Duat
Autor (a): Phoenix
Comentários
Claudia
Oi! Bem , por enquanto acho que uma múmia assassina não vai aparecer, mas quem sabe né! Adoro quando vcs fazem sugestões e dão asas a minha louca imaginação! E uma coisa: quem é Dr. Pheebes?
Maga-Patalogica
Oi Cíntia! Mas é claro que vamos montar nossa convenção no Egito! Quem quiser, pode se inscrever tá! Continue acompanhando as aventuras dos nossos queridos exploradores! Um beijo!
Jess
Vc quase conseguiu dar um nó na minha cabeça sabia! Fabuloso como os leitores imaginam coisas que nem passam pela cabeça da gente; adoro isso! Corre pra ler que vc verá quais são as intenções do Imã.....mas quanto a lenda do sol.......mais tarde saberá!
Rosa
Como eu disse, adoro seus reviews, adoro quando vc comenta cada detalhe, cada parte em especial. estou esperando o meu exemplar de tuaregue, mas parece que o sistema de correios de lá não funciona muito bem, deveria ter pedido em sedex! A mensagem das mãos existe mesmo, aliás, tudo ali existe e quando não, eu aviso. Continue lendo e mandando seus comentários e, é claro, as críticas que sempre serão bem vindas.
Cris
Desculpa Cris, eu publiquei e esqueci de avisar, na verdade, esqueci de pedir pra minah relações públicas avisar! Mas que ótimo que seus reviews chegam de qualquer forma, vc sabe que eu adoro! também adoro lendas, coisas místicas e tudo que envolva fé!
Rafinha
Se depender de mim, vc vai ficar cada vez mais viciada em fics tá! Beijos!
Ninna
Como é bom encontrar gente que paga as dívidas de reviews! Adoro isso!
Towanda
Antes tarde do que nunca né! E não esqueça, continue lendo e dando os excelentes palpites que só contribuem para que esta fic melhore, mas não foi de propósito.
Parcival
Bem vindo seja vc quem for, embora eu tenha minhas suspeitas. Usando suas palavras, a mensagem que eu tiro do seu review é que vc é uma pessoa muito simpática, sensível e apesar de sua fic ser ox e ite, eu li e gostei muito; a estória tem tudo para ser um sucesso do ff. Quanto a ESPIAFO, não nos subestime, pois vc não imagina do que essas doidas são capazes! E mais, os olhos de Sauron foram traídos por sua segurança, distração e pela força de vontade de um pequeno ser. Um beijo, espero encontrar seus review mais vezes....verá os meus tb.
CAPÍTULO 6
Na manhã seguinte, os exploradores acordaram com os corpos moídos, e com a sensação de que haviam acabado de deitar. Apesar do conforto das acomodações, a noite havia sido realmente complicada. Nas tendas havia bacias e jarras d'água onde eles puderam se lavar e em seguida os servos lhes trouxeram fartas bandejas a fim de que fizessem o desjejum.
É bem verdade que eles não estavam com muita fome, mas foram aconselhados a se alimentarem muito bem, pois um dia no deserto era muito duro e seria preciso que eles estivessem preparados para agüentar. Os aventureiros continuavam animados com a hospitalidade dos tuaregues, mas pela primeira vez, eles começaram a se questionar o porque daquilo tudo. Porque estranhos estariam sendo tão bem recebidos?
É bem verdade que eles não estavam em Londres ou em nenhuma grande cidade, onde se desconfia de tudo e todos e nenhum estranho é tão bem recebido assim, mas até ali as coisas pareciam estranhas demais. Após o café eles se encaminharam à tenda do Imã, mas foram impedidos de entrar pelos guardas que estavam na porta. Por mais que tentassem explicar que apenas queriam conversar com o sábio, isso de nada adiantava.
Os homens nada diziam, nem mesmo abalavam sua serena expressão, mas impediam a passagem, fato que acabou por irritar muito o valente lorde, que por pouco, e também pelo forte puxão que levou de Marguerite, não perdeu a estribeira e partiu pra cima deles. Todos ponderaram que não poderiam fazer isso depois de tão calorosa recepção. O lorde se acalmou e eles resolveram voltar para suas tendas e falar com algum dos servos: quem sabe, eles não poderiam ajudar.
