16º Capitulo
Edward
"- È para ti amor."
"- Eu sei."
"- Queres falar com eles? Estão cá todos eles?"
"- Todos os meus irmãos?"
"- Sim. Mando-os entrar?"
A ruiva olhou para o marido, e ficou em silencio ponderando a resposta.
Suspirou, decidida.
"- Tudo bem. Manda-os entrar."
Assim que viu seus irmãos e seus pais entrarem na sala Ginny sentiu as lágrimas invadirem seus olhos, mas fechou-os antes das lágrimas escorrerem.
"- Eu conheço estas pessoas, foi onde eu fui parar mamã." – Disse Angelina ao lado da ruiva.
"- Eu sei."
Draco aproximou-se da filha e pegou na pequena ao colo, sentando-se no sofá com ela na sua perna.
Olhou para a mulher e soube que ela estava nervosa.
"- Olá Gi!" – Disse Fred meio a medo.
Ginevra não disse nada, apenas encarou a família sem nenhuma expressão, o que fez Draco estremecer e dizer a loirinha:
"- Vai vestir-te, para depois ires para casa do padrinho."
A pequena sorriu e em seguida saiu da sala correndo. Draco levantou-se e passou com o braço na cintura da esposa, o que fez todos os Weasleys seguirem o movimento carinhoso dele.
"- O que fazem aqui?" – Perguntou Ginny por fim.
"- Nós viemos falar contigo filha." – Respondeu Arthur.
"- Porquê?"
"- Estamos arrependidos de tudo o que se passou."
Ginevra olhou para sua mãe, e riu assim que ela terminou de falar. Todos olhavam em choque para a ruiva, ninguém esperava aquela reacção dela.
"- Arrependidos! Arrependidos porquê! Porque eu estou casada! Porque o pai da minha filha está comigo! Porque não sou mãe solteira! PORQUE NÃO VOS DESONRO ASSIM!"
"- Calma amor."
"- Calma nada Draco. Eles só aqui estão porque descobriram que tu estás comigo, porque sabem que nós estamos casados, que somos uma família feliz. Pois fiquem a saber – disse ela encarando os Weasleys – que não preciso de vocês. Não agora.
Quando precisei de vocês, vocês disseram que eu era a vergonha da família, não me apoiaram, e agora que eu sou aquilo a que chamam de uma mulher decente vocês voltaram para me "reclamarem" como membro da família, pois bem agora sou eu que não quero ser membro da vossa família. Afinal não era vossa filha quando descobri que estava grávida, também não sou vossa filha agora. Façam o favor de sair da minha casa."
Ginevra virou costas a todos, e saiu da sala caminhando até ao quarto.
Draco ficou estático na sala e sentiu todos os olhares em si.
"- A culpa é tua Malfoy!" – Disse Ron.
"- Minha! Eu quando soube que tinha uma filha voltei. Eu nunca deixei de amá-la, o que aconteceu quando nos separamos foi apenas um mal entendido, quando soube a verdade voltei, e podem ter a certeza de que me arrependo de todo o sofrimento que causei nela. Vocês, vocês nunca voltaram. Ela tem razão, vocês apenas voltaram agora porque sabem que ela está casada, comigo o pai da sua filha.
E se isto vos faz mais felizes, acho que devem de ter reparado que ela está grávida novamente, e pelos vistos vocês nunca conhecerão essa criança, e a culpa é apenas vossa. Agora SAIAM!"
Talvez tivesse sido dura demais com todos eles, mas isso não importava. Eles haviam sido duros demais com ela anos antes.
«És a vergonha de todos os Weasleys, grávida de um Malfoy. E pior serás mãe solteira» disse a voz de seu pai na sua mente.
«Tu não és mais minha filha!» sentiu as lágrimas escorrerem na sua face quando se lembrou do que sua mãe dissera.
Sentou-se na cama, e acalmou os nervos. Sentiu as mãos do marido nos seus ombros, abraçando-a calmamente.
"- Eles foram embora, Angelina foi para casa do Jonathan."
Ginny virou-se para o marido e enterrou a face no peito dele. As mãos dele acariciaram o cabelo dela, e ela agradeceu baixinho por isso.
Quando saíram do quarto já era final de tarde, e a ruiva já estava mais calma.
