Título: Um namorado para o Natal

Autor: Annianka

Pares: Harry/ Severus e outros pares.

Classificação: M (R) (slash, lemon e trapalhadas élficas)

Resumo: Numa época de relacionamentos difíceis e guerras, três corajosos fantasmas e um conhecido elfo se unem para presentear alguns habitantes de Hogwarts com um Natal inesquecível.

Disclaimer: Todos os personagens pertencem a J K Rowling, nós apenas os pegamos emprestados para dar vida às nossas idéias loucas e maravilhosas!

Beta : Nicolle Snape

Nota: Este é o primeiro trabalho da brava armada do "The Slash Round Robins", esperamos que curtam nosso trabalho! Lembrem-se, reviews são sempre bem vindas! 

Nota 2: Esta fic não segue a cronologia de Half Blood Prince.

Capítulo 6 – Por Aniannka

Um vulto atravessou a porta da sala da casa de Remus Lupin, em Hogsmead, onde nesse momento, estava reunido o grupo com a missão de unir o mais complicado casal de toda Hogwarts.

"Deu certo, você é genial Alvo!" Lily, que fora a responsável por tal entrada, foi até Dumbledore com os olhos verdes brilhando. "Eu nem acredito, ele agora quer ajudar o Harry, oh, Alvo como eu posso te agradecer?".

"Haham, não vamos nos empolgar, sim? Estamos falando do ranhoso, desde quando ajudar faz parte do vocabulário dele?". James entrara logo após a entrada intempestiva da esposa e não estava tão contente quanto ela.

"James Potter, se não quer ajudar, por favor, não atrapalhe!" Lily olhou furiosamente para o marido. "Harry ama o Severus há muito tempo e sofre por esse amor não ser correspondido. Desde a derrota de Voldemort, Severus passou a admirá-lo, mas ainda o vê como um garoto e Harry nada faz para mudar essa opinião. Oh, não digo que ele não tenha crescido, mas continua inseguro. Dumbledore teve a ótima idéia de nos juntar-mos para consertar esses detalhes e é o que nós vamos fazer entendeu Potter?". Lily tinha as mãos na cintura e o olhar parecia perfurar James.

"Claro meu amor, eu só não quero nosso filho sofrendo pelos cantos porque o ranho-, desculpe, o Severus o magoou."

"Hei vocês dois, não vão dizer o que aconteceu entre eles?". Sirius perguntou.

O olhar de Lily mudou completamente, o olhar antes furioso se tornou alegre e brilhante.

"Oh Alvo, você estava certo, Severus entendeu o significado do poema e o explicou a Harry, que quase se confessou. Mas, o mais importante é que agora Severus parece querer ser amigo do nosso filho. Não sei como lhe agradecer!" Lily não cabia em si de contentamento.

"Dumb, como você é esperto! Como sabia que o Severus entenderia o significado do poema?" Sirius perguntou bastante intrigado.

"Severus gosta de poesias. Sim, Sirius, poesias". Respondeu ante o olhar incrédulo do fantasma. "Ele é adulto, já passou por certas experiências, eu sabia que ele entenderia. E Harry pode não dizer, mas gosta desse mistério, tudo que fiz foi abrir um pouco os olhos de Severus, para que ele veja que o tempo passa e todo o amor que não é cuidado, um dia acaba". Dumbledore disse olhando para a lareira.

"Harry já está ficando intrigado quanto aos bilhetes, com alguém invadindo seu quarto, mesmo com os feitiços de proteção que ele colocou". Remus, que estava sentado próximo à janela, disse olhando para todos.

"Bem... eu e o Alvo tivemos a idéia do poema, a Lily se encarregou de vigiar o Seb- Severus, cuidar para que nenhum deles descubra, cabe a você e ao Sirius, que até agora só soube reclamar". James disse, dando a Sirius um olhar sarcástico.

