Disclaimer: eu não sou dono dos personagens, não quero ganhar dinheiro nenhum com isso.
Feedback: comentários serão bem aceitos )
Previsoustly, on ER: Doug e Carol resolvem ir à Chicago. Carter não está nada bem, Abby resolve fazer a cirúrgica, Sam e Luka se reconciliaram e Susan teve seu bebê.
...
BAD DAY FOR VISITS, 1ª PARTE
CENA
1 - PEQUENO AEROPORTO Panorâmica
de um pequeno aeroporto dos interior dos EUA. Existe uma pequena
fila, e um casal conhecido de todos está nela. Doug e Carol.
Eles serão os proximos a serem atendidos, e estão de
mãos dadas:
Doug: Nossa... vai ser esquisito
voltar pra lá depois de tanto tempo.
Carol:
Esquisito? Por que?
Doug: Sei lá...
voltar pra cidade... perder nosso recorde histórico sem
televisão...
Carol: Êpa! Cidade nunca
foi nosso problema... e eu sei muito bem que você ia escondido
pra cidade vizinha, assistir aos jogos do SuperBowl!
Doug:
He, heh,
heh... (sem-graça) mas é só um
jogo por ano...
Carol: E eu não tinha
direito, não?
Doug: Como assim? Foi você
quem quis uma vida zen!
Carol: Vida zen? Tá
mas pra vida Amish! Já não basta nossos filhos
crescerem no meio do nada, você é o único médico
da cidade! Nunca sobra tempo pra mim!
Doug: Nada
disso! Trabalhamos juntos e a gente sempre se vê! E foi você
quem quis tranquilidade!
Carol: Tranquilidade! Não
tédio!
Os dois chamam a atenção das
poucas pessoas que estão no aeroporto com sua discursão,
pois gritam muito alto:
Recepicionista: Próximo!
Doug e Carol param de falar, olham pro atendente, e depois se
olham:
Doug & Carol: Me desculpe!
Ambos
riem, pegam as mãos de novo, dão um passo em frente ao
balcão:
Doug: Acho que ir pro County já
tá mexendo com a gente...
Carol:
Heh, heh,
heh... (riso com vontade)Não é possivel
que todo dia no County seja um dia dificil...
Doug:
(ironico) Você trabalhou mesmo lá? Aqui (pro
balconista), duas passagens pra Chicago.
CENA 2 -
RECEPÇÃO E SALA DOS MÉDICOS NO COUNTY O
movimento é o de sempre, mas como são apenas 7:00 da
manhã, a troca de turno amansa um pouco os animos dos médicos
e enfermeiros, que já estão indo pra casa, menos Jerry:
Jerry: Droga! Este Frank é um irresponsável.
Já era hora dele ter chegado!
Kerry: Você
não pode reclamar, Jerry! (entrando pela porta da Triagem)
Frank cobriu você por meia hora ontem de noite!
Jerry:
Mas Dra. Weaver...
Kerry: Á-á-aaaá!
Não quero reclamações! (entra na sala de
médicos) Bom dia, John. Como foi o turno da noite?
Carter: Bom dia, Kerry. Ehr... foi o de sempre. Vomito,
sangue, urina, baleados, esfaqueados... (sai da sala ainda
falando)
Kerry: (risos)
Kovac: Bom
dia Kerry. (entrando pela outra porta)
Kerry: Bom
dia... hããã... você recebeu meu memorando?
Kovac: Sim, e não! Não vou ficar com
estudante no meu pé. Passe a tocha pro Pratt.
Kerry
De jeito nenhum! Eu não vou deixa-lo com a responsabilidade
de ensinar os estudantes de medicina. Vai ser com você!
Kovac: Mas o Pratt é otimo! Mesmo sem se
encontrar com os alunos, já os ensinou uma lição:
pontualidade. (sorriso)
Kerry: Não teve
graça. (sai da sala, olha pro relógio, 07:02)
Jerry! Bipe o Dr. Pratt.
Jerry: Dr.a Weaver, meu
turno acabou há 3 minutos...
Kerry: Escuta
aqui: (irada e apontando o dedo na cara) se você não
pegar este telefone agora, você não vai mais se
preocupar com terminos de turnos... PORQUE NÂO VAI MAIS TER
TURNOS PRA VOCÊ!
Jerry: S-s-s-sim senhora.
(pega o telefone)
Chunny: (irônica)Alguém
está de bom humor hoje...
Haleh: Garota,
falar a mesmo coisa todo dia perde a graça.
Chunny:
Eu sei, eu sei... mas ela não me dá material novo.
Haleh & Chunny: (risadas)
Kerry:
(retornando pra mais uma ordem) E bipe também pros dois
atrasadinhos que vão começar hoje!
Jerry:
Hã? Como se eu não sei os bipes deles?
CENA
3 - INTERIOR DE VAGÃO O vagão está lotado, e
vários passageiros estão em pé. Entre eles,
Pratt, que recebe o bip.
