Disclaimer:Os personagens de Harry Potter não me pertencem,mas sim a J.K.Rowling,que roubou a ideia de mim mas conseguiu us direitos autoriais antes Ò.Ó,entao eu naum ganho injustamente nenhum centavo com isso.Nao me processem!


As trombetas soaram quase elétricas de felicidade mal-disfarçada.Era como se toda a cidade acordasse de um sonho remoto,paralelo ao nosso mundo.As criadas não hesitaram em deixar os afazeres de lado para subir nas reforçadas e antigas muralhas que revestiam a cidade e observar a planície que se perdia no horizonte.Até mesmo as nobres mulheres do castelo se escorarão em suas janelas,cada uma em seu aposento,onde havia uma visão melhor do mundo exterior.Lá,lá no fim do mundo,onde o verde de primavera da grama se misturava com o azul límpido e alvo do céu,uma mancha negra começava a se formar,e vinha na direção do imponente castelo.Não,não eram os inimigos bárbaros do sul que estavam vindo manchar de sangue o prado verdejante.Mas sim os exaustos soldados da batalha que ansiavam voltar para caso,comer algo que não o pão duro e o azeite que era levado de provisão às batalhas,queriam as camas quentes e a agradável companhia de suas esposas.

As mulheres -todas- num frenesi contagiante,correrão para seus baldes para lavar o corpo e os cabelos,trocar seus grosseiros aventais de trabalho por leves túnicas de seda, ou algodão para as criadas,esfregarem os corpos com fragrâncias das flores,trançar os cabelos loiros no alto das cabeças e mandar as crianças que agarrassem um peru ou um leitão gordo para a janta,e servissem o bom vinho à mesa.Calçaram as sandálias de couro e correram para os portões,se acotovelando loucamente,tentando ter uma visão melhor do mundo lá fora.

Logo foi possível ver a gigantesca bandeira vermelha com um brasão verde tremulando acima das cabeças do exército.O chão tremia com as passadas treinadas dos soldados.Os Portões rangerão ao serem abertos ,que de tão pesados precisavam de três homens para abrir cada uma das duas muita pompa e luxo,milhões pétalas rosadas e vermelhas dançaram no ar quente impregnado de risos e alegria,vindo pousar na cabeças quentes pelo sol que já estava alto no céu.Dificilmente veria-se uma atmosfera tão alegre naquela cidade tão séria,quase sempre poluída pelo som dos combates nas proximidades.

Quando a noite chegou,trouxe com sigo um suave cheiro de bebida,que emanava das tavernas inumeramente mais cheias,e nas casas era possível se ouvir o doce ronronar das satisfeitas esposas entregues aos braços de seus maridos,depois de tanto tempo dormindo nas frias camas solitárias,mesmo que já não passasse muito da hora da janta.Essa calma,porém,ainda não tinha invadido os muros do castelo.

Em um amplo salão,com uma gigantesca mesa de mogno ao centro,coberta por uma levíssima toalha de seda,com inúmeras cadeiras ornadas com ouro,embora apenas uma estivesse ocupada,um homem ligeiramente moreno e alto,os cabelos negros como a meia noite e os olhos castanhos bem claros,beirando ao verde,estava sentado nela.A sua volta,um Peru passado,um pesado cálice de estanho e pedraria e duas jarras,a mais baixa e simples contendo a mais pura e cristalina água,e a mais alta,de um azul celeste,contendo o vinho.Também um pequeno pote até a boca de azeitonas.Era abanado por duas belas mulheres semi-nuas,trajando túnicas vaporosas,armadas com uma gigantesca haste coberta de plumas com qual abanavam seu senhor.Um outro homem,trajando as roupas de soldados estava humildemente ajoelhado á sua frente.

-Sir.Black?
-Pois não senhor.
-Quantas das vilas bárbaras foram dizimadas nesta campanha?
-Em torno de quinze a vinte,Senhor.
-Bom,alguma coisa boa deve ter tirado de algumas delas,não é mesmo?

Black sorriu interiormente.Thiago não mudava mesmo.Prometera ao jovem senhor que traria uma exótica lembrança da campanha,já que tinha apenas 20 anos e não podia participar das campanhas,ao contrário de seu irmão mais velho,Lucios.

