Título: Um namorado para o Natal
Autor: Lilibeth
Pares: Harry/ Severus e outros pares.
Classificação: M (R) (slash, lemon e trapalhadas élficas)
Resumo: Numa época de relacionamentos difíceis e guerras, três corajosos fantasmas e um conhecido elfo se unem para presentear alguns habitantes de Hogwarts com um Natal inesquecível.
Disclaimer: Todos os personagens pertencem a J K Rowling, nós apenas os pegamos emprestados para dar vida às nossas idéias loucas e maravilhosas!
Beta : Marck Evans
Nota: Este é o primeiro trabalho da brava armada do "The Slash Round Robins", esperamos que curtam nosso trabalho! Lembrem-se, reviews são sempre bem vindas!
Nota 2: Esta fic não segue a cronologia de Half Blood Prince.
Capítulo 7 - by Lilibeth
- Nós ?
- Sim, Draco. É... complexo. Acho melhor falar disso outra hora. Aliás, isso tudo é insano... melhor ir embora. Que idéia maluca !
- Não !
Fosse o levantar repentino do lobisomem, fosse sua reação ao quase grito de Draco, o resultado é que a poltrona de alguma forma virou prendendo um estupefato lobisomem debaixo dela, e um gargalhante medibruxo ao seu lado, sem forças para virá-la. A situação era muito engraçada para ser real : como pode um lobo ter tanta graça ao movimentar-se, e sua parte humana ser tão estabanada ? Ainda rindo, Draco abaixou-se e começou a tentar tirar a poltrona sobre Remus, que começou também a rir : primeiro baixinho, para logo em seguida não ser mais possível distinguir de quem eram as gargalhadas que ecoavam no aposento.
E nada da poltrona se mover.
- Vin...vin... ah, pára de rir, Remus !
- Você começou, Draco !
- Quem deu motivo foi você, lobo !
Uma ducha de água fria não teria sido tão efetiva. Remus calou-se imediatamente, e fez o Vingardium Leviosa.
Sem sucesso.
Outros poderiam se referir à sua licantropia desse jeito. Não Draco. Não como Sirius... ele não toleraria isso sem perder o controle. Por Merlin, em que momento ele havia sido enfeitiçado dessa forma ? Quando o fogo gelado daquele doce dragão branco havia queimado seu coração, fazendo-o esquecer do grande cão negro ?
- Acho que as coisas do seu quarto são um pouco enfeitiçadas demais para estranhos, Draco.
- Vingardium Leviosa ! Oras ! O que está acontecendo?
O tremular e o brilho fosco por trás da cortina deu uma idéia a Remus de quem era o autor dessa brincadeira : quem ele tinha quatro patas quando animago era certeza. A dúvida era apenas se era preto ou marrom.
- Agora já chega !
E nada da poltrona se mover.
- OK, cara, eu disse que já chega !
- Eu estou tentando, Remus, não sei o que acontece !
- Eu sei. Pode aparecer, seu grifinório de uma figa !
- O que Harry tem com isso ?
- Acho que está se referindo ao Potter errado, Draco.
- Remus... você está... bem ? A poltrona está ... apertando algo que não devia ?
- Eu estou BEM ! Só quero que essa coisa saia de cima de mim !
E o mover-se – quase freneticamente, aliás (odiava ser vítima de uma brincadeira de Marotos ! ) tentando soltar-se empurrou Remus ainda mais para baixo da poltrona, que parecia ter vida própria e estar querendo engolir o corpo do experiente professor.
Eu queria ser essa poltrona, Remus John Lupin. Eu daria minha vida para transfigurar-me nessa poltrona.
- Espere aí, deixa eu tentar... levantar... esse canto... e fazer um apoio...
- NÃO, Draco !
- Hei ! O que é isso ?
- Brincadeiras de um fantasma grifinório. Bem vindo ao país de debaixo da poltrona. Tudo bem por aí ?
- Estranho... ou eu diminuí, ou essa poltrona...
- Está enfeitiçada. Eu já te disse.