Prat: Merda... (se enrola
todo pra pegar o pager no cinto e acaba derrubando uns livros que
estava carregando. Checa o pager) Droga... já vou, já
vou!
CENA 4 - PLATAFORMA DE SAÍDA DO METRÔ
Acabando de descer a escadaria da plataforma, no meio de várias
pessoas, dois jovens estão conversando:
Thomas: O
que você prefere atender? Um cara todo vomitado, ou todo
cagado?
Mika: Eca! (com nojo) Isso não
existe!
Thomas: Claro que existe, a gente vai
trabalhar num PS!
Mika Num PS a gente vai cuidar de
pessoas, não de... sujismundos... e que horas são?
Thomas: Sete.
Mika: Sete e o quê?
Thomas: Olha, se você quer a hora exata, compra
um relógio.
Mika: (bate na nuca de Thomas)
Thomas: Hey!
CENA 5 - PORTA DA TRIAGEM
Kovac sai da sala dos médicos, já arrumado, e vê
Samantha esperando numa cadeira, e olhando pra porta da triagem:
Kovac: Hey, seu turno não já acabou?
Sam: Tô esperando o Alex...
Kovac:
O que aconteceu?
Sam: Perdi uma aposta...
Kovac: Hã?
Sam: Nada... tenho
que leva-lo à uma reunião na escola, e o peste me
convenceu à deixa-lo vir de metrô sozinho pra cá
me encontrar...
Kovac: Você deixou ele andar
de metrô sozinho?
Sam: Eu sei, eu sei...
(frustrada) agora já foi.
enfermeira Dr.
Kovac, por favor...
Kovac: Sim?
enfermeira:
Mulher, 32 anos, (entregando a ficha médica) falta
de ar.
Kovac: Com lincença, (irônico)
preciso ajudar uma mulher à voltar à respirar.
Sam: (risos)
CENA 6 - ÁREA DAS
AMBULÂNCIAS Carter sai do hospital. Cumprimenta alguns
conhecidos que estão entrtando, e vê do outro lado da
rua, Susan com problemas: o carrinho de bebê insiste em não
subir na calçada
Carter: Precisa de ajuda?
(gritando)
Susan: O que você acha? (irônica
e sorrindo)
CENA 7 - INTERIOR DO AVIÃOCarol, de
óculos escuros, está ouvindo disckman, enquanto Doug
não para de enche-la de perguntas.
Doug: Você
acha que eles ficarão surpresos da gente não ter se
casado ainda?
Carol:
Heh, heh,
heh... (risos de ironia) eu acho que não... heh,
heh...
Doug: Hey! Isso machuca... heh, heh, heh...
vamos convidar todo mundo?
Carol: Estamos indo lá
pra isso...
Doug: Já tem a dama-de-honra em
mente?
Carol: Não sei... (pensativa)
Doug: Que tal a Weaver? Heh, heh,
heh...
Carol:
Heh, heh... tá certo
(irônica) ... e o padrinho?
Doug: Claro
que já sei... mas será que eles vão ficar
sentidos por a gente ter demorado tanto tempo pra fazer uma visita?
Carol: Nada... eles gostam da gente, tanto quanto
gostamos deles...
Doug: Talvez não seja uma
boa idéia ir hoje...
Carol: Hã?
(retira os óculos) Quer que eu peça pro piloto dar
meia volta (irônica)?
Doug: Heh, heh... não,
não é isso... mas e se for um dia mal?
Carol:
A proporção entre dias bons e ruins é grande
mesmo...
Doug: Imensa!
Carol: ...
certo, imensa...
Doug: Incalculável!
(sorrindo)
Carol: Heh, heh... (sorrindo) deixa
eu falar!
Doug: (risos)
Carol: O que eu
quero dizer, é que podemos estar com sorte. Hoje pode ser um
dia calmo.
CENA 8 - MÚLTIPLAS TOMADAS Volta pro County, e com uma musiquinha de tensão no fundo... Sam ainda está sentada na cadeira, e olhando pro relógio. Kovac está atendendo a mulher asmática. Kerry volta de surpresa pra ver se Jerry não está fazendo jogo mole. Já fora da plataforma, Thomas e Mika já estão olhando pros dois lados, e prontos pra atravessar a rua. No vagão do metrô em movimento, Pratt está nervorso, e olhando pro relógio.
CENA 9 - CALÇADA PRÓXIMA
AO COUNTY NA ENTRADA DAS AMBULÂNCIAS Susan tira a filha do
carrinho, e começa a roçar seu nariz com o dela,
fazendo barulhinhos betsas. Carter está carregando o carrinho.
Carter: Vai deixa-la na creche?
Susan:
Não, vou trabalhar com ela no colo (ironica e
sorrindo).
Carter: (irônico) Quer ver eu deixar
este troço no mei da rua?
Susan: (sorrisos)
Não, não... tá certo (falando
infantilmente) Eu "vô" "dexá"
minha "filinha" na "cleche".
Carter &
Susan: (risadas)
Mas a buzina do metrô os faz parar de rir.
