CAPITULO 9 – A POÇÃO
Eu tenho que admitir, que desde que eu me chateei com a Luna, os remorsos ocuparam cada parte do meu ser, cada falha desocupada foi ocupada pelo remorso de me ter chateado com ela.
E na realidade, eu nunca mais consegui estar com Draco Malfoy da mesma forma que estava antes. Todas as vezes eu me deparo com algum pensamento que estraga o momento.
E o problema consiste exactamente nesse pensamento.
Eu começo a pensar no que a Luna disse, e ela no fundo tem razão. Mas não é só aí que o meu problema consiste. Ela disse que eu tinha um caso com o Draco e que me tinha apaixonado por ele. Eu penso que não. Mas então porque é que eu sinto o meu coração bater depressa sempre que capto um dos seus sorrisos, ou então quando ele me toca? Porque é que eu sinto um nó no estômago sempre que ele está estranho? Ou então porque é que eu sinto borboletas dentro do meu estômago sempre que ele me acaricia? Ou porque será que eu sinto as minhas pernas fraquejarem toda a vez que ele me beija com desejo?
Eu gostava de descobrir o que tudo isto significa, porque eu nunca me senti assim. Nunca senti este género de coisas por ninguém. O que sentia pelo Harry era totalmente diferente, sentia-me corar com um simples olhar dele, sentia vergonha, tinha medo de falar.
Acho que vou ter mesmo que falar com a Luna, se possível antes da época dos exames. Não quero que o ano acabe e nós ainda chateadas, ainda por cima por causa de um assunto sem razão.
Fui até à Torre das corujas e peguei emprestada uma das corujas da escola, para mandar uma carta à Luna. Tirei da minha mochila um pergaminho, a pena e a tinta e comecei a escrever:
"Luna:
Eu sei que deves estar chateada comigo por causa do que se passou e por eu não te ter contado nada, mas também tens que admitir que foste um pouco precipitada naquilo que me disseste.
Eu sei que a maioria das coisas que dissemos foram só da boca para fora, que não era o que realmente sentíamos. Tu sabes como é o génio dos Weasleys e sabes que eu não escapo à regra.
Talvez tu nunca mais me perdoes por tudo o que eu te disse, mas quero que saibas que estou muito arrependida e com muitas saudades dos nossos momentos juntos.
Se ainda quiseres saber todos os pormenores vem falar comigo.
Com saudade,
Ginny Weasley"
-Pormenores? Quais pormenores? - Falou uma voz arrastada atrás de mim.
-Draco? Nossa, pensei que ia ter um ataque de coração. PORQUE É QUE ME ASSUSTASTE, SUA CRIATURA IGNÓBIL?
-Esse deve ser o génio Weasley – ele respondeu, puxando o pergaminho para ele.
-Como ousas ler a carta que eu escrevi para a Luna?
-Sobre o que é que vocês discutiram, mesmo?
-NÃO TE INTERESSA!
-Calma, Ginny, não é preciso gritar! – Nos lábios dele formou-se um sorriso de deboche.
-Como te atreves a gozar comigo, seu filhote de comensal nojento?
-Não é isso que me dizes quando eu te estou a beijar – ele sussurrou no meu ouvido. Eu senti um arrepio na minha pele, por ele estar tão perto. Os lábios dele começaram a beijar lentamente o meu pescoço, toda a minha fúria dando lugar à preocupação.
-Draco… Nós não podemos… não aqui… e se alguém nos encontra?
-Que se lixe, Gi – ele argumentou, de encontro à minha pele. – eu não consigo ficar sem ti até logo à noite.
-Draco… - eu já quase nem conseguia falar, o perfume dele inebriava os meus sentido e juntamente com os seus beijos, apenas criava desejo em mim. A minha voz foi abafada pelo toque da campainha que anunciava que as aulas estavam a começar.
-Merda. – ele sussurrou, furioso. – Tinha que tocar justo agora.
Eu já me tinha soltado dele e amarrava agora o pergaminho (que eu tinha recuperado) a uma coruja das torres.
