4º Capitulo – Aliado ou Inimigo
As coisa estava "tranqüilas" por assim dizer, em Tókio. Sango começou a pesquisar meios de impedir o portal de ser aberto, e a maioria deles mexia com magia. Toda a vez que ela mostrava para Myouga ele dizia que não, pois era muito perigoso.
#-Droga – Disse Sango sentando-se ao lado de Kagome – Como Myouga quer que agente empeça Sesshoumaru de abrir o portal sem usar magia? – Disse ela fazendo bico e pegando mais um livro. Kagome olhou a irritação da amiga e não pode deixar de sorrir – Acha engraçado? – Perguntou Sango não podendo deixar de rir também.
#-Você esta gostando mesmo desse negocio de magia né – Disse Kagome colocando seu livro em cima da mesa.
#-Estou sim – Disse Sango voltando-se para Kagome – Posso te contar um segredo? – Disse Sango bem baixinho.
#-Claro – Disse Kagome também abaixando a voz.
#-Eu estou fazendo objetos levitarem – Disse Sango sorridente.
Kagome meio que desmanchou o sorriso.
#-Tem certeza que isso não é... Perigoso? – Perguntou Kagome.
#-Você também Kagome? – Falou Sango um pouco triste.
#-Não. Mas... Sango! Eu já vi muita coisa, não muito agradável de lembrar que as pessoas fizeram usando magia e não deu certo.
#-Mas, esta tudo bem, não estou usando magia negra, só branca. Não aconteceu nada de perigoso – Sango fez uma pausa e se lembrou de algo – A não ser quando eu tentei fazer uma pagina da internet ir mais rápido e parou a energia do quarteirão por alguns minutos.
Kagome fez cara de brava e Sango esboçou um sorriso e deu com os ombros.
#-Não seria mais fácil se pesquisarmos em outro lugar? – Disse Miroku jogando um livro em cima da mesa – Sei lá, algum lugar que seja mais rápido.
As garotas olharam para ele e sorriram, Kagome desviou o olhar e voltou a olhar para o seu livro. Mas percebeu que Sango ainda olhava para o amigo, sorriu ai então olhou para o seu livro.
Kagome sorriu e disse ainda olhando para o livro.
#-Você gosta dele né?
#-Como? – Perguntou Sango que não estava prestando atenção no que Kagome falava.
#-Você gosta dele – Kagome levantou a cabeça com um sorriso e terminou sua frase – Do Miroku.
Sango corou ligeiramente, encarou a amiga por alguns estantes e voltou a olhar para o livro.
#-Gosto, gosto muito dele. É meu melhor amigo desde pequenos – Disse Sango naturalmente.
#-Não – Falou Kagome, observando a amiga folhear as paginas sem prestar atenção no que estava escrito – Eu sei que você gosta dele, mas eu queria saber se sente algo mais que amizade. Entende?
Sango voltou a olhar para Kagome. Esperou um pouco, olhou para Miroku, suspirou e respondeu.
#-Não, Miroku é meu melhor amigo – Repetiu ela – Ele é um... – Fez uma pausa – Um bom amigo.
Kagome sorriu com o que a amiga disse, olhou para Miroku que estava revoltado brigando com um livro e Myouga o segurava desesperadamente para ele não rasgar as folhas.
#-Tá – disse Kagome olhando nos olhos de Sango – Mas se um dia você quiser conquistar ele arrume-se melhor. Mude o cabelo e coloque roupas, mas... Como poço dizer?... Mas modernas?... Isso.
Ao terminar de falar isso ficou um pouco em silencio. Myouga conseguira retirar o livro da mão de Miroku. Sango fuçava em alguns livros. Todos prestavam atenção no que faziam, até que pela porta da biblioteca entrou uma pessoa conhecida, com sua cara de mal humorada de sempre seus cabelos negros e olhos sem sentimentos, sentou-se na cadeira e passou a observar as pessoas ali presentes. Suspirou de tédio.
Passaram-se mais alguns minutos, e o silencio foi quebrado pelo toque do telefone. Myouga olhou para a porta a aberta da salinha ao lado do balcão e correu em direção desta, os outros olharam para essa repentina ação. Passou um curto espaço de tempo e voltaram a fazer o que estavam fazendo. 'Depois de mais ou menos quarenta, cinqüenta minutos Myouga saiu da sala.
#-Era uma namorada? – Perguntou Kikyou com um sorriso nos lábios.
Os outros presentes olharam para ela meio incrédulos.
