vantagem e correm.

Sorridente, o macaquinho faz um barulhinho de entendimento.

- Ladrão!- os guardas os alcançaram novamente.

Tenho que

Correr e ser ligeiro,

Pular pra me livrar,

Eu roubo porque não posso comprar.

Se entreolhando e sorrindo, os dois rapazes sobem estrepidamente no alto de um dos prédios da rua, correndo pelos telhados e descendo em frente à uma barraca de vasos.

- Ladrão!

Quer apostar que dribla mais, Aluado?

Correr, que aí vêm os guardas.

Tudo isso por um pão!

Por isso dizem que sou ladrão!

Ladrão!

Rato!

Lalau!

Peguem-nos!

- Tá maus, hein? Só sete?- com uma risada Tiago instiga o amiguinho.

Foi só um pãozinho

Peguem logo o ladrãozinho

Com gestos o macaco aponta oito guardas caídos no chão e sorri marotamente.

Enquanto Tiago se virava pra ver, Aluado pulou por cima do guarda, jogando-o em cima de um balde de peixes.

O que vou fazer,

Não tenho ninguém!

O macaco olhou repreendedor para o rapaz que, sorrindo, completou:

Só o meu amigo Aluado!

- Melhorou!

Pulando e se pendurando em cordas, os dois passaram pelos guardas e entraram por uma janela, caindo em frente a algumas dançarinas do ventre. Ao lado de Tiago, o pequeno macaco.

O pobre Tiago é perseguido,

É mais um menor abandonado,

E por isso hoje está perdido.

Dançando, as meninas passavam em frente a Tiago, que via tudo com um sorriso maroto, enquanto o macaquinho era afagado e beijado por outras dançarinas.

Tenho que viver,

Roubo pra comer,

Quando tiver tempo eu vou lhes contar...

Suspirando e puxando o macaquinho que relutava pelo rabo, Tiago salta novamente para a rua.

Sorridente e cheio de marcas de baton, o macaco apenas continuou correndo.

Os guardas quase me alcançam,

Por isso já vou correr Senão tenho que me esconder

Os guardas os avistam e correm atrás dos dois, que correm rindo das trapalhadas dos soldados.

Fugir dos guardas malvados,

No meio da multidão,

Vou ter que contornar o quarteirão.

Passando entre barracas e despistando os guardas, os dois dão a volta no quarteirão e param, olhando e gargalhando dos guardas que correm ainda os procurando.

Se virando, Tiago dá de cara com a Sra. Alahaan, uma senhora gorda que tinha uma quedinha por ele. Tiago sorri amarelo ao ver que o amigo sumiu.

- Vou seguindo adiante... - Ele é muito excitante!

Correndo dela, ele dá de cara com os guardas novamente.

Tenho que viver,

Roubo pra comer,

Devem me deixar em paz!

Correndo, Ele sobe e avista novamente o macaquinho, que o esperava na última janela de um prédio.

Correr de um lado pro outro

O meu destino é pular.

Desviando de guardas e pulando por cima de alguns, Tiago entra no prédio.

Os guardas correm depressa,

Mas eu não caio nessa.

Subindo vai até o último andar, onde fica encurralado com o macaco entre guardas e a janela.

Adeus!

Vou seguir viajem, boa aterrissagem,

Pois eu tenho que voar!

Pegando o pano que o macaco lhe estendia, Tiago colocou o bichinho no ombro e pulou do prédio, usando o pano como pára-quedas e pousando perfeitamente bem no chão. Os guardas pularam atrás deles...e caíram em uma enorme carroça de estrume.

Andando um pouco e já a salvo dos guardas, os dois se sentam pra comer o pão.

- Banquete, amigão! – diz Tiago, se sentando e entregando metade do pão para o amigo,que rapidamente mordeu o pão.

Tiago estava levando e sua parte à boca quando avista um pouco além duas crianças que deviam ter no máximo 5 anos procurando comida na lata do lixo.Penalizado, Tiago se levanta, ignorando os olhares de Aluado de "Não tem nada a ver conosco", e vai até eles, entregando a sua parte do pão.

Agradecidas, as crianças sorriem e dividem o pedaço que já era pequeno entre as duas.

Contrariado o macaco se levanta e também entrega sua parte.

Nesse momento eles escutam um barulho estranho e andam até a barraca mais próxima pra ver o que seria a agitação no mercado.

Um homem arrogante e convencido vestido luxuosamente anda altivo em seu cavalo que também é arrogante.

- Provavelmente mais um pretendente da Princesa.- comenta um mercador. Aluado já estava encostado displicentemente em uma parede mordiscando uma maçã que acabara de afanar da banca ao lado.

Sem que nenhum dos dois perceba a menor das crianças vai andando pela rua e pára em frente ao cavalo do nobre. O cavalo para quase derrubando o nobre, que olha de cima para o garotinho e ergue um chicote, gritando:

- Saia da frente seu fedelho nojento!

Correndo e se colocando na frente do garoto, Tiago arranca o chicote das mãos do nobre antes que ele machucasse o menino.

- Se eu fosse rico como você, seria muito mais educado!

- Oh, eu vou lhe dar boa educação! – responde o nobre, jogando Tiago em uma poça de lama.

-Veja isso, Aluado, não é todo dia que se vê um animal montado no outro...

O macaco deu uma risada nervosa. Tiago se levantou da poça e foi até o nobre.

- Que me interessa a opinião de um ladrão, rato das ruas! Você não vale nada e quando desaparecer, apenas os seus piolhos vão chorar!- rindo, o nobre entrou no palácio, e em seguida os portões se fecharam.

Tiago praguejou. – Oras, seu... Eu não sou ladrão! Nem rato das ruas.- coçou levemente a nuca, e depois acrescentou. – E Não tenho piolhos!

N/A: Bom, gente esse aí é o primeiro capítulo dessa fic, que segue por alto a idéia do filme da Disney, Alladin. É também feita ao mesmo tempo que a fic da Bia Black ( tem no meu profile como favorita) que tem a história da Bela adormecida.

Essa fic nasceu do surto de amar esses filmes e os marotos e resolver juntar tudo.

Bom, esse primeiro capítulo vai dedicado à minha querida beta e mana Bia Black.

Bom, comentem e digam o que acharam.

Até o próximo capítulo,

Mel Black