"Isso não é justo. Eu defendo o direito do Harry escolher se quer o ranhoso como namorado. Eu sei que ele ama o Snape, mas eu não sei... você sabe o quanto ele odeia ser manipulado. Todo esse"feitiço" pode acabar virando contra o "feiticeiro", ou seja, Harry pode acabar nos odiando por ter feito tudo pelas costas dele". Sirius disse olhando para todos seriamente.

"Quando eu disse que tinha um plano, era sobre isso que eu falava. Harry agora é amigo de Draco, ele o conhece muito bem, aparentemente se tornaram confidentes. Se Harry desconfiar ou mesmo se sentir incomodado com esses bilhetes, irá contar ao Draco. Por isso, sugiro fazer com que ele nos ajude". Remus falou, olhando para a janela.

"Draco? Remy você é brilhante! Eu sei que eles não eram amigos no colégio, mas confio no seu conselho!". Lily disse, sorrindo para o amigo.

"Vou falar com ele então". Remus falou, dando um pequeno sorriso que passou despercebido aos outros, levantou-se e saiu da sala, indo em direção à enfermaria.

Draco estava em seu quarto, sentado em sua poltrona de couro preta, com um copo de firewisk pensando no que dera em si para aceitar o posto de Madame Pomfrey.

Era um medi-bruxo com várias ofertas de trabalho, fora o melhor na sua classe, então porque aceitara trabalhar naquela escola, cuidando de crianças barulhentas, e recebendo um salário mísero.

Ah! Mas já sabia a resposta: um certo professor, que lhe possuía a alma, invadia-lhe o coração e tomava-lhe os pensamentos.

Tinha 22 anos e sempre que o via, sentia-se voltar no tempo e virar um garotinho todo corado e sem palavras na frente do rapaz mais cobiçado da escola. Mas, o engraçado é que ele parecia não notar e isso pelo menos lhe deixava mais tranqüilo.

Mas o que faria com a vontade de prendê-lo contra uma parede e beijar aqueles lábios tão desejados?

E agora Harry e ele viraram confidentes um do outro. Poderia existir algo mais estranho? Se lhe dissessem que um dia viraria amigo do garoto de ouro, provavelmente riria, mas agora, após tudo que viveu qualquer coisa se tornava possível.

Remus chegou em frente à porta do quarto de Draco e respirou fundo. Imaginava se teria sido boa idéia juntar-se aos outros para tentar unir Harry e Severus, afinal, como poderia ajudar alguém se nem conseguia fazer o homem que amava lhe notar?

Sabia que era apenas mais um colega de trabalho para ele, mas o que podia fazer se o amava já há muito tempo?

Queria que tudo desse certo entre Harry e Severus, quem sabe assim houvesse esperança para ele?

Bateu na porta, de que adiantaria ficar remoendo-se em pensamentos, isso não mudaria nada, e tinha uma "missão" a cumprir. "Missão"... Pensou que nunca mais os marotos se reuniriam para uma, mas aparentemente estava enganado.

Draco que já estava pensando em trocar-se e ir dormir, mas ouviu as batidas na porta e foi atender.

"Remus..." E eis que a razão da sua insônia surge à sua frente. "Hã...entre". Draco afastou-se da porta para Remus poder entrar.

"Draco, precisamos conversar". Remus disse, sentando-se na poltrona.

Oh Merlin... será que ele notou algo? Respire Draco, apenas respire.

"Sobre o que?" Draco sentou-se no sofá, notando como Remus ficava sexy, naquela poltrona. Um lobisomem cheirando a pecado, na sua poltrona de couro, ele parecia tão perigoso! Merlin, o pecado podia ser tão tentador? Se ele disser que quer falar sobre nós dois, juro que não respondo mais por mim.

"Bem..." Remus observava Draco, como ele reagiria sabendo do plano? Aceitaria dois homens juntos?.

Uma palavra Remus, uma palavra e você é meu.

"Sobre Harry e Severus". Remus falou, olhando nos olhos de Draco, e percebeu a confusão estampada em seus olhos.

"Como?" pensou ter ouvido errado, não podia ser, o que Harry e Severus tinham a ver com os dois?

"Eu, aliás, nós precisamos da sua ajuda" Remus disse.