Atos de Vingança
Capítulo 4
Afrodite pega um pedaço de pano preso entre as mãos de Saga e a janela
-Algodão. Pode ser de uma roupa dele.
Aldebaran olha pela janela incrédulo.
- Ele ia pular a janela pra que?
- Ah! Quem são vocês? – uma mulher parou na porta. Ela tem um perfume incrivelmente doce, e seus olhos brilhantes são de um verde profundo, Mu o mais próximo sente-se incontrolavelmente atraído por ela.
- Chamo-me Mu, senhorita...?
- Ahnn...Selene.
- Que quer aqui, jovem? – Saga evita de se aproximar, será que é o único que sente um cosmo na mulher? Não. Afrodite também a olha com desconfiança.
- Procuro um amigo.
- Presumo que isso lhe pertença – Afrodite arranca a calcinha das mãos de Aldebaran e joga contra ela.
- Mas...!-ela fica desconcertadíssima- O que significa esse ultraje? Como se atreve?
- Perdoe meu amigo – Aioros agarra Afrodite pelos ombros e o coloca longe da jovem- ele está nervoso. Sabe, o irmão dele estava hospedado aqui mas sumiu sem dar notícias e ele está preocupado.
- Como veio até aqui presumo que o conhecia. – Saga bloqueia a porta e constata satisfeito que ela percebeu seu estratagema e não se importou apenas se aproximou da mesa onde Shura estava.
- Hmm...não sei..talvez – ela mexe em seus cabelos prateados enquanto observa os objetos sobre a mesa – como ele era?
- Minha altura, cabelos azuis... – Shura apressa-se em explicar.
- Não sei, nunca vi, agora se puderem me dar licença - ela se vira para a saída mas Saga não se moveu um milímetro. – com licença?
- Terá toda, assim que disser o que fez com nosso amigo ou o que quer com isso!
Agarrando a mão dela e torcendo Saga a faz soltar um pequeno objeto. Uma chave numerada. Eles ainda não a tinham visto, mas ela sabia o que procurar quando entrou no quarto.
- Saga! Pra que a violência? Solte- a ou – Shura começa a falar
- IMBECIL! Foi ela a mulher que dormiu com Máscara! – Saga a encara – E aposto que sabe onde ele está.
- Ah-ah – ela não esperava ser descoberta, seus poderes falharam? Não, ele já sabia o que esperar. – Droga...FLUXO DAS MARÉS!
- Um brilho prateado encheu o cômodo e eles se viram flutuando como se estivessem dentro d'água, com direito inclusive a falta de ar e visão distorcida.
- Ciao! – Ela beija a ponta do nariz de Saga e sai correndo.
- MU!- Aioros clama através de seu cosmo – você é telecinético faça algo!
- Estou tentando! Estou tentando!
- Acho que descobri por que ele pularia a janela...- Aldebaran aponta para uma figura correndo pelas ruas.
Passado
"ABSURDO, ABSURDO, ABSURDO! Ninguém volta da...esquece isso, vamos reformular, ELA não teria motivos para voltar da morte...não, não ficou bom...vamos tentar de novo...a minha morte deveria ter tranqüilizado todos eles, espero que tenha senão vou estar em sérios apuros."
Pensando desse jeito Máscara da Morte corre como louco pelas ruas de Veneza, tentando encontrar a gôndola de sua suposta vítima renascida. Assim que se lembrou de onde a conhecia, esqueceu de que estava no terceiro andar, vestiu a primeira calça que encontrou e, descalço, saltou pela janela atrás da mulher.
Quando percebeu que a pé seria inútil, pois ainda que usasse a velocidade da luz não saberia para onde ela fora, resolve alugar uma gôndola na "camaradagem", afinal não é comum guardar dinheiro nas calças do pijama. Encontrou um casal passeando em uma e os aborda.
- Vocês aí! FORA! Preciso dessa banheira! – o tom autoritário da ordem perdeu muito de seu efeito graças ao fato dele estar com xampu nos cabelos, pijama, sem camisa e descalço.
- Sinto muito, signore – fala o balseiro – terei prazer em levá-lo após concluir o passeio desse casal.
Câncer olha para o canal e vê sua "noiva-cadáver" se afastar em uma gôndola, sem paciência ou ânimo para ir a nado se vira para os namorados.
- Você é o quê? Bicha? Passeio de gôndola o ¨&#$!Leve a vadia pra cama de uma vez e resolva o seu problema! Se ela não tiver a fim mande-a pastar!AGORA SAIAM DESSA COISA QUE EU PRECISO DELA!É assunto oficial!