De repente, tudo fica meio que quieto, mas o barulho da aceleração do metrô assusta à todos na rua. Das plataformas, as pessoas começam a gritar. Thomas, Mika, Carter e Susan olham pra cima... e do nada, o metrô voa dos trilhos de cima, arrebentando a parede de contensão! Thomas se joga, empurrando Mika. Carter faz o mesmo, e empurra Susan e seu filho pra de baixo de si. O barulho é estrondoso... parecem explosões. O primeiro vagão do metrô cai exatamente em cima de um carro em movimento, esmagando-o. Pedaços de metal caem do lado de Susan e Carter, que está por cima dela. Os vagões continuam à cair, muito rapidamente, num efeito dominó e arrastando-se até a entrada da ala das ambulâncias do County. Mais vagões continuam à cair. O barulho de ferro retorcido e vidro quebrado é a única coisa que se ouve. De dentro do hospital, Sam, que como todos os outros, estava conseguindo ouvir a zuada, vai em direção à saída. Mais alguns vagões começam a cair. Um deles se parte ao meio, e joga todas as pessoas, umas 30 que estavam dentro dele, pra fora. Mostra-se os corpos caido em todas as direções, e em close, vemos que um dos corpos jogados é Pratt, que cai de nuca no chão. O metrô vai perdendo velocidade com o atrito no chão, os gritos começam à ecoar. Mais um dos vagões cai em cima da lanchonete, que é esmagada. Um carro que não conseguiu freiar bate de frente num dos vagões que ficou no meio da rua. O metrô finalmente para. Apenas dois vagões não cairam da plataforma. O último está segurando o penúltimo, que a qualquer momento pode desabar, pois está balançando de um lado para o outro. Sam, fica branca ao ver pedaços de metal contorcido no meio da rua. Gritos de dor e choros de criança substituem o barulho de metal e vidro. Thomas e Mika se levantam. Carter e Lewis se olham, e depois checam o bebê dela, que está bem. Close no olhar de espanto de Carter. A rua da frente do County virou uma praça de guerra.
...
BAD DAY FOR VISITS, 2ª PARTE
CENA
10 - INTERIOR DO AVIÃO Imagem
do interior do avião. Carol, e Doug estão dormindo.
Ela, de óculos escuros, e com a cabeça no encosto, e de
boca semi-aberta. Doug está apoiado no ombro da noiva. Está
uma tranquilidade.
CENA 11- CRECHE DO COUNTY Música
tensa. Susan está correndo com sua filha, dentre de um dos
andares do hospital. Ela entra na creche.
Susan: Aqui!
Essa é a mamadaeira, e ela gosta de...
atendente:
Eu, sei, eu sei! Fique tranquilha e pode descer!
Susan:
Obrigada! (e sai correndo da creche)
Nota-se que todos do
hospital sabem da situação, pois todo mundo está
tenso, e correndo de um lado para o outro. Susan, que estava
esperando o elevador, entra nele. Dentro já estavam alguns
cirurgiões, mais Elizabeth e Abby. Susan entra no elevador
ofegante.
Corday: Como é que está lá
embaixo?
Susan:
Está
horrivel... (balançando a cabeça em negação)
Todos lá dentro estão tensos, principalmente Abby,
já que é um dos primeiros dias dela como residente. O
elavador chega no PS e o silêncio se acaba. Muita gritaria e
choro fazem a trilha. Um pouco de poeira do acidente está
pairando por todo o PS. Susan e todos os cirurgiões correm até
as saídas. No caminho, algumas enfermeiras removem os
pacientes menos criticos para a cafeteria, pois o PS vai lotar...
Jerry está se enrolando com os telefonemas... e Susan, Abby,
Corday e os cirurgiões chegam à ala das ambulâncias.
Os gritos ficam maiores.
CENA 12 - PARONÂMICA DO
ACIDENTE 8 vagões invadiram a pista, dividindu-a em duas
sessões formano um grande muro de vagões contorcidos,
esmagando um carro, e causando a colisão de outro. A
lanchonete foi esmagada. Um dos vagões ainda está nos
trilhos, segurando outro vagão, que está balançando
de um lado para o outro. Além de poeira, ferrugem e fumaça
no asfalto, há também muito sangue. Os passageiros
envolvidos no acidente chegam à quase 300. Os vagões
estão todos partidos e retorcidos, quase mais nenhum tem
passageiros dentro. Muitos corpos, e pedaços de membros estão
pelo chão. Tem muita gente, e pouco médico. A camêra
passa por alguns pontos, e só se ouve gritaria. Carter está
lacetando a perna esmagada de uma garotinha em prantos. Kovac olha
pra umas quinze pessoas no chão, e não sabe por onde
começar... e vê Samantha, que está desesperada,
procurando entre as centenas de feridos seu filho. A camera para em
Kerry, que está entubando uma senhora toda ensanguentada. Todo
mundo fala gritando, pois o barulho de ambulancias e gritos de horror
predomina a rua em frente ao Hospital.