#-Não... – Disse Myouga, meio receoso e confusão – Era o conselho...
#-Conselho? – Perguntou Kagome voltando-se mais para o sentinela.
#-É... – Disse Myouga retirando os óculos – Eu já tinha ligado para eles para comentar sobre a jóia e estava esperando uma ligação. Para ver se eles tinham uma solução... – Disse Myouga meio descontente.
#-É eles não tiveram idéia pela sua cara – Disse Miroku descendo da mesa e sentando-se na cadeira.
#-Não, não eles tiveram uma idéia sim, muito boa... – Disse Myouga fingindo cara de feliz.
#-Qual é o problema? – Perguntou Kikyou.
#-Bem... – Myouga pensou no melhor jeito de falara – A jóia para ser mais bem protegida teria que ganhar vida. Assim ela se protegeria sozinha, e com nossa ajuda ela seria praticamente inalcançável.
#-E isso não é bom? – Perguntou Miroku.
#-É sim... Mas para o Shikon no Tama se tornar, por assim dizer "humano" ele precisara de um ritual de magia... – Sango sorriu largamente – E do sangue da... – Myouga fez uma pausa demorada olhou para Kagome – Da caça-vampiros.
#-Bem isso me tira do esquema – Diz Kikyou levantando-se e indo na direção da porta.
Todos olharam para ela, passar pela porta, ninguém disse nada sobre o que tinha acontecido. Talvez fosse por que eles já estavam acostumados com essa reação da jovem.
#-Mas qual é o problema disso? – Perguntou Sango ainda sorrindo.
#-Ela será como ima... – Pensou um pouco o sentinela – Uma irmã da Kagome, saberá de tudo o que esta no mundo, mas não saberá que é uma chave. Deveremos dizer que ela sofreu um acidente e perdeu a memória...
#-E será total responsabilidade minha – Disse Kagome olhando para Myouga.
Houve um momento de silencio.
#-Ainda não vejo o problema disso – Disse Miroku.
#-A caça-vampiros não pode ter nenhuma ligação com pessoas. Amigos, namorados, família... Nada disso. Pois ela devera servir somente para acabar com as forças das trevas – Dizia Myouga com um tom de professor, esse tom era bem habitual quando ele explicava alguma coisa – A partir desse ultimo século as coisas foram mudando, as caçadoras não precisavam mais abandonar suas famílias, algumas tinhas amigos e confidentes, e outras, a minoria namorava...
#-Mas para uma caçadora ter esses privilégios teria que guardar segredo absoluto – Disse Kagome, ainda sem encarar os amigos – Eu quebrei uma das regras, a mais rigorosa e a mais importante – Finalmente olhou pata Miroku e Sango que a encaravam – E se eu tiver mais uma pessoa para proteger. Uma pessoa que será uma chave de um dos piores portais para proteger, ficarei mais alcançável e fraca.
Terminando isso Kagome levantou-se e caminhou até a escadinha que levava as pessoas para o andar de cima, era apenas cinco degraus, foi até a janela e passou a observar o por do sol. Pensou um pouco em tudo.
Myouga se sentia extremamente mal, por ter ligado para o conselho e pedir ajuda. Sango e Miroku estavam preocupados e ao mesmo tempo felizes, pois Kagome confiou neles. A caçadora ficou a pensar mais um pouco...
#-Pode mandar a bruxa do conselho vim – Disse Kagome.
#-Kagome, não tenho certeza se é uma boa idéia. É muita responsabilidade essa... – Fala Myouga caminhando na direção dela.
#-Faça o que estou pedindo, ou eu mesma farei o ritual – Disse Kagome convencida.
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Já de noite naquele mesmo dia...
#-Vai fazer a patrulha sozinha? – Perguntou Sango sentada na cama de Kagome, vendo a amiga colocar algumas estacas espalhadas pelo corpo. Tipo: dentro da meia, duas no cinto, outra na manga do sobretudo preto.
#-Vou sim. Depois que Kikyou saiu da biblioteca hoje à tarde não vi mais ela – Disse Kagome saindo do quarto e fazendo sinal para que Sango a acompanhasse.
#-Ela é meia estranha – Disse Sango seguindo Kagome escada abaixo.
#-Ela não é estranha. É diferente. Deve ter seus motivos.
Nem Sango, nem Miroku e muito menos Myouga entendia por que Kagome gostava de Kikyou, não um gostar de amiga, era algo mais como uma certa pena. Nenhum dos três perguntava isso para Kagome apenas ficam com seus pensamentos guardados.
