CAPITULO 5 – BEIJOS

Quando posso sair da enfermaria? – perguntava ansiosa, a Madame Pomfrey.

Calma. – respondeu ela, enquanto fazia os últimos exames.

Eu não podia crer. Iria sair da enfermaria mais cedo do que eu julgava. Estava demasiado ansiosa para tudo. Incluindo, para quando encontrasse aquele Ravenclaw horrível, enfeitiça-lo com o pior feitiço que conheço.

Já posso…?

CALMA! – parece que a irritei demais.

Desculpe Madame Pomfrey.

Ela saiu de junto de mim, enquanto ia buscar um aparelho ao seu escritório.

O que é ISSO? – perguntei, ao vê-la chegar com um objecto que parecia uma cana de pesca.

Isto é um "Maginómometro", serve para medir os níveis de magia que cada pessoa tem no seu corpo. Por vezes quando alguns bruxos passam por situações graves, a magia no seu corpo passa dos limites, o que leva a fazerem feitiços sem quererem.

Era óptimo, eu fazer um feitiço para lavar a cabeça do Snape e depois dizer que era derivado a eu ter muita magia no sangue.

Acho que já podes ir.

Draco Malfoy, definitivamente precisava falar com ele. Agradecer-lhe por me ter salvo, e principalmente, esclarecer se aquela noite junto ao lago tinha sido real ou apenas um sonho.

Ouviste?

QUE FOI! – puxa, será que ninguém me podia deixar pensar?

Calma, era só para dizer que já podes ir. – só então reparei que Madame Pomfrey estava a arrumar as suas coisas.

Finalmente!

Levantei-me da cama em que estava, já era tempo de enfrentar o mundo exterior. Só então reparei que estava cheia de fome.

Perguntei-me que horas seriam, precisava comer alguma coisa urgentemente. Dirigi-me ao Salão Principal rezando interiormente para que fosse hora do jantar.

Nunca fiquei tão contente por ver comida numa mesa. Pelo numero de estudantes que estavam lá, devia ser hora do jantar.

Ginny! – fui abraçada pela Luna – Finalmente, pensava que nunca mais saías de lá.

Eu estive lá relativamente pouco tempo Luna. Mas ainda bem que já saí.

Deixei a Luna e fui para a mesa dos Gryffindor. Vários alunos do meu ano perguntaram-me por que é que eu tinha faltado às aulas e às refeições. Mas a melhor recepção de todas foi feita pelo Trio Maravilha.

Ginny, estava tão preocupado… - começou o Ron – Nem imaginas, passaram tantas ideias absurdas pela minha cabeça, desde que pudesses ter ido para a Floresta e algum animal perigoso te tivesse atacado…. E então quando eu soube que tu estavas na Ala Hospitalar….nem imaginas a aflição…. Estive quase para escrever para os pais…. Ninguém sabia onde estavas…. Não devias andar tanto sozinha….

Calma Ron, eu estou bem. Tudo já passou. Obrigado pelas flores, Harry. – falei, um pouco corada pela preocupação que o Ron tinha demonstrado por mim.

Foi só um ramo de flores para uma flor – falou ele, sorrindo marotamente para mim.

Eu dei um sorriso para ele.

Nós ficamos realmente preocupados Ginny, e bem – a Hermione falava de uma maneira atrapalhada – só então nós nos apercebemos que sabemos realmente pouco sobre ti, e que se calhar temos te marginalizado um pouco. Peço desculpa. – ela falou a ultima frase, olhando directamente para mim. – Nós queremos que passes a andar connosco. Não te queremos ver mais sozinha.

Já pensaram na quantidade de vezes que pura e simplesmente me disseram para sair? Ou então que eu era muito nova para perceber as coisas? – eles estavam a brincar comigo, não? Depois de tudo o que me tinham feito passar ao longo dos anos e agora estavam tentando ser bonzinhos comigo? – Desculpem, mas agora vêm tarde, tarde demais. Quando eu precisava de vocês, vocês não estavam ao meu dispor. Agora já me habituei a viver da forma que vivo – solitária.

Eu pura e simplesmente saí do Salão, ainda me tentando controlar. O esforço de não gritar com eles tinha deteriorado totalmente a minha paciência.

