CAPITULO 14: COM A CABEÇA NA… DETENÇÃO?
Lá estava eu, caminhando pelos corredores de Hogwarts, com um sorriso bobo e apaixonado na cara, tudo efeito ainda da noite anterior. Tinha deixado a Luna no Salão Principal, pois ela tinha aulas do outro lado do castelo. Enquanto eu vou ter História da Magia, a Luna vai ter Aritmancia, e por isso nós seguimos separadas para as salas de aula.
Continuando, eu estavadistraída com os meus pensamentos sobre um loiro e também nos exames que começariam na semana seguinte, totalmente alheiaaoque se estava a passar ao meu redor que nem pensei na possibilidade (probabilidade) de chocar com alguém. Num momento eu estava na posição vertical, totalmente relaxada e abstraída, no momento seguinte eu tinha ido para ao chão, com alguém em cima de mim. E como se tudo isto não bastasse, quem se tinha magoado mais tinha sido eu, visto ter ficado por baixo.
Totalmente furiosa por a pessoa que chocou contra mim ir sem atenção (tal como eu ia), já estava totalmente preparada para começar a xingar a pessoa de todos os nomes possíveis e imaginários, quando me dei conta de com quem eu tinha chocado: Draco Malfoy.
E tê-lo de novo por cima de mim trouxe-me umas óptimas memórias, mas, o meu génio Weasley falou mais alto:
-Draco Malfoy, sai imediatamente de cima de mim!
O cenário era este: eu, estava no chão, por baixo dele, no meio de um corredor com os alunos a passarem para trás e para a frente, enquanto que ele parecia nem ter dado conta que nós tínhamos colidido. Quando eu falei, é que ele finalmente 'acordou' do sitio onde estava, ou seja, ele estava ainda mais distraído do que eu, possivelmente pensando nos N.I.E.M.'s que ele vai ter.
Ele olhou com as suas orbes cinzas directamente nos meus olhos. Era quase como se os meus olhos estivessem a serem perfurados pelo gelo que aqueles olhos transmitiam, talvez devido a estar com os nossos rostos tão perto.
Quando Draco me reconheceu, os seus (suaves, deliciosos e gostosos) lábios curvaram-se naquele sorrisinho bem ao estilo Malfoy, aquele sorriso irónico tão nele característico. Uma aglomeração tinha se formado à nossa volta, e então eu empurrei-o (suavemente) de cima de mim.
-Olha quem ela é, a Weasley! – Falou Draco, ironicamente. Eu pus no rosto o mesmo sorriso irónico que ele utilizara. – Eu pensava que tinhas ficado lá pelo hospital!
Ele gostava de me espicaçar, não era? Ele gostava tanto de fazer isso quanto eu gostava de o beijar.
-E desde quando é que os Malfoys pensam? – Gargalhadas abafadas da nossa plateia – Acho que acabaste de descobrir mais uma nova capacidade tua. Pensar. Deve ser muito difícil para ti, não?
A plateia fez aquele "Eeeeeee…" e também uns "Eu não admitia…" como se eu tivesse ofendido o meu 'adversário'. O sorriso irónico desapareceu por momentos enquanto ele descruzava os braços (sinal de perigo) e uma das sobrancelhas erguia-se suavemente.
-Estás muito bem informada sobre as minhas características, Weasley.
Engoli em seco por instantes. Ele estava louco? Se continuasse assim a escola ainda ia descobrir que nós tínhamos um caso!
-Sabes, Malfoy, é impossível não se ouvir falar das tuas características, tu passas os dias a falar delas. Esse ego enorme ocupa a escola toda. – Silêncio, enquanto eu caminhava sedutoramente até ele. Só me apetecia agarrar nele pela gravata e entrar numa daquelas salas fazias para podermos fazer… hum… 'coisas'.
Aproximei-me devagar, com os mesmos movimentos felinos que ele próprio utilizava. Aliás, tinha sido ele que me tinha ensinado tudo aquilo, não era mesmo? Pois agora, que arcasse com as consequências. Pus-me nas pontas dos pés para conseguir alcançar o ouvido dele:
-E também já testei algumas – murmurei, num sussurro inaudível para a plateia, audível para ele. Ele tinha percebido o que é que eu faria se estivéssemos sós.
