12º Capitulo

Pesadelos

Um mês tinha passado desde que ele e Ginny haviam casado. Não podia encontrar-se mais feliz. Acordar todos os dias com a ruiva ao seu lado, poder beijá-la, tocá-la, senti-la, todos os dias, era tudo o que ele desejava.

Viu a mulher mover-se um pouco e no instante seguinte ela abria os olhos.

"- Bom dia ruiva."

"- Oi. Que horas são?"

"- Cedo."

"- Mas temos que nos levantar. Hoje voltamos para Londres."

"- É, eu sei. Não me apetece muito. Estamos, há mais de um mês aqui, que até me habituei."

"- Mas minha vida e a vida de Angelina é em Londres."

"- Eu sei amor, e também quero voltar, pois nós concordamos que passaríamos aqui todos os verões."

"- Sim Draco, voltamos em Junho. Também já não falta muito, visto estarmos em Março."

Ele riu, antes de a puxar de encontro ao seu corpo. Acariciou os cabelos dela e em seguida murmurou ao seu ouvido:

"- Vamos tomar um banho."

Ela riu, no mesmo momento em que ele a pegou ao colo, e começou a caminhar para o banheiro.

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"- Angelina, tens tudo arrumado?"

"- Sim Mã. – Respondeu a menina sorrindo. – Vou ter saudades de França."

"- Eu também, mas nós voltaremos."

"- Eu sei."

A loirinha sorriu, e em seguida ajudou a mãe a carregar as malas.

Draco encontrava-se no hall, e assim que as viu, caminhou até elas, pegando nas malas e levando-as para o carro.

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"- Bem voltamos a Londres." – Comentou Draco entrando na mansão Malfoy, e abraçando a mulher pela cintura.

Viu a filha olhar tudo em redor, e sorriu vendo que a mulher fazia o mesmo.

"- Espero que gostem."

"- Bem….eu adoro. Está fantástica."

"- Minha mãe tinha bom gosto, acho que era sua única qualidade."

Ginevra olhou para o marido, e ele sorriu, caminhando até á filha em seguida e pegando na pequena ao colo.

"- Vamos ver o teu quarto?"

"- Sim papá."

Ginny viu o loiro subir as escadas com a filha nos braços, e seguiu-os. Caminhou por alguns corredores, até que Draco parou. O homem abriu a porta e tanto mãe como filha ficaram de boca aberta ao olhar para o quarto.

"- Este é o teu quarto. Mandei os elfos arranjarem-no. Gostaste?"

A pequena sorriu e olhou para o pai com os olhinhos a brilhar. Deu um beijo na bochecha dele, e em seguida Draco pousou-a no chão.

"- O quarto é maravilhoso." – Disse Ginny pegando na mão dele e olhando em redor.

Era um quarto amplo e grande. No centro tinha uma cama de casal, com uma colcha bege, e imensas almofadas. Ao lado da cama havia uma enorme estante, e ao lado da estante existia uma escrivaninha.

Em frente da cama existia uma porta que dava para o banheiro da pequena.

Do outro lado da cama, havia um móvel que se encontrava cheio de peluches, e bonecas de porcelana.

Em frente da porta de entrada encontra-se uma porta que dava para a varanda.

As paredes estavam pintadas de dourado e de bege, e o tecto tinha anjos desenhados, que se moviam graças á magia.

"- Agora vamos ver o nosso." – Disse ele ao ouvido da mulher.

Saíram do quarto da pequena, e entraram na porta em frente.

O quarto deles era igual ao da pequena, a única coisa que mudava era o facto de a colcha deles ser castanha clara, assim com as paredes.

O tecto tinha apenas efeitos, e para alem de uma estante, eles também tinha a enorme cómoda ao lado da cama.

"-Gostas?"

Ela sorriu sentindo os lábios do marido no seu pescoço.

"- Sim."

"- Sabes uma coisa?"

"- O quê?"

"- Sou doido por ti."

Ela sorriu, e virou-se de frente para o marido, passando os braços por trás do pescoço dele, antes de juntar os lábios.

A stone's throw from Jerusalem

A walked a lonely mile in the moonlight

And though a million stars were shining

My heart was lost on a distant planet

That whirls around the April moon

Whirling in an arc of sadness

I'm lost without you I'm lost without you

And though you hold the keys to ruin

Of everything I see

With every prison blown to dust,

My enemies walk free

Though all the kingdoms turn to sand

And fall into the sea

I'm mad about you I'm mad about you

(Sting – Mad about you)

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Draco acordou por causa do grito assustado que ouviu. Assim que se sentou na cama, viu que Ginny também havia acordado.