-Para a Luna Lovegood – eu fiz uma carícia na cabeça da coruja e dei-lhe um biscoito que eu tinha trazido para oferecer a Pigwidgeon (N/A: este é o nome verdadeiro da coruja do Ron, o nome está um Inglês e é como foi traduzido para português de Portugal. O diminutivo é Pig)
Draco Malfoy soltou um muxoxo enquanto via a coruja partir. – Nossa, até as corujas têm mais direito que eu.
Então eu tirei um outro biscoito de coruja e atirei-lho: - Toma, agora estás ao mesmo nível da coruja.
Saí de lá com um sorriso, pela primeira vez tinha vencido Draco Malfoy. É claro que eu sabia que ele me cobraria mais tarde.
Corri para a sala de História da Magia, já estava atrasada. Se eu tivesse um pouco de sorte, talvez o professor nem reparasse em nada.
Abri a porta sem fazer nenhum barulho. O professor dissertava sobre a Guerra dos gigantes, enquanto a turma dormia.
-Estás atrasada – sussurrou-me o Colin, enquanto eu me sentava a seu lado – Admite lá, o motivo do atraso foi um loiro lindo de morrer?
Eu engoli em seco. Será que ele sabia de mim e do Draco?
-O-O q-que queres dizer com isso?
Ele sorriu. –Quem é ele, Ginny?
-Ele quem?
-Oras, o rapaz que te anda a dar a volta à cabeça e com quem sais à noite. Eu sei muito bem que não ficas a fazer os trabalhos de casa na Sala Comum, assim como sei muito bem que mudaste por causa de alguma coisa, neste caso, ele. Agora, Ginevra Molly Weasley, eu exijo saber de quem se trata.
-Eu não posso ter mudado só porque quis?
-Não. Diz-me pelo menos a que casa ele pertence. Gryffindor? Slytherin? Hufflepuff? Ravenclaw?
-Esse é um dos grandes problemas. A casa a que ele pertence.
-Oooohhhhhh, é uma das cobrinhas?
-Será que posso prestar um pouco de atenção à aula, Sr. Creevey?
-Não acredito, tu andas a sair com um Slytherin? – ele arregalou muito os olhos – TU? Que prezas os valores dos Gryffindor acima de tudo? TU que odeias a cobra aguada do Malfoy só porque ele é Slytherin? TU que odeias todo e qualquer Slytherin?
-Eu não odeio o Malfoy só porque ele é um Slytherin.
"Pois, eu nem sequer o odeio." Adicionei mentalmente.
-É bonito? – Ele perguntou, entusiasmado?
-Lindo. Perfeito fisicamente.
-Só fisicamente?
Não respondi. Ele acrescentou:
-Tão perfeito fisicamente quanto o Malfoy?
-É, assim perfeito.
Ele soltou um suspiro, que eu não consegui definir se era de aborrecimento ou não. Eu pensava no que ele me tinha dito. O que ele diria se soubesse que esse Slytherin era o Malfoy?
Ele próprio tinha afirmado que eu prezava as qualidades dos Gryffindors e eu sabia que isso era verdade. Então como pude me deixar domar por uma das cobrinhas dos Slytherin?
A campainha tocou, interrompendo a minha linha de pensamentos. O professor pedia 80 cm de pergaminho sobre a Guerra dos Gigantes enquanto eu arrumava as minhas coisas.
Lembrei mentalmente o meu horário. A seguir tinha poções. Andei até à sala, onde encontrei a turma dos Gryffindor e a dos Slytherin do 7º ano a arrumarem as suas coisas e a saírem. A Hermione saiu e parou ao meu lado, perguntando-me algo que eu não ouvi, por estar demasiado absorta no rapaz loiro que ficava dentro da Sala de Poções.
-Alô? – Chamou Hermione – Terra fala com Ginny?
-Diz – respondi, irritada. Será que ela não percebe que eu estava ocupada divagando sobre Draco Malfoy?
-É escusado seres grossa, só queria perguntar se por acaso viste a professora McGonagall, é que ela passou um trabalho de casa…
-Não, só vou ter aulas com ela hoje de tarde – Entretanto, Ron juntara-se a nós, abraçando Hermione, sua namorada.