Decidi passear um pouco pelo castelo, caso eu encontrasse Malfoy eu queria agradecer-lhe, embora eu tivesse quase a certeza que no momento em que ele começasse a debochar de mim eu iria lhe lançar uma Maldição Imperdoável – a minha paciência continuava resumida a zero.

Os corredores de Hogwarts sempre são escuros, vazios e sombrios de noite, e cheios e iluminados de dia. Eu estava a pensar em todas as diferenças que existiam de noite e de dia quando sentir algo colidir contra o meu corpo. Só depois reparei que era um rapazinho do 2º ano dos Ravenclaw. Depois de lhe fazer alguns avisos para ter mais cuidado («Olha por onde andas, da próxima vez eu transformo-te num sapo grande e gordo e cozo-te no meu caldeirão!» - olhar ameaçador) deixei-o ir à vontade, a minha paciência um pouco recuperada.

Deixei os meus pés levarem-me aos locais onde me levavam sempre, a Torre de Astronomia, Uma sala no 4º andar com vista para o lago, um dos corredores que sempre visito. A minha paciência já estava totalmente recuperada quando eu decidi sair para os jardins.

Ao contrário da outra vez, eu fiquei contente por ver Draco Malfoy junto ao lago. Ele estava a olhar as estrelas e a Lua, pelo que pude perceber. Já devia ser tarde, porque só se ouvia o piar dos mochos e das corujas (assim como as suas entrada e saídas da Torre das Corujas) e alguns barulhos vindos da floresta proibida.

Eu aproximei-me dele devagar, tentando não fazer barulho (mesmo eu não sabendo o porquê de estar a agir assim). O clima era o mesmo do da outra vez, a Lua reflectida nos cabelos do loiro, os olhos tão brilhantes como a prata. De novo a imagem de um anjo vei-o à minha mente.

Malfoy – eu chamei, não sabendo qual seria a reacção dele. Ele olhou para mim, primeiramente vi algo reluzir nos seus olhos, como se eu o tivesse assustado, mas logo esse brilhozinho desapareceu.

Weasley.

Bem…Eu… - naquele momento não sabia o porquê de nem sequer estar a conseguir falar, acho que finalmente o meu cérebro tinha-se dado conta de que a meio da noite não era a melhor altura para agradecer algo – Eu… - respirei fundo, tomando coragem. Os olhos de prata dele fitavam-me com interesse - …eu queria agradecer por me teres ajudado no outro dia.

Quando, exactamente? Acho que não me estou a lembrar de nada.

Bem, à dois dias atrás, quando aquele Ravenclaw maluco decidiu atacar-me, tentar…

Quem te disse que fui eu? Tens a certeza do que estás a afirmar? – o tom dele mantinha-se neutro, o olhar fixo nas estrelas.

Foi a Luna que me disse. – a expressão dele foi como se se estivesse xingando mentalmente.

Ele sentou-se (sim, ele estava deitado na grama) e olhou para mim.

Já reparaste que horas são? – ele mostrando-me o relógio de quartzo dele, que tinha duas iniciais, "D.M." – Ah, pois, esqueci-me que Weasleys são tão pobres que não têm relógios. – Lançou-me um sorriso de deboche. Eu respirei fundo, não queria agir precipitadamente.

Sabias que a pobreza de espírito é mil vezes pior que a pobreza material? Quando morreres, não levas os teus bens materiais contigo, mas sim a tua alma.

Ele já não me estava encarando mais, tinha voltado a olhar a Lua.

Era só isso que me querias dizer, não era? Por isso já podes ir embora.

É escusado seres rude! E só para tua informação, não vou embora, gosto demasiado deste sítio para deixá-lo entregue a ti.

À sim, e porque gostas tanto deste sítio? Porque é tão pobre que te faz lembrara a tua casa Weasley? – essa tinha sido demais, eu não ia aguentar as birras de um menino mimado, nem os insultos do mesmo.

Como ele não estava a olhar para mim, só se apercebeu do que eu tinha feito quando sentiu uma bofetada na cara. Ele não tinha nada de me irritar.

Qual é a tua, Weasley? – ele perguntou, a mão direita na cara, no sitio em que eu lhe tinha batido. Depois eu vim a perceber que estava lá marcada a minha mão.

