Personagens: Duo, Heero, Quatre, Trowa, Chang, Milliardo, ...?(Pode pintar mais)
Classificação: Yaoi, Angst, AU, OCC, Violence, Lemon
Status: Em andamento
Disclamer: ©copyright Bandai Entertainment Incorporated e Gundam Wing © SOTSU AGENCY - SUNRISE – ANB . Esta é uma fanfic sem fins lucrativos. Como consta acima, os G-boys não são meus.
OBS: Aviso que esta fic existe troca de casais, então não se assustem, não deixem de ler. Mas não digam que eu não avisei.
Bjins
Shouting
for love...
(Clamando por amor...)
- Capítulo V -
Quatre não conseguia se mover estava paralisado vendo Duo esmurrando o rapaz com tanta raiva que ele mesmo não estava conseguindo reconhecer o amigo. Então aquele ali no chão sendo socado e chutado diversas vezes era o tal loiro que tanto fez mal ao seu amigo? Quatre não sabia se deixava Duo descarregar a ira que havia guardado este tempo todo, ou se tentava conter Duo antes que este matasse o infeliz.
A cena era assustadora. Duo descontrolado estava agora chutando o corpo de Marcel diversas vezes enquanto repetia de forma insana o tempo que fora assombrado pela lembrança daquele dia.
Marcel, por vez, já quase se encontrava inconsciente. Seus pensamentos estavam tão embaralhados com a situação que nem conseguia ouvir a voz carregada de raiva de Duo.
Quem estava passando no local naquele momento se assustava com a visão. Alguns cochichavam, outros passavam direto não querendo se envolver na briga, alguns gritavam para que Duo batesse mais, incentivando-o a acabar com o loiro. Isto teria acontecido se dois jovens que ali passavam no caminho para casa não tivessem interrompido o ato segurando um Duo irado.
"Maxwell, anda, pára com isso cara!". Gritava Trowa segurando por trás o corpo de Duo. "Heero, ajuda aqui que ele está descontrolado". O jovem também procurou segurar o ensandecido rapaz, enquanto este se debatia ainda jurando o loiro de morte.
"Duo, por favor, acalme-se! Pare com isso, ele ta quase morto!". Dizia Quatre que estava quase chorando e que lentamente foi se aproximando de seu amigo.
Algo na cabeça de Duo estalou e ele foi tentando se controlar. Sua respiração estava tão acelerada que seu peito se movimentava em rápidas subidas e descidas. Sua visão foi adquirindo foco novamente e a primeira coisa que viu com nitidez, foi olhos de cor azul, um azul cobalto, fitando-o intensamente. Seu corpo teve um leve tremor com aquela visão e sua mente tentou funcionar...'Mas que diabos... O que ta acontecendo aqui?'. Sentiu seu corpo ser lentamente largado.
"Maxwell? Cara, o que deu em você?". Trowa que era de poucas falas, agora estava tentado a fazer longas perguntas. Não estava acreditando que seu novo colega de classe havia espancado alguém quase até a morte.
"Duo, meu Deus... você me assustou". Quatre se jogou nos braços do americano, ignorando o fato dos outros dois rapazes estarem ali com eles. "Você quase o matou Duo, por Alah... eu sei que ele merecia, mas...". Falava com o rosto escondido no peito do americano.
Os olhos de Duo, que agora não estavam mais cobertos pelos óculos, fitavam o loiro caído e que gemia de forma baixa no chão. Não sentia nenhum arrependimento de ter feito aquilo, nada no mundo podia lhe tirar a satisfação daquela surra. "Eu devia ter acabado com tua vida desgraçado. Teve sorte de me pararem". Falou alto enquanto fitava Marcel no chão.
"Temos que socorre-lo, ele não pode ficar assim no chão". Comentou Heero que agora saía do transe de fitar o americano descontrolado.
