CAPITULO 11: O REGRESSO DE GINEVRA
Eu sempre soube que os boatos em Hogwarts corriam depressa, mas nunca imaginei que corressem assim tanto. Em todos os sítios que passava ouvia, por Gryffindors, Hufflepuffs e Ravenclaws todo o género de frases sobre eu ser uma espécie de "heroína" em ter enfrentado o Snape, sem recuar.
Também me disseram coisas como: "Se fosse eu, tinha temido pela minha vida."
Mas o melhor de tudo foi quando a Luna veio a correr até mim:
-Oh, Ginny, fiquei tãããããããããooooooo preocupada! Desculpa-me por tudo, desculpa, desculpa, desculpa! Tu sabes como é que às vezes eu sou, eu às vezes exalto-me demasiado depressa, sem escutar as razões. Será que dá para falarmos num sítio mais privado? – perguntou ela, vendo que todo o Salão Principal olhava para nós, e até mesmo algumas menininhas do 1º ano dos Hufflepuff choravam e assoavam os narizes de forma ruidosa, abraçando-se em seguida, congratulando-se pelas óptimas amigas que tinham.
Os meus olhos vaguearam pelo Salão em busco dos habituais olhos cinzentos, que eu sempre encontrava nas manhãs, para me fazerem sorrir até eu me voltar a encontrar com ele. No entanto, o tão habitual e esperado olhar cinza-azulado inesperadamente não estava lá. O dono dos cabelos platinados não estava lá, não estava sentado na mesa das cobrinhas como sempre.
-Podemos – respondi, decepcionada. Eu esperava que ele estivesse lá, pensava que ele queria confirmar que eu estava bem.
-Se não quiseres ir, não vamos – ela rematou, vendo a minha cara.
-Não é por isso, eu depois explico-te lá fora. – Os olhos dela percorreram o Salão e a compreensão espalhou-se no rosto dela. Nós caminhámos até à beira do lago, enquanto a campainha tocava, anunciando o início das aulas. Nós não nos preocupámos, não era a primeira vez que matávamos alguma aula e com certeza não seria a ultima. Sentámo-nos num canto meio-escondido perto do lago, pois caso o Filch nos apanhasse fora das aulas, íamos estar encrencadas.
-Bem, Ginny, eu estive a pensar, e cheguei à conclusão de que se tu achas que não tens um caso com o Malfoy, então é porque não tens mesmo um caso com o Malfoy – Uau, como ela é esperta! Ela podia ter evitado toda aquela cena no Salão Principal se nem sequer se tivesse chateado comigo.
-Não tem problema – eu sorri, benevolente. Afinal, o facto de eu encontrar o Draco naquele dia em que lhe fui enviar a carta compensou por tudo. Mas ela não precisava saber isso, certo?
-E então? – ela perguntou, impaciente – De que estás à espera para me contar tudo?
-Tudo o quê?
-Dah! Tudo sobre tu e o Malfoy. Ele beija bem? Como é que ele é contigo? Sabias que ele está em primeiro na lista dos rapazes mais desejados de Hogwarts?
-COMO?
-Sim, tu não sabias? – o ar incrédulo dela deu-me imensa vontade de rir, mas contive-me – As raparigas de todas as equipas e todos os anos votaram em quem achavam que era o rapaz mais bonito e sexy de Hogwarts, não excluindo nenhum rapaz de nenhuma casa. Os votos foram feitos de maneira a que ninguém soubesse quem votou em quem. O Malfoy ganhou por uma grande maioria, cerca de 70 para ele, 27 para o Harry e 3 para os outros rapazes.
-E em quem é que tu votaste? – perguntei, dirigindo-lhe um olhar nada meigo.
-No Malfoy, em quem é que haveria de ser? – ela rebateu, com voz sonhadora – não sabes a sorte que tens em poder saborear os lábios dele à tua disposição. Mais de metade da população feminina de Hogwarts daria um braço por um único beijo dele.
-Como é que EU não fui convidada para isso?
-Tu estavas no hospital enquanto realizámos a votação.
