Capítulo III
Acordou exausta. Passou a noite inteira sonhando ou até mesmo pensando na reação de Draco quando soubesse quem realmente ela era. Todo o amor que ele dizia sentir ia se transformar em desprezo e só de pensar nisso, seu coração ficava apertado. Não entendia como e nem quando começou a desenvolver aquele sentimento por Malfoy. Mas não ia reclamar, aceitaria a situação da melhor forma.
Desceu para o café e encontrou o pai, a mãe e Rony, sentados tomando o café da manhã.
"Bom Dia."- disse sentando-se
"Bom Dia."- os outros responderam.
"Querida, o que houve? Parece tão abatida."- disse Molly olhando-a com preocupação.
"Nada, mamãe. Só algumas coisas lá no trabalho."
"E o Malfoy? Como está?"- disse Arthur
"Bem, papai, mas ainda está cego. Hoje vão operá-lo. Falando nisso, tenho que ir."- levantou-se, beijou os pais e o irmão e aparatou no St.Mungos.
Foi para a sala das enfermeiras, pegou sua roupa para a operação, mas antes foi ver Draco. Entrou no quarto e o rapaz ainda dormia. Aproximou-se lentamente, sem querer acorda-lo e o observou dormindo.
"Draco, por que você me faz sentir isso?"- murmurou acariciando o rosto dele.
"Isso o quê?"- disse Draco ainda de olhos fechados.
"Eu não acredito que você estava acordado."- disse se afastando.
"Sim, querida."- disse o rapaz sorrindo.
"Não me chame assim."
"Por que? Você é minha noiva."
"O QUÊ?"
"É sim, ontem eu fiz o pedido e você aceitou."
"Sr. Malfoy, o sr. está louco."
"E por que? É errado eu gostar de você e querer me casar com você?"- disse Draco se levantando e indo em direção à Ginny.
"Sr. Malfoy, não diga isso. O Sr. ainda nem me viu, como pode dizer que gosta de mim?"
"Por que você está tão preocupada com isso? Por acaso você é gorda? Eu não ligo para isso, para falar a verdade até gosto de mulheres que tenham alguma carne para apertar."- disse se aproximando mais.
"Não é isso. É uma coisa muito pior."
"Você tem espinhas? Pelo amor de Merlim, Ginny, eu não ligo."
"Não seja ridículo, claro que não é isso."
"Viu? Então não há nada que possa nos separar."- disse abraçando Ginny pela cintura.
"Pára."- disse quando ele começou a beijar seu pescoço.- "Malfoy."- pediu mais uma vez quando sentiu os beijos se aproximarem, perigosamente, da sua boca.- "Draco."- disse quase num lamento quando sentiu os lábios do rapaz tocarem os seus.
Tentou resistir, mas era impossível.
Logo depois os dois se afastaram e Draco disse:
"E então, casa comigo?"
"Não, Malfoy."
Vendo a cara de decepção do rapaz completou:
"Espere mais uma semana. Se tudo der certo na operação, você poderá me ver, então decidirá o que quer da vida. Agora, vou leva-lo para a sala de operação."
Draco concordou e minutos depois os dois estavam no local onde ocorreria a cirurgia. O rapaz deitou-se na "mesa" enquanto Ginny preparava os instrumentos. Minutos depois o médico chegou e foi dado à Draco uma poção que tinha o mesmo efeito da anestesia.
A cirurgia demorou cerca de três horas, Draco foi encaminhado para o quarto, onde Ginny o observaria nas próximas 24h.
Draco teve uma recuperação mais rápida do que era esperado pelos médicos. Ginny estava vivendo mais no Hospital do que em casa, fato percebido por Molly que apenas balançava a cabeça em discordância, quando via a filha correndo igual a uma louca.
Dedicou-se além do máximo que seu corpo agüentava. Aproveitava cada momento ao lado de Draco, porque sabia que em breve tudo mudaria.