Voltei a pousar os calcanhares dos pés no chão. Ele encarava os meus olhos com os olhos dele, agora de um azul-metálico.
No momento seguinte, a mão dele tinha tocado suavemente no meu queixo, puxando-o para cima. Vi que ele deu uma olhadela na plateia antes de continuar:
-Para uma Weasley, até que não és feia – o silêncio mortífero na plateia, o mesmo sorriso irónico nos lábios dele – Aliás, és bem jeitosinha – olhar nada discreto para o decote da minha blusa, que lhe dava uma visão (generosa) dos meus seios. O sorriso expandiu-se nos lábios dele.
No momento seguinte eu senti os lábios dele colados nos meus. Nada daqueles beijos arrebatadores de tirar a respiração, apenas um ligeiro encosto de lábios, e no momento seguinte a minha mão tinha tentado atingir o rosto dele, movimento que foi totalmente calculado por ele, visto que agora segurava suavemente o meu pulso. Não que eu quisesse bater-lhe, mas todo o teatro tinha que parecer perfeito.
-Tu não prestas! – Vociferei eu, com ódio (aparente).
-Eu sei. – De novo o mesmo sorriso sarcástico, que o deixava incrivelmente sexy.
-Malfoy, Weasley! – Uma terceira voz quebrava agora o silêncio, e nós quebrávamos o contacto visual. Virámos os rostos no exacto momento em que a Professora McGonagall começava a caminhar ameaçadoramente até nós, fazendo os alunos dispersarem. Os olhos dela faiscavam, um sinal que só podia significar uma coisa: Nós estávamos tramados. – Os dois, para o meu escritório. – Nós ainda encarávamos a professora (e o corredor agora deserto), sem nem nos movermos – Já. – Acrescentou num tom de voz cortante, que fez com que eu e o Draco a seguíssemos pelos corredores de Hogwarts, até chegarmos ao escritório da professora.
Quando chegámos, ela ordenou que nos sentássemos, encarando-nos com uma expressão de fúria.
-PORQUE SERÁ QUE VOCÊS NÃO PODEM FICAR QUIETOS? PRINCIPALMENTE TU, MALFOY, SEMPRE A ARRANJAR PROBLEMAS! TU TENS MUITA SORTE NÃO PERTENCERES Á MINHA EQUIPA, SENÃO TU NÃO ESTARIAS ASSIM HABITUADO! E MISS WEALEY, ERA UMA DAS PESSOAS QUE EU MENOS ESPERAVA ENCONTRAR NO MEIO DE TODO ESTE ESCANDÂ-LO! – A professora fez uma pausa para respirar, mas logo continuou, já num tom de voz mais baixo – PARECE QUE OS AVISOS NÃO TÊM EFEITO SOBRE VOCÊS, POR ISSO, POR MUITO QUE ME CUSTE DAR UMA DETENÇÃO NA ÉPOCA DOS N.I.E.M.'s, VÃO CUMPRIR DETENÇÃO, OS DOIS, JUNTOS, NA MESMA SALA! – McGonagall voltou a fazer uma pausa para respirar (bem) fundo, como se para acalmar os nervos. – Depois enviar-vos-ei uma coruja com a data e o lugar da detenção, agora podem ir. E menos 20 pontos para cada uma das equipas, por estarem a discutir no corredor.
Eu e Draco saímos do escritório da professora, aliviados por não termos que ouvir mais sermão. Depois de tudo aquilo, não estava com nenhuma disposição para ir para a aula, por isso simplesmente dirigi-me para o Lago, nem sequer reparando para onde é que Draco ia.
Sentei-me na beira do lago, admirando a Lula Gigante que punha os seus tentáculos para fora. Acordei do meu transe de ver a Lula Gigante quando uma pedra foi arremessada para o lago, saltando pela água antes de se afundar. Eu olhei para o lado, apenas para confirmar a minha suspeita de quem tinha arremessado a pedra: Draco Malfoy.
-Eu pensava que me tinhas dito que tínhamos de nos manter afastados enquanto a "poeira não abaixasse" – fiz o gesto de aspas com as mãos. Ele tinha o olhar perdido no horizonte.
-E devíamos ter-nos mantido afastados – ele encolheu os ombros, como se não tivesse importância.
-E então porque é que isso não aconteceu?