Eu bufei, indignada. Quem é que aquelas essazinhas pensavam que eram? Essas prostitutas que andam por aí com saias que mal lhes cobrem a bunda só para a poderem agitar à frente do Draco, do meu Draco.
-Essa galdérias que vão tirando o hipogrifo da chuva, porque ele é meu, ouviste? Só meu – Comecei, rabugenta – E pelo menos eu não preciso de andar aí a quase mostrar o meu peito e bunda para ele olhar para mim. Ele olha para mim pelo que eu sou, não pelo que eu mostro. – "Acho eu." Acrescentei mentalmente. Levantei-me, olhando-me no lago, arrependendo-me no momento a seguir de o fazer.
Com toda aquela confusão sobre o Draco, eu tinha-me esquecido totalmente que não era mais a menininha ruiva que usava roupas largas e cabelo comprido, totalmente tapada dos olhares masculinos.
A minha saia negra do uniforme de Hogwarts ficava beeeem acima dos joelhos. Quando eu digo 'beeeem', significa que ficava a cerca do meio da minha coxa. Caso eu me descuidasse e me dobrasse para pegar alguma coisa, com certeza a minha bunda ia ser vista. A blusa justa mostrava todas as curvas 'perigosas' do meu corpo. Curvas essas que eu desejava serem percorridas mais de perto pelos dedos finos e frios de Draco.
-Algum problema? – Perguntou Luna, que via eu olhar o meu reflexo no lago, com uma expressão esquisita.
-Não, nenhum – respondi, mordendo o lábio inferior.
-E então, vais-me contar os 'pormenores' ou não? – ela olhou para mim, e eu sorri, marota, para ela.
-Por onde queres que comece?
– D&G–
Um olhar desesperado. Provavelmente era isso que o caracterizava nesse momento, não o cabelo loiro platinado, que, fora do comum, estava totalmente desalinhado, nem os olhos azul-acinzentados. Era o olhar desesperado, o mesmo olhar que se encontra em drogados que estão sem tomar a dose que precisam. O mesmo olhar desesperado. Mas não era nenhuma droga que ele precisava. Era dela, de estar em contacto com ela, com a sua ruiva.
Enterrou a sua cabeça no travesseiro fofo, enquanto praguejava baixinho. Lá estava ele, sozinho no dormitório dos Slytherin, gazeteando a aula. E daí, se o Snape tinha escrito para os seus pais? O Snape até podia escrever ao Papá. Ele queria lá saber. Queria que o mundo todo se…
Alguém bateu na porta, interrompendo a linha de pensamento dele. Nova batida.
-Foda-se – quase gritou Draco, enquanto se levantava da cama, para abrir a porta. Ele só queria despachar o cretino que bateu à porta. Abriu-a com violência, já com uma porrada de nomes mal-criados na ponta da língua para dizer ao cretino, quando se deparou com quem menos esperava: Narcisa Malfoy.
-Mãe? – ele falou, totalmente surpreso, e esfregando os olhos, como se pensasse que aquilo ia afastar dali aquela 'visão'. Com certeza tinha estado demasiado tempo lá dentro, fechado, e agora estava a ter alucinações.
-Sim, Draco, sou eu – ela declarou.
-O que é que está a fazer aqui?
-Já não tens maneiras? O que é que eu e o teu pai te ensinámos? Primeiro cumprimenta-se a pessoa, só depois é que se faz as perguntas.
Draco ficou estático com a certeza de que a sua mãe estava ali. Tinha esquecido totalmente todas as regras de etiqueta com o choque.
-Desculpe, Mãe, mas fiquei chocado com a sua presença. Chocado pelo lado bom, mas chocado. Quer entrar? – Draco falou, polidamente. Narcisa entrou no dormitório e Draco convidou-a a sentar-se.
-Porque não estás nas aulas, Draco?
-Porque eu adormeci, e acabei por perder o pequeno-almoço, e sem pequeno-almoço eu não me consigo concentrar nas aulas – aquela tinha sido a desculpa mais esfarrapada que ele algumas vez tinha dado na vida, fazia figas para que Narcisa acredita-se.