-O que foi? – ele perguntou
-Nada – respondemos eu e a Hermione em coro. Ele olhou desconfiado mas nada disse. Eles caminharam até onde Harry estava, esperando por eles, para logo depois rumarem para junto o Salão principal
Agora que o corredor estava vazio e eu podia perfeitamente ouvir o que o professor quase gritava com Draco:
-De novo atrasado? Quantas vezes eu já falei que não tolero atrasos? E logo por membros da minha própria casa (N/A: casa referente a equipa de Hogwarts). Será que os avisos que te dei não bastaram? Eu não quero ter que escrever para o Lucius. – Eu espreitei pela frincha da porta e vi que o Snape, furioso, espetava um dedo em frente do nariz de Draco – O meu melhor aluno, nem sei como foi isto acontecer. A falta de atenção nas aulas, o atraso nos trabalhos de casa… Eu esperava poder retirar-te este 'trabalho' que tens a seguir mais cedo, mas tu não tens melhorado em nada. – ele deu algumas voltas na sala, Draco estava com cara de tédio. Snape virou-se de repente – Se hoje eu não te tivesse avisado, não tinhas posto o Besoar na poção – ele bateu com o punho na mesa – Passas as aulas de poções a divagar no mundo da Lua, e nas outras disciplinas também. A maioria dos professores já se vieram queixar que estavas a descer as notas. O QUE RAIO SE PASSA?
Draco estava com os olhos vidrados, mas quando ouviu o grito enraivecido de Snape, olhou para ele, pronto a responder.
-Nada.
-COMO NADA?
-Não tem nada de estranho comigo, apenas ando um pouco distraído, mas eu vou recuperar.
-É melhor que sim, porque os N.I.E.M.' s estão aí e preciso de ti a mostrar que nem todos são péssimos a Poções como o Potter e o Weasley. Podes sair.
Eu afastei-me da porta, enquanto Draco saía. Logo que ele fechou a porta, ouvi-o murmurar coisas como: "Ele paga-mas, ai paga, paga." E foi então que ele me viu ali.
Sorriu para mim, com um sorriso malicioso. Avançou até mim e encostou-me na parede, de forma gentil, pressionando-me contra o seu corpo.
-Com que então a escutar às portas, Ginevra? Eu pensava que o Snape já tinha te ensinado a não fazer isso.
-Pois a tua cabecinha loira está enganada. Desde quando é que eu aprendo algo com o Snape? – sussurrei na orelha dele, completando com uma leve mordida na orelha dele. Senti ele sorrir de encontro à minha pele.
-Desde quando é que Weasley's sabem lidar com Malfoy's sem brigar?
-Desde o momento em que me envolvi contigo – eu sussurrei de novo, sentindo as mão dele subirem da minha cintura.
-Interessante – ele falou, enquanto acariciava os meus lábios com os dele – Mesmo muito interessante.
-Nem tu imaginas o quão interessante é – puxei-o pela gravata e beijei-o com volúpia, separando-me dele no exacto momento em que começavam a chegar alunos. Empurrei-o bruscamente quando a campainha tocou e as portas da sala de poções se abriram com um rangido que lembrava vagamente alguém a arranhar uma lousa. Entrámos todos, os Slytherins ansiosos e os Gryffindors aborrecidos, um silêncio sepulcral na sala.
Sentei-me na última bancada do fundo, juntamente com o Colin. Como sempre, o professor ordenou ao Colin que ficasse na bancada em frente à sua, para puder humilhar-me totalmente.
-Hoje vamos preparar a Poção do sono. As instruções – bateu com a varinha no quadro negro – estão no quadro.
O Snape avançou, ameaçador, até ao fundo da sala.
"O que eu fiz?" pensei, meia assustada. Só respirei de alivio quando ele passou recto por mim. Ouvi-o falar baixinho para o loiro de olhos tempestuosos que estava na penumbra do fundo da sala.
-Quero que também prepares esta poção.
-Porquê?
-Porque eu quero. Senta-te ali junto à Weasley.
Draco soltou um muxoxo de descontentamento.