-Sei lá, Gi – ele pôs os braços atrás da cabeça, deitando-se suavemente na relva. Agora ele olhava as nuvens.
-Nós não devíamos ter feito o que fizemos. – Um sorriso maroto apareceu no meu rosto. Eu olhei de novo para ele, que agora afrouxava o nó da gravata e desapertava os dois primeiros botões da camisa dele. Eu pousei suavemente a minha cabeça no peito dele.
-É, realmente não o devíamos ter feito. – Uma das mãos dele acariciava o meu cabelo.
-Arrependido? – Perguntei com uma voz como se zombasse dele.
-Nunca!
Eu gargalhei suavemente, juntamente com ele. As carícias dele no meu cabelo estavam a deixar-me com sono.
-Acho que ultimamente temos feito muitas coisas que não devíamos – desta vez, quem falou foi ele. – Arrependida?
-As pessoas nunca se devem arrepender daquilo que fazem, por muito mau que a coisa em si tenha sido. Porque nós sempre aprendemos algo com a nossa vida.
-Estás a dizer que ontem foi mau?
-Ontem foi óptimo! – Eu respondi, rolando os olhos nas órbitas. Na posição em que estava, não deu para ver que ele tinha dado um sorriso sincero para mim.
-E agora? - Aquele pensamento fazia ping-pong na minha cabeça.
-Agora? – Draco respondeu – Agora deixa rolar.
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E lá estávamos nós, prontos para cumprir a detenção. Parados em frente ao escritório da McGonagall, aguardando o que estava para vir. Draco batia insistentemente com o pé direito no chão, impaciente pela demora da professora. Eu rezava baixinho para que ela se tivesse esquecido de nós. Nenhum dos dois ousava proferir uma palavra, até que finalmente vimos a professora cruzar o corredor.
-Sigam-me – a professora ordenou. Nada de "Desculpem pelo atraso" ou algo do género, apenas essa simples ordem.
Nós seguimo-la até à sala de Transfiguração, onde ela nos abriu a porta, parecendo ainda furiosa connosco. A sala estava uma autêntica bagunça, como sempre fica depois de um dia de aulas. Eu comecei a imaginar qual seria a nossa detenção. A imaginar não, na minha cabeça formava-se mesmo a detenção em si, só esperava que a própria McGonagall falasse.
-Calculo que já devem imaginar o que seja a detenção – falou a professora. Eu já imaginava, mas pela cara que o Draco estava, os neurónios dele ainda não estavam a trabalhar.
-E o que é suposto nós fazermos? – Pergunta ridícula do Draco, mas fazer o quê? Ele pode ser o rapaz que beija melhor em toda a Hogwarts, mas no que toca a algumas coisas, ele é realmente lento.
-Bem, vocês vão restaurar a paz e a harmonia desta sala – Draco ergueu uma sobrancelha e lançou um olhar interrogativo à professora. Então ela continuou – Entenda-se por: Os dois, vão limpar esta sala sem magia! Os dois! Juntos! Sem magia! Caso algum use magia, voltam a ficar OS DOIS de detenção! Fiz-me entender? – Nós concordamos que sim – Óptimo, volto daqui a nada, só vou fazer… umas coisas.
A professora saiu e bateu a porta. Ouvi um "Clic" da fechadura que indicava que estávamos visivelmente trancados dentro da sala de aula desarrumada.
-Para que é que existem os elfos, afinal? Essa professora é maluca – sentenciou Draco, rolando os olhos – Onde já se viu, termos que limpar essa nojeira?
Eu gargalhei da cara que ele fazia.
-Quê, vais contar Papá que te mandaram limpar uma sala em Hogwarts? – Debochei dele. Os olhos dele escureceram por momentos, ao ouvir a referência ao pai dele.
-É melhor começarmos a limpar, senão nunca mais saímos daqui.
-O que achas de dividirmos a sala? – Eu perguntei para ele. Ele concordou com a cabeça – Tu varres o chão e arrumas as mesas, enquanto que eu lavo o chão e limpo toda esta poeira – interrupção para um espirro – Que dizes?
-Concordo.
Eu peguei num dos panos para limpar o pó, enquanto lhe entregava a vassoura. É, eu tinha encarregado ele daquelas tarefas porque assim a Cinderela não parte nenhuma unha, todo o trabalho directamente com as mãos era feito por mim.