-Sim,mestre,trouxe uma coisa para você.Um animal muito belo,que não se encontra nestas terras.
-Traga-me logo a oferenda e não me faças esperar!

Black fingiu não ter ouvido seu impaciente senhor,e continuou falar mansamente,excitando sua já notável curiosidade juvenil.

-Seu pêlo é vermelho e brilhante,o os olhos são mais vivos que a esmeralda que carregas em seu brasão.É mais bravo e rebelde que um potro novo,porém sua carne branca é muitíssimo saborosa,porém resisti ao impulso de eu mesmo come-la para o que senhor pudesse prova-la pessoalmente.

Ele deu um sorriso malicioso.Thiago não agüentava mais esperar,e o misterioso sorriso de seu mais fiel servo servia apenas para atiçar sua curiosidade.

-Mas,como eu não poderia descrever tão belo animal apenas com palavras,acho que o senhor deveria contempla-lo pessoalmente!
Assobiou calmamente,e momentos depois as pesadas portas de carvalho rangeram como se estivessem exaustas.Um truculento guarda,encapuzado como um carrasco,entrou,as mãos calejadas de esforço puxando uma corda grossa,com algo que se retorcia muito na outra extremidade.Logo pôde-se ver o que era.

Uma mulher.

Uma lindíssima mulher,com suas melenas da cor do pôr-do-sol que chegavam a quase a cintura definida,de pele branca,mas não como a neve,que é fria e disforme,mas como as plumas de um cisne novo,tão branca que fazia o leite parecer cinzento.Os olhos,de um verde inexorável,jorravam de ódio bebível como veneno,o mesmo veneno que lhes definia a cor.Possuíam uma atração irresistível,o mesmo tipo de atração que hipnotiza os ratos quando a esguia cobra prepara-se para o bote.Usava altas botas de pele,amarradas com tiras de couro trançadas,típico das tribos nômades,que a faziam parecer um perigoso tigre.Os pulsos sangrentos, seguros pela argola de ferro que servia de algema,se retorciam loucamente,enquanto ela puxava impacientemente,com a selvageria e insistência de um corcel indomado,e,que com o esforço,corava ainda mais suas bochechas redondas como maçãs,contrastando com sua pele imaculada.Tinha a beleza da pantera,assim como a morte nos hipnotiza por seu poder e grandeza.Era quase inacreditável fitar tão perfeita figura,tão acima dos medíocres valores impostos por sua sociedade,e mesmo assim parecer tão oposta e indomável.Bastou que Thiago percebesse isso para ficar hipnotizado por seu estonteante exterior,quando nunca vira beleza e gênio tão inigualáveis dentro das fronteiras de seus muros.

-Ela vos agrada,Senhor,ou deveria leva-la para junto dos outros escravos de guerra?

Sirius acordou Thiago de seus pensamentos,e ele balbuciou um indiferente e distante ''sim,me agrada'',o que era quase uma perversa mentira,pois ele estava hipnotizado pela jovem moça.

-Devo dizer,senhor,que esta distinta moça lutava como um Deus,e toda vez que arqueava seu arco,era para três soldados fecharem os olhos para nunca mais abrirem.Portanto,cuide bem dela,meu mestre.Acho que já está na hora de me retirar.

Com uma reverência,ele transpôs um pequeno par de portas ao fundo,a caminho de seu leito.

Quando Thiago se recompôs de seu estado de intorpecência, levantou-se imperiosamente da cadeira,e a passos sutis caminhou até a moça para impressiona-la,um sorriso manchando seus lábios,que até agora não parecia ter notado que estava na presença do príncipe Thiago e de seu servo,Sir.Black.Ela parecia muito mais ocupada em tentar romper as algemas que a segurava com tanta firmeza.Ele teve que chegar bem perto para que ela pudesse nota-lo,mas não tão perto a ponto de seus desesperados golpes o acertassem.

-Minha bela moça,farias a gentileza de revelar-mes o seu nome?