"- Foi a Angelina."

O loiro levantou-se da cama, e correu até ao quarto da filha.

Assim que lá chegou viu a pequena agarrada á almofada, e a chorar.

Caminhou até ela e sentou-se ao seu lado, encostando-a ao seu corpo.

"- Papá."

"- Pronto. Já está tudo bem."

"- Tive medo."

"- Foi só um pesadelo."

A pequena enroscou-se mais no corpo do pai, e Draco olhou para a mulher que acabava de se sentar ao pé dele.

"- Promete que não nos deixas!" – Pediu a menina fazendo com que Draco a encarasse.

"- Deixar-vos? Eu não vos vou deixar. Porquê isso agora filha?"

"- Sonhei que te tinhas ido embora, que nos tinhas deixado para sempre…. Que tinhas morrido."

O homem abraçou a menina com força, e disse:

"-Foi apenas um pesadelo princesa. Eu não vos vou deixar, nem vou morrer. Não te preocupes linda, eu estou aqui."

Ficou com a menina no seu colo até que ela adormeceu.

Em seguida saiu do quarto da pequena, e caminhou até ao seu, ao lado da esposa que ainda não tinha dito nada.

"- Estás bem ruiva?"

"- Sim."

Ele abraçou-a pela cintura e murmurou ao ouvido dela.

"- Mentes mal amor. O que foi?"

"- O pesadelo dela."

"- Não passou disso, um pesadelo."

"- Eu tive um igual ontem á noite."

Draco gelou, e apertou mais a mulher contra o seu corpo.

"- Vocês tiveram um pesadelo idêntico. É só um pesadelo, ruiva, nada nos vai acontecer."

Ele caminhou até á cama, e Ginny seguiu-o. Deitou a cabeça em cima do peito dele e adormeceu instantes depois.

O homem ficou acordado durante minutos a pensar no que se tinha passado. Elas tinham tido o mesmo pesadelo, podia ser pura coincidência, ou será que havia uma mensagem secreta nos sonhos delas.

Fechou os olhos fazendo com que aqueles pensamentos o abandonassem.

Tudo estava bem, e tudo continuaria bem. Fechou os olhos adormecendo em seguida.

Assim que acordou olhou para o lado deparando-se com a cama vazia. Levantou-se em seguida e saiu do quarto. Entrou no da filha e também o encontrou vazio, mas logo em seguida ouviu risos no andar de baixo.

Foi encontrar mãe e filha sentadas no chão a ver umas fotos antigas dele.

"- Onde encontraram isso?"

"- Numa gaveta. Oh amor não sabias que eras tão querido quando bebé."

O loiro sentou-se atrás da mulher e olhou para as fotos deles em bebé.

"- Eu gosto é desta." – Disse Angelina mostrando-lhe uma foto dele com 4 anos.

"- Também era a preferida da minha mãe, e sempre foi uma das minhas preferidas. Lembro-me desse dia, minha mãe foi comigo a Hogsmeade, e divertimo-nos muito, acho que foi a única vez que nos divertimos a sério. Comemos gelados, e depois decidimos ir tirar essas fotos."

"- Esta é tua mãe Draco?"

"- Sim." – Respondeu o homem olhando para a foto que a esposa tinha nas mãos.

"- Era muito linda."

"- Era mesmo, mas cometeu o pior erro que alguém poderia cometer. Casou com meu pai. Acabou por morrer por causa disso."

"- Então morreu por amar – comentou a loirinha. – As pessoas não morrem só quando não amam?"

"- O amor é cego, e as pessoas às vezes erram por esse amor. – Disse Draco sentando a filha na perna. – Mas o amor também é a melhor coisa do mundo."

Ginny sorriu e Angelina também, beijando a face do pai.

Em seguida a pequena levantou-se e saiu da sala caminhando até ao seu quarto.

Ginevra continuou a olhar para uma das fotos de Draco em bebé e o loiro perguntou:

"- Porque olhas para essa foto, quando me tens a mim em carne e osso e mais maduro!"

A mulher riu e apenas o encarou dizendo:

"- Estava a pensar se o nosso filho será como tu quando eras bebé."

"- Sabes que não sei como a Angelina era em bebé, tu é que sabes."

"- Não percebeste amor."

Nessa altura o homem piscou os olhos varias vezes antes de rir.

"- Tu estás a dizer que…."