Comecei a limpara calmamente o pó, e a pôr os restos de coisas esquisitas para o chão. Supostamente Draco devia ir varrendo. Supostamente.
Eu olhei para ele, que olhava para a vassoura, inseguro. Então, ele passou a vassoura no chão, de um lado para o outro. Eu percebi claramente que ele não sabia varrer, o que me fez gargalhar na cara dele. Ele olhou-me, zangado, lançando-me olhares mortais. Quando eu finalmente me consegui controlar, eu falei:
-Não é assim que se varre!
-Vassouras são para se voar, não para varrer o chão! – Ele comentou, indignado.
-Tudo bem, Gata Borralheira, mas esta vassoura não é a tua vassoura, é simplesmente uma qualquer vassoura. Ela NÃO voa.
Draco voltou a bufar, indignado. Eu tentei ensinar-lhe a varrer, mas ele pura e simplesmente fracassou na aprendizagem. Então ele fez uma sugestão, no mínimo, brilhante:
-E que tal se trocássemos de tarefas? Eu acabo de limpar o pó e tu varres o chão.
Eu concordei, começando a varrer a sala. Pelo que eu estava a ver, ele estava a ter sucesso na tarefa de limpar o pó.
Com toda aquela brincadeira, esqueci-me totalmente da McGonagall. Esqueci-me que estava numa detenção aparentemente com o meu inimigo. Nós agora conversávamos fluidamente, enquanto que fazíamos as nossas tarefas.
-O que é que vês no Cicatriz, Ginevra? Eu não consigo perceber, por mais que tente!
-Ah, eu não vejo mais nada no Harry, ele é apenas meu amigo. Mais um amigo.
-Mas o que é que vias nele?
-Eu acho que o via quase como um herói, o típico final em que o herói salva a donzela do Dragão malvado e acabam casando e vivendo felizes para sempre. Acho que no fundo, era apenas admiração. Ciúmes? – perguntei divertida
-Nos teus sonhos, querida Ginevra.
-E o que é que tu vês na Parkinson?
-Ela é boa na cama – ele encolheu os ombros, com indiferença, enquanto eu fechei a cara. – Ciúmes?
-Eu não tenho ciúmes de pessoas infiéis. – Respondi, curta e seca, diria mesmo ríspida. Como ele tem a lata de me dizer «Uau, a Parkinson é muito melhor na cama que tu!»? Eu tive a minha primeira vez nesse assunto com ele, e de certeza que na primeira vez que a Parkinson foi para a cama, ela não era assim tão boa. Não me admira que aquela buldogue tenha experiência que chegue e sobre, ela já deve ter dormido com meia Hogwarts!
Enquanto eu tinha estes pensamentos furiosos e borbulhantes na minha cabeça, Draco aproximava-se suavemente de mim, pelas minhas costas. Senti ele envolver-me suavemente pela cintura, pousando a sua cabeça no meu ombro, os lábios dele ficando à altura do meu ouvido:
-Chateada? – Eu tinha os braços cruzados na altura do peito, o que só significava claramente uma coisa: eu estava muito chateada e zangada.
-O que achas? – Eu falei, sarcástica. Quem ele pensava que era?
-Não sei, diz-me tu. – E agora o nariz dele roçava na minha orelha. Hum, sim, aquilo estava gostoso, muito gostoso. – E a Pansy não chega nem aos teus pés. – Ele sussurrou-me, divertido. Ahhhh, eu não acredito, ele disse que eu era melhor na cama do que a Pansy-prostituta-Parkinson. É, agora posso morrer, que morro feliz!
Ele afastou-se de mim, voltando ao trabalho, tal como eu. Ele sorria suavemente, depois de me ter visto ter uma crise de ciúmes. E eu adoro ver aquele sorriso nele. Ele fica tão meigo, tão, tão, tão fofo!
Passado algum tempo, começámos a fazer as nossas segundas tarefas, eu comecei a lavar o chão e ele começou a arrumar as mesas. Continuávamos a conversar, pausando enquanto sorriamos ou nos olhávamos.
-Professor preferido? – Eu perguntei
-Já foi o Snape. Agora nem sei. E tu?
Pensei por momentos, antes de responder:
-Eu gosto muito da professora McGonagall.
-Não deves estar a falar da mesma professora que nos pôs de detenção – ele rolou os olhos – Profissão futura?