Kerry: Entubei,
levem-na já pra dentro! Vamos gente! (olhando pra Kovac)
Não pensem! Se movam!
Thomas: Com
lincensa, as Sra. é médica?
Kerry:
Sim... (colocando uma sonda num senhor) O que vocês
querem?
Mika: Nós somos estudantes... e
vamos começar hoje.
Kerry: Finalmente
resolveram aparecer! (ouve o peito do senhor com o estetóscopio)
Corram pro PS, e digam pro recepicionista que vocês vão
fazer a triagem!
Mika: Como é?
Kerry:
Vão logo! (o velho começa a vomitar, e Weaver
alerta uma enfermeira) Droga, vire ele! Sucção!
Mika e Thomas saem correndo em direção ao PS.
No caminho passam por Sam, que chorando, grita por Alex.
Kovac:
Sam, preciso de ajuda!
Sam: (esperançosa) O
que foi, você encontrou ele?
Kovac: Não!
Mas precisamos de você aqui! (Kovac está de bruços
no chão, entubando um senhor)
Sam: (chorosa) Luka,
o Alex...
Kovac: Ele está bem! Agora venha
cá, por favor!
Sam: Eu sabia que devia ter
pego ele (e ajoelha-se ao lado de Kovac, que também estava
preocupado com Alex)
Carter: Abby, venha cá!
(com a camisa suja de sangue)
Abby: Meu Deus! Você
está bem?
Carter: Sim, estou... este sangue
não é meu! (lacetando a perna da garotinha, que
está em prantos)
Abby: Carter, você à
anestesiou? Ela esta chorando muito...
Carter: Já!
(um jarro de sangue voa em seu rosto) Coloquei 150 de haldol, e se
eu administrar mais, a pressão vai cair.
Abby:
Mas ela está sofrendo...
Carter: Então
ande logo pra ajuda-la! Temos que deixa-la instável, e leva-la
pra O.R e amputar a perna!
Abby: Não dá
pra salvar?
Carter: Não! Tá muito
ruim! (mais ambulâncias cheias de paramédicos chegam
no local, aumentando o barulho) a sangue na perna vai granguenar,
e contaminar todo o corpo (as sirenes ficam mais altas e outor
jarro de sangue suja John) Que merda! Desliguem essas sirenes!
(grita furioso, mas não nescessariamente pra alguém)
Abby olha pra Carter, sabendo que não está tão
bem preparada quanto ele! O monitor cardiaco, que estava na menina
indica a falência cardíaca.
Abby: Está
desfribilando!
Carter: Aplique uma ampola, com 5 de
epi. Maliki! (estava ao lado dos dois) Massagem cardiaca! Já
aplicou Abby?
Abby: Calma! (injeta o
medicamento no soro) pronto!
Carter: Então
venha pra cá, e entube-a! Vou procurar um desfribilador!
Malik, continue!
Mailk: Certo, doc.
Carter
sai correndo procurando um aparelho vago entre os médicos que
estão cuidando dos feridos. Abby fica sozinha, tratando da
garota, mais Maliki, que faz o CPR.
CENA 13 - RECEPÇÃO
DO PS A agonia lá dentro não é menor. Muitos
feridos, e bastante fumaça tomam conta do local. Jerry está
atendendo 10 telefones ao mesmo tempo. Vários enfermeiros da
ala cirúrgica causam um engarrafamento nos elevadores. Os
corredores estão cheios de feridos menos graves. Chegam Thomas
e Mika:
Mika: Você é o recepicionista?
Jerry: Agora não dá! (atendendo dois
telefones ao mesmo tempo)
Mika: Mas uma médica
pediu pra gente vir fazer a triagem!
Deb: Ei,
vocês! São med-students?
Thomas
& Mika: Sim!
Deb: Venham cá! (corre em direção
à rua) Tomem isso! (entrega aos dois várias
cartelas)
Mika: O que é isso? (correndo)
Deb: Vocês dois farão a triagem!
(chegam à rua, e tem que gritar pra ser ouvida) Coloquem
nos feridos estas cartelas! As verdes pro estáveis, os
amarelos para os críticos, as vermelhas para os que precisam
de emergência e as pretas para os mortos! Não gastem
muitas cartelas amarelas! Usem as verdes pra quem puder esperar...
(e corre mais que os estudante, sumindo no local)
Thomas começa
a checar as cartelas:
Thomas: Vamos precisar de mais
preto...
Os dois olham pra cena do acidente, e não
sabem por onde começar.
CENA 14 - MEIO DA RUA
No meio à gritaria e confusão, Deb e John se encontram:
Carter: Deb, preciso dos desfribilador! (Chen estav
carregando um)
Deb: Certo, tome!
Carter:
Não, não... preciso cuidar de outros feridos...