Ginny sentou-se nas pernas do marido, e acariciou o pescoço dele, dizendo:

"- Eu estou grávida."

Assim que ela acabou de falar Draco tomou os lábios dela para um beijo profundo e arrebatador.

Nessa altura Angelina entrou na sala cantarolando.

Draco olhou para ela e chamou-a. Em seguida olhou para a esposa e perguntou:

"- Já lhe disseste?"

"- Não."

"- Dizer-me o quê?"

"- Bem….filhota eu e a tua mãe temos algo a te dizer."

"- O quê?"

"- Tu vais ter um irmão, ou uma irmã."

A reacção da loira não foi de longe a que eles esperavam. A pequena olhou para o pai e em seguida para a mãe, antes de dizer:

"- Odeio-te pai."

Em seguida saiu da sala correndo pelas escadas acima, deixando Ginny de boca aberta, e Draco transtornado.

O homem sentiu a mulher levantar-se e ele segurou no pulso dela, e disse:

"- Eu vou falar com ela."

Ginny nada disse, apenas viu o marido sair da sala.

Não podia dizer que não tinha ficado magoado com o que a pequena dissera, mas tinha que entender que para ela aquilo devia de ser complicado.

Entrou no quarto e foi encontrar a loirinha sentada na ponta da cama. Sentou-se ao pé dela e disse:

"- Eu sei que é complicado para ti princesa. Primeiro apenas vivias com a tua mãe, eras filha única e tinhas a atenção dela toda para ti, depois apareci eu, e já tiveste que dividir a atenção dela."

"- Não é isso."

"- Não?"

"- Não papá. Eu tenho medo que deixes de gostar de mim."

"- O quê?"

"- Esse bebé, vais estar com ele desde o nascimento dele, e comigo isso não aconteceu. E se gostares mais dele? E se deixares de gostar de mim?"

Draco sorriu, e pegou na pequena, sentando-a no seu colo dizendo:

"- Isso é impossível. Tu és a minha princesa número um. Eu não vou gostar mais do bebé que aí vem. Eu vou gostar de ambos de igual maneira."

"-Juras?"

"- Já alguma vez te menti?"

"- Não."

"- Então confia em mim."

A pequena passou os braços pelo pescoço do pai, e encostou a face ao ombro dele. Draco olhou para a porta e encontrou a mulher a olhar para ele e a sorrir.

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Acordou por causa do movimento na cama. Olhou para o lado e viu a mulher a mover-se rapidamente na cama, e viu que ela tinha o semblante carregado e que respirava apressadamente.

"- Draco." – Gritou ela antes de se sentar na cama já acordada.

"- Estou aqui." – Disse ele abraçando-a.

Ginevra encostou a cabeça ao peito dele e respirou fundo.

"- O que sonhaste?"

Viu ela afastar-se dele um pouco, e viu-a engolir em seco antes de responder:

"- Sonhei….sonhei que tu morrias por nós. Por mim e pela Angelina."

"- Isso foi por causa da conversa de hoje sobre minha mãe. Não foi nada de mais."

"- Já é a 2ª vez que sonho o mesmo. – Disse ela voltando a encostar a cabeça ao peito dele. – Eu começo a ter medo."

"- Não há razão para isso, eu estou aqui, e sempre vou estar. Tem calma ruivinha."

Ouviu-a soluçar por segundos e momentos depois ela acabava por adormecer abraçada a ele.

Draco deitou-a e em seguida olhou a mulher.

«Estes pesadelos não são normais. Será que são apenas pesadelos! Ou quererão eles dizer algo mais!»

Fim do 12º capitulo

N/A: sim eu sei, demorei séculos para actualizar, mas é que não tive tempo para o fazer antes, lamento muito….eu espero que o próximo capitulo venha mais rápido, mas não prometo nada. Espero que tenha gostado….e já agora COMENTEM!

Trecho:

"- Sra. Malfoy." – Chamou uma vozinha esganiçada ao pé da ruiva.

"- Sim?"

"- O Sr. Malfoy mandou avisar a senhora de que ele ir chegar atrasado."

"- Onde ele foi?"

"- Tratar de uns problemas, ser só o que ele ter me dito. Eu não saber mais."

"- Mã! O papá não esta no quarto também!"

"- A mãe já sabe, o papá mandou avisar de que chegaria tarde. Teve de ir resolver uns problemas."

«Mas que problemas! De certeza que tem algo a ver com o que o Blaise lhe disse hoje!»

Os agradecimentos estão no profile…

JINHOS!