-Agora a sério, Draco, porque não foste à aula? E sem mentiras.
-Porque é que vei-o a senhora e não o Pai?
-O teu Pai teve alguns assuntos 'urgentes' para tratar.
-E o que é que afinal a mãe veio aqui fazer?
-Falar com o meu único filho – Narcisa olhou olhos nos olhos, levantando-se em seguida e fechando totalmente a porta. Depois voltou para perto de Draco – Explica-me, filho, o que é que se passa contigo? Nem eu nem o teu pai gostámos nada do que o que o Severus escreveu naquela carta.
-É verdade que se o Snape vos enviar mais alguma carta eu sou transferido para Durmstrang?
-Possivelmente. É verdade o que o Severus escreveu naquela carta? É verdade que tu namoras com essazinha da Weasley?
-Não – Draco respondeu, convicto. Era verdade, ele não tinha um caso com Ginevra. Apenas gostava de estar com ela, dos beijos dela, de senti-la tremer e suspirar enquanto ele beijava o pescoço dela.
-Então o que é que tu tens com ela?
-Nada, apenas o Snape me encarregou de visualizar a detenção dela.
-Mas o Severus falou sobre encontros nocturnos e fora de hora na Sala Precisa. – Draco olhou para os seus pés – Tu sabes que nós só queremos o melhor para ti, e nesse melhor não está incluído a Weasley. Tu sabes que tens que manter a tradição dos Malfoy's, não podes deixar assim a família. É o teu dever, como Malfoy que és. Um Malfoy não se envolve com a escória inferior, nem sente qualquer coisa por eles, nem ama ninguém, assim como não se importa. Percebeste? – Draco acenou que sim. – É melhor que tenhas realmente percebido, porque eu não quero ter que voltar aqui para te avisar. – Narcisa levantou-se e fez a sua última ordem – E é melhor que o Severus não volte a nos escrever para dizer que andas a faltar a aulas.
-Com certeza, Mãe, não o farei mais.
-Óptimo. Acho que vou andando.
Draco acompanhou a mãe até à porta e despediu-se dela. Logo que ela tinha desaparecido pela porta secreta, ele tinha voltado a entrar no dormitório masculino do 7º ano para dar um jeito naquele cabelo.
– D&G–
-Ginny, eu ainda não acredito que ele fez isso! – rebateu Luna, logo depois de saber que o Draco me tinha dito para não provar a poção. – Eu já sabia mais ou menos da história, quer dizer, toda a escola soube, mas eu nunca imaginei que ele fizesse isso, quer dizer, ele É o Draco Malfoy! – Ela sussurrou para mim. Eu sorri, satisfeita.
-Ele não é fofo?
-É – ela respondeu-me, e suspirámos as duas – Onde é que o foste desencantar?
-Nem eu mesma sei! Sabes, Luna, eu acho que… - eu hesitei, e se o que eu pensava não fosse o que eu senti-a – …mas eu não sei, quer dizer, e se eu estiver enganada?
-Enganada sobre o quê?
-Ai, eu não sei, isto está a ser tudo bom demais para ser verdade. Talvez seja eu que esteja fantasiando, sei lá!
-Não, amiga, a sério, eu acredito que pode ser verdade! Sabes, o Malfoy tem estado bem estranho nestes últimos tempos.
-Estranho? Como assim 'estranho'?
-Bem, estranho para o que ele costuma ser, quer dizer, sem namorada à uma montanha de tempo, não tem ficado com nenhuma garota.
-Ele não tem ficado com nenhuma garota? – perguntei, totalmente pasma.
-Não. Parece que a tua cobrinha não te anda a trair – Eu senti o meu rosto corar, quando ela o auto-denominou de "meu". Quer dizer, nós não tínhamos nada concreto. – Acho que ele está apaixonado por ti, pelo que tu me contaste.
-O quê? Nãããããããão, deves estar a imaginar coisas. – argumentei eu. Não é que não me sinta feliz por ter quebrado o gelo daquele coração, mas quer dizer, o Malfoy apaixonado? E ainda por cima por MIM? É, definitivamente a Luna tinha batido com a cabeça.
