EPÍLOGO

Ele espreguiçou-se, caindo de costas contra os travesseiros cobertos de veludo negro. As cortinas da cama estavam entreabertas, permitindo que alguma parte da luz entrasse e chegasse aos seus olhos. Draco olhou para o lado, encontrando a cama vazia. Deu um sorriso. Ela sempre pensava que o surpreendia.

Colocou os pés para fora da cama, sentando-se nesta. Pondo-se em pé, bocejou mais uma vez, logo depois aproximando-se da porta da casa de banho. Ouvia-se o barulho da água do chuveiro caindo com força.

«Típico» Murmurou entre dentes. Levou a mão à maçaneta da porta, e não pôde evitar de sorrir ao ver a sua aliança reflectir a luz da janela entreaberta.

Abriu a porta, levando de imediato com uma baforada de vapor quente. Os seus ouvidos foram preenchidos pela voz angelical dela.

Uma ruiva estava debaixo do chuveiro, apenas curtindo a sensação da água tocando a sua pele macia. Ginevra Weasley apreciava o suave toque da água.

Draco despiu-se, entrando no box do chuveiro. Ela continuava sem repara nesse facto, apenas sorrindo vagamente e continuando com a sua canção. Ele aproximou-se calmamente dela, abraçando-a por trás.

Sentiu que ela se assustara pelo tremer do corpo da ruiva. Beijou os seus ombros, virando-a para si, em seguida. Ela encarava-o, com um sorriso meigo no rosto, sorriso esse que se ampliava até aos seus olhos castanhos.

Ginny abraçou-o pelo pescoço, tocando os lábios dele com os seus. Draco logo aprofundou o beijo, roçando a sua língua na dela. Os corpos nus entrelaçavam-se por baixo da água que caía copiosamente do chuveiro.

Amaram-se sem nenhum pudor, sem nenhum receio. Depois de tudo pelo que tinham passado, depois das pessoas que tinham enfrentado, depois do tempo que tinham esperado, lá estavam eles, um Malfoy e uma Weasley, debaixo da água do chuveiro, amando-se sem se importarem com alguma coisa. Afinal, eles tinham vivido demasiados anos se importando com as outras coisas, agora estava na altura de se preocuparem apenas consigo mesmos.

Ficaram ali mais um pouco, apenas curtindo o momento e saboreando o toque refrescante da água, deixando que todas as coisas más fossem levadas por ela.

Quando as suas peles começaram a ficar enrugadas devido à água, ambos saíram, sorrindo amorosamente um para o outro. Enxugaram-se na enorme toalha felpuda e, ainda rindo, brincando e gracejando, saíram da casa de banho.

Vestiram-se, continuando com os joguinhos de sedução, como se ainda fossem adolescentes com as hormonas à flor da pele.

Várias corujas já esperavam por ambos; para ela, corujas do St. Mungos, para ele corujas do ministério, negras como a noite.

Antes de saírem de casa, quase cederam ao desejo carnal de ficarem em casa para "porem os assuntos em dia", porém, o piar estridente das corujas fez com que fossem para os respectivos empregos.

Desmaterializaram-se, cada um para o seu local de trabalho. Por simples e mera coincidência, foram cumprimentados ao mesmo tempo pelos respectivos subordinados:

-Bom dia Mr. Malfoy.

-Bom dia Mrs. Malfoy.

-Bom dia! – Respondeu uma muito bem humorada Ginny Weasley Malfoy, no St. Mungos, para o estagiário que trabalhava com ela.

-Bom dia. – Respondeu um Draco Malfoy um pouquinho rabugento, depois de ter visto a montanha de papéis que estava em cima da sua secretária de mogno, para alguém no Ministério que o tinha cumprimentado nessa manhã.

Fechou a porta do seu escritório, assobiando uma qualquer música que tinha vindo à sua cabeça, enquanto que se sentava na sua cadeira, pousando os pés em cima da secretária. Pegou na primeira folha e a sua leitura foi interrompida por duas batidas ritmadas na porta. Com um aceno de varinha por parte de Draco, a porta abrira-se e por ela entrava agora o seu ex-colega dos Slytherin, actualmente seu sócio e amigo.