- É? – Pergunta o jovem desafiadoramente, ele tem a mesma altura do cavaleiro e aparentemente não teme um louco de pijamas – De que governo?
- MEU GOVERNO!AGORA SUMA! – Agarra o rapaz e o joga na água.
- AMOR! Seu bruto, por que fez isso?- a jovem entra em pânico ao ver o namorado se debatendo
- Era um paspalho mesmo, se fosse esperto e gostasse de você te levava pra França, Caribe ou em um cruzeiro pelas Ilhas Gregas- Ele fala enquanto a coloca em terra firme- E não pra passear de canoa em uma versão pós-moderna de Atlântida . – voltando-se para o gondoleiro –NÃO PRECISO DE VOCÊ, VAZA! A banheira vai ficar bem, a devolverei inteira, ou pelo menos te trago todos os pedaços, daí você cola de novo, que tal?– como o homem não se decidia Máscara decidiu por ele e o lançou à água, subindo em seguida.
Imprimindo toda força possível ao remo e à memória ele tenta lembrar quem era exatamente a jovem e como a matou. Ela nota a perseguição e rema com mais força ainda. Desacostumado a esse tipo de exercício ele tem dificuldade de emparelhar com ela mas ainda assim está fazendo progressos.
- Ei...garota! Peraí! Preciso falar contigo! – ele tenta chamar a atenção dela, que o ignora – merda... EI! EU TE AMO!
- COMO É? – o efeito foi melhor do que o desejado, ela para de remar e olha para trás.
- Mulheres – ele pensa – bando de estúpidas!
Com um salto ele vence a distância entre as gôndolas. Surpreendida por essa ação ela cai sentada no barco, ele aproveita e coloca o remo em seu pescoço.
- Muito bem, quem é você? E por quê me abordou hoje à tarde? Só para constar: "estava afim", "te achei bonito, atraente...etc" não valem como respostas.
- Eu...eu...- ela definitivamente não esperava que ele a seguisse. O plano era que distraí-lo para um ataque noturno, ela superestimou seus próprios poderes, o homem resistira a seus encantos – não estou entendendo...pra que tudo isso?
- Hm? – Ela parece não estar entendendo nada, será que ele se enganara? Não, foram mais de seis anos olhando para o rosto dela pendurado em sua parede, até que demorou muito para que a lembrança voltasse. – Sem gracinhas, mulher. Sei que já a matei e você vai me dizer como voltou à vida nem que tenha de matá-la de novo!
- O covarde de sempre! – ela se levanta afastando o remo – Pensei que não batesse mais em mulheres.
- Não é um cromossomo que vai me impedir de fazer justiça!
- Justiça! Hahahaha! – ela ri amargamente – Você é tão justo quanto um demônio!
- Elogios, elogios...já fomos pra cama, não precisa mais me bajular, só quero que me diga como e porque voltou; dependendo da resposta você continua viva. Que tal?
- Certo. – Ela olha para baixo respira fundo e responde com o acender de um cosmo. Há um brilho em sua testa.
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
SPLAAAAAAAAAAASSHHHHHHH!
Cuspindo água e palavrões ele emerge e a vê remando a toda velocidade. Sem perder tempo começa a nadar até ultrapassá-la, após o que mergulha, se apóia nas laterais do canal e dá um poderoso impulso, abalroando a gôndola.
SPLASH!
- Nada como nadar ao luar não acha, Selene?
- Você lembra! – surpresa e irritada ela o observa se aproximar.
- Não é todo dia que se faz sexo e luta com alguém que você já matou. Esse tipo de coisa refresca a memória. Você era um lindo bibelô em minha casa... – Ele diz agarrando o pescoço dela .
- Teria sido...ainda mais linda...se tivesse ido pra lá viva...- Ele a matara com crueldade, mas ela ainda lembrava de seu toque antes de serem adversários.
- Ahhh...impossível...nesse caso eu não seria que sou seria? – Uma leve pressão na garganta e ela cede como cedeu no passado.
- Não...não seria...
Ela permite uma aproximação total, estão colados flutuando no canal. Já passa da meia noite, essa parte da cidade está deserta. A boca do cavaleiro está colada no ouvido de Selene.
- Então...como vai ser? – Ele imprime a voz um tom como ninguém no santuário jamais o ouviu falar.
- Do...jeito de...sempre.- ela fala com dificuldade- Força gravitacional!
- Isso...nggg...não funcionou há vinte anos...não vai funcionar...agora – ele diz sem muita convicção enquanto é afastado lentamente em direção ao fundo do canal – glup...Selene...eu te mato...glub.