-Se tem mesmo que ser…
Ele avançou até à minha bancada, acendeu um fogo mágico e poisou o seu caldeirão. Começou a adicionar os ingredientes e a seguir as instruções dadas.
Eu ocupei algum do meu tempo a observá-lo. Parecia mais chateado do que nunca, com os sues olhos da mesma cor que as nuvens que anunciam a tempestade.
-Já sei que sou gostoso, mas não é necessário babares por mim tão explicitamente.
-Até podes ser gostoso, e sexy, e lindo, mas não és mais nada que isso – contra-ataquei.
-Estás enganada. Eu também sou inteligente, poderoso, omnisciente, magnifico…
-E convencido. – cortei.
-Então concordas que eu sou tudo o que eu disse ser? – Ele olhou para mim, agora os olhos dele estavam de um azul límpido, tinha um sorriso divertido nos olhos.
-Estás a distorcer as minhas palavras.
-Não, não estou.
-Porque é que fazes perguntas às quais já sabes as respostas? – peguei num frasco de qualquer coisa para adicionar à minha poção.
-Estás a fugir da questão. E ainda não deves acrescentar a verdezelha.
-O quê?
-Isso que tens na mão – ele adicionou, fazendo sinal com a cabeça – Agora devias adicionar a Essência de Murtisco.
-Obrigado. E eu não estou a fugir à questão.
-É claro que estás. E também estás a fazer com que me distraia.
Calei-me nesse exacto e preciso momento, enquanto o professor se aproximava perigosamente da nossa bancada.
Um vapor rosa elevava-se da maioria dos caldeirões. Concentrei-me para ler a última instrução, através daquela onda de vapor:
"Misturar o besoar e mexer 5 minutos no sentido horário, aumentar a temperatura 5º Celsius e mexer 3 vezes no sentido anti-horário".
-Quando acabarem quero que rotulem um frasco com o vosso nome, coloquem um pouco da vossa poção e me entreguem. Quero também 80 cm de pergaminho sobre a Poção do Sono para a próxima aula, que neste momento deve estar laranja. – Vi que a minha poção estava um pouco amarela demais, enquanto que a de Draco estava num laranja autêntico. – E que tal experimentarmos uma das poções? – Ninguém respondeu nem contestou o Mestre de poções – Srta. Bauers, por favor traga aqui um pouco da sua poção. – Uma rapariga de cabelo castanho curto e óculos, que pertencia aos Slytherin, atravessou a sala com um pouco da própria poção, que estava de uma cor muito semelhante ao verde. Rezei para que a infeliz sobrevivesse depois de tomar aquela poção. – Weasley, chega cá. Vais ter a honra de experimentar a poção – Ele deu um sorriso afectado.
Eu não me ia deixar oprimir pelo Morcegão-Snape, não mesmo. Logo que dei o primeiro passo, senti uma mão agarrar o meu pulso de forma firme.
-Não vás – sussurrou-me Draco.
-Tenho que ir, senão o Snape humilha-me totalmente e desconta uma quantia choruda de pontos aos Gryffindor.
-Se fores, morres.
-Se não for, morro de humilhação e as minhas queridas colegas matam-me na mesma.
-Estou à espera, Weasley. – falou Snape, irritado.
-Eu não deixo que elas te matem, mas não vás.
-Larga-me – ordenei, entre dentes, enquanto deitava um olhar mortal a Draco, que murmurou alguma coisa quase ininteligível, que soava vagamente a «Os Gryffindors podem ser corajosos, mas são muito estúpidos.» e largou-me.
Eu avancei, com passos o mais firme que consegui até ao Snape, onde ele me deu um pouco daquela tentativa de poção de cor esverdeada.
Tomei o liquido de um só trago, sabia horrivelmente e esquentava a minha garganta enquanto descia vagarosamente por ela. Senti vontade de chorar com a dor que aquilo causava ao queimar a minha garganta, mas consegui não demonstrar sentimento algum.