No caminho de volta, o soturno homem que sempre acompanhava o Imã, apareceu de repente. Ele pediu que os cinco o seguissem e os levou a mais uma das tendas, onde se colocou à disposição para responder quaisquer perguntas que eles tivessem. Os aventureiros levaram um susto com a abordagem do misterioso homem: como ele poderia saber que eles tinham perguntas? Será que sabia até mesmo quais eram as suas perguntas?
A aparência do homem agora parecia um pouco mais leve que na noite anterior; a diferença era sutil, e por isso mesmo só foi notada pelas duas mulheres do grupo, que, como toda mulher, eram exímias observadoras. Os traços fortes de seu rosto, emoldurados pelos cachos negros que lhe caíam pelos ombros, tão negros quanto seus olhos, não passaram despercebidos para Verônica e Marguerite. As duas não fizeram comentários entre si, mas isso não impediu que os cuidadosos, para não dizer, ciumentos, Malone e Roxton percebessem que as duas mulheres nem piscavam, enquanto o homem falava.
Tentando desviar a atenção delas, sem sucesso, Roxton questionou o homem sobre o porque de não conseguirem falar com o Imã. O homem respondeu com total simplicidade que o sábio costumava levar muito tempo fazendo suas orações matinais e não poderia ser impedido de forma alguma. Era disso que dependia o equilíbrio espiritual da tribo, a proteção, a coragem e a sabedoria na hora devida. Após isso, nada os impediria da falar com ele.
Mas Malone não pôde esperar e preferiu ser mais direto; partiu para as perguntas mais importantes que precisavam fazer, cujas respostas poderiam conduzir para um caminho ou outro seus destinos. Ele, obviamente quis saber porque foram tão bem recebidos ali, se os tuaregues nem sabiam quem era eles, ao que o homem respondeu que era costume da tribo receber bem à todos que precisassem de ajuda, proteção ou mesmo um lugar para dormir ou comer.
É claro que os exploradores não ficaram satisfeitos e insistiram, mas o homem dava respostas evasivas, dava voltas, falava qualquer coisa, mas nunca o que os aventureiros queriam mesmo saber. Foi então que soou uma sineta e o homem, pela primeira vez esboçou um sorriso. Pronto! Foi só o que ele disse, e rapidamente se levantou e os conduziu novamente, mas desta vez de volta à tenda do sábio. Diante do soturno homem, os guardas saíram magicamente da frente da tenda, sem que ele precisasse proferir nenhuma palavra.
Mas antes que entrassem, para surpresa de todos, especialmente de um certo caçador, Marguerite parou e virou-se para o homem, encarando-o diretamente. Enquanto todos na tenda haviam bombardeado o homem com perguntas acerca dos misteriosos anfitriões tuaregues, a herdeira havia permanecido muda, mas agora estranhamente ela tinha uma pergunta.
Qual seria a pergunta, era o que martelava a mente de todos naqueles segundos que se passaram, mas ela era rápida no gatilho, direta em seus objetivos e assim que o homem assentiu com a cabeça, ela disparou: qual o seu nome? Perguntou ela, diante do perplexo Roxton, que rapidamente a arrastou para dentro da tenda do Imã, mas não antes que o homem respondesse: Ardeth, meu nome é Ardeth.
Passada a saia justa, todos entraram na tenda e se depararam com o Imã, serenamente sentado, com os olhos fechados. Challenger ficou meio confuso, pois se haviam mandado que entrassem é porque, supostamente ele já deveria ter acabado suas orações; mas não era isso que parecia. Na verdade, o homem parecia estar em estado de hipnose; sua respiração era quase imperceptível.
Mas isso não era verdade, ele estava bastante atento e desperto e logo esboçou um sorriso para os aventureiros e quis saber como havia sido a noite, e como estava sendo a manhã. Os cinco dispararam a falar, aliás como era de praxe sempre que alguém dava essa oportunidade. E logo emendaram com as perguntas que haviam feito à Ardeth, mas agora esperavam ansiosamente que as respostas fossem mais objetivas e esclarecedoras.
Não fosse o Imã absolutamente sereno, ele teria perdido a paciência com aquele alvoroço todo. Mas ele pacientemente foi explicando detalhe após detalhe. Do mesmo modo que Ardeth havia explicado, os tuaregues sempre recebem as pessoas que precisam de ajuda, mas eles tinham razão, no caso deles havia sido especial. Eles não estavam ali por acaso, na verdade, haviam sido guiados, pois ali encontrariam repostas, pelo menos em parte, para as misteriosas perguntas que haviam acumulado nessa jornada.