- Você já fez isso querido, você já fez isso...- ela nada até uma escada e sai do canal. Um grupo de homens a aguardava – no fim não precisei de vocês...só falta pegar a armadura dele.
A água do canal brilha e espuma subindo como uma gigantesca fonte. O Cavaleiro de Câncer cai de joelhos nos paralelepípedos da calçada.
- Faz melhor Shiryu...- cuspindo água ele se ergue e se põe em guarda – Diga o que pretende, Selene, minha paciência se esgota.
- Ela quer o mesmo que nós – um dos homens sai das sombras, seguido por mais três – sua vida.
- Nicomedes! – Máscara da Morte recua visivelmente espantado – Nicomedes de Notus, Orestes de Zéfiro, Máximus de Bóreas e Filipe de Eurus! O que é isso? Eu matei TODOS vocês!
- Mas nós voltamos. Junto com os cavaleiros negros, teremos nossas vinganças contra o Santuário de Athena.
- Unf! – ele finge calma – Não me venceram antes e não me vencerão agora. É preciso mais do que o "quarteto dos ventos" pra me vencer.
- Idiota! Acha que pode fazer algo sem sua armadura?
Notus o acerta na boca, Máscara da Morte cambaleia e cospe sangue.
- Leia minhas falanges, Nicomedes. – ele diz com uma raiva fria.
KRAK!
Um poderoso cosmo é desferido como um soco por Máscara da Morte. O cavaleiro do Vento Sul cai no chão desacordado.
- Au! Minha mão! Isso não é uma armadura de prata!
- Notus! – Bóreas se assusta, acabaram de voltar e ainda havia muito a ser feito, não podiam ser derrotados – Selene, vá embora, está desprotegida. Nós cuidaremos dele.
-Sim, mas Notus não está em condições, ele vai comigo. – agarra o homem e foge.
Máscara tenta impedir, mas Eurus lhe dá uma rasteira e o joga no chão.
- Perdeu a noção do perigo? Aliás, vocês deviam estar bem confortáveis do outro lado. Eu morri, me regenerei pra que vocês voltaram? – Máscara não se levantou por completo está apoiado sobre um dos joelhos. É uma posição submissa mas permitiu que ele visse mais homens se aproximando pelos becos.
- Viemos para destruir os Cavaleiro de Athena – afirma Zéfiro – A começar com você.
Já erguido ele se prepara para um combate difícil. Os outros homens que se aproximaram são definitivamente Cavaleiros Negros, em desvantagem de oito para um ele precisa fazer algo e rápido. Os três remanescentes dos Quatro Ventos apesar de não se compararem a um cavaleiro de ouro, merecem consideração, principalmente por estarem vestindo armaduras, aparentemente mais fortes, acompanhados de mais cinco capangas e a única proteção com a qual ele conta é a sua calça de algodão.
Os Quatro Ventos são guerreiros a serviço de Éolo, o Senhor dos Ventos. Na época em que Saga dominava o Santuário eles tentaram restaurar o Status Quo derrubando Gêmeos. Câncer foi enviado contra eles. O resto é história.
- Que as Ondas do Inferno levem a todos para os Reinos de Hades!
Atacando os mais próximos (os três ventos), ele pretendia ganhar espaço já que estava cercado, com eles na frente e o canal atrás. Mas as ondas ricochetearam nas armaduras brancas dos ventos. Estupefato o defensor da quarta casa olha fixamente para as armaduras. No passado eram semitransparentes, lembravam vidro, agora são de um branco brilhante.
Vendo que o único golpe de seu adversário falhara, eles avançam, todos os oito, ao mesmo tempo.
- Iarrrrrghhhhh!
Sem a armadura para protegê-lo ele está com sérios problemas. Se a estivesse trajando poderia se dar ao luxo de receber alguns golpes, mas como não está, além de não poder levar, não pode errar um.
Elevando seu cosmo ele tenta criar uma barreira protetora à sua volta contra os cosmos inimigos, mas sua concentração nunca fora perfeita e agora o é menos ainda. Após quarenta minutos de combate desigual, e vários hematomas ele resolve arriscar mais uma vez, quando três cavaleiros negros, Centauro, Hércules e Cão Maior, se aproximam em fila (após três golpes o primeiro cedia espaço a outro).
- ONDAS DO INFERNO!
A fosforescente luz que emana de seu indicador banha os três cavaleiros, que gritam tentando se proteger, Câncer eleva seu cosmo ao sétimo sentido ("sétimo sentido contra cavaleiros negros de prata? Decadência!") e, dessa vez, os adversários tombam sem vida.