Os olhos de Duo cintilaram de fúria ao escutar as falas daquele rapaz estranho a sua frente. "Deixe-o aí, ele que se vire, que vá pra casa se arrastando, como um dia, eu mesmo o tive que fazer por mim. Esse desgraçado mereceu cada soco, cada chute, e até pior. Só que eu não sou como ele, o que ele fez a mim... eu não vou repetir. Prefiro mata-lo". Falava sério olhando o jovem de olhos lindos. Sentia-se incomodado com aquele olhar.
"Duo, vamos para casa. Você precisa relaxar, se acalmar. Me dê a chave do carro que eu dirijo". Quatre estava tentando se manter controlado e com os pensamentos organizados. Ele sabia que seria perda de tempo fazer Duo aceitar dar assistência ao rapaz que ainda se encontrava caído no chão, então o melhor a ser feito era saírem dali o mais rápido possível.
Trowa queria entender aquilo tudo, aquele surto de raiva, aquelas palavras de Duo. Alguma coisa aquele loiro havia feito no passado de seu colega que resultou neste espetáculo de fúria.
"Trowa...". Murmurou um Quatre preocupado e ao mesmo tempo corado. "Obrigado pela sua ajuda, eu não conseguiria sozinho...". Comentava um loirinho corado fitando o rosto de Trowa, enquanto Duo já ia se afastando indo em direção ao carro.
"Tudo bem Quatre, eu... ainda não entendo, mas quem sabe algum dia...". Falava baixo olhando para o loiro. "Aqui...". Colocou a mão no bolso da calça retirando algo. "Meu telefone está ai, qualquer coisa você pode me ligar".
Quatre abriu a boca querendo emitir algo, mas não conseguia e acabou ficando mais corado ainda ao se dar conta que estava aceitando o cartão com o telefone. Suspirou fundo antes de agradecer com uma voz tremida. "Obrigado Trowa". E logo em seguida acenou com a cabeça para Heero virando-se logo para correr até Duo que estava a alguns metros de distância.
"Não sabia que por debaixo daquele jeito calado e tranqüilo, Maxwell poderia ser tão agressivo". Comentou mais para si mesmo do que para ser ouvido por alguém.
"Ele tem os olhos lindos... tristes, mas lindos". Dizia um Heero ainda atordoado não notando que era encarado por Trowa que elevava uma de suas sobrancelhas perante aquele comentário.
..:.O.:..
O caminho até o apartamento havia sido silencioso. Duo não comentava nada além de apenas ficar com um olhar vago para algum ponto perdido na rua e Quatre dirigia calado demais pensando em tudo que aconteceu naquele dia até ali.
Somente dentro do apartamento é que o silêncio foi quebrado e como sempre, por Quatre.
"Duo, eu...". Estava temeroso. Nunca pensou presenciar aquilo. Duo sempre evitava confusões, brigas e qualquer coisa do gênero.
"Quat, por favor... não agora". Pedia de maneira cansada. A voz estava embargada.
"Mas Duo... eu só queria entender... só isso. Eu sei que ele te fez muito mal, eu sei que por causa dele eu não tenho mais o meu amigo de infância por completo, mas você não deveria ter perdido a calma Duo". A voz de Quatre era baixa, como se estivesse com medo de ser escorraçado só por estar falando aquilo.
Duo se voltou para Quatre com os olhos ainda em brasas. Não queria lembrar, mas parecia que o seu pedido ia ser negado pelo loiro.
"Você fala como fosse fácil não se descontrolar num caso desses não é, Quatre? Você não tem idéia de como é ser rasgado por dentro, não tem idéia de como é implorar para que parem e ouvir o desgraçado rindo e metendo em você com todo sadismo do mundo. Você não tem idéia de como é tentar se afastar dessas lembranças para se sentir gente, se sentir um pouco digno e ver tudo ruir ao se deparar com o maníaco que te currou na frente de um bando de outros malucos. Eu o odeio Quatre, eu odeio aquele loiro maníaco, por mim eu teria matado o desgraçado para que nunca mais alguém pudesse ser abordado por ele...". Gritava descontrolado. "Aquele loiro desgraçou a minha vida Quatre... aquele loiro maldito... tinha que ser loiro, eles não prestam para nada". Falava andando de um lado para outro, descontrolado, tendo em sua mente flashs do passado.