(aponta pra direção de Lockhart) A Abby tá lá
com uma garota, que está precisando do desfribilador. (e
sai correndo)
Deb: OK! (e corre pra direção
apontada)
Carter passa por alguns feridos, sem saber por onde
começar, e no caminho encontra Weaver, que já está
com outro paciente, desta vez uma pessoa com convulsões:
Carter: Precisa de ajuda?
Kerry: Agora
não dá! Tem muitos feridos, Carter! (pondo o joelho
no homem, e aplicando a sonda) Temos que atender rápido!
Vamos só imobilizar, e levar pro hospital! Nada de dois
médicos por paciente!
Carter: Certo!
Kerry: Cuide desta mulher atrás de você!
Carter se vira, e encotra uma mulher deitada de bruços
numa poça de sangue. Ele se abaixa, e a vira. Olha pro rosto
dela, que está desfigurado
Carter: Já
era! (ofegante, virando o rosto e fechando os olhos bem forte)
Kerry: Droga! Cadê a porcaria da triagem?
CENA 15 - A ENTRADA DAS AMBULÂNCIAS Mika e
Thomas correm no meio do local do acidente, procurando pelas vitimas
no meio da rua:
Thomas: Um paciente todo cagado não
ia ser tão mal agora, não é?
Mika:
Cale a boca! Vamos nos separar...
Thomas: Tá
OK... vou aqui pela esquerda.
Mika corre pra direita, e
começa a checar as pessoas. Ela encontra um homem caído
no chão, com a testa cortada e a roupa melada de sangue:
Mika: Você está bem?
O homem não
responde nada, apenas olha pra ela, e fecha os olhos, descansando.
Mika fica em dúvida, não sabe se coloca a verde ou a
amarela. Ela opta pela verde. Pendura a cartela no pescoço do
homem, e vai em direção à uma pessoa do lado.
Esta pessoa está sem as pernas e morto. Mika vira a cara,
respira fundo, cata uma cartela preta, e pendura no pescoço do
homem sem pernas. Um pouco mais pro lado, ela encontra um homem com
uma barra de metal trespassada no toráx, e gritando muito. Ela
pendura a cartela vermelha nele, e vai à procura de outros. No
caminho ela passa por Elizabeth, que estava ao lado de Susan. A
camêra fica nas duas:
Corday: Pronto!
(acabando de entubar) O balão! (recebe o balão
de um enfermeiro)
Susan: Tudo OK?
Corday:
Sim, pode ir!
Susan se levanta, e passa por onde Mika
botou as cartelas. Ela vê o homem dá cartela verde, o da
cartela preta, e o da vermelha, com a barra de metal no peito:
Susan: Elizabeth, venha aqui!
Corday:
Aperte a cada 3 segundos... (orientando os enfermeiros) e
levem-no pro OR.
enfermeiro: Fique tranquilha.
(e carregam a maca em direção ao hospital.)
Corday:
O que foi? (Susan aponta pro homem com a barra no peito) Ai
droga! É muita gente... não vamos dar conta do
recado...
CENA 16 - INTERIOR DO AVIÃO Um
pouco de tranquilidade. No avião, Carol, que acabara de
acordar, espirra, e acaba acordando Doug.
Carol: Heh,
heh, he... desculpe
Doug: Tudo bem... quanto tempo
eu dormi?
Carol: Hmmmmm (nem olha pro relógio)
uns dez minutos.
Doug: Só isso?
Carol: Ã, hã!
Doug: Ainda
falta muito pra chegar?
Carol: Heh, heh, heh...
quantos anos você tem?
Doug:
Heh, heh,
heh... (beija Carol no pescoço)
Carol:
Para...
Doug: OK...
Um breve momento de
silêncio... os dois ficam sem assuntos...
Carol: Se
lembra da Susan?
Doug: Claro... não sou
esquizofrênico.
Carol: (bate em Ross com a
revista enrolada)
Doug: Heh, heh, heh... sim, eu
lembro.
Carol: Você acha que ela fez algumas
visitas no County?
Doug: Por que?
Carol:
Sei lá... sumimos por uns 5... 6 anos. Vai ser chato sermos
os únicos à não fazer visitas...
Doug:
Mas ela se mudou também... e faz tempo. Acho que ela nunca
voltou não.
Carol: Ééééé...
foi ficar com a pequena Susy...
Doug: (irônico)
E deixou o Mark na mão...
Carol: (bate nele
com a revista de novo) Eu não te falei que ele tava
namorando a Elizabeth?
Doug: Sim... eu sei... a
inglesa ruiva dos cabelos cacheados...
Carol: Espera
aí! Você não falou que era esquizofrênico?
Doug: Não... eu disse que não era... e
aquele mulherão eu não podia esquecer...
Carol
bate nele com a revista 3 vezes. E depois se olham, e ela descansa
nos ombros de Doug:
Doug: Será que a Weaver
ainda tá lá?
Carol: Não sei...
Doug: Se ela estiver... (sorrindo) temos que
convida-la também?
Carol: Heh, heh, heh...
passou-se muito tempo... eu acho que ela já mudou o
temperamento...