Vendo isso os outros cinco param pesando suas novas chances. Máscara da Morte sorri um sorriso cruel, agora é sua chance. Agarrando dois dos tombados pelas pernas ele salta e usa seus corpos como clavas. À velocidade da luz o efeito dos golpes é devastador. Após alguns ataques tudo o que ele tem nas mãos são duas pernas ensangüentadas
Bóreas está no chão sem o antebraço de sua armadura, Zéfiro e Euros se apóiam em latas de lixo com os peitorais avariados, um dos cavaleiros negros quebrou o pescoço, os outros caíram no canal.
- Bem...hehehe.. Acho que isso encerra a brincadeira...são quatro contra um...- Ele aponta uma das pernas como se fosse uma espada na direção de Bóreas-...vocês não têm a menor chance.hehe!
- Mal-maldito!- Zéfiro não pretende se render – Ventos de Furacão!
Janelas se quebram, postes se vergam, tijolos voam. Máscara da Morte sente seus pés saírem do chão e não resiste, se impulsiona para cima deixando-se levar para longe. Enquanto é arremessado provoca o Guerreiro do Vento.
- Eeei! Orestes! Zéfiro não deveria ser um ventinho suave? O que houve com sua tranqüilidade? Hahahahahahaaa!
- IMBECIL!- Eurus soca a cabeça de Zéfiro – Hora do plano b.
- Nós éramos o plano b, Eurus. – fala Bóreas observando Câncer voar para longe - Nós éramos o plano b...
Presente
- JÁ FALEI QUE NÃO! – Afrodite está correndo junto com Saga atrás da tal de Selene.
- Talvez eles pudessem ajudar...você ainda está ferido.- Saga tenta acalmar Peixes.
- Além de mim você foi o único que resistiu ao cosmo dela, nada mais natural que nós viéssemos atrás dela e eles fossem cuidar do resto.
- Espero que esteja certo – Saga desiste de discutir- Lá está ela!
- Rosa Piranha!
A rosa negra atinge a perna da mulher, que cai. Os dourados se aproximam com cuidado, Afrodite aponta outra rosa na direção do rosto dela.
- Não tente nada, querida. Por favor, nem se arrisque.
- Dê-nos a chave. Não vamos lhe fazer mal, tem a minha palavra.
- A palavra de alguém que tentou matar a deusa a quem jurara fidelidade?
Saga não contava com aquela resposta, ele fica sem saber o que responder por alguns instantes.
- Isso foi há muito tempo- ele diz sério- Por favor, não dificulte as coisas, só queremos saber onde está o Máscara da Morte, sabemos que dormiu com ele.
- É esse o nome dele? Não sei, - ela responde olhando para o colo – eu vim aqui na tentativa de vê-lo de novo mas só encontrei vocês...- uma lágrima escorre – Vocês acham que aconteceu algo com ele?
- Ahhh, poupe-me! – Afrodite ergue as mãos para o alto – Você quer que eu acredite que você se apaixonou por ele!
- Afrodite...menos – Saga volta-se para Selene – explique-se.
- Pode continuar no chão.
Ela tentara se levantar mas a voz de Afrodite não admitia contrariedade. Selene então conta como o encontrara no restaurante e passaram a noite juntos. Com as devidas alterações na história ela deu a impressão de ter conhecido Máscara naquele dia. E ter ficado extremamente deprimida por ele não ter mais entrado em contato com ela.
- Mas isso não explica porque você esperou dois anos para visitá-lo. – Afrodite dispara, tem algo errado nela ele pode sentir.
- Eu ia todos os dias, mas me diziam que ele não queria ser incomodado.
- Você tentou durante dois anos? –Afrodite a olha entre divertido e desconfiado era o maior absurdo que já ouvira!
- Sim – veemente
- Jovem, não somos idiotas – Saga põe as mãos nos olhos e respira fundo – por que motivo você faria isso! Nunca dormi com ele, nem pretendo, mas não creio que ele seja um amante tão incrível para que você o procure por dois anos seguidos.
Selene admite que suas respostas não são nem um pouco satisfatórias. Ela precisa pensar em algo rápido, dessa vez não poderá contar com os quatro ventos, nem com os cavaleiros negros, como não esperava resistência não veio com reforços. Talvez se estivesse com armadura pudesse enfrentá-los.
Ao acordar de seus pensamentos nota que eles estão esperando uma resposta.
- Eu fiquei grávida! Pronto, foi isso! – Ela grita entre lágrimas – Satisfeitos? Era isso que queriam ouvir? Já não basta ter sido usada agora tenho de passar por essa humilhação!
Afrodite não esperava por essa, ele fica sem ação, pode ter sido a maior mentira da história mas ainda assim teve o seu impacto. Saga fica desconcertado e tenta amenizar a situação.
- Desculpe, Selene não é? – Ele enxuga das lágrimas dela- Não foi nossa intenção, entenda, estamos preocupados com nosso amigo.
- Mas precisam tratar uma mulher assim? – ela já tem os olhos vermelhos
- Não, não é que ...- Afrodite se ajoelha na altura dos olhos dela e produz uma rosa vermelha – Tome, pedido de desculpas – diz com um sorriso.
Selene está surpresa, eles caíram! Ou então eles estão no mais louco jogo de gato e rato que o mundo já viu.
- Obrigada. – se espera que ela cheire a rosa ele é tão burro quanto belo.
- Mas isso ainda nos deixa com três perguntas, menina – Saga a toma pela mão e a levanta. – Pode ficar de pé?
- Sim. Que perguntas?
- Onde está a criança, como você fez aquilo conosco lá no hotel e que chave é essa?
- Em ordem – ela responde – Com uma babá em casa, minha mãe era amazona, a chave eu pretendia levar a um banco onde nós passamos naquele dia antes de irmos ao hotel jantar. Talvez lá tivesse alguma coisa que me dissesse o paradeiro do pai do meu filho.
Saga olha para Afrodite. E agora? "A situação se complicou, levamos a mulher e a criança para o Santuário?" - Ele pergunta através do cosmo. Pelo cosmo Peixes sugere que dêem uma olhada na criança antes de tudo.
- Pode nos apresentar o seu filho? – Saga pergunta.
- Por que? – Selene demonstra medo em sua voz – O que querem com ele?
S- e for realmente filho do Máscara vocês receberão o melhor tratamento que mãe e filho já tiveram, cortesia da Fundação Graad e do Santuário de Athena.
- Eu...-ela reluta- está bem.
Meia hora depois eles estão em frente à porta do apartamento dela. Ela abre a porta, está tudo escuro. Um silêncio não condizente com uma casa ocupada por uma criança de aproximadamente um ano. Os móveis estão cobertos por lençóis brancos, como se aquele lugar não fosse usado ou o dono estivesse pronto para sair dali.
- Desculpem a bagunça, estou pintando o lugar – ela fala entrando em um quarto.
Depois de cinco minutos, os cavaleiros descobrem o quão perigoso foi o jogo que fizeram. Apesar de poder ser uma inimiga em potencial, não havia por que não acreditar que ela realmente tivesse gerado um filho do Cavaleiro de Câncer, afinal, eles passaram um bom tempo juntos naquele quarto, e nada do mundo vai convencê-los que os dois tinham ficado só conversando!
A mulher volta para a sala com um pequeno embrulho nos braços, pode ser uma criança ou um cocker.
- Importa-se se eu acender a luz? – pergunta Saga
- Ah, eu cuido disso.
O quarto se enche com a luz da lua. Os móveis e as saídas desaparecem, eles estão presos ao chão. É oficial, cometeram um sério erro de julgamento, a pele da mulher brilha como se fosse feita de prata. Ela tem algo estranho nos cabelos, é um diadema. O embrulho não passa de lençóis enrolados. Passada a surpresa inicial, Gêmeos e Peixes se entregam à divisão de responsabilidade.
- Eu falei para chamarmos os outros.
- Se tivesse me deixado envenená-la ou usado o Satã Imperial isso não teria acontecido. Mas nãaaao, você quis bancar o bom moço.
- Agora a culpa é minha?
- Você deu a idéia de "adotarmos" a ela e ao suposto filho!
- VOCÊ QUE DISSE PARA DARMOS UMA OLHADA NO GAROTO!
Selene sorri, nem todos os cavaleiros são insensíveis como seu velho conhecido, esses dois realmente a teriam ajudado se a história fosse real, ela até se sentiria agradecida não fosse o fato de que sua morte foi encomendada por Saga.
- Chega de brigas, meninos – ela diz – Vocês agora vão fazer companhia à Máscara da Morte. RAIO DE PRATA!
As coisas mudaram de figura, protegida por sua armadura ela pode tranqüilamente enfrentar os dois sem medo. Sua mestra ficará satisfeita! Os cavaleiros, ao serem banhados pela luz do luar começam a sentir dores pelo corpo que fica pesado. Em instantes eles estão inconscientes.
Continua...
Obrigado aos corajosos queestão lendoessa história, os reviews foram encorajadores. :)
Notaa respeito de Zéfiro: Algumas fontes tomam esse vento comoviolento outros como uma suave brisa, preferi usar uma na qual ele eraum ventoagressivo mas se acalmou após casar com uma ninfa.