Quatre estava se sentindo realmente magoado com aquilo. Sabia que aquelas palavras não eram de todas verdadeiras, mas escutar aquilo foi como se tivesse levado um tiro, um soco, e de alguém que lhe era por demais importante.
"Duo...". A voz era baixa, mas mesmo assim acabou por chamar a atenção do americano. "Eu sou loiro... então na sua concepção... eu não presto para nada". Disse já chorando com as mãos apertadas tão forte que a pele estava ficando avermelhada. "Eu sou um estorvo para você". Finalizou soluçando.
Duo vendo a forma em que seu anjo se encontrava se sentiu o ser mais desprezível da face da terra. Havia feito o seu amigo, o seu amante, a pessoa que sempre esteve ao seu lado durante esses anos todos de amargura, sofrer com aquelas palavras. Deixando toda a sua ira de lado, mediante a tal fato, se aproximou de Quatre, que estava com medo, e o abraçou.
"Quat... meu Quat... Mil perdões, eu não queria dizer aquilo. Na verdade eu não te enquadro naquilo. Perdoe-me meu anjo. Você sabe como eu sou, como eu fiquei depois de tudo. Desculpe-me por ter fazer sofrer com as minhas palavras amargas. Você não merece isto". Duo estava abraçado a Quatre, e ambos choravam. O loirinho acabou se deixando levar pelo abraço e correspondeu. Estava magoado sim, mas era impossível não perdoar Duo sabendo de sua história.
Duo fazia leves carinhos nas costas de Quatre deixando assim o loiro mais calmo. Não era para ter dito aquilo, as palavras não eram destinadas a Quatre, mas naquele momento queria só se redimir com a pessoa que sempre o tratou com dignidade e lhe devotou mais do que um simples tempo.
Lentamente, foi depositando suaves beijos no rosto do loiro, beijos estes que iam sendo direcionados aos pequenos lábios. Sempre que se beijavam, era com carinho, nunca em todo este tempo que estavam juntos, Duo deixou de ser carinhoso. Quatre começou a responder o beijo fazendo com que seus braços envolvessem o pescoço do americano e deixando uma de suas mãos vagar por entre os cabelos soltos.
Duo se afastou um pouco para ficar os olhos azuis claro do loiro. "Me perdoa Quat? Me perdoa por ter sido um estúpido?". Quatre além de amante, companheiro, era também um amigo. Um amigo não, na verdade era o melhor e único amigo que Duo já tivera, e ele precisava se sentir perdoado pelo loiro.
Os olhos mesmo ainda avermelhados do choro anterior agora mostravam que não estavam mais magoados. Como não perdoar Duo? Só se ele não fosse Quatre e claro, só se aquele a quem estava abraçado não fosse Duo. "Claro que sim seu bobo". Disse com um sincero sorriso nos lábios como se nada houvesse acontecido há poucos minutos.
Duo enlaçou a cintura de Quatre retirando o menor do chão para aconchegá-lo em seu colo. Caminhou lentamente para o quarto que dividiam enquanto voltava a beijar o loiro.
Quatre correspondia ao beijo, deliciado. Era sempre assim com Duo. Mesmo o mais simples das discussões, Duo após os desentendimentos, era muito carinhoso e claro, as pazes eram sempre feitas no local mais acolhedor da casa; o quarto que dividiam.
O americano depositou Quatre com cuidado em cima da cama e em seguida logo se aconchegou ao seu lado. Os carinhos continuaram, as mãos de Duo percorriam todo o corpo do loirinho que era despido aos poucos. Seus lábios agora se encontravam descendo o pescoço alvo do menor que mordia os lábios ao sentir os estímulos que seu corpo recebia.