CENA 17 - RECEPÇÃO DO
COUNTY Weaver entra com um paciente na maca ao lado de dois
para-médicos. Kerry olha pra Jerry e grita com o
recepicionista:
Kerry: Droga, Jerry! Cadê
os walk-talkies?
Jerry:
Eu tô ocupado Dra.
Weaver... não param de telefonar!
Kerry: Então
para de atender! (leva o paciente pro elevador)
Jerry:
(furioso) Isso não aconteceria se aquele velho não
se atrasasse!
Frank: (injuriado) Quem é
velho?
Jerry: Finalmente! Aonde você estava?
Frank: Nem reclame! Trabalhei por você ontem por
mais de meia hora! Era pr'eu só chegar aqui mais tarde!
Jerry: A minha mãe estava doente ontem! Qual a
sua desculpa?
Frank: A porcaria de um trem que
descarrilhou e engarrafou todos os caminhos pra cá!
Weaver volta do elevador, e encontra os dois discutindo.
Kerry:
Calem a boca vocês dois! Frank, Jerry, mexam suas bundas,
peguem os walk-talkies e distribuam pro pessoal lá fora!
Frank: Mas eu preciso atender os telefonemas...
Jerry: FAÇA O QUE EU MANDEI AGORA! (sai
resmungando) estes dois vão me levar à loucura...
CENA 18 - SENHORA DESACORDADA Lá fora, Thomas
já está quase sem cartelas. Ele ainda está à
procura de acidentados pelo chão. No caminho encontra Carter,
que está fazendo respiração boca-a-boca numa
senhora:
Carter: Ei, você!
Thomas:
Quem, eu?
Carter: Sim! É o novo estudante
de medicina?
Thomas: Sou...
Carter:
Está fazendo a triagem? (falando nos intervalos da
respiração boca-a-boca)
Thomas: E-estou...
Carter: Como está até agora?
Thomas:
Muitos mortos, Doutor... acho que mais de 50... eu até
fiquei sem cartelas pretas...
Carter: (surpreso) Mais
de 50?
Thomas: Pelo menos...
Carter:
E os criticos?
Thomas: Um pouco menos... uns
20...
Carter: E você já terminou?
Thomas: O meu lado... uma outra estudante está
fazendo a triagem, do outro lado dos vagões...
Carter:
Ótimo... vehna cá, quero que você venha ajudar
esta senhora.
Thomas: Eu?
Carter:
Sim! Sabe primeiros socorros, não é?
Thomas:
S-sei...
Carter: Então fique aqui
tentando fazer volta-la à respirar, enquanto eu pego um Kit de
entubação... (Carter sai à procura de um
kit)
Thomas se abaixa, e começa a fazer a respiração.
Chega Mika, também quase sem cartelas:
Mika: O
que você está fazendo?
Thomas: Respiração
boca-a-boca. (e parece ter tido uma idéia) Mika, tem
uma caneta com você?
Mika: Tenho... por que?
Thomas: Tire a tampa, e o tubo da tinta. Rápido.
Mika: Thomas, nem pense nisso!
CENA 19 -
A GAROTA DA PERNA ESMAGADA Carter começa à procurar
um enfermeiro com um Kit de entubação. No caminho, vê
a triagem de Thomas. Realmente vê que tem vários
mortos... entre os que estão com as cartelas pretas, muitos
estão decaptados, ou sem um dos membros do corpo. Alguns tem
as verdes, então Carter não para pra atende-los, e
finalmente encontra Abby e Deb, ainda tentando ressucitar a garotinha
da perna esmagada:
Abby: Carregando em 360 (com o
desfribilador em mãos)
Deb: Afastar!
(aplicando o choque)
Carter: Conseguiram algum ritmo?
Deb: Não... e já colocamos duas doses de
epi
Carter: Abby, tem um kit de entubação
com você?
Abby: Tenho, precisa dele?
Carter: Não posso... tenho que ver mais feridos.
Deixe a Deb com a garota, e vá entubar uma senhora, lá
no fim da rua.
Abby: Mas ela está
instável...
Carter: Não. O Malik já
está aqui, e não podemos ficar com dois médicos
por paciente. Agora vá! Eu deixei um estudante com a velha...
John corre mais um pouco, e encontra-se com Elizabeth
Carter: Tudo OK com você?
Corday:
Estou atolada! Vou levar este homem aqui... a viga perfurou o
pulmão direito dele, e preciso leva-lo rápido pra O.R.
Jerru: Ei, vocês dois... (muito ofegante) A
Dra. Weaver pediu pra entregar pra vocês. (entrega os
walktalks)
Carter: Já não era sem tempo!
Elizabeth, preciso continuar aqui, pode ficar sozinha com ele?
Corday: Claro, estou indo pra O.R. agora.
Carter
tenta ouvir o rádio, no meio de tantos gritos e sirenes:
Carter: Alô! Alô! Aqui é o Carter!
Alguém precisa de ajuda?