O Imã demonstrava saber cada vez mais sobre o que estava por trás da aparição dos exploradores e isso estava assustando a todos. Na verdade, quanto mais respostas recebiam, mais dúvidas tinham e mais apreensivos ficavam. Já haviam notado que o imã sabia mais coisas do que a razão podia explicar, mas tudo ainda era confuso em suas mentes. Depois de muitas ida e vindas, perguntas, respostas, dúvidas, confusões, finalmente começou a ficar claro para os exploradores que aquele era o primeiro ponto onde poderiam ter informações seguras sobre os vasos de Memptah, e isso só poderia ter sido providenciado pelos deuses com os quais haviam falado na pirâmide. O Imã confirmou o pensamento deles, ao afirmar sua missão de ajudar Memptah através dos aventureiros.
Bom, perguntas e mais perguntas não levariam a nada; eles precisavam agir e não teriam tanto tempo assim. Os deuses não haviam dado um prazo certo para achar os vasos, mas haviam sido bastante claros ao explicar que o tempo do faraó estava se esgotando, então quanto mais rápido agissem, mais chances ele teria de salvar sua alma. E foi aí que eles partiram para a questão principal, a que já deveriam ter feito há muito tempo. Onde poderiam começar a procurar os vasos?
O Imã pediu que eles se lembrassem de quando tudo começou, e perguntou se eles não haviam recebido qualquer sinal estranho. Todos disseram que não, mas o homem insistiu e pediu que vasculhassem suas lembranças, meticulosamente. Por mais que tentassem, eles não conseguiam lembrar de nada em especial; nada que fizesse com que o Imã mudasse a expressão e que as rugas de sua testa sumissem.
Foi Verônica quem deu a idéia de que reconstituíssem passo a passo, tudo o que havia acontecido até aquele momento e quem sabe, o homem poderia notar algum detalhe que eles tivessem deixado passar. E isso fizeram: contaram sobre o piquenique, o caminho para a praia, o misterioso gato, as ruínas, o portal que magicamente se refez, o aparecimento de todos na pirâmide. Falaram de tudo que viram lá dentro, da conversa com os deuses e por fim a jornada que haviam aceitado participar. Mas mesmo depois de tudo isso, a expressão do homem não havia mudado. Ele continuava pensativo e segurando o queixo com uma das mãos, enquanto com a outra fazia gestos desconexos no ar.
É, parecia que as coisas haviam se complicado mais que o previsto, se é que alguma coisa naquela situação poderia ser prevista. O Imã não entendia, faltava alguma coisa, uma mínima, mas essencial peça capaz de solucionar aquele enigma e permitir que a tarefa fosse em frente. Estranho, era o que o sábio repetia sem parar.
Para Roxton, aquilo tudo parecia meio louco, pois se um sábio, ou melhor, um líder espiritual, não conseguia entender o que estava acontecendo, como eles, pobres mortais, poderiam ser capazes de levar a tarefa adiante?
Challenger escarafunchava sua mente diligente, fazendo e refazendo o percurso que haviam percorrido, mas só lembrava o que todos já haviam dito antes. Assim como o Imã, ele sabia que havia um detalhe, mas o que? Parecia tão óbvio, mas ninguém conseguia descobrir e isso era o que mais lhe incomodava. Malone não se perdoava: como ele, um jornalista, poderia esquecer o detalhe mais importante? Ele se juntou à Verônica tentando lembrar, mas teve tanto êxito quanto os outros. Nenhum.
A herdeira bem que tentou ajudar o grupo, mas seus pensamentos, magneticamente, estavam sendo atraídos para outro lugar. De modo mais específico, para o fundo da tenda, onde Ardeth haviam se sentado e acompanhava silenciosamente a conversa entre o Imã e os exploradores. Que belo homem, pensava ela, perdida em seus devaneios femininos, e quase disse isso em alto e bom som, na hora em que Roxton, no auge do ciúme, sussurrando em seu ouvido, perguntou por quanto tempo ela ficaria perdida em seus mundo de sonhos.
Os sonhos! Gritou a herdeira e todos olharam atônitos para ela. Roxton ficou absolutamente sem graça, assim como todos, mas ela rapidamente se explicou: eles realmente haviam contado os acontecimentos desde que haviam deixado o Mundo Perdido e desembarcado no Egito, exceto por um detalhe: os sonhos. Foi com eles que tudo havia começado.
Ela então, contou que naquela manhã Malone havia acordado com a língua solta e cheio de estórias para contar, entre elas, o sonho que havia tido, um sonho cheio de detalhes estranhos, partes desconexas. Mas isso não era o mais importante! Todos na casa haviam tido sonhos estranhos, com elementos soltos, mais parecendo um carrossel de peças, mas uma coisa era comum à todos: os sonhos dos cinco amigos tinham como cenário o Egito.
Finalmente o Imã abriu sua expressão e a conversa voltou a fluir, e durou muito. Muito mesmo, pois ele pediu que um a um, todos contassem em detalhes seus sonhos, fazendo o possível para não esquecer de nada, e ouviu atentamente todos os relatos. Ao final das narrativas, ele já sabia o que fazer: para eles os sonhos eram muito claros. Eram indicações de vários lugares no Egito. Lugares para onde os aventureiros deveriam ir a fim de encontrar pistas sobre os vasos de Memptah, ou, com grande ajuda da sorte, poderiam encontrar os próprios vasos.
Os aventureiros sentiram um misto de alegria e apreensão, pois finalmente sabiam o que fazer, mas ao mesmo tempo, o medo do desconhecido era enorme, e eles nem sabiam o que ainda estava por vir. Curioso como sempre, Challenger ainda precisava de mais respostas e por isso, ele não hesitou em perguntar: se todos haviam sido mandados para o Egito juntos, porque os sonhos haviam sido diferentes? O Imã, que já esperava por isso, explicou que isso se devia ao caminho que cada um pegaria a partir de agora. Eles seguiriam por trilhas diferentes e somente ao final poderiam se reencontrar. Esta, definitivamente não foi uma boa notícia, mas já não havia como voltar atrás. Eles haviam dado a palavra e isso, para uma pessoa honrada, valia mais que qualquer contrato assinado.
O Imã explicou para cada um deles, o lugar para onde deveria ir: Verônica ficaria no Cairo, e nele deveria encontrar um vilarejo conhecido como a Cidade dos mortos, uma imensa necrópole onde os egípcios habitam por entre os túmulos antigos; Marguerite seguiria para Assuã, e dela para Abu Simbel, onde se encontra o templo de Ramsés II e o de sua mulher Nefretari. Para Challenger o destino seria Luxor, mais especificamente o Templo de Luxor, construído pelo faraó Amenófis III, sendo uma imponente estrutura nas margens do Nilo dedicada ao deus Amon. Caberia a Malone ir ao Sinai, lá encontrar a cidade de Dendera, e nela o Templo da Deusa Háthor, a personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas, protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos.
E eu? Certamente seria a pergunta de Roxton, caso ele tivesse tido tempo para isso. Mas antes mesmo que ele se pronunciasse, o Imã dirigiu-se a ele e perguntou se em seu sonho não havia aparecido um homem, o que o caçador confirmou com a cabeça. Este homem era o próprio Ardeth, de modo que a tarefa de Roxton era, talvez mais delicada do que a dos demais, pois apesar de não estar sozinho, já que ele deveria partir com Ardeth, ele não caçaria coisas, mas sim alguém. O caminho de Roxton seria indicado pelo tuaregue.
Destinos apresentados, só restava por o pé na estrada, ou melhor dizendo, na areia. O destino era incerto, aberto, amedrontador e por todos esses motivos, fascinante. Os aventureiros, tão acostumados a embarcar em aventuras em grupo, desta vez, estariam por conta própria, dependeriam apenas de si mesmos. De sua coragem, astúcia, sabedoria e calma, pois paciência é lei no deserto. Paciência e cautela para enfrentar a certeza de que "há mistérios que somente as areias do deserto conhecem".
CONTINUA....
Observações:
As cidades, monumentos e templos aqui citados serão apresentados em mais detalhes nos capítulos seguintes.
Esta frase foi uma contribuição de querida leitora Cíntia em uma produtiva conversa sobre cinema, atores, Egito, enfim, de tudo um pouco, no MSN. Thanks Cíntia!
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