- Mas quem ? Aliás, o que o Nick quase sem cabeça estaria inventando com essa brincadeira boba ?
- Não era exatamente a esse fantasma que eu estava me referindo.
- Remus... her... professor Lupin... você está bem ?
- Melhor do que nunca. Tirando o fato de estarmos os dois presos aqui embaixo por obra de um fantasma, estou ótimo.
A situação era mais que ridícula, Draco (acreditando piamente que em algum momento que fugira à sua visão) a famigerada – mas adorada – poltrona tinha batido com força na cabeça de Remus criando todas essas ilusões, até que ouviu uma gargalhada semelhante a um latido. Agora sabia a qual fantasma grifinório Remus se referia, e apesar do frio que percorreu sua espinha o senso de oportunidade sonserino foi mais forte : não iria deixar passar essa oportunidade única : espreguiçando-se quase acintosamente sob a poltrona emborcada, Draco conseguiu fazer com que suas pernas ficassem próximas – perigosamente próximas, aliás – das pernas do seu objeto de adoração, ao mesmo tempo que se apoiava em um cotovelo, virando-se de lado e encarando profundamente seu adorado Remus.
- Eu imagino que não devo ser a melhor companhia para um piquenique grifinório embaixo da poltrona, não entendi bem o porquê da situação, mas, enfim, sejamos práticos : o que o trouxe ao meu quarto a essa hora da noite ? Não sei no que eu poderia ser útil para ajudar a Harry e Severus que possa contar com a ajuda de um fantasma grifinório nos prendendo aqui embaixo.Talvez ele quisesse ter a certeza que eu o ouviria.
- Pode ser. Dessa parte dos planos eu não tinha sido comunicado. Precisamos de ajuda para fazer com que aqueles dois idiotas enxerguem um palmo adiante do nariz.
- Professor Lupin, que palavreado...
- Draco, eu estou nervoso.
- Percebe-se. Precisa se acalmar, Remus : pelo jeito seu amigo não vai nos deixar sair daqui até que resolvamos essa situação.
- É. Se esse fantasma em especial tem alguma qualidade, essa é a tenacidade.
- Então...
- Então...
Ah, esse seu mover-se desconfortável ! Lobo desengonçado, lupino improvável, porque entre tantos outros eu fui me apaixonar justamente por você ? Eu odiava sua altivez gentil, sua sabedoria modesta, nunca aprendi tanto de Defesa contra as Artes das Trevas como consigo... ali, é foi ali que eu descobri que te amava. Quando ouvi pela primeira vez teu riso, quando eu realmente vi você por inteiro ao enfrentar o bicho-papão no lugar de Harry. Ali eu descobri porque você foi grifinório, e não corvinal ou lufano, como muitos diziam. A coragem dos fortes, a altivez dos sapientes, a segurança dos bons. Ah, como eu te amo !
- Então... temos dois apaixonados.
Merlin ! Como eu percebeu ?
- Temos ?
- Sim... e temos de juntar esses dois.
- Eles já não estão juntos ?
- Como ?
- Juntos... sob uma poltrona.
De onde veio essa coragem toda, pequeno dragão ? E eu que pensava que era apenas mais uma lenda sobre o sangue dos Malfoy mostrar-se sempre que quer muito algo. E eu que não imaginaria isso vindo de você. Não para mim.
Ah, onde estava oculto todo esse fogo ? Nas minhas veias azuis e geladas é que não era. Sim, eu tomei emprestado do seu lobo interno, Remus. Ele que me deu forças para roubar esse beijo. E acariciar tão despudoradamente o seu sexo, e dar esse gemido extasiado quando você correspondeu da mesma forma. Ah, esse grunhido no meu ouvido, esse lobo nada gentil aflorando, arrancando sem precaução as minhas roupas feitas sob medida na Madame Malkin, e eu me atirando sem pudor a arrancar com os dentes as suas roupas de terceira mão. Seriam de Sirius Black ? O que me importa de quem eram, o que me importa por quem você suspirava ! O que me importa é que seus lábios agora estão nos meus, seus dedos estão possessivamente emaranhados em meus cabelos e eu estou nu, enovelado no seu corpo forte e cheio de marcas da vida forte que você teve.