A mente de Quatre ousou vagar se distanciando daquele quarto, não do momento, mas sim da pessoa que lhe acompanhava. Em sua mente, naquele momento, Quatre estava começando a fantasiar com um certo rapaz de olhos da cor de uma esmeralda. Olhos verdes, olhar intenso, cabelos fartos sendo largados para frente do rosto deixando um dos olhos escondidos.
Os lábios de Duo agora se encontravam em seus mamilos, mas Quatre podia jurar que aqueles lábios eram de... Trowa. Sim, bastou apenas um dia, um momento, para deixar o loiro literalmente desejoso a ponto de fantasiar estar sendo tocado por ele.
Duo não estava estranhando muito a receptividade de Quatre, mas notou que alguma coisa estava levemente diferente. Os gemidos de Quatre estavam mais... intensos, por assim dizer, além de o loiro manter-se com os olhos cerrados. Geralmente o loiro acompanhava todo o trajeto de Duo com os olhos bem abertos, se deliciando em ver tudo que era feito em seu corpo, mas hoje o jovem loiro estava alheio a isto. Mesmo assim o americano não iria deixar de dar prazer a Quatre.
..:.O.:..
"Heero?". Trowa olhava atentamente as feições do moreno. Heero estava distante desde que encontraram Maxwell atacando aquele loiro. E claro, a fala do japonês lhe veio à mente... 'Ele tem os olhos lindos... tristes, mas lindos'. Lembrou-se. "Heero?". Chamou-o novamente com a voz mais elevada e só assim conseguiu a atenção do outro.
"Nani?". Piscou várias vezes para Trowa, corando levemente por ter sido pego em algum devaneio.
"Você está assim distante desde que encontramos Maxwell. Tem algo que eu deva saber, Heero?". Perguntou de forma séria fitando o rosto do moreno.
"Hum...". Ponderou antes de falar... "Bem, tirando o fato de você ter um amigo gostoso, violento, sexy... Acho que não". Disse sorrindo fitando o rosto de Trowa que estreitava os olhos.
"Não vai me dizer que ficou interessado nele, vai?". Perguntou se aproximando do japonês de forma perigosa.
"E se... bem, e se lhe disser que sim?". Comentou baixo também se aproximando de Trowa. "Você sabe né...". Colou seu próprio corpo ao de Trowa.
"Sei?". Disse envolvendo a cintura de Heero.
"Sabe sim. E não me negue que você mesmo não tenha ficado interessado naquele pequeno loiro. Não o conheço, só o vi por poucos instantes, mas... ali tem algo". Deu de ombros olhando para os lábios do rapaz maior. "Você não foi nada discreto ao dar seu telefone para ele ligar". Falou com um sorriso no canto dos lábios.
"Não nego. Ele me atraiu desde que fomos apresentados". Imprensou mais seu corpo ao de Heero.
"E o que você pretende fazer?". Estava curioso.
"Ele é comprometido com o Maxwell, Heero!". Afastou os lábios que roçavam no pescoço de pele levemente dourada.
"Hum... mas ser comprometido, não significa estar morto". Deixou um sorriso malicioso adornar seus lábios antes de serem capturados por um beijo forte de Trowa.
Trowa apartou o beijo apenas para falar poucas palavras...
"Yuy, você definitivamente não presta!". Sorriu.
"Digo o mesmo para você, Barton!".
Voltaram a se beijar com mais intensidade e em poucos minutos, Trowa e Heero já se encontravam deitados sobre o felpudo tapete creme da sala do apartamento que dividiam.
..:.O.:..
Hospital Memorial Sank – 14:30 – Segunda Feira.