Olhei em volta, encontrando uma onda de preocupação nos olhos de Draco Malfoy; os nossos olhares cruzaram-se por momentos, e foi então que senti uma TONTURA. Vi que o Colin olhava para mim preocupado, quase, receoso por mim. Parecia estar quase à beira das lágrimas.
Senti outra tontura, desta vez mais forte, e os olhos a ficarem pesados. Com outra tontura tudo à minha frente foi ficando cada vez mais negro, e a última coisa que me lembrei antes de perder os sentidos foi que precisava sobreviver, para poder dizer a Luna que eu realmente gostava do loiro.
– D&G–
Na sala de Poções, um ambiente pesado se abatia sobre todos, enquanto viam o corpo de Ginny Weasley cair exangue no chão.
Primeiramente ninguém reagiu, Colin Creevey olhava apavorado para o cenário à sua frente, Draco Malfoy olhava preocupado para o corpo de Ginny, Snape mantinha-se silencioso na sua posição de professor de Poções. Mas foi Draco o primeiro a reagir.
Draco avançou com passo rápido até onde estava Ginny, pegou o pulso dela e, depois de se certificar que Ginevra ainda estava viva, encarou o professor de forma mortal.
-É melhor que tenha um antídoto para esta poção, professor. – Ele não gritava, mas notava-se pura raiva na sua voz, os olhos faiscavam perigosamente.
-É-é claro que tenho – Snape tirou um frasco com um líquido vermelho sangue do bolso, ajoelhou-se junto ao corpo inerte da sua aluna. «Embora se o mundo perdesse uma Weasley, não haveria problema nenhum» Pensou ainda.
Draco tirou rudemente o frasco das mãos do professor de poções, e enquanto amparava gentilmente a cabeça de Ginny, deu-lhe a beber um pouco da poção. Não houve efeito algum.
Voltou a medir a pulsação, conferindo que estava mais fraca.
-É normal a pulsação diminuir? – perguntou ele.
-Não.
Draco olhou de novo Ginevra, vendo-a extremamente pálida – Eu acho que a Weasley não está bem. Vou levá-la à enfermaria.
Snape via a cena, espantado. Um Malfoy a ajudar uma Weasley? O que é que se passava ali? Ele quase dizia que ali tinha dedo do Potter se ele não soubesse que o Malfoy e o Potter pura e simplesmente não se davam. A menos que eles (Draco e Ginny) tivessem um caso. Mas era impossível, não era? Um Malfoy e uma Weasley?
Viu o loiro atravessar a porta com a ruiva nos braços. Depois de eles terem saído, dirigindo-se a Colin Creevey, disse:
-É melhor que vás ver o que se passa, Creevey. É melhor não se deixar a Weasley sozinha com o Draco.
Colin concordou, enquanto também ele saía, rumo à enfermaria.
Draco chegou, estafado, à enfermaria. Poisou Ginevra cuidadosamente numa das camas vazias, depositou-lhe um beijo suave nos lábios e correu à procura de Madam Pomfrey. O que ele não sabia era que um certo Gryffindor assistira a toda a cena.
Draco chegou com Madam Pomfrey nos calcanhares, a máscara de indiferença que sempre usava estava de novo posta, o seu rosto não demonstrava nada mais que pura indiferença. Mas os seus olhos estavam de uma cor que lembrava Índigo e que demonstrava um pouco de preocupação.
-Temos que agir depressa – anunciou Madam Pomfrey – Senão, ela morre. Por favor, Mr. Malfoy, queira retirar-se, e não deixe ninguém entrar na enfermaria até que eu ordene o contrário.
Draco afastou-se em direcção à porta, quanto viu Colin Creevey na porta, parado, olhando receoso para Ginny.
-O que estás aqui a fazer? – Draco perguntou, ríspido.
-O Snape disse que era melhor vir certificar-me de que tu não lhe fazias mal.
-Há quanto tempo estás aí? – Colin não respondeu – Responde! – Draco ordenou, pegando pelos colarinhos e encostando-o à parede.
-À tempo suficiente, Malfoy.
-O que é que tu viste? – ele falou, com voz venenosa
-Eu vi tu a beijares a Ginny – Colin rebateu. Draco deitou-lhe um olhar mortal.