-Sabes, há uma possibilidade. Quer dizer, o Malfoy, por muito Malfoy que seja, é humano, e faz parte do ser humano apaixonar-se, namorar, casar e procriar. Afinal, tal como todo o ser humano tem que comer e beber para não morrer, o ser humano também tem que se apaixonar para não viver na infelicidade até à sua morte.
-Desculpa, Luna, mas tu estás a falar da mesma pessoa que eu? Quer dizer, tu estás a falar do Malfoy quebra-corações e engatatão do qual eu estou a falar?
-Claro que sim, Ginny. Tu tens taaaaaaaaaanta sorte. Quer dizer, quem dera a muitas ter o Malfoy apaixonado por elas.
-Ele não está apaixonado por mim, só se for nos meus sonhos – Uou, o que é que eu tinha acabado de dizer? Acho que é melhor correr até à Ala Hospitalar e pegar um remédio.
-Nossa, Ginny, isso foi uma declaração? – Perguntou Luna, extasiada.
-É claro que não!
-Então, o que é que tu sentes por ele? – Essa sim, era uma boa pergunta. O que é que eu sentia por ele? Montanhas de atracção, tudo somado a um desejo enorme e muita preocupação? Provavelmente essa era a descrição da minha doença. Talvez esteja ficando doida, para estar preocupada com isso.
Pensei por momentos antes de lhe responder:
-Sinceramente, eu não sei. – Os olhos de Luna brilharam de alegria.
-O que é que sentes quando estás com ele, Ginny?
-Montes e montes de coisas.
-Coisas? Como assim coisas? – Eu encolhi os ombros em resposta – Olha, eu vou perguntar-te e tu vais responder, ok?
-Ok.
-Quando estás perto dele, eu quero dizer, realmente perto, sentes as pernas bambas e o coração bater apressado?
-Bem, sim.
-E quando ele te beija, sentes como se…
-Como se o mundo pudesse acabar ali que eu morreria feliz e completa. Assim como não lhe consigo resistir quando ele me faz aquela carinha de cachorrinho sem dono. E como sinto um enorme vazio quando o tenho de deixar todas as noites.
-E de quem foi que tu sentiste mais falta enquanto tu estavas no St. Mungos?
-Bem, dele.
Luna suspirou, contente, sorrindo para mim.
-Parabéns, Ginny, estás apaixonada.
-Eu O QUÊ? Nããããããããããããããooooooooooo, tu estás a brincar comigo, certo? Eu devo estar maluca, totalmente doida. – Levei a minha mão à testa, tentando medir a minha temperatura – Provavelmente o melhor é ir à Ala Hospitalar, a Madam Pomfrey deve ter a solução para este meu acesso de loucura – Levantei-me, e corri até à enfermaria, deixando para trás uma Luna que gritava algo como: «É totalmente normal estar-se apaixonado.»
Sim, estar-se apaixonado era normal. Mas é normal quando nos apaixonámos por uma pessoa como o Harry, ou como o Ron, ou assim como o Colin, ou como qualquer outra pessoa que não seja dos Slytherin e que seja uma boa pessoa.
Cheguei à Ala hospitalar esbaforida, Aliás, quando Madam Pomfrey me viu assim, perguntou-me logo muito preocupada:
-O que é que se passou?
-Madam Pomfrey, eu acho que endoideci – ela riu-se do que eu tinha dito.
-Porque é que Miss Weasley pensa isso?
-Porque eu estou apaixonada – desta vez Madam Pomfrey gargalhou da minha atitude.
-Mas minha querida, é normal as pessoas apaixonarem-se.
-As pessoas apaixonarem-se, sim, agora eu apaixonar-me por ele não.
-Ele? Mas 'ele' quem?
-Por favor, Madam Pomfrey, por favor, rectifique que eu não estou a sofrer nenhum efeito secundário – eu supliquei. Provavelmente ela agora estava a realmente achar-me louca.
-Bem, se faz tanta questão assim, eu examino-a.
-Obrigado, obrigado, obrigado – eu agradeci, totalmente eufórica, enquanto Madam Pomfrey me começava a examinar.