Forte, como é forte esse dragãozinho.. quem diria que aquele menino mimado iria se tornar nesse garanhão puro-sangue. Puro-sangue... e aqui comigo, me tomando os lábios como se contivessem o último remédio sob a face da terra, como se precisasse conectar-se a cada centímetro da minha pele para se manter vivo. É, eu me enganei com ele.
Eu perdi tempo.
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- Então, Remus, vamos fazer um feitiço em uma poltrona do quarto do Snape também ? – Depois do incidente sob sua poltrona Draco estava tentando se acostumar com Sirius e James pairando em volta dele e Remus .
- Acho que não seria tão fácil ali.
- Porque não ? Snape espera algo mais elaborado, mas... sutil.
- Foi sutil prender vocês aí debaixo e dar espaço para manobras ! E nem ficar olhando. Nem ouvindo. Ah, e vocês esqueceram do feitiço silenciador, que eu gentilmente solicitei que fosse feito a fim de preservar a honra de dois dos professores desta ilibada instituição educacional.
- Quieto, Sirius !
- Quieto porquê, James ?
- Nox !
- Hei, Moony, isso é covardia ! Fantasmas não fazem feitiços !
- É, não fazem. Hei ! Como... ?
- Do mesmo jeito que vocês vão fazer. Ou nunca usaram um elfo antes ?
E foi aberta a temporada de tentativas de juntar Severus e Harry
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- Harry !
- Sim, Draco !
- Poderia me ajudar ?
- Claro.
- Ótimo, então depois da sua última aula, na sala dos professores.
- Mas, mas...
- Você disse que ajudaria, agora é tarde. Até as três horas !
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- Severus ?
- Sim, Remus ?
- Você teria um exemplar do "Artes Mágicas das Trevas,como liberar sua força interior"?
- É um livro texto da escola, tem vários exemplares na biblioteca.
Droga.
- Eu sei, mas é que Harry e eu demos trabalhos conjuntos, e os alunos pegaram todos os livros. O meu eu deixei no apartamento em Hogsmeade, poderia me emprestar o seu ?
- Tst, tst... isso que é planejamento... O meu exemplar, aliás os meus DOIS exemplares estão no meu armário, na sala dos professores. Pegue lá.
Raios duplos, Lupin, pare de ser burro !
- No seu armário? Preferiria que você me entregasse, se não se importa.
- Agora tenho aulas com os pestinhas grifinórios, Remus. Após as aulas nos encontramos lá.
- Certo. Obrigado, Severus.
- Organize-se melhor e eu não precisarei ajudá-lo.
- Observe melhor e verá que tem alguém que te ama por perto, e EU não precisarei forçar minha natureza e ajudá-lo, ranhoso.
- Quieto, Sirius !
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- Harry.
- Ah... olá, Severus ! Tudo bem com você?
- Sim, mamãe. Remus já apareceu ?
- Estranho...eu o vi saindo do castelo há pouco !
- Aquele inconseqüente ! Vou ... O que aconteceu com essa porta
?
ALOHOMORRA ! Inferno !
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- E COMO eu ia saber que o maluco do Snape ia fazer uma transfiguração no sofá e transforma-lo em um caldeirão ?
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- Bom dia, Severus.
- Bom dia, Harry.
- O que é isso ?
- Incêndio !
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- Como eu ia adivinhar que o doido do Harry ia jogar água nas vestes do Snape e não tentar o feitiço anti-incêndio ?
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- E , por Merlin, quem iria adivinhar que o Ranhoso fosse se lembrar daquele maldito feitiço de criança e desarmar tudo ?
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- Onde o Harry aprendeu a desfazer aqueles nós ? Remus...
- Sirius, quem tinha um diário não era eu !
- Draco, isso é indecente !
- Eu sei ! Mas o método grifinório não pareceu surtir efeito até agora !
- Vamos tentar ?
- E tem outra solução ?