Ela finalmente pareceu notar que havia mais uma pessoa no aposento além do truculento guarda que segurava firmemente a sua correia.Ela o olhou com o desprezo a flor da pele,para depois ignorá-lo completamente.Ultrajado,ele segurou firmemente seu maxilar,obrigando-a a olhar para ele.

-Ordeno-te que digas seu nome!

Com perigoso olhar ela o fitou,e ele deveria ter interpretado o sinal de aviso,antes que as costas da sua mão acertassem como uma patada a sua face surpresa.Ele cambaleou um pouco,e,antes que ele pudesse proferir a contra-ordem,o guarda desferiu sobre ela um golpe que a desmontou.

-Nunca se bate em uma dama ,Cicnos!
-Mas senhor,ela vos acertou primeiro!
-Não se compara a força do golpe que você desferiu contra ela!E,da próxima vez,espere meu comando!

Ele se ajoelhou ao lado da moça.Ao contrário do que ele esperava,ela não chorava ou blasfemava.Apenas mantinha-se ineditamente imóvel e indiferente sobre o chão de pedra.Ela o olhou novamente,e ele novamente detectou apenas desprezo naquele olhar.Cuidadosamente,ele prendeu seus punhos contra o chão,e perguntou em tom imperioso,porém ainda mantendo o sorriso em seu rosto.

-Ordeno que diga-mes teu nome!

Sua expressão de desprezo misturou-se a um teor de raiva em seus olhos irresistivelmente verdes.Ela franziu o cenho e falou pela primeira vez,usando de contida violência.

-Por que deveria?
-E por que não deveria?

- Você,que ordenou a matança de minha família,de toda uma vila,não merece saber!
Fez esforço para levantar-se,mas Thiago,desesperado pelo medo de uma nova investida,prendeu-a novamente no chão-Diga-me teu nome, e eu juro por meu peito aberto que vossa família será para sempre lembrada,e seus corpos vão ser resgatados e enterrados com toda a pompa,e a senhorita será uma princesa!
-Não acredito nem em meia sílaba deste juramento!Porque não manda matar-me ou faz-me escrava,pois é melhor morrer do que ser princesa nesta terra amaldiçoada!
-Vejo que estais obstinada em deixar minha companhia!Um nome e deixo-te em Paz!

Ela pareceu pensar seriamente na condição.Afinal,aquele febril sujeito insistia em importuna-la,coisa de que não precisava.

-Meu nome é L...lohan
Ele sorriu diante da hesitação dela.
-Diga-me seu nome verdadeiro,juro-te de que não vou usa-lo contra você.

Seu olhar felino encheu-se de ódio.Agora ele estava em vantagem sobre ela,pois a lei em sua sociedade a proibia de mentir,e ele devia saber disso.Exigir seu nome verdadeiro foi um golpe baixo da parte do príncipe.Ela suspirou,parcialmente derrotada.

-Chamo-me Lílian.

Thiago sorriu.Sua voz era melodiosa e tranqüila,mesmo que ela lembrasse um cavalo fogoso.Ordenou ao guarda que a levasse em segurança até uma cela.O olhar dela liberou faíscas.Dormir numa cela?Como uma prisioneira?Mas quando ele sorriu,um sorriso zombeteiro de despedida,ela sorriu também.Seria mais fácil fugir de uma simples cela de prisioneiros de guerra do que de um quarto trancado a sete chaves.Ainda mais de que era mulher,não lhe reservariam tanta vigília.Lançou um último olhar ao arrogante príncipe,desejando nunca mais encontrar-se com tal vaidosa figura.


Hei pessoas!Gostaraum da fic?

Bom,essa ai eh uma Lily/Thiago (como deu pra perceber u.u),um casal que eu amo muito,provavelmente o que eu mais gosto de harry potter,junto com Draco/Gina.Eu tenhu muitas ideias pra essa fic,e,antes que falem que eu copiei,um pouco da história foi INSPIRADA (não copiada) do filme ''Átila,o rei dos hunos'',que eu duvido muito que alguém tenha visto u.u
Eu espero que todos gostem(apesar de eu não ter gostadu muito dessi começo u.u).
mil bjus

Mari Moon