Ele levantou-se depressa, mais depressa do que eu julgava, mas em vez de me lançar um feitiço, pura e simplesmente sentias mãos dele agarrarem os meus pulsos, eu sendo puxada para ele, por ele.

Nesse momento eu perdi a total noção do espaço/tempo. Esqueci quem era e de onde vinha, assim como esqueci que ele era Draco Malfoy, e ambos tínhamos sido educados de forma a nos odiarmos.

O meu corpo foi puxado por ele. Rapidamente fui envolvida nos braços dele, o calor de ambos os corpos se misturando. Os nossos lábios se uniram, numa mistura de sensações e perda, alegria e confusão. Apenas o momento interessava.

Eu sentia as mãos do Malfoy na minha cintura, ainda unindo mais os corpos. Numa ânsia desesperada para diminuir a pouca distância que existia entre nós, abracei-o pelo pescoço, puxando-o ainda mais para mim.

Eu ainda não sei ao certo porque correspondi ao beijo, mas naquela altura isso parecia ser a única coisa a fazer. O perfume dele invadia as minhas narinas, inebriando-me. As nossas línguas "brincavam" avidamente, ansiando por mais e mais.

Nessa noite, o meu senso do que era certo e do que era errado estava literalmente de férias. Só me separei de Draco Malfoy porque um pio estridente de uma coruja trespassou o silêncio da noite. Nós separámo-nos bruscamente, parecia que só aí nos tínhamos dado conta do que estávamos a fazer.

Eu não aguentei a vozinha irritante que me dizia o quão grande tinha sido o meu erro, para sair dali depressa. Eu voltei-me de costas para ele e comecei a correr para o castelo. Logo senti o meu braço agarrado.

Espera! – ele disse esta frase como um pedido, não uma ordem, o que foi estranho, e me fez parar e olhar para ele.

Que é Malfoy?

Podes tratar-me por Draco.

Só isso, Malfoy?

Não. Quero que não digas a ninguém sobre o que se passou aqui.

É claro que não direi a ninguém que me beijaste.

Que eu te beijei! Poupa-me Weasley, não fui só eu que te beijei, tu também me beijaste.

Mentira! Eu nunca beijaria um Malfoy. Quem é que me agarrou? Foste tu!

Está bem, talvez eu tenha começado, mas quem é que correspondeu? TU!

EU! Eu não correspondi… tu é que… eu não…

Eu nem lhe respondi, estava demasiado furiosa para isso. Porque é que aquele maldito Malfoy me tinha salvo no outro dia, obrigando-me a agradecer-lhe, o que levou a discutirmos, o que originou um beijo?

Maldito seja, maldito seja, maldito seja, ele e aquele corpo sexy e aquela boca deliciosa, maldito seja todo o seu ser. Que ódio!

O tempo corre, e corre depressa. Duas semanas se tinham passado desde o meu incidente com o Malfoy, e ninguém tinha ficado a saber disso. Quanto cheguei ao dormitório as minhas colegas já estavam a dormir o sono dos justos (não que elas sejam muito justas, mas… bem, isso é só uma expressão…).

Embora nós não tenhamos trocado nem uma palavra sobre isso durante as aulas de Poções, a verdade é que foi impossível para mim esquecer esse beijo. Ele retornava todas as noites, sempre sonhava com Draco. Com a sua ousadia ao beijar-me, a sua avidez…

Nas aulas os meus pensamentos sempre se direccionavam para a lembrança de um anjo que vinha directamente do inferno para me atormentar, com os seus cabelos dourados e os olhos de prata.

Ouro e prata. Duas das cores de duas casas opostas: prata dos Slytherin, ouro dos Gryffindor. Duas casas rivais, duas famílias rivais.

Fui tirada dos meus devaneios por uma voz minha conhecida:

Ginny – gritou Harry Potter, enquanto corria até mim. – Hoje existe treino de Quidditch, às 17:00. Não te atrases.

Ok. – eu respondi vagamente. Harry tinha-se tornado o capitão da equipa de Quidditch dos Gryffindor, eu ocupava uma das posições de chaser (N/A: chaser é o mesmo que artilheira). Nada melhor que um treino de Quidditch para tirar um certo louro que, há alguns metros à minha frente, implicava com um aluno dos Hufflepuff do 3º ano. Afinal de contas, também era preciso praticar Quidditch porque tínhamos o jogo contra os Slytherin a aproximar-se a uma velocidade alucinante.

De novo odia passou a correr.

Mesmo sem eu dar conta, já eram 17:00 e o treino estava a começar. O treino foi demorado e cansativo. Quando eu cheguei ao Salão Principal, estava tão cansada, que me sentei na primeira cadeira que encontrei, mesmo esta sendo de frente para a mesa do Slytherin.

A verdade é que eu sempre tentava me sentar de costas para a mesa do Slytherin, mas nesse dia nem me lembrei. Nem me lembrei que tinha beijado um certo Slytherin à 2 semanas atrás, e não me lembrei que ele provavelmente estava na mesa dos Slytherin.

Enquanto tirava alguma comida para o meu prato, não pude evitar olhar em frente. Malfoy olhava para mim, com um brilhozinho encantadoramente malicioso nos olhos. De novo confirmei o quanto ele era bonito, enquanto ele olhava directamente nos meus olhos.

Poisei o meu prato delicadamente na mesa, ele ainda tinha o olhar fixo em mim, comia de forma a me provocar. Mas existem jogos que podem ser jogados a dois, porque não também provocar um pouco?

Cada garfada de comida que eu levava à boca, eu fazia de forma a provocá-lo. Vi um brilhozinho percorrer os olhos cinzentos dele, enquanto me lançava um sorriso sedutor.

Os olhos dele ficaram fixos em mim durante toda a refeição. Acho que isso foi demasiado óbvio, pois ele nem viu quando Pansy Parkinson, a sua namoradinha irritante, se sentou ao lado dele.

Ela pura e simplesmente chegou lá e beijou-o, assim, sem mais nem menos, à frente de toda a gente.

Por mero impulso, levantei-me da mesa e, depois de sair calmamente do Salão Principal, corri até à Sala Comum dos Gryffindor, que é onde estou agora, a olhar para a lareira. Ao certo não sei porque me sinto tão frustrada.

Como é que ele pôde beijá-la? Como é que foi capaz de beijar aquela cara de buldogue tão feia? Odeio-o. Odeio-o com todas as forças do meu ser, cada músculo do meu corpo está preenchido por ódio por ele e por aquela vaca da Pansy. Como ele pode deixar-me ainda mais enraivecida pela vida, ainda mais confusa quanto ao que sinto!

Tenho que prometer a mim mesma que vou enterrar todo este ódio, já pareço um Slytherin a falar. Eles sim, sentem muito ódio. E agora pareço um deles.

Sinceramente, a minha vida fez um ângulo de 180º. Sinto uma montanha alucinante de ódio, a doce Ginny ficou esquecida num quanto qualquer.


Oias! Já ñ postava a um tempão, mas é k a net daqui de minha casa não tava a funcionar……

E então, que acharam do primeiro beijo do casal mais especial do mundo das fics? Gostaram?

Prometo que não deixo a fic sem postar assim tanto tempo…… E agora, o momento mais (in)esperado da N/A, as respostas a Reviews…..

Nathoca Malfoydemorei um pouquinho pa postar, mas está aqui…. Aprecie a leitura… Bjus

Miaka, não foi o Harry que salvou a Ginny, mas sim o Draco….. cntinue lendo… Bjus

Daniela, desculpe ñ ter postado antes, mas é que a culpa é do PC…. A net tá mt avariada…. Msm assim, hj dei um jeito de postar…. O que axou do beijo dos dois?

Bjus

PiuPottereu sei que sou uma péssima escritora, onde é k já se viu tanto tempo pa postar? Mas é que eu ñ tive culpa…. Tbm ñ tnho postado no PV…. Brigado por continuar a ler a fic…. (ama a fic? Ela melhora mt depois daqui ;)) Quanto à parte da escritora feliz…. Eu realmente fico feliz com os reviews… axuh k tem razão…. Bjus

Sem mais delongas despeço-me…. Deixem mts reviews….

O próximo capitulo sai rapidinho (uma semana no máximo)…

Bjus…..

FenixTonks