#-Kagome! – Chamou Sango quando a amiga entrou na cozinha e abriu um dos armários.
#-Sim – Disse Kagome pegando um pacote de bolacha.
#-Sua mãe vai viajar depois de amanha né? – Diz Sango meio receosa.
#-Vai sim – Kagome não estava entendendo muito bem onde Sango queria chegar.
#-Bom... – Começou Sango mais logo parou.
Kagome já estava começando a ficar irritada e intrigado com o que a amiga queria dizer.
#-Fale logo Sango – incentivou Kagome.
#-Tá. Tudo bem – Sango respirou fundo e disse – Bem como você sabe meus pais são separados – Kagome concordou com a cabeça e voltou a comer bolachas – Meu pai nem se lembra direito de mim, e minha mãe vive trabalhando... A mais ou menos dois meses ela falou que iria se mudar para a França e me convidou...
#-Você vai mudar de pais? – Perguntou Kagome atropelando a fala da amiga.
#-Ela disse que ficaria por lá mais ou menos dois anos – Continuou Sango ignorando a pergunta da amiga – Eu falei que ficaria em casa, ela sem nem ao menos me dar orientações partiu já faz duas semanas.
#-Mas por que não me disse nada? – Perguntou Kagome um pouco chateada e preocupada.
#-Eu não disse para ninguém... Mas não é essa a questão – Sango fez uma pausa – Queria saber se... Bem... Eu estou muito sozinha... Eu poderia... Se não tudo bem...
#-Fale logo garota – Falou Kagome encarando a amiga.
#-Posso morar com você, eu ficarei encarregada de muitas coisas tá, e como você não paga aluguem as contas ficariam mais baratas...
#-Mas é claro Sango – Disse Kagome abraçando a amiga.
As duas sorriram e partiram para a porta da sala. Passaram por ela e Kagome a trancou, as duas sorriam e conversavam alegremente. Despreocupadas com o que poderia ter ao redor. Começaram à caminha.
Mas ao que as duas jovens não sabiam era que estavam sendo observadas por um, já conhecido, vampiro de cabelos pratas atrás de uma arvore de tronco grosso.
#-Ora, ora, a senhorita Kagome mora realmente aqui – Disse Sesshoumaru para si mesmo – Talvez minha informante não seja de se jogar fora – Começou a caminhar pelo lado oposto que as meninas tinham ido – pelo menos não agora – E sorriu maliciosamente.
Depois de um tempo caminhando o vampiro chegou em sua mansão. Adentrou na casa e encontrou seu meio irmão segurando uma jovem muito linda. Inuyasha mordia o pescoço da jovem e sugava todo o liquido avermelhado de seu corpo. E do outro lado da sala permanecia uma jovem encostada na parede, parecia observar a cena com um certo agrado e desprezo seus cabelos negros escorriam pelo rosto alvo, seus braços cruzados. E seus olhos voltaram-se para a figura que acabara de chegar.
#-E então? – Disse a jovem.
#-É realmente aquela é a casa da caça-vampiros, mas isso ainda não me faz acreditar plenamente no que você diz – Falou Sesshoumaru com sua voz fria e calma – Eu poderia muito bem ter seguido o rastro do cheiro dela e descoberto isso sozinho – Fez uma pausa – Eu quero o Shikon no Tama.
Houve um momento de silencio, Inuyasha jogou o corpo da jovem já morta para o lado e limpou os lábios sedutoramente. Olhou para a cena e sorriu levemente.
#-Não acredito que você vai confiar nela – Disse num tom de deboche, fazendo com que a jovem olhasse para ele – Ela é um deles, não há motivos para ficar do nosso lado.
#-Ele esta certo – Disse Sesshoumaru arrancando olhares surpresos do meio irmão – Por que acha que não irei mata-la depois de abrir o portal?
#-Pelo simples motivo de eu saber muita coisa – Disse a morena simplesmente.
#-E o que você sabe de tão magnífico? – Perguntou Inuyasha.
#-Sei que o portal não pode ser aberto por um vampiro. Sei que precisara de um humano suficientemente forte para faze-lo e sei exatamente o encanto para fecha-lo – Fez uma pausa e sorriu maliciosamente – E sei que precisam de uma caça-vampiros do seu lado para pronunciara as palavras e se ela morrer o feitiço acaba.
Os dois vampiros continuaram a olhar para a garota. Ela era ao mesmo tempo convincente e enigmática.