Kovac, pelo rádio:
Carter, sou eu, o Kovac, preciso de você aqui na cafeteria
Carter: Tô indo!
CENA 20 - SENHORA
DESACORDADA Abby, com o kit em mãos, vai em direção
apontada por Carter. Passando, ela também vê a
triagem... ela evita olhar pros corpos mutilados. Abby chega no
local, e pra sua surpresa, encontra Thomas assoprando um tubo de
caneta, enfiado num buraco do pescoço da senhora:
Abby:
Meu Deus! (espantada) O que vocês estão
fazendo?
Mika: Uma traqueotomia... mas foi idéia
dele! (apontando pra Thomas)
Thomas: Valeu a
camaradagem! (irônico)
Abby: Ela está
respirando?
Thomas: Sim doutora...
Abby:
Hey, você!
Qual seu nome?
Mika:
Eu? Sou a Mika.
Abby: Ótimo... corra, e
traga uma maca e dois paramédicos.
Mika: Sim,
senhora! (e sai correndo)
Abby: Está bem,
tire a caneta, e deixe-me colocar o tubo...
Thomas:
Sim doutora...?
Abby: Lockhart.
Thomas:
Você é a doutora Abby Lockhart?
Abby:
Sim. Por que?
Thomas: Eu me chamo Thomas Simons,
seu estudante de medicina...
Abby: Hã... -
Abby sorri - belo dia pra começar, não?
Mika
chega com os paramédicos.
Abby: Ótimo,
levem ela pra O.R. Bom trabalho, Thomas! (e vai embora,
acompanhando os paramédicos)
Mika olha pra Thomas, que faz
uma cara de sonso pra ela...
Mika: Chega! Vamos
continuar a triagem.
Thomas: Mas não tem
mais ninguém...
Jerry: Ei! Vocês
dois... (muito ofegante) sobrou um walktalk pra vocês
Mika: Também quero...
Jerry: Não
tem mais... (e vai embora)
Thomas: Você não
quer continuar a triagem?
Mika: Certo... bora
Eles nem andam muito, e encontram Pratt, no chão, com
sangue saindo de sua nuca.
Thomas: Nossa! Esse tá
mal...
Mika: Espera... (checa carótida e
a pulsação) ele tá vivo!
Thomas:
Então é um candidato à tarja vermelha...
(falando no rádio) Alô? Alô? Algum médico
disponivel?
Susan, pelo rádio: Sim o que
houve?
Thomas: Hã... estamos no fim da
esquina, e tem um homem com traumatismo craniano... ele está
bem mal.
Susan, pelo rádio:
Entendido.
Thomas: Mika,
vou atravessar os vagões, pra ver se encontro mais alguém...
Mika: Certo...
CENA 21 - CAFETERIA
ESMAGADA, AO LADO DO VAGÃO SUSPENSO Carter chega na
cafeteria, no momento que Kovac está saindo dos escombros.
Carter: E aí?
Kovac: Esqueça...
você não ia querer entrar aqui...
Carter:
Tem certeza?
Kovac: Sim... (balançando
a cabeça em negação) ninguém vivo.
Carter respira fundo, e olha pra trás dele... e vê
Sam, de um lado pro outro, e aflita.
Carter: O que
aconteceu com ela? Nervosa com os mortos?
Kovac: Antes
fosse... o Alex tava no metrô
Carter: O que?
(Kovac confirma com a cabeça) Luka, sinto muito...
Kovac: Éééé...
De
repente Carter fica sério. Ele olha pra algo, atrás de
Luka, alguns metros distante. Do lado da cafeteria, no meio dos
escombros, um garoto, louro. Carter aponta com a cabeça, e
Kovac vê a cena:
Kovac: Merda! Alex...
Samantha ouve Kovac... e sai correndo em direção à
ele, mas ela é barrada por Carter...
Sam: Me
largue! Me largue! É o meu filho ali!
Kovac:
(gritando) Nao solte ela, John!
Sam ainda tenta tirar
Carter do caminho. Na verdade, ele até começa à
afasta-la. Enquanto Carter à coloca um pouco longe do local,
Luka vê que não consegue tirar o garoto... e ele está
exatamente embaixo do vagão que está prestes à
desabar dos trilhos...
Kovac: Carter, preciso de ajuda.
Carter: Estou indo... (olha Thomas ao lado, e o chama)
bEi, você! Venha cá!
Thomas: O que
é?
Carter: Segure ela, e não a solte
de jeito nemhum!
Thomas & Sam: Como é?
Sam: (muito irritada) Você só pode estar
de brincadeira, eu quero ir ver meu filho!
Carter:
Estou falando sério, e você: segure-a!
Thomas:
Certo...
Sam: Me largue! (se debatendo)
Thomas: Não posso, isso seria contra ordens
médicas!
Carter vai em direção à
Luka, e observa que o menino está soterrado. Luka vê que
Carter se aproxima, e também olha pro vagão, acima
deles:
Kovac: Carter, vamos rápido, que esse
vagão está pra cair.