30 minutos depois…
-Bem, Miss Weasley, a sua saúde mental está óptima, lamento informar que não está insana.
-Não estou?
-Não. Está tão sã como eu e como qualquer outra pessoa.
-Estou?
-Sim, está.
No momento em que eu recebi e confirmei essa notícia fiquei eufórica, enquanto começava a dançar e a cantar por estar bem, Madam Pomfrey agora olhava-me como se eu estivesse REALMENTE insana.
-Obrigado, Madam Pomfrey – agradeci e encaminhei-me para a porta. Quando eu ia mesmo a sair, eu vi uma coisa que me fez para mesmo atrás da porta.
Lá estava ele, Draco Malfoy em pessoa a encaminhar-se para a estufa, com o seu sorriso característico e sarcástico no rosto, junto com o grupinho habitual de Slytherins. Os cabelos não estavam totalmente alinhados, devido ao vento que se fazia sentir. Ele estava ali tão sexy que só me apetecia…
-Aiii – gritei, quando senti alguém bater com a porta na minha cara. A cara preocupada de Colin apareceu do outro lado.
-Desculpa, Ginny, eu não te vi, mas também, o que é que estavas aí a fazer?
-Ahn? O quê? Como? – eu perguntei, enquanto o Draco desaparecia da minha vista.
-O que é que tu estavas a fazer atrás da porta?
-Eu? Bem… eu… estava a…
-Miss Weasley estava a babar totalmente enquanto olhava para Mr. Malfoy, que passava do outro lado da porta – respondeu prontamente Madam Pomfrey, enquanto piscava para mim – Ou era para ele ou era para qualquer um dos outros colegas.
-Ginny, nós temos que falar – ele falou, dirigindo-me um olhar severo – Eu só vou entregar uma coisa… – o Colin seguiu até á Madam Pomfrey e entregou-lhe qualquer coisa, ao mesmo tempo que dizia algumas palavras em voz baixa, as quais eu não percebi. Madam Pomfrey acenou que sim e o Colin dirigiu-se se novo a mim. – Vamos falar e é agora.
O Colin puxou-me de novo para junto ao lago (mas que enorme coincidência) e quando ia começar a falar, eu interrompi-o:
-Olha, Colin, tu sabes que eu adoro falar contigo, mas eu agora não posso, já faltei á primeira aula para falar com a Luna, e eu não queria matar também a segunda aula da manhã.
-Bem, se já gazeteaste uma aula, não faz mal nenhum faltares a segunda – disse ele, com um tom que me convenceu. Eu sentei-me no sítio em que anteriormente tinha estado sentada, e ele sentou-se ao meu lado.
-Então diz lá, Colin, o que é que queria falar comigo?
-TU ENDOIDECESTE? – ele gritou comigo.
-Não, – eu respondi feliz – Ainda há pouco fui fazer exames para ver se tinha endoidecido e Madam Pomfrey disse-me que não. – O Colin bateu com a mão na testa, e eu ouvi-o pedir paciência a Merlin.
-Ginny, o que é que te deu – ele baixou muito a voz, fazendo com que eu tivesse que me inclinar para ele para ouvir o que ele dizia – para tu te envolveres com o Malfoy?
Espera aí, como é que ele sabia? Nããão, a Luna não ia contar-lhe, pois não?
-Quem é que te disse isso?
-Ninguém! Eu vi o Malfoy a beijar-te – eu engoli em seco.
-Quando?
-No dia em que tu foste para o St. Mungos, quando ele te levou à Ala Hospitalar. Ele depositou-te numa das camas e beijou-te nos lábios.
-ELE FEZ O QUÊ? – gritei eu, fazendo alguns pássaros que estavam numa árvore próxima a nós voarem. Como é que ele tinha sido tão idiota a ponto de me beijar na Ala Hospitalar? Qualquer um pode ter visto. Eu vou ter mesmo que falar com esse asno idiota. – Deves estar a brincar comigo, Colin, porque é que haveria de ter um caso com um Malfoy? E ainda por cima com um Malfoy que me detesta e eu detesto?