"Que bom que você veio. Era o único telefone de contato que encontramos na carteira dele. Ele foi muito espancado e encontra-se inconsciente. Aparentemente não houve nenhum dano, todos os exames foram feitos, mas ele ainda não responde. O médico afirma que pode ser devido ao trauma que sofreu". Relatava uma enfermeira, aparentemente de idade avançada, para o único responsável que fora chamado ao hospital.
"Não me assusta que ele não tenha nenhum outro telefone de contato. Ele não tem muitas pessoas a quem possa recorrer porque nunca se importou com elas, apenas consigo mesmo". Falou enquanto olhava por detrás do vidro, fora do quarto, o corpo de Marcel estendido na cama hospitalar.
"Ah meu querido, não deveria falar uma coisa destas de seu irmão!". Fitava as feições do jovem que se encontrava ao seu lado.
"Só quem o realmente conhece, sabe do que estou falando. Meu irmão não é flor que se cheire. Se foi espancado, no mínimo deve ter aprontado alguma coisa que levou a este desfecho. Por sorte mamãe está viajando e não terá mais este desgosto". Inconscientemente cerrou os punhos.
"Jovem Milliardo! Por Deus, não diga isto, sua mãe ficaria chateada se soubesse o que você está falando".
Milliardo Peacecraft era irmão de Marcel. Seus pais se separaram quando eram pequenos. Milliardo fora morar com a mãe, enquanto que Marcel ficara com o pai. Eram fisicamente parecidos apenas com um ano de diferença, mas completamente diferentes em personalidade. Enquanto um era a cópia do pai, sendo agressivo, irônico e tudo que há de pior em um ser humano; o outro era completamente o oposto.
"Ela ficará chateada sim, mas não pelo que falei, mas sim pelo que ele aprontou que o levou a parar neste hospital. Se me der licença, vou entrar no quarto e esperar até que ele acorde...". Tocou a maçaneta da porta deixando clara a intenção de entrar.
"Claro, fique com ele um pouco, vou procurar o doutor e logo ele estará aqui. Com licença". Tratou logo de sair à procura do médico que dera o atendimento ao jovem Marcel.
Milliardo suspirou profundamente antes de entrar no quarto. Fazia aproximadamente uns dois anos que não se encontrava com o irmão. Suas diferenças acabaram por afastá-los. Não se sentia bem ao lado de Marcel, mas estava tentado a saber como e porque o irmão levara uma boa surra fazendo-o parar até no hospital.
Entrou no recinto e logo puxou uma cadeira que se encontrava encostada próximo a parede, para perto da cama do irmão. Era visível os hematomas que se encontravam espalhados pelo corpo. O rosto inchado, as manchas roxas e escoriações ao logo dos braços. Suspirou olhando o relógio de pulso. Estava com a tarde livre, tinha tempo de sobra para ficar esperando, mas sua paciência era um pouco limitada quando o assunto recaia em seu irmão e seus atos.
Os minutos se transformaram em horas. Estava relendo uma das revistas que a adorável enfermeira Nora lhe trouxera após a visita do médico. Soube que o irmão dera entrada no hospital através de um chamado de emergência, mas ninguém estava lhe acompanhando. A ambulância o trouxera sozinho, já desacordado.
Seus olhos vagaram mais uma vez para figura que já dava sinais que estava despertando. Pode ouvir um gemido seguido de um resmungo. Provavelmente sentia-se completamente dolorido. Seria errado falar 'bem feito' para o irmão naquelas condições?
"Vejo que já está acordado... Está sentindo muita dor?". Perguntou fechando a revista e olhando fixamente para o irmão.
"Oh... O anjinho da família resolveu fazer caridade?". Tossiu sentindo uma enorme dor em seu interior, parecia que seus órgãos estavam todos moídos.
"Caridade seria se eu te levasse para casa, mas creio que nem a mamãe gostaria que isso ocorresse. O que foi que você fez desta vez, Marcel? Já não basta todos os problemas anteriores?". Tentava conter a voz.