E então, esse dia chegou...
!D/G!
Acordou muito animado. Enfim tirariam aquelas ataduras de seus olhos. Tinha muita fé que conseguiria enxergar novamente.
Tomou café e logo depois esperou a chegada do médico. Julgou já ser de noite quando o médico chegou e disse:
"Olá, Sr.Malfoy, vamos tirar essas ataduras?"
"Sim! Claro, Dr."
O homem foi tirando as faixas devagar. A cada volta dada o coração de Draco batia mais forte. Enfim a última volta foi dada e Draco viu-se novamente na escuridão. Desanimado, disse ao médico:
"Dr. Não vejo nada."
"Sim, Sr.Malfoy, aconselho que abra os olhos."
Estava tão nervoso que esqueceu desse 'pequeno' detalhe.
Abriu os olhos lentamente e então viu uma luz forte. Fechou os olhos novamente e o médico disse:
"E então?"
"Só vi uma luz."
"Sim. É por que faz tempo que o Sr. não vê, mas tente outra vez."
O rapaz abriu os olhos de novo e pôde ver, um pouco desfocado, o rosto do médico. Sorriu e o médico disse:
"Que bom! Vejo que a operação foi um sucesso. Creio que em breve o Sr. terá alta. Agora, preciso ir. Mandarei a Srta.Weasley até aqui."
O médico saiu, mas Draco nem percebeu o que o homem falou. Estava tão emocionado em poder ver de novo que agora tudo parecia novidade. Levantou-se e sentiu uma leve tontura. Andou por todo o quarto reconhecendo os objetos que antes conhecia apenas com o tato. Foi até o banheiro e olhou-se no espelho novamente, depois de ter chegado à conclusão que continuava lindo, voltou para a cama e esperou a chegada de Ginny.
Viu a porta se abrir e por ela passar uma moça baixinha, magra, com os cabelos cor de fogo, toda vestida de branco. A mulher virou-se para ele e o olhou de maneira indagadora. Ele a conhecia de algum lugar, mas qual seria o lugar?
Pensou um pouco, olhando cada característica de Ginny. Então, atentou-se para os cabelos cor de fogo e as sardas e então tudo pareceu fazer sentido. Ginny era a Weasley fêmea, pobretona.
"Weasley?"- disse com um leve tom de desgosto.
"Sim, Malfoy."
"Eu não acredito! Como eu ousei dizer que me casaria com você? Uma Weasley pobretona? Merlim, sinto nojo de mim por ter beijado essa sua boca imunda."- disse gritando.
"Eu já sabia, Malfoy que quando me visse, logo mudaria de idéia."
"Por que você sabe que tenho bom gosto, não é?"
"Não, por que sei que você é um safado, covarde, que nunca seria capaz de nutrir algum sentimento bom por alguém. Eu sou pobre? Querido, não fui eu que tive todos os meus bens confiscados pelo Ministério porque minha família era envolvida com artes das trevas. Ah, e como eu posso ser pobre e sou filha do atual Ministro da Magia? Sim, Malfoy. Arthur Weasley agora é Ministro da Magia e eu estava pensando em pedir a ele que devolvesse seus bens, mas você não merece. É mesquinho, frívolo, idiota, imbecil e todos os adjetivos ruins que possam existir em todo o mundo."- disse saindo logo em seguida.
Draco apenas a viu sair sem dizer nada. Odiava-se, odiava seus pais, odiava o Ministério da Magia e, principalmente, odiava Ginny. Não queria nunca ter voltar a enxergar, preferia mil vezes ter continuado na escuridão.
Nota da Autora: Eu! Oi, Gente! Espero que tenham gostado, que continuem lendo e mandando reviews, por favor! Bem, não vou agradecer os coments nesse, pq agora o ff net desenvolveu um negocio que nois responde diretamente p/ vocês, então mandem seus emailzinhos que titia responde, okeijo?
Beijocas p/ todos,
Manu Black