-Medibruxa. Gosto de ajudar as pessoas. E tu?
-Estou a fazer as matérias para Auror, mas provavelmente vou tomar o controlo de todos os investimentos e empresas que a minha família tem, assim que o meu pai morrer. Mas se tiver tempo de acabar o curso de Auror…
Eu sorri para ele, o meu sorriso mais meigo. Incrível como é que um Malfoy queria ser Auror.
Finalmente, depois de horas de trabalho, a sala estava imaculadamente limpa. Ok, não vou exagerar, a sala não estava assim tão limpa, nós não éramos elfos, demos o nosso melhor mas mesmo assim a sala não estava totalmente limpa. Existia algumas falhas no nosso sistema de limpeza, mas já estava aceitável.
Eu sentei-me, cansada, numa das mesas. Vício horrível, esse que eu tinha, sentar em cima das mesas e não em cadeiras, como gente normal. Acho que no fundo eu não sou normal em algumas coisas.
-Eu não acredito, a McGonagall ainda não voltou – Draco respirou fundo, como que pedindo paciência – Primeiro dá-me uma detenção na semana anterior aos N.I.E.M's, como é suposto eu estudar? Depois, atrasasse para a nossa detenção, e nem pede desculpas. No momento seguinte, tranca-nos nesta sala. Agora, nunca mais aparece. Onde está a consideração por nós? – Ele perguntou-me. Eu concordava com tudo o que ele dizia, mas apenas bocejei, em reposta. Ele sentou-se pesadamente numa cadeira e deitou a cabeça dele na mesa – Estou morto…
-Por este andar, bem que vamos adormecer antes da professora chegar. E isso vai ser mau.
-Pois vai. – Ele levantou a cabeça, procurando algo para nós fazermos. Os olhos dele pararam, ao avistarem algum objecto. Então levantou-se, e eu apenas o segui com o olhar.
Ele destapou o objecto em questão, que depois de estar sem o lençol branco que o cobria, eu reconheci como sendo um gramofone. Draco pegou a colecção de discos negros de vinil e começou a procurar um. Eu não sei ao certo o que ele procurava, mas ia vendo os vários discos e fazendo algumas caretas engraçadas para alguns. Eu sorri-a. E então ele parou num, e deu um sorriso sarcástico para o próprio disco. É, ele tinha encontrado o disco que ele queria. Pousou os outros e tirou aquele da capa em que se encontrava. Pousou-o no gramofone e ligou-o.
Em poucos segundos, uma música linda enchia o ar. Era uma música suave, eu chamar-lhe-ia mesmo romântica. Draco dirigiu-se a mim com o seu melhor sorriso de galanteador e estendeu-me a mão, perguntando-me:
-Dás-me a honra desta dança?
A minha mão entrelaçou-se na dele, enquanto eu sussurrava um tímido «Aceito», e ele conduzia-me até mais perto do gramofone.
Ele envolveu-me suavemente pela cintura, colando os nossos corpos. Os meus braços abraçavam o pescoço dele, e ele olhava-me directamente nos olhos.
Era como se aqueles olhos, agora predominantemente azuis, conseguissem desnudar a minha mente, como se ele conseguisse ler o meu cérebro e a minha alma, como se perfurasse dentro de mim e o fizesse enxergar o meu coração. Ali, assim, com ele, sentia tudo. E ao mesmo tempo, sentia nada. Sentia um tudo completo e pertencente, como se tudo fosse magicamente mágico, mas também um pouco imperfeito. E sentia um nada, como se nenhum tormento estivesse presente, como se me sentisse mais leve do que com a maioria das pessoas, um nada de perfeição indiscritivel. Normalmente eu carregava um peso, o peso de não puder ser eu própria com as pessoas, de ter que fingir e dizer «Eu odeio» quando na realidade amo. Mas não com ele. Com ele eu me sentia completa, sentia que o mundo podia desaparecer e explodir que nós continuaríamos ali, para sempre. Para sempre amados e compreendidos, para sempre tudo e nada. Para sempre, apenas nós, acontecesse o que acontecesse.
Os lábios de Draco tocaram os meus suavemente, um beijo calmo, que condizia com a música. Por momentos esquecemos totalmente que a Professora McGonagall podia aparecer, esquecemos de tudo menos de nós, menos um no outro.
Entregámo-nos ao beijo de alma e coração, demos tudo de nós naquele beijo. No início começou calmo, suave, apaixonado. Depois começou a tornar-se mais arrebatador, violento, expressando desejo. Rapidamente os nossos corpos respondiam por nós, nosso coração e nosso desejo fundidos de novo.
Recuei até ficar entre uma mesa e Draco. Sentei nela, e senti o olhar pervertido dele para mim. Respondi com o mesmo olhar, e no momento seguinte puxava-o pela gravata para um beijo ávido de amor, de desejo, de paixão, ávido de Draco Malfoy.
A mão dele 'escorregou'para a minha coxa, por debaixo da minha saia. O toque ousado dele fez-me lembrar 'aquela' noite. E daí se estávamos numa Sala de aula?
Eu comecei a tentar desabotoar a camisa dele. Maldita camisa, não desabotoava. Ele separou-se alguns segundos de mim, aproveitando para se rir de mim, de eu estar furiosa por não conseguir desabotoar os malditos botões.
Ele voltou a beijar-me, voltou a juntar os nossos corpos. A língua dele explorava a minha boca, para logo depois de encontrar de novo com a minha língua, numa dança sensual. Os nossos corações batiam, compassados, ao ritmo da música.
Ele beijou o meu pescoço, para logo depois voltar a beijar a minha boca. Meu bom Merlin, aquele rapaz me fazia perder o chão, me levava às nuvens. E aquela mão dele, aquelas carícias na minha coxa… Eu não me responsabilizo pelos meus actos!
Nós estávamos totalmente envolvidos naquele beijo, envolvidos em nós. Totalmente concentrados em darmo-nos um ao outro, já esquecidos que estávamos de detenção numa sala de aula, na sala de aula DA PROFESSORA MCGONAGALL.
Só fomos trazidos à realidade quando uma voz furiosa cortou a música suave:
-MAS O QUE É ISTO!
N/A: Oiax, planeta Terra chamando a mim própria! Depois do tempo k eu fickei sem postar, que eu ignoro totalmente quantos dias foi, cá cheguei eu, com um capitulo novíssimo em folha.
Sendo sinceros, já que se está em detenção, um pouquinho mais de diversão não faz mal, certo?
Bem, eu vou deixar de falar bosta e escrever as respostas aos reviews:
Nina Black Lupinfico feliz k tenha achado divertido:)! Depois de uma noite com o loiro galanteador, quem é que não fica com a mente suja? Eu só de escrever esta fic fikei com a minha mente totalmente poluída! Não deixe de ler, ok?
Bjus
Miaka, O namorado da Luna vai ser surpresa! E só para mostrar o quão surpresa vai ser, eu vou revelar aqui e agora que a Luna vai ir ao Baile de Finalistas acompanhada por um septimanista! Blaise quase k acertava com kem o Draco estava saindo! Mas a sua consciência de Malfoy o tortura, não é? É, acertou, Draco esbarrou em Ginny! Eu gostei do resultado, o que achou?
Bjus
Jamelia Millianainda está acordada? Ou será que já entrou em coma? (desesperada) Espero que ainda possa ler o resto da fic! Draco chocou com Ginny! O que achou da reacção?
Bjus
estrelinha W.Meu fiko feliz por gostares k eu escreva eu Português PT, pk afinal de contas, a maioria das fics portuguesas aki no são em português BR. Mas fazer o quê? Eu sou portuguesa e ngm vai me fazer mudar o meu português. Mas admito que por vezes sai uma ou outra expressão mais BR, mesmo sem querer. Já para não falar que existem palavras BR que eu não despenso! K tal o capitulo?
Bjus
PiuPotter, o Draco é realmente lindo, perfeito, maravilhoso, sexy, fantástico em tudo… Enfim, fico feliz que goste do meu Draco, afinal, ele é um pouco infiel à personagem original. Mas quem disse que eu não altero as personagens para eu poder fazer delas o que quiser (sorriso maléfico)?
Sabia que eu só descobri com o seu review k só se pode comentar uma vez por capitulo O.O? Komo ficou o capitulo, mal?
Bjus
Bem, posto o próximo capitulo quando puder Agredecimentos a todos os que comentaram…
Bjus pa td o mundo
Portem-se bem..mal!
Fui!