-Sabes, Ginny, não precisas mentir para mim. Tu na aula de História da Magia admitiste que: - Colin começou a contar pelos dedos – 1º) Ele é um Slytherin. 2º) Que não odiavas o Malfoy. 3º) Que era tão bonito quanto o Malfoy. Como eu fui BURRO. Só podia ser o Malfoy, não é mesmo? E ainda por cima a reacção dele…
-Reacção? Qual reacção?
-Bem… Quando o Malfoy descobriu que eu tinha visto o que ele tinha feito, ele obrigou-me a prometer que não contava a ninguém.
-Isso não quer dizer nada.
-É claro que quer dizer. Ele encostou-me com força contra a parede e ameaçou-me. Ginny, não tentes tapar o sol com a peneira. Eu pensava que confiavas em mim – Colin mostrou-se indignado.
-E confio, Colin. Mas é que… Está a ser tudo tão difícil… Nem eu própria sei… Dá-me algum tempo, ok? – pedi, totalmente confusa. A única coisa que precisava era de algum tempo para pôr a cabeça em ordem, ordenar pensamentos, entender o meu coração, entender tudo aquilo. Isso e uma conversinha com um loiro.
Colin logo percebeu que eu não estava apenas desviando a conversa. Ele percebeu pelo meu estado que a minha cabeça estava totalmente desarrumada e extremamente confusa. Deu um suspiro, alegando que dessa vez eu me escapava. Eu aproveitei isso para dar um salto até à Torre das Corujas, precisava enviar um recado rápido. Peguei um pedaço de pergaminho da minha bolsa e rabisquei um:
"Precisámos mesmo de falar.
Ass.: G"
A menos que ele fosse um loiro burro e totalmente idiota, perceberia que o recado tinha sido mandado por mim. É claro que ainda havia a enorme possibilidade de ele além de ser loiro, também ser burro, e aí, ia mandar uma resposta idiota a perguntar quem era. Mas como eu acreditava severamente de que ele apenas era loiro e que não era nenhum burro, decidi enviar a mensagem na mesma.
Escolhi uma das corujas da escola, a que me parecia ser mais veloz. Era uma coruja das torres, castanha e bem bonitinha. Atei o pergaminho na pata dela, disse para ela esperar resposta e para entregar a Draco Malfoy. Agora eu só tinha que esperar.
N/A.: Eu acho que desta vez até não demorei muit para postar, comparando a outras vezes… ñ tenho nd a dizer, a não: O Próximo capitulo prometeeeee…..
Respostas aos reviews:
aNiTa JOyCe BeLiCeEU TBM ODEIO O Snape…, ele é mt cão (no mau sentido)…
Hermione é uma chata insuportável, foi assim k eu a escrevi na minha fic…
Draco E Ginny, vai acontecer mt coisa…. Espere pelo próximo capitulo k eu axo k vai gostar ;) Bjus
Daniela, ñ faz mal kanto ao capitulo anterior, até os melhores erram ;)
É, eu tbm gostei mt do Draco, assim do jeito rebelde dele…
A Ginny não vai saber de tudo o que ele pensou ou sentiu, apenas vai saber da existência destes factos… Mas eles vão "interagir" para o próximo capitulo…
Demorei muito?
Bjus
Miaka, é, parece k o Draco não está enganando a Ginny, mas também, agora é k eles vão passar pelo mais difícil, né? Sociedade é lixada…
Snape é um trasgo nojento… eu acho k ele devia ir lavar akele kabelo oleoso e deixar D e G em paz….
Por enquanto o Draco não vai contar nd à Ginny, em relação ao que sente…. Draco é mt fechado…
K tal este capitulo?
Bjus
Ginny Molly Weasley, Eu tbm kero este Draco para mim…. Onde é k ele está? Acho k estou apaixonada por esta personagem inventada pela J. K. e aperfeiçoada por mim…
Draco pensando em Ginny… É muito preciso, é connosco mesmo que tirámos as nossas mais brilhantes deduções….
Demorei mt a actualizar? K tal o capitulo?
Bjus