Carter olha pra cima, e vê
que realmente pode desabar à qualquer momento.
Kovac:
Me ajuda aqui! Levanta este muro!
Um pouco mais longe
da cena, Sam ainda manda Thomas solta-la:
Sam: Me
largue, seu filho da mãe! É meu filho que está
lá!
Thomas: Sinto muito... mas é
melhor você ficar aqui. Ir, só vai fazer atrapalhar...
Sam: Você vai ver o que é melhor!
Sam
soca Thomas diretamente no saco, e ele fica imobilizado no chão.
Ele a larga, e ela sai correndo em direção ao filho...
só que no meio do caminho... o vagão se solta dos
trilhos. São mais de 20 toneladas de ferro, caindo de uma
altura de 10 metros... Sam grita de pavor. O barulho da queda chama a
atenção de todos. Mais fumaça é o jogada
pra cima. Sam começa a chorar.
Mas dos escombros, Kovac
grita:
Carter: Precisamos de ajuda!
Sam, e Deb,
que acabara de chegar no local, vão pro vagão caído.
Thomas ainda está no chão. Elas dão a volta, e
veêm todos os três bem, apesar de Luka estar com um corte
muito grande na cabeça, e o garoto que Carter está
segurando nos braços, estar desmaiado. Deb vai em direção
à Carter:
Deb: Ele está bem?
Carter:
Sim, mas não é o Alex.
Sam: Não?
Carter: Não...
Sam sorri de alegria, e
depois fala com Kovac, chorando:
Sam: Luca... você
está bem?
Kovac: Sim, sim...
Deb:
Carter, você está bem?
Carter: Sim...
vou levar o garoto pro PS... e a menina da perna esmagada?
Deb:
Não resistiu...
Susan, pelo rádio:
Alô, alô, alguém!
Deb: Na
escuta
Susan, pelo rádio: Deb, aqui é
a Susan... eu encontrei o Pratt...
Deb: O que?
Susan, pelo rádio: Parece que ele estava no
metrô...
Deb: Merda, aonde você está?
(e sai correndo)
Carter: Luka, pegue o garoto, e leve-o
pro PS! Vou ver o Pratt!
Kovac: Não, eu
também vou!
Carter: Não, cuide de sua
testa primeiro, Sam, vá com ele!
Carter entrega o
menino pra Kovac, e segue Jing-Mey. Luka, Sam e o menino vão
pro PS, e passam por Mika, que estava correndo em direção
ao vagão caído. Thomas ainda está se contorcendo
no chão...
Mika: Você quer uma cartela
amarela, ou vermelha? (irônica)
Thomas: Vá
se ferrar!
CENA 22 - Dr. PRATT Pratt está
desmaido ao lado de Susan, e uma enfermeira, que está tomando
us pressão. Chegam Jin-Mey e Carter
Deb: (chorosa)
Ai, não! Pratt
Carter: Como ele está,
Susan?
Susan: Teve um grande trauma na nuca, e está
desacordado. Não responde à dores da cintura pra baixo.
Pressão 8 por 6...
Carter: Temos que leva-lo
pra sala de trauma agora... precisamos de um colete pra imobilizar o
pescoço...
CENA 23 - RECEPÃO DO PS
Dentro do PS, que está muito empoeirado, Frank e Jerry
continuam atendendo telefonemas, e chegam Kovac, Sam e o garoto.
Kerry, pelo rádio: Luka, você está
bem?
Kovac: Sim, estou... precisa de ajuda?
Kerry, pelo rádio: Sim, venha cá agora!
Kovac: Certo só vou achar um lugar pra um
garoto...
Frank: Samantha, telefone pra você!
Sam: Não posso falar agora!
Frank:
É o seu filho.
Sam: O Alex?
(surpresa)
Frank: (nervoso) Você tem outro filho
por acaso?
Sam arranca o telefone de Frank, e, sob a atenção
de Kovac, atende o telefone:
Sam: Alô? Alex?
Alex, pelo telefone: Oi mãe.
Sam:
(feliz) Seu peste, aonde você está?
Alex:
Em casa. (assistindo a cobertura do acidente pela TV) Eu
não peguei o metro...
Sam: Posso saber por
que?
Alex: Eu vou pra escola sozinho... e você
não está feliz de eu te-la desobedecido desta vez?
Sam: Rá (sorri) quando chegar em casa a
gente conversa... e Alex!
Alex: O que?
Sam:
Eu amo você...
Alex: Também te
aprecio. Tchau.
Kovac: (sorrindo) Ele está
bem?
Alex: Sim... (sorrindo e aliviada)
...
BAD DAY FOR VISITS, 3ª PARTE
CENA
24 - AEROPORTO DE CHICAGO O
movimento é imenso. Doug e Carol já saíram do
avião, e estão esperando suas malas nas esteiras
automáticas. Os dois estão calados, e apenas olhando as
pessoas pegarem suas malas, e nada delas aparecerem. As malas vão
se acabando, Doug olha pra Carol que olha pro relógio, coