13º Capitulo
A volta
Assim que acordou apalpou a cama ao seu lado e não deu pela presença dela na cama. Abriu os olhos no momento seguinte, e em seguida levantou-se. Pegou no robe negro que se encontrava em cima da poltrona, e em seguida saiu do quarto.
Caminhou pelos longos corredores da Mansão e estranhou não encontrar nem a mulher, nem a filha.
Continuou seu caminho e ficou estático quando ouviu barulho vindo da cozinha.
«Música! Os elfos estão a ouvir música! Não é possível!»
Abanou a cabeça e em seguida virou para a cozinha. Entrou na cozinha e sorriu.
A cozinha estava irreconhecível. Haviam bolos espalhados pela mesa, farinha no chão, massa de bolo de chão.
Mas o que fazia com que aquela imagem fosse deliciosamente maravilhosa era o facto de Ginny se encontrar com os cabelos ruivos apanhados num coque mal feito, a camisa com os botões abertos, as calças negras largas, era demais para ele.
Aproximou-se da esposa e enlaçou-a pela cintura fazendo-a saltar com o susto.
"- Olá amor." – Cumprimentou ele beijando o pescoço dela.
"- Olá."
Draco acariciou a barriga, que já se começava a notar, dela, e em seguida olhou para a filha, sorrindo.
A pequena encontrava-se de pé em cima do banco, e raspava o chocolate que existia na taça.
"- Bem, o que minhas duas princesas estavam fazendo aqui?"
"- Bolos." – Respondeu a ruiva.
Draco virou a mulher para ele, e em seguida passou com as mãos nas bochechas dela, antes de a beijar.
Afastou-se da mulher e sorriu, vendo que ela sorria também.
"- O que foi?" – Perguntou ela.
"- Nada. Porquê?"
"- Por nada. Vamos fazer bolos?"
"- Tu? Fazeres bolos Draco? Ora conta outra."
"- Ora, ate parece, eu sei fazer bolos Ginevra Malfoy."
Ela riu quando viu o marido pegar num avental e pô-lo em frente do corpo. Assim que ela olhou para ele parou de rir, podia ser algo extremamente impensável ver Draco Malfoy com um avental, mas era sem dúvida alguma uma imagem sexy.
"- Hum….parece que gostaste do que viste, hã ruiva!" – Comentou Draco ao ouvido dela fazendo com que ela tremesse.
"- É, gostei, mesmo. Mas vamos cozinhar?"
"- Vamos. Filha, queres vir ajudar?"
"- Sim papá."
Angelina saiu de cima da cadeira, e correu até aos pais. O loiro puxou uma cadeira, e a pequena ficou em cima dessa cadeira.
"- O que vamos fazer?"
"- Bolo de passas." – Disse a loirinha, fazendo Ginny rir.
Nunca eles tinham passado uma manha tão divertida. É claro que os bolos não saíram todos bem, mas eles divertiram-se imenso.
"- Filha, o melhor é ires tomar banho, estás cheia de farinha e de chocolate."
Angelina riu por momentos antes de correr para fora da cozinha.
Draco riu e em seguida virou-se para a esposa, encostando a ruiva ao lavatório, e em seguida encostou as testas.
"-Sabes! Acho que os bolos devem de ter saído muito, mas muito bem."
"- Sério!" – Perguntou ela roçando os lábios nos dele. – "Porque dizes isso?"
Ele sorriu beijando-a de vez. Em seguida levou seus lábios até ao ouvido dela e murmurou:
"- Porque foram feitos com amor."
"- Que romântico."
"- È….onde a se viu, um Malfoy romântico! O amor faz mal mesmo."
"- Nem digas isso, o amor fez-te bem."
Ela riu antes de passar os braços por trás do pescoço dele. O beijo era calmo, mas profundo e o loiro pegou na mulher ao colo, e caminhou com ela até ao quarto.
- Porque viemos para aqui?
- Ora, também temos que tomar banho. – Respondeu ele sorrindo maliciosamente, antes de fechar a porta com um feitiço, e entrar na casa de banho beijando a mulher.
(…)
Ginevra estava sentada na cama, e esperava que o marido aparecesse. O loiro tinha ido deitar a pequena, e a ruiva encontrava-se a ler enquanto esperava.
Minutos depois viu o marido entrar no quarto. Ele caminhou até á cama, e em seguida tirou o livro das mãos dela e encarou-a.
"- Eu disse que os bolos estariam bons." – Comentou por fim, fazendo com que ela rolasse os olhos.
"- É suposto eu dizer que não te enganas nunca?"
"- É sim."
"- Pois não vou dizer, afinal já erraste." – Disse ela rindo
"- Muito engraçada Ginevra."
Ela encostou a cabeça no peito do marido, e sentiu a mão dele acariciar seus cabelos.
"- Voltaste a ter o mesmo pesadelo?" – Perguntou ele passado minutos em silêncio.
Ginny não respondeu, apenas abraçou mais o homem, o que o fez perceber a resposta.
"-Todos os dias?"
"- Sim."
"- Não te preocupes, são apenas pesadelos."
"- Espero que estejas certo."
"- Hei ruivinha, eu não me engano nunca. Afinal, quantas vezes já errei!"
"- Deixa pensar."
"- Era uma pergunta retórica."
"- Ah, desculpa não tinha percebido esse ponto da questão."
Ele riu, e ajeitou-se um pouco mais na cama, ficando numa posição mais confortável. Minutos depois a esposa dormia no seu peito.
(…..)
Bateu na porta do escritório dela, e esperou até ouvir a voz dela a dizer para ele entrar.
Assim que entrou viu a mulher a ler um papel. Ela levantou os olhos encarando-o. Sorriu antes de perguntar:
"- Se eras tu, porque bateste? Sabes que podes entrar sempre que quiseres, não precisas da minha permissão. Afinal és dono desta empresa também, e para alem disso és meu marido."
"- É, eu sei, mas apeteceu-me." – Comentou ele caminhando até á mesa dela.
Sentou-se na mesa, e pegou nas mãos da mulher, fazendo-a levantar-se.
Pousou as mãos na cintura dela, e em seguida puxou-a para si, beijando-a.
Pousou os lábios nos dela suavemente, e beijou-a durante longos minutos. Apenas se afastou dela quando ouviram um barulho vindo da porta.
"- Desculpem interromper." – Disse Blaise olhando para o casal.
"- Não faz mal. – Disse Ginny sorrindo. – Querias algo?"
"- Falar com o Draco!"
O loiro ergueu a sobrancelha e perguntou:
"- Sobre?"
"- Vamos até lá fora, eu digo-te."
Draco olhou para a mulher, beijou-a rapidamente e murmurou:
"- Volto já, para continuarmos."
A ruiva sorriu, e em seguida voltou a sentar-se na cadeira. Assim que a porta se fechou olhou novamente para o papel.
"- Então diz-me lá o que querias Blaise. Deve de ser algo de importante, para não me dizeres o que era em frente da Ginevra."
"- È que….bem eu…."
"- Não me digas que vais casar?"
"- Também. Mas não era sobre isso que queria falar contigo."
"- Fala de uma vez…odeio quando te metes com rodeios estúpidos Zabini."
"- Eu vi o Carl."
O loiro olhou espantado para o moreno e em seguida encolheu os ombros e perguntou:
"- Que Carl?"
"- O que namorou com a Ginny no 6º ano dela, com quem ela terminou por ele ser comensal."
"- Ah. E então? Qual é o problema disso?"
"- Ele sabe que vocês casaram."
"- E? Ainda não percebi o ponto da questão."
"- Ele ficou fulo. Disse-me que ela tinha terminado com ele por causa da escolha dele, e que no fim tinha casado contigo, enquanto tu eras como ele."
"- Alto lá. Eu escolhi-a. Quando ela me fez escolher eu escolhi-a, não escolhi Voldemort."
"- Eu sei. Mas a expressão dele não me agradou. Toma cuida do Draco."
"- Descansa, eu tomarei cuidado com ele."
"- Pronto era só isso."
"- Alto lá Blaise. O que querias dizer com o "também"? Tu vais mesmo te casar com a Melissa?"
"- Sim. Eu não queria dizer-te isto assim. Mas já que tu me perguntas, eu posso dizer que nós estamos a pensar casar em Agosto."
"- Mas só faltam 3 meses. Quando pensavas em me contar?"
"- No sábado. É o meu aniversario, ia convidar-te, mais á tua família, e ai diria."
Draco riu, o que fez com que o moreno ficasse admirado.
"- O que foi?"
"- Quem diria que Draco Malfoy e Blaise Zabini estariam casados? Eu estou casado há 3 meses, tu pensas em te casar. Nunca pensei que um diria, viveria para ver isto."
"- È verdade. E logo nós, que sempre fomos contra o amor."
"- É mesmo." – Concordou o loiro rindo.
(….)
Ginny chegou a casa de mão dada com a filha. Assim que entraram na Mansão a pequena correu até ao escritório para ir ter com o pai, mas quando abriu a porta do escritório ele não se encontrava lá.
"- Onde o papá está?"
"- Se não está no escritório vai ver no quarto."
Angelina sorriu antes de correr pela escada acima.
"- Sra. Malfoy." – Chamou uma vozinha esganiçada ao pé da ruiva.
"- Sim?"
"- O Sr. Malfoy mandou avisar a senhora de que ele ir chegar atrasado."
"- Onde ele foi?"
"- Tratar de uns problemas, ser só o que ele ter me dito. Eu não saber mais."
"- Mã! O papá não esta no quarto também!"
"- A mãe já sabe, o papá mandou avisar de que chegaria tarde. Teve de ir resolver uns problemas."
«Mas que problemas! De certeza que tem algo a ver com o que o Blaise lhe disse hoje!»
"- Filhota vai tomar um banho antes de jantar."
"- Está bem."
Ginny caminhou até á sala, pegou num punhado de pó de flú, e chamou pelo amigo.
"- Blaise. O que disseste ao Draco hoje?"
"- Nada de especial Gi!"
"- Ele não está em casa. Eu quero saber o que lhe disseste!"
"- Apenas disse que uma pessoa tinha voltado."
"- Quem?"
"- Carl."
Ginny sentiu o coração bater forte nessa altura. Levantou-se e caminhou por instantes pela sala, falando baixo.
"- Ginny está tudo bem?"
"- Sim. Podes ir, era só isso que queria saber. Adeus e obrigada."
«Carl regressou, espero que não fosse por isso que eu tenho tido aqueles pesadelos horrorosos!» – pensou ela alarmada.
(….)
Deitou-se na cama e fechou os olhos com força. Ele não havia voltado ainda, nem havia dito nada.
E se lhe tivesse acontecido algo!
Adormeceu sem ao menos dar por isso.
Sangue. Suas mãos estavam sujas de sangue. Mas de quem era aquele sangue?
Ela não sabia, e na verdade não queria saber.
Olhou em volta e viu que se encontrava num floresta.
Seu coração batia cada vez mais forte, e saltou de susto ao ouvir passos perto de si.
Virou-se para trás, e encarou os olhos brilhantes de Carl.
- Olá ruiva.
- Carl! O que fazes aqui?
- O que eu faço aqui? Oh nada de mais. Mas eu tenho uma pergunta mais interessante. Como pudeste ter terminado tudo comigo por eu ter escolhido ser um comensal, e ter-te casado com ele, se ele também era um comensal?
Ginny olhou para o lugar para onde o dedo do homem apontava e sentiu as lágrimas escorrerem pela face.
O corpo de Draco jazia desfalecido no chão.
- Ele veio desafiar-me. Pobre coitado, devia de saber que eu todos estes anos aperfeiçoei minha técnica. Nenhum mortal pode nada contra mim. Eu venci o teu marido Ginny.
A ruiva não dizia nada. Até respirar era difícil.
"- Draco!" – Gritou a mulher sentando-se na cama.
Tinha sido um pesadelo. Apenas um pesadelo.
Nesse mesmo instante a porta do quarto abriu-se e ela sorriu. Levantou-se e estava ansiosa para se pendurar no pescoço do marido, mas parou a meio do caminho quando viu quem se encontrava á sua frente.
"- Carl. – Balbuciou ela. – O que fazes aqui?"
"- Eu vim-te dizer algo que já deves de saber……matei teu marido."
Fim do 13º capitulo
N/A: Primeiro, actualizei depressa desta vez…. segundo Hahahahaha eu disse que ia haver drama…eu disse…eu disse…Draco morreu nas mãos de Carl…eu sinto-me feliz, há muito tempo que queria matá-lo….
Trecho do próximo capitulo:
O moreno murmurou algo que fez com que Draco sentisse seu cérebro doer. As lágrimas queriam escorrer.
Não podia acreditar que aquele era o fim. Que ia morrer nas mãos dele.
Que as ia deixar.
Que as ia fazer sofrer.
Sentiu o coração parar aos poucos. A visão estava turva, o coração doía, a garganta doía. Ele não podia mais.
Carl soltou-o, e ele acabou por cair no chão, com um baque.
"- Gi!" – Murmurou antes de fechar os olhos e não sentir, não ver mais nada.
Tinha terminado. Ele não havia resistido a tudo.
O que tenho mais a dizer….ah sim, querem ver a capa desta fic e do fruto proibido…elas irão estar no meu photoblog….eu já tinha metido lá uma desta fic, mas fiz uma nova…
Já agora…
Quem não leu O Efeito do Chocolate – minha nova short – pode ir ler…e deixar review…
Por falar em reviews….toca a comentar gente….o próximo capitulo tem mais drama ainda….mas espero que gostem….e lembrem-se….ainda falta para o final….final esse que eu adoro…
JINHOS!
