Draco está triste. Ele anda pela cidade. Acredita vê-la de costas no meio da multidão. Ele a vê passar de bicicleta. Ele a vê lá adiante. Mas não é Ginny. Por toda a parte, ele não vê Ginny. Por toda a parte, Ginny sumiu.

Ele está triste, mas não infeliz. Na verdade, ele foi um felizardo. Viveu um conto de fadas com Ginny. Quantos podem dizer isso de si mesmos?

Agora o conto de fadas chegou ao fim. Afinal, ele estava em lua-de-mel. Afinal Pansy estava ali do seu lado, puxando-o para ver uma vitrine.

¬ Ei! Draco, acorda! Draco!

¬ Ahn?

¬ O que você acha deste vestido?

¬ Lindo. O mais lindo do mundo.

Denovo em seus devaneios. Ginny estava num vestido da cor daquele, roxo, quando se viram pela primeira vez. Na Floreios e Borrões. Ela tinha só 11 anos. Tão arrebatadora, tão bela. Ele sempre a achou linda. Nunca pode admitir. Mas ela tinha uma expressão tão serena, alegre, linda, misteriosa e encantadora. Tão...

¬ Draco, aloôu!

¬ Quê?

Ginny e Colin caminham na Piazza Navona.

¬ Colin! Pintores de rua! Me dá um retrato?

¬ Claro!

Draco e Pansy caminham mais um pouco, até chegar a Piazza Navona. Vão até a fonte Bernini, em frente a Sant'Aghese. Então ele a avista novamente. Mas... dessa vez realmente é ela! Seu coração dá um pulo, ele reconheceria aquele sorriso entre um milhão de ruivas, mesmo depois de tanto tempo. Pede para um dos pintores o cavalete e o toco de carvão emprestados. Lhe pagou 5 mil liras por isto. Ele sabe desenhar, desde pequeno foi seu hobbie predileto.

Pansy olha assustada. Ela reconheceu a ruiva. Mas em traços rápidos ele a desenhou. Traços retos, sensuais, ousados. E rabiscou um bilhete:

" Ginny. Eu estou aqui. Me perdoe. Mas não depende só de mim. Eu não tenho mais tudo sob controle. Tudo é tão lógico. Tinha que ser assim. Preciso falar com você, Ginny. No Castel Sant'Angelo. Lá em cima, na torre. Amanhã as 12:00 hrs. Não tenha medo. Mas vá sozinha. Prometo. Eu não vou estragar nada.

Outrora teu,

Draco."

¬ Draco! Nós nos casamos! Porquê? O que ela tem que eu não tenho?

¬ Me deixa Pansy! Por hoje pelo menos!

¬ Pra quê? Pra o meu marido passar a noite pensando em outra? Ou pra você ir...

¬ Pansy, eu preciso disso! Você não pode evitar! Você sempre soube que eu a amava!

Os olhos de Pansy se encheram de lágrimas, que escorrem de imediato. Ela enxuga com as costas da mão e vai embora correndo.

A cena entristece Draco. Gostava da companhia de Pansy, confiava e gostava dela. Como amiga, quase uma irmã.

Mas não podia perder tempo com isso.

Avistou Ginny saindo dali. Precisava entregar o bilhete. Correu para não perde-la de vista. Pediu para um moleque de rua. Apontou a ruiva e lhe pagou mais 5 mil liras.

Agora a sorte estava lançada. Mas precisava segui-la, precisava ver como ela estava.

Se não desse certo ele sabia que era o fim. Ela era tudo para ele. Ele tinha medo de perder tudo.

Ginny e Colin saíam com o retrato. Então ela teve um bom presságio. O moleque lhe entregou o bilhete. Então ela o viu. Sentado na fonte Bernini. Os olhares se encontraram.

¬ Colin! Você precisa ir até o hotel! Alguém nos saqueou! Por favor, eu não quero ir!

¬ Sim, eu entendo que não queiras, mas tem certeza?

¬ Sim. Pegue um táxi e vá. Te encontro no hotel depois.

¬ Okay.

Então Colin tomou um táxi e saiu.

Ela queria correr para abraça-lo, para beijá-lo, para o fazer esquecer de tudo. Mas não podia graças a Lucius Malfoy. Aquele tirano! Não era justo! Ele já havia morrido na guerra depois de todos descobrirem que ainda estava vivo.

Ela saiu andando em direção ao teatro. Queria se distrair. Tentar não pensar muito em amanhã. Tinha perdido ele de vista. Amanhã o dia seria terrível. Ela não podia ir. Ele ia morrer se ela fosse. Porquê? Ah, Draco, Draco...Quando ela se deu conta, estava sentada dentro de uma tenda cigana montada na Sant' Aghese.

¬ Olá minha querida ¬ falou a cigana. Ela tinha longos cabelos cacheados, usava uma bata, uma pulseira barulhenta com pingentes dourados. Não via como era a saia, só que era verde clara. Provavelmente bem longa. A mulher retornou a falar:

¬ Eu sou Madame Nani Black. O que deseja saber?

¬ A senhora faz quiromancia? A arte de ler mãos?

¬ Mas é claro! Me dê sua mão.

Então a cigana começou:

¬ Sua vida é cercada de magia, nunca vi nada igual! É como se fosse uma bruxa! Que bobagem, isso não existe! Você vai ter muita sorte no amor. Mas não aqui! Em outro lugar, em outro plano. Você...corra! Tudo depende de você assistir Mario e Tosca. A peça já vai começar, corra!

Madame Nani Black a empurrou dali, esquecendo de cobrar as 10 mil liras pela consulta.

Ela correu. E não sabia que Draco já estava dentro do teatro. Ela comprou um ingresso. Escolheu um lugar entre um casal simpático e uma menina de uns 15 anos com uma amiga da mesma idade.

Ela se distrai com a peça.

Tosca. Tosca, que assegura a Mário que ele não será executado. Apenas parecerá que sim. Uma execução simulada. Com balas de festim. Ele deve fingir que está morto...

Eles o colocam diante das muralhas do Castel Sant' Angelo.

¬ Come è bello il mio Mario!

Depois atiram, e Mario cai no chão.

¬ La! Muori! Ecco un artista!

Cobrem-no com um casaco, e Tosca observa tudo á distância. Ela está feliz...

¬ O Mário, non ti muovere...

Os soldados de afastam...

¬ Ancora, non ti muovere...

Agora não dá mais para ver os soldados, e Tosca corre para o seu amado.

¬ Presto! Su, Mario! Andiamo! Andiamo! Su!

Mas Mario não se levanta. Scarpia a enganou. Tosca ajoelha-se ao lado de seu amado. Aterrorizada, ela vê sangue escorrendo de suas mãos.

¬ Mario! Mario!

Então ela arranca o casaco que o cobria.

¬ Morto! Morto!

Ela se atira sobre ele.

¬ O Mario! Morto? Tu? Così? Finire così? Così?

E Tosca se joga da torre.

¬ Avanti a Dio!

Melodramático. Mas verdadeiro. A vida é melodramática. Somos levados para um conto de fadas. Ah Draco, nós vivemos. Não é fantástico? Mas a vida é breve demais. De repente, somos novamente arrancados uns dos outros.

Todos levantam e aplaudem. Então ela repara no loiro a sua frente. Eles estavam tão perto e ele não morreu. Ela toca seu ombro. Se sente eletrizada. Ele também. Ele olha pra trás.

Ela já saiu correndo. Estava mais do que feliz. Porque ela ia. Porque ela ia falar, beijar, abraçar Draco.

Porque a vida voltou a fazer sentido.

Nota da Beta/Digitadora temporária: então pessoas! Aqui é a Cris, postando pra miguxa Bia. Ela ainda está com problemas e não vai poder responder as reviews, mas ele pede que vocês dêem seus votos nas reviews desse capitulo: e aí, vcs querem um final feliz ou triste? Dêem suas opiniões! Ah, e mais uma coisa: se vcs encontrarem algo meio sem nexo nesse cap, a culpa é minha, viu? é que a bia me deu o cap. escrito à mão, então pode ser que eu tenha entendido alguma coisa errada e digitado assim... bom, só digo uma coisa: o proximo cap ta fodástico! (isso que eu só ouvi resumidamente, imaginem como vai ficar escrito...)

Então é isso, deixem reviews, please! e não esqueçam de votar! XD