#-Fazemos o seguinte – Falou Sesshoumaru – Você ficara do nosso lado, abrira o porta. E depois disso nunca mais aparecera em Tókio. Darei ordens para não mata-la. Assim vivera eternamente.
#-Tudo bem. Mas tem que garantir que me protegera, enquanto estiver em Tókio.
Os vampiros se entreolharam e Inuyasha desviou o olhar, fazendo cara de tédio.
#-Se tem medo de morrer por que esta do nosso lado? – Perguntou Inuyasha.
#-Não tenho medo de morre, pois sei que isso não vai acontecer. De alguma forma Kagome gosta de mim, não sei qual o motivo, mas sei que se for pega e entregar vocês ela não fará questão de não me matar. Quero que me protejam do Naraku.
Os dois vampiros olharam para ela. Inuyasha estava assustado e surpreso por ouvir aquele nome, mas Sesshoumaru permanecia calmo.
#-Acha que temos poder sobre ele? – Perguntou Sesshoumaru.
#-Não. Na verdade não. Mas como sei Naraku não mata nenhuma criatura das trevas. Digam a ele que estou do lado de você.
#-E por que acha que ele ira acreditar? – Perguntou Inuyasha.
#-Não sei – Disse a jovem – Mas se não acreditar, não poderei prever meus atos.
Após um logo tempo em silencio Sesshoumaru, cruzou os braços e foi até a porta.
#-Acho que terminamos por hoje – Disse ele olhando para a porta.
A mulher foi na direção dessa, a abriu, mas parou.
#-Não me traia – Disse ela.
#-Digo o mesmo – Sesshoumaru fez uma pausa – Kikyou.
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Praticamente do outro lado da cidade...
Kagome e Sango estão caminhando conversando. Kagome não gostava de trazer a amiga na suas vigílias, pois teria que matar os vampiros e proteger a amiga ao mesmo tempo. Mas esse dia Sango insistiu tanto que Kagome acabou amolecendo.
Kagome olhava freneticamente para os lado.
#-Quer para de fazer isso – Falou Sango.
#-Que? – Perguntou Kagome, que não prestava atenção na conversa.
#-Para de ficar olhando para todos os lados o tempo todo – Disse Sango um pouco irritada.
#-Não posso. Tenho que ficar de olho – Disse Kagome virando o pescoço e um pouco o tronco para ver se tinha alguém atrás.
#-Mas você nunca faz isso nas suas vigílias Kikyou sempre fala que você olha para baixo.
#-É que a Kikyou é uma caçadora também e eu não tenho que me preocupar com ela, mas você é diferente.
#-Vou considerar isso como um elogio – Disse Sango sorrindo.
Kagome sorriu também e olhou para a amiga. Mas ao mesmo tempo alguém colocou a moa nos seus olhos. Kagome ficou desesperada e tentava de qualquer maneira tirar as mãos de seus olhos. Percebeu que a pessoa era muito forte, e isso assustou ainda mais Kagome. Percebendo que Sango estava rindo. Fico mais assustada e ao mesmo tempo curiosa. Respirou fundo e sentiu um doce perfume e sentiu a mãos da pessoa. Sorriu e disse.
#-Kouga.
#-Demorou para perceber – Falou ele soltando a garota.
#-O que esta fazendo aqui? – Perguntou Kagome continuando a caminhar e um pouco menos despreocupada, com a segurança de Sango já que Kouga estava ali, era dois para tomar conta da amiga.
#-Também é bom te ver – Disse Kouga, e Kagome sorriu – Estava andando por ai e vi você duas achei que precisariam de ajuda.
#-Pode ser – Disse Kagome olhando para a amiga e sorrindo.
Passou um tempo, eles conversavam sobre qualquer coisa, Kouga contava divertidas historia sobre a sua vida e Sango morria de rir. Até que passaram por um beco e viram uma jovem encurralada. Entre a parede e uns cinco vampiros.
Kagome agradeceu mentalmente por Kouga estar ali. Empurrou levemente Sango para perto de uma grande lata de lixo e partiu, junto a Kouga para cima dos vampiros.
Eles lutavam sem perceber que no alto de um prédio um belo vampiro de cabelos pratas e olhos cor do sol os observava abaixado no para peito.
#-Por que não? – Disse o vampiro para si mesmo – Alem de tudo eles lutam bem.
Ao terminar de dizer isso levantou e virou, seguindo o seu caminho.
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