"- Obrigado por me apoiares." – Disse ela puxando o marido pelo colarinho e beijando-o.
(……)
Quatro meses tinham passado e Ginny nunca mais tinha visto nenhum do Weasleys, mas também não se preocupava com isso. Sua preocupação era o nascimento e seu filho, faltava menos de um mês.
Encontrava-se sentada na sua secretaria quando a porta se abriu. Draco caminhou pelo escritório, e abaixou-se ao lado dela, virando a cadeira dela de lado, de modo a puder beijá-la.
Passou com a mão na barriga de 8 meses dela e sorriu.
"- Estou ansioso que ele nasça. Nem acredito que perdi isto quando foi a altura de Angelina."
"- Por falar em Angelina, ela tem estado estranha ultimamente."
"- Também reparei. Tem estado assim no último mês. Porque será?"
"- Não percebeste. Neste ultimo mês as atenções estão todas voltadas para o nascimento do nosso menino. Quando Blaise veio de lua-de-mel trouxe imensa roupa de bebé, e para ela apenas trouxe um brinquedo, em que ela não tocou. Os padrinhos dela só falam do bebé, nós próprios só falamos do bebé. Acho que ela está a sentir-se de parte."
"- É! Nós temos dado pouca atenção a ela, não é?"
"- Temos, e acho que ela tem medo que o bebé a substitua."
"- Ele nunca a vai substituir."
"- Eu sei, mas na cabecinha dela é possível."
"- Muito bem. Diz-me algo que ela sempre tenha desejado."
Ginevra riu antes de beijar o marido e murmurar a resposta ao ouvido dele, fazendo-o sorrir.
---/---
Ginny ouviu a filha e o marido entrarem em casa e por isso caminhou até á entrada da casa.
"- Olá filha, como foi a escola?"
"- Bem Mã." – Respondeu ela caminhando até á sala, depois de dar um beijo na bochecha da ruiva.
"- Onde a menina pensa que vai?"
"- Ver televisão."
"- Mas nem pensar. Primeiro tens que ir fazer os trabalhos."
"- Mas mãe, eles são poucos e eu faço depois. Deixa-me ir ver só os bonecos que gosto."
"- NÃO! Já lá para cima fazer os trabalhos."
"- Mas…."
"- Não há mas nem meio mas. Vai."
"- Se fosse o bebezinho podia fazer o que queria." – Disse a loirinha irritada, subindo as escadas rapidamente.
"- Foste dura de mais." – Murmurou Draco ao ouvido da esposa.
"- Eu sei."
Ouviram um grito de surpresa vindo do quarto da pequena, e em seguida puderam ouvi-la a correr pelo corredor.
A loirinha desceu as escadas a correr, e abraçou-se á mãe, antes de saltar para o colo do pai.
"- Então gostaste?"
"- Se gostei! Eu A-D-O-R-E-I." – Respondeu ela rindo.
Ginevra sentou-se no sofá e Draco sentou-se ao lado com a filha no colo. A pequena tinha um pequeno cãozinho nas suas pernas.
O animal tinha o pelo negro e os olhos eram azulados. Era lindo.
"- Como lhe posso chamar?"
"- Isso, tu é que sabes princesa." – Respondeu Draco.
"- Hum……que tal……Troy?"
"- É perfeito." – Respondeu Ginny.
Angelina levantou-se do colo do pai e pousou o animal no chão.
"- Filha, chega aqui."
Ela voltou a sentar-se nas pernas do pai, e esperou que ele falasse.
"- Nós continuamos a gostar muito de ti. Podemos ter pensado mais no bebé ultimamente, mas isso não quer dizer que nós não gostemos de ti. Nós NUNCA vamos deixar de gostar de ti. Nós amamos-te muito."
A pequena sorriu, antes de inclinar a cabeça para a barriga da mãe. Encostou o ouvido nela e sorriu.
"- Estou a ouvir barulho." – Disse ela.
"- Ele está a mover-se."
"- Que nome ele terá mamã?"
"- Ainda não escolhemos. Queres ajudar a escolher filha? Afinal tu és a irmã mais velha, tens um papel muito importante depois."
"- Eu estive a pensar no outro dia, e gosto muito do nome Edward."
O loiro voltou a aconchegar a pequena no seu colo e olhou para a mulher a sorrir.
"- Edward será." – Disse ele beijando a filha na bochecha.