"Ah sim... Esqueci que não existo para a família Peacecraft, não é isto? O sobrenome ficou perfeito em você, Milliardo...". Virou o rosto para encarar o irmão nos olhos.
Ambos se encaravam. Dava para se ver a mágoa, a raiva, que pairava entre os irmãos.
Marcel nunca perdoou a mãe por ter abandonado a família, se separando de seu pai, que na sua visão era um homem integro, para se casar com August Peacecraft, abandonando desta forma o nome e a história da família Marquize.
"Melhor do que ser filho de um crápula que infelizmente tenho os genes". Disse desgostoso.
"O que lhe trouxe aqui, Peacecraft? Ver se finalmente morri para pisar em meu túmulo? Sinto em informar, mas vaso ruim não quebra". Sorriu amargo em meio a dor de sentir os lábios inchados repuxando.
Milliardo sentiu uma vontade imensa de surrar o irmão, mas buscou se controlar.
"Não. Foi o hospital que me chamou, já que você estava somente com o meu telefone de contato em sua carteira. Alias, estranho não! Não nos falamos, não nos suportamos e mesmo assim meu telefone está guardado com você...".
Marcel virou o rosto para o outro lado e resmungou algo tão baixo que Milliardo não fora capaz de entender.
"Eu permaneci aqui para saber o porque você foi surrado. Meteu-se com gente da pesada, Marcel? Não me preocupo com você, mas não posso deixar de pensar que isto pode afetar a mamãe, mesmo que ela diga que nada sinta pelas coisas que você faz". Acomodou-se melhor na poltrona ainda fitando o irmão.
"Não precisa se preocupar com isto, 'maninho'. Esta surra não passara sem sua devida resposta. Tenho que acertar contas com uma certa pessoa do passado...". Tentou sorrir, mas parou ao sentir dor.
"Quer dizer que foi somente uma única pessoa que te deixou assim?". Estava surpreso. De tudo que sempre escutara do irmão, nunca ouvira que ele em alguma vez levara uma surra como esta. Não sabia se devia procurar a pessoa que fizera isto para parabenizá-la, ou se simplesmente deveria deixar este assunto de lado.
"Ele vai ver só. Aquele corpo vai voltar a ser meu... só meu. Vou domina-lo que nem fiz a sete anos atrás, e força-lo a me dar como fiz naquela noite". Falava sem se importar que o irmão estivesse ali escutando em parte a atrocidade que cometera a algum tempo.
Milliardo arregalou os olhos incrédulos do que acabara de escutar. Seu irmão então forçara sexo com uma pessoa? Violentou alguém a sete anos atrás? Começou a sentir-se enojado por ser irmão de uma pessoa tão vil quanto Marcel.
Sem nada a falar, Milliardo apenas se levantou bruscamente e foram em direção à porta, parando apenas para fitar uma única vez mais o irmão e lhe proferir algumas palavras.
"Se te encontrar na minha frente mais uma vez, reze para que eu esteja de bom humor, caso contrário não será um estranho que te colocara em uma cama de hospital inconsciente. Te darei uma surra tão bem dada que coma, será uma das palavras ao constar em seu prontuário médico...".
Não esperou nenhuma resposta, apenas saiu batendo a porta deixando dentro do quarto o irmão que não estava acreditando na ameaça que recebera.
Continua...
Agradeço aos coments anteriores no site, no MSN e por e-mail.
Peço desculpas pela demora imensa na atualização desta fic, mas foi necessário uma leve parada para não ser envolvida pela torrente de sentimentos do Duo.
Desculpa se algo no meio do caminho possa estar parecendo errado. Em caso de dúvidas é só me perguntar que respondo normalmente. Não sei se consegui passar o que tinha em mente.
Espero que continuem acompanhando a fic, que comentem para me incentivar e assim... a atualização pode vir mais rápida
Bjins e inté
Escrita: 20-12-2005
11:30hs