-Tu não vais contar nada do que viste a ninguém, ouviste? – De novo Colin não respondeu – Ouviste ou não? – Draco quase gritou, encostando Colin com violência contra a parede.
Colin acenou com a cabeça que sim, receoso. Draco largou-o, e Colin afastou-se da entrada da enfermaria. Lá dentro, uma Madam Pomfrey estava demasiado ocupada a tentar socorrer Ginevra.
-Malfoy – ela chamou, com voz urgente – Vai chamar o Director, diz-lhe que é um caso de vida ou de morte.
Draco correu até ao escritório de Dumbledore. Só então se apercebeu que não sabia a senha para entrar.
-Sua gárgula maldita, preciso de ir ver o Director – ele rugiu, furioso
-Não, não, não, só passa quem sabe a senha, e como tu não sabes, tu não passas. – ela debochou dele, com uma voz fingida, e deitou-lhe a língua de fora.
-Sorvete de maracujá – falou a voz calma do Director, atrás de Draco. Draco virou-se rapidamente, falando depressa – Professor, Madam Pomfrey pediu para chamá-lo… Ginevra tomou uma poção do sono que não estava correctamente executada… o Snape obrigou-a… Ela pode morrer – ele nem se preocupou em disfarçar o tom preocupado na voz, a vida de Ginny era mais importante. No entanto, a forma como o professor lhe respondeu não o deixou nada satisfeito.
-Precisas dela, não é mesmo?
-Professor, não é altura para brincadeiras, nós precisamos mesmo de ir…
-Só quero que me respondas a esta pergunta com sinceridade, Draco. Depois eu vou aonde tu quiseres.
Draco respirou fundo, resignado.
-Sim, preciso dela.
Avançaram ambos com passos rápidos até à enfermaria. Uma Ginny muito pálida estava deitada na mesma cama em que Draco a tinha deixado.
-Albus, ela precisa ser levada imediatamente para o St. Mungos. Eu não consigo reanimá-la.
Dumbledore pegou uma velha pena que estava ali perto e murmurou o feitiço para criar uma chave de portal ('Portus').
-Queres vir, Draco?
Draco não respondeu. É claro que ele queria ir, mas pura e simplesmente não podia, era algo que caso o pai dele soubesse, iriam haver problemas. Dumbledore, como se adivinhando a luta interna dele, apenas pediu:
-Avisa a professora McGonagall do ocorrido.
E depois eles desapareceram.
N/A: O que está a Itálico é a forma de ver em geral, não seguindo os pensamentos de ninguém em concreto nem sendo relatado por uma das personagens. No próximo capitulo também vai estar assim dividido. O que está de forma normal é a Ginny a relatar.
Quero antes de mais pedir imensas desculpas por não ter postado antes, mas é que no principio eu ñ postei pk keria postar só quando tivesse o 10º capitulo pronto, contudo, quando acabei o capitulo 10, a minha Internet pifou totalmente. Aliás, eu tou a postar doutro PC que não é o meu.
Não vou prometer nada em relação a quando vou postar o próximo capitulo porque eu não sei quando é que a net vai ser corrigida autora enfurecida começa a lançar pedras nos técnicos malucos da Internet
Deixando a infelicidade que a web está, vou direccionar-me aos Reviews:
Daniela, a Luna não vai contar a ninguém, ela é acima de tudo amiga da Ginny, e afinal, ela diz que é uma afronta a Ginny gostar do Draco, por isso, ela não vai contar a ninguém por causa de zelar pela honra da amiga. Quanto à razão do Draco estar assim, no próximo capitulo dou uma pista ;)
Acho que me incluo na lista dos autores horríveis que ficam um tempão sem postar Não é que eu queira, mas acontece.
O que achou do Draco ameaçador? E da Ginny a quase morrer? E da pergunta de Dumbledore? E do Colin a descobrir alguma coisa? Bjus
PiuPotter, Não posso deixar bater na Luna, talvez ela ainda seja importante, e não ficava nada bem uma Luna de olho roxo a cobrir o Draco e a Ginny, pois não? Ela não vai cuidar da vida dela porque a vida da Ginny é muito mais engraçada e animada que a dela.
Quando acabar de traduzir o 9º capítulo envia-mo por e-mail ou assim, caso eu não teja conectada na web… Bjus
liccaweasleymalfoy, Axuh k sim, que me posso considerar novata, embora que eu tenha começado a escrever fics já no ano passado, com uma R/T. Mas aqui no sou novata, a primeira fic que escrevi postei no PV, assim como esta também está lá exposta (embora que agora o Pv tenha estado fora do ar).
Fico feliz que esteja gostando, experimente ler outra fic minha… consulta aí o meu profile, vou recomendar-te a minha fic mais recente (eu, aliás, é uma short-fic): Pagamento.
Também escrevi-a como D/G, ficou um drama bonitinho (é a minha opinião). Depois diga o que achou. bjus
aNiTa JOyCe BeLiCe, Beeeemmmm, o Draco ainda não admitiu que está apaixonado por ela (aliás, será que ele vai admitir?) mas esse "-Sim, preciso dela." É alguma coisa, não? Encara como quiseres ;)
Fico feliz por achar a fic d+… Que achou do capítulo? Nada do que se estava à espera? Bjus
Miaka, quem não se divertiria nos amassos com Draco (suspiro)? É, Luna foi um pouco injusta, mas fazer o quê? Por vezes os amigos dizem-nos aquilo que não queremos ouvir. Também queria consolar-me com o Draco. Onde é que ele está quando preciso dele? (autora começa a correr chamando por ele)
Não vou dizer se ele está sacaneando ela, apenas no próximo capítulo vai-se saber mais alguma coisa…
Quanto ao e-mail, deve-me ter achado uma neurótica por tudo o que eu falei… Deve ter me achado ingénua e tudo o mais, mas fazer o quê? Eu sou assim.
Vou dar uma pistazinha (autora postasse diante da bola de cristal e começa a prever o futuro): Ele talvez não esteja sacaneando ela, mas vai passar por estar… Vai haver briga quando ela encontrar o Draco… Vai haver discussões familiares… Draco vai-se revoltar contra um prof….
Já disse demasiado, bjus
Jamelia Millian, por favor, por favor, por favor, não entre em coma (autora começa a correr desesperada e a ir buscar a mákina caso seja necessária) Peço desculpas por ñ ter actualizado antes, mas as razões foram as acima descritas. O que acha do capitulo? Bjus
Agora, eu quero falar uma coisa importante:
Como eu não sei quando vou voltar a postar, eu decidi deixar um excerto do próximo capitulo, o que vai acontecer e talz.
Vou deixar duas partes diferentes:
1º - é uma coisa que se sucedeu com Ginny, por isso é fala dela: «Quando ouvi essa novidade, até me apeteceu saltar de alegria. No entanto, sabia que não me podia demonstrar feliz. É claro que esta tentativa saiu fracassada quando um sorriso aflorou nos meus lábios. O Trio Maravilha olhou para mim como se eu fosse doida por estar feliz por causa do Malfoy.
-Safadinho o Malfoy, hã? – eu sorri de novo, imaginando tudo interiormente.
-Ginny, não deverias estar do lado do Malfoy, o que ele fez foi errado – censurou Hermione.»
2º - Isto aconteceu com Draco, quem será que lhe está dando bronca? Colin? Lucius? Dumbledore? Snape? Minerva McGonagall? Quem? «-Não foi nenhum idiota que me contou isto. Eu próprio vi com estes dois olhos que um dia a terra há-de comer. Eu vi tu e aquela Weasleyzinha a entrarem na sala precisa e a saírem de lá aos beijos. Eu vi tu a levá-la à Sala Comum dos Gryffindor. Eu vi vocês dois a despedirem-se.
-Deve-se ter enganado, aquele não era eu. Provavelmente era qualquer outro loiro com ela.
-Eu já estava desconfiado de vocês os dois. Sempre muito sorrisinhos nas aulas de Poções.»
Bem, já lhes dei pistas demasiadas, por isso, não percam o próximo episódio, porque nós, também não!
Bjus