-Draco, que bom encontrar-te bem disposto! – Ironizou Blaise Zabini, entrando no gabinete sem qualquer complexo por o estar fazendo sem ter recebido um convite do loiro.

-Zabini, eu agora estou um pouco ocupado, caso ainda não tenhas reparado, por uma qualquer incongruência do destino.

-Que indelicadeza da tua parte, Draco, eu apenas vinha te dar uma boa notícia!

-OK, então fala!

-Vim te convidar, a ti e à tua amada esposa, para serem padrinhos do meu filho primogénito!

-Como? – Draco questionou, com a sobrancelha direita erguida e suavemente arqueada.

-A Luna está grávida! – Anunciou Blaise, com um sorriso bobo no rosto.

-Vocês não perderam tempo! – Debochou Draco.

-Falas isso como se tu e a Ginny fossem um poço de virtudes! Quem vos ouvir até parece que casaram ambos virgens!

Draco deu um sorriso irónico.

-Não exageres, Blaise!

Ambos riram-se, saboreando aquela manhã.


Por vezes a vida dá voltas e mais voltas, ou, utilizando um provérbio popular, "Deus escreve direito por linhas tortas". Ódios se tornam amores, amores acabam se tornando ódios. De um momento para o outro, o que antes nos parecia extremamente correcto, parece-nos agora bastante errado e duvidoso. É uma busca incessante pela verdade e por nós próprio, pela nossa própria personalidade.

Acabámos odiando e amando ao mesmo tempo. Aqueles que anteriormente idolatrávamos, agora não são mais do que fantoches nas mãos do destino, tal como todos os outros. E, embora eu não goste de admitir e essa perspectiva me apavore, existe um destino, que já está marcado nas estrelas. No fundo, nada é por acaso. É claro que eu não gosto dessa probabilidade, afinal de contas, eu creio que sou senhora de mim própria, que tenho poder suficiente para mover o meu destino como quiser.

O que é estar "Entre o sonho e a realidade"? É estar naquele período do tempo em que não sabemos se sonhámos ou se estamos acordados. É uma coisa que acontece na realidade, mas fica registado como um sonho pelo nosso subconsciente; ou então é um sonho, que na realidade nunca aconteceu, mas que nós sempre julgámos ser uma realidade.

Ass.: Ginevra Molly Weasley Malfoy


N/A(última N/A de todas chorando) Vou sentir saudades desta fic… Afinal de contas, a maior parte é inspirada em situações que se passaram comigo, não totalmente mas prontx… Já para não falar que na minha história de amor nós não tivemos coragem para enfrentar a sociedade e tudo isso... digamos que nos ficámos pelo amar sem o podermos demonstrar...

Se fosse agora, teria escrito as coisas de outra forma... ou talvez não, não sei... apenas sei que isso que foi escrito foram sentimentos sentido e vividos por mim, aliás, foi coisas escritas pelos meus dedos, foram lágrimas transbordantes pelos meus olhos...

Com esta fic eu ri, eu chorei, eu gritei de euforia e entrei em depressão... Essa fic foi a minha vida...

E, pelo facto de isso ser o meu mundo durante 2005, eu decidi forçar um pouco as barreiras da minha imaginação e criatividade e escrever o epílogo... se não o escrevesse agora, não cnseguiria fazê-lo nunca mais...

Obrigado a todos os que acompanharam a fic, obrigado aos que leram desde o primeiro capítulo, e obrigado aos que apenas começaram a lê-la no fim...

Agradecendo aos Reviews:

miaka, é claro k o Draco tem k chamar os irmãos dela de coelhos, afianl de contas, ele É Draco Malfoy…. Bem, acho que já é a minha segunda fic k acabo com os personagens oficializando o namoro… fazer o kê? É mais forte do que eu, ver os meus personagens felizes para sempre :)… O que achou deste capítulo? Ou melhor, epílogo…

Bjus, boas festas :-)

Paaaaty, axuh k ñ, ñ estou a prever fazer continuação da fic… Senão vou acabar matando ambos os personagens, para uma vida no bem-bom lá no paraíso celeste… O que achou deste final? Bom, mau, mais ou menos…?

Bjus :) Espero k esteja gostando

Bjus e Abraços para todos ... Boas Festas!

FenixTonks