"- Terei mesmo um papel importante como irmã mais velha?"
"- Claro."
"- Boa." – Disse ela saltando para o chão.
Em seguida pegou no cachorro ao colo e saiu da sala, mas antes de chegar á porta virou-se para trás e disse.
"- Eu também vos amo muito."
Draco virou-se para a mulher e pousou a mão na barriga dela dizendo:
"- Acho que ela voltou ao normal."
"- Eu tenho a certeza disso."
O homem sorriu beijando a esposa em seguida.
(….)
"- Draco!" – Murmurou a voz de Ginny ao ouvido dele.
"- Hum?"
"- Amor acorda!"
"- Ainda é cedo ruiva, deixa-me dormir….e ainda por cima é sábado."
Ele voltou a tapar-se com o lençol, e sentiu a mulher mover-se imenso na cama, mas pensando que ela se tinha deitado outra vez, não ligou.
Apenas se apercebeu que ela se encontrava de pé ao seu lado, quando ela puxou o lençol que o tapava.
"- O que queres?"
"- Vai nascer."
Assim que ouviu a resposta da esposa, o loiro levantou-se e vestiu umas calças negras, e uma camisa, apertando apenas os últimos 4 botões.
Correu até á lareira, e chamou pelo Blaise.
"- Vem tomar conta da Angelina. Agora!" – Disse apenas, antes de voltar a correr até ao quarto.
Ginny encontrava-se de pé, no centro do quarto, com um saco na mão.
Draco aproximou-se dela e pegou na mão dela, e em seguida apontou para uma pequena bota que estava em cima da mesa.
"- Accio." – Disse ele.
Instantes depois, ambos estavam em St. Mungus.
A ruiva foi imediatamente levada pelo seu médico, para uma sala, e Draco ficou na sala de espera, impaciente.
Não tinham passado muitos minutos quando uma enfermeira apareceu ao pé do loiro e lhe perguntou:
"- Quer assistir ao nascimento do seu filho?"
"- Claro."
Seguiu a mulher, e instantes depois encontrava-se vestido com uma bata verde, e estava a pegar na mão da mulher.
"- Vai correr bem Draco." – Disse ela sentindo o marido nervoso.
"- Eu sei."
"- Relaxa."
"- Estou relaxado ruiva."
Ela sorriu, antes de sentir uma forte contracção.
"- Vai nascer." – Disse o médico.
O loiro já tinha passado por imensas experiências inesquecíveis, mas nenhuma que comparava ao nascimento do seu filho.
É claro que estava nervoso, o tempo parecia andar devagar, mas assim que viu o pequeno ser nos seus braços esqueceu tudo isso.
Era o bebé mais perfeito que ele já vira. Era a segunda coisa mais bela que ele fizera.
"- Edward Malfoy." – Murmurou o homem sentando-se ao pé da esposa.
Aproximou o pequeno da mãe, de modo a ela pegar nele.
Assim que o viu Ginny apercebeu-se que ele era igual á irmã. Loiro, pele clara, e seus olhos eram cinzas.
A única diferença é que iria ter sardas como ela tinha.
"- É tão lindo."
"- É!" – Concordou Draco olhando a esposa sorrindo ao seu lado.
Passou com as mãos nas faces rosadas, sardentas, e húmidas da mulher antes de a beijar delicadamente.
"- Eu amo-te."
Fim do 16º capitulo
N/A: mais um capitulo…e a fic aproxima-se do fim...o que já não é sem tempo…fora o quê? Mais de 4 meses com ela aqui…bem está mesmo quase a terminar…
Como já sabem um trecho:
"- Angelina desce as escadas com calma. – Disse Draco. – Ruiva não te demores."
Ginny apareceu ao pé dele com o filho nos braços. O bebe de 4 meses, sorria para o pai. Draco aproximou-se dele e pegou no filho, no momento seguinte Angelina aparecia ao pé deles.
"- Estou pronta." – Disse ela.
Ginny pegou na filha e em seguida saiu da Mansão sendo seguida pelo marido.
"- Onde vamos Mã?"
"- Passar o Natal a casa do padrinho."
Nada de muito emocionante….mas enfim…
Espero que tenham gostado do capitulo…os agradecimentos estão no profile…
Comentem! MUITO!
JINHOS!
