Duat
Autor (a): Phoenix
Comentários
Nessa Reinehr
Adorei o termo "falcatrua"!!!! Querida Nessa, vc já deve ter notado que nas minhas fics as coisas nem sempre são o que parecem ser.....então aguarde fortes emoções! Quanto ao amigo com a letra "A"......ode deixar que eu não vou descuidar dele!
Maga-Patalogica
Fiquei muito curiosa quando vc falou de dúvidas que surgiram. O que foi?? Se quiser, pode mandar e-mail, ou aqui mesmo, afinal pode ter gente que ficou com as mesmas dúvidas que vc! Vc já está melhor? Espero que sim. não posso deixar de falar que fico imensamente lisonjeada com seus elogios! Obrigada!
Cris Krux
Obrigada pelos elogios Cris, apesar da criatura aqui ter demorado para sacar que vc era vc com este codinome. Também espero que meu PC sare logo!
Rafinha
Seu desejo é uma ordem, leitora! Aqui está o cap 11!
Claudia
Que legal que vc consegue associar as cenas que escrevo a um filem, sinal de que está dinâmico e interessante. Quanto a continuar a escrever, não se preocupe, virou vício! Mais uma se preocupando com Ardeth né? Deixe comigo!
Jéssy
Vou fazer o seu comentário atrasado: vc acertou na mosca sobre a semelhança entre Roxton e Suthameh, hein! É verdade o que vc falou sobre a deusa Sekhmet, mas ela tem esses dois lados, assim com a própria justiça; ela é suave com quem merece e cruel e implacável com quem é preciso!
Jess
Obrigada pelos elogios e aguarde as fortes emoções que estão por vir!
CAPÍTULO 11
Assim que saíram, estranhamente eles não sentiram a alegria e o bem estar que esperavam, afinal estavam livres, poderiam voltar para casa, que embora não fosse a sonhada Londres, era infinitamente melhor que aquela porção insólita do Egito, cercada de mistérios e almas penadas. O cansaço que sentiam, primeiramente foi interpretado como uma conseqüência das fortes emoções pelas quais haviam passado. Mas eles logo perceberam que havia algo mais do que um simples cansaço.
Eles tentaram iniciar a caminhada para fora dali, mas isso não foi possível já que não faziam a mínima idéia da direção para onde deveriam se dirigir. Onde estaria o portal pelo qual haviam passado e chegado ali? Onde estariam os deuses, tão solícitos a algum tempo, mas agora sumidos? Sem indicações ou uma direção certa, eles sentiam-se absolutamente perdidos no mais absoluto nada.
De repente, Roxton parou e começou a olhar fixamente o horizonte; os outros interpelaram o caçador a fim de saber o que havia de tão interessante, mas seus esforços de manter contato foram inúteis. Ele nada respondia, apenas mantinha o olhar fixo no nada. Marguerite, mais afoita, sacudiu o lorde, mas nem isso foi suficiente. A preocupação crescia entre eles, até que o lorde gritou: Londres! e começou a correr.
Os outros foram em disparada atrás dele, e quase não conseguiam alcançar seu passo, tamanha a pressa que ele parecia ter. Enquanto corria, dizia coisas sem sentido, frases sem nexo, e vez por outra chamava por pessoas desconhecidas ao grupo. Ele correu sem parar, sempre seguido pelos outros, até que alcançou o alto de uma gigantesca duna, onde parou, ainda com o olhar perdido no nada.
A preocupação de Challenger, Marguerite e Verônica era tanta que não viram quando Malone ficou para trás. Desde o início da corrida, ele sentiu-se estranho, mas não quis alarmar os outros. "Deve ser só cansaço", pensou ele. Mas não era. Rapidamente seu corpo estava sendo tomado por uma dor lancinante que, inicialmente o impedia de correr, depois de andar, mesmo que devagar e em seguida, fez com ele se atirasse ao chão. A dor crescia e ele não tinha forças nem para gritar seus amigos por socorro.
A dificuldade de respirar era enorme, sua garganta estava fechando e seus pulmões sofriam uma pressão tamanha, como se fossem explodir. O jornalista mantinha uma mão na garganta, com suas unhas rasgando a pele e a outra no peito, como se tentasse conter a dor crescente. Mas de nada adiantou o seu desespero. Após um profundo suspiro, como de alguém que se afoga e emerge pela última vez para tomar o último sopro de ar, o jornalista caiu. E lá permaneceu, sozinho e inerte.
No alto da duna, Roxton permanecia fitando o nada. Os três amigos corriam a fim de chegar onde ele estava, mas tudo que puderam fazer foi testemunhar aquele espetáculo trágico: de braços abertos, como se mergulhasse no abismo do nada, o caçador se lançou, sob os olhares atônitos de Marguerite, Challenger e Verônica. Quando os três chegaram ao ponto de onde o lorde haviam se jogado, viram o corpo dele lá embaixo, se debatendo convulsivamente, para logo depois, ficar inerte e ser coberto por toneladas de areia.
A herdeira fez menção de ir atrás dele, mas a duna continuou a desmoronar, o que fez com que Challenger e Verônica, totalmente atordoados, a impedissem. Sem mais o que fazer e sem entender nada do que havia acontecido, restou a eles, dar meia volta e procurar um meio de sair dali. Rápido.
Só então, a jovem selva deu por falta de Malone e Challenger avistou ao longe um vulto no chão. O temor que tiveram de que pudesse ser o jornalista, só fazia aumentar à medida em que se aproximavam. E tinham motivos para isso. Quando chegaram perto dele, Marguerite constatou o que Verônica não teve coragem de fazer: ele não respirava.
Verônica sacudia o corpo de Malone, ordenando que ele voltasse, mas ele continuava inerte, para seu desespero. Os amigos tentavam consolá-la, mas não conseguiam, pois nada a acalentaria naquele momento, e eles mesmos estavam demasiado tristes para conseguir consolar alguém.
A mente diligente de Challenger, independente da tristeza que evidentemente sentia, não podia deixar de lado os estranhos acontecimentos. Roxton, sempre tão centrado, equilibrado, parecia ter perdido o juízo, pois só isso justificaria as coisas absurdas que havia falado e o fato de ter se jogado daquele jeito. E Malone? Ele parecia bem, mas agora estava jogado no chão, sem pulso, não respirava.
Com o rosto lavado pelas lágrimas que teimavam em escorrer, Verônica foi amparada por Marguerite, que a abraçou demoradamente, como se pudesse sentir e tentasse amenizar a dor que a jovem sentia. Challenger se uniu a elas. Demonstrações de afeto não eram o forte do cientista, que parecia entender mais de ligações químicas do que de ligações afetivas, mas naquela hora eles precisavam, mais do que nunca, uns dos outros.
O dia parecia ter voado e eles ainda não sabiam o que fazer. Era fim de tarde e os três ainda caminhavam, mesmo sem saber para onde se dirigiam. Vez por outra trocavam uma ou duas palavras, apenas para saber se todos estavam bem, afinal a preocupação cresceu bastante depois do ocorrido. Cada um intimamente tentava encontrar uma explicação, teorizar sobre o que teria acontecido, e isso os absorvia tanto, que nem deram importância a uma estranha coceira nas mãos.
Marguerite foi a primeira a notar, que a simples coceira aumentava em intensidade, e já começava a provocar feridas. Ao seu alarde, Verônica e Challenger notaram o mesmo. Resolveram usar um pouco da água que traziam em seus cantis para lavar as mãos, mas isso não resolveu muito. Como o fim da tarde se aproximava, decidiram sentar um pouco para descansar e já arrumar um lugar para passar a noite. Verônica começou a sentir muito frio, embora o tempo estivesse ainda quente, como só o deserto sabe ser.
Challenger tirou uma de suas túnicas e cobriu a jovem, constatando que ela estava febril. "Deve ser emocional", sugeriu a herdeira. Poderia até ser, se logo todos eles não começassem a sentir as mesmas coisas: frio intenso, calafrios para ser mais exata, e um incômodo na garganta, como o que se sente em crises inflamatórias.
Enquanto as horas caminhavam a passos largos e inclementes, os aventureiros sentiam-se cada vez mais debilitados. Com fome, frio intenso e o corpo já alastrado de feridas eles caíram, primeiro em um sono profundo e depois, lentamente, seus batimentos foram diminuindo até que cessaram de vez. Os três corpos inertes jaziam dispostos em forma de círculo na imensa e negra noite egípcia.
Quem imaginaria um final tão trágico para nossos queridos exploradores? Mas isso seria justo? Afinal eles haviam sido jogados naquele carrossel de emoções com o único propósito de ajudar alguém, um morto. Agora, eles é que precisavam de ajuda, embora qualquer uma que pudesse chegar já estaria demasiado atrasada. Os corpos jaziam inertes; seus semblantes eram leves e tranqüilos como se dormissem, mas infelizmente não era assim. Marguerite, Challenger, Malone, Roxton e Verônica .... todos mortos.
CONTINUA....
DISCLAIMER: Os personagens aqui citados fazem parte da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World", não sendo, portanto de propriedade do(a) autor(a) desta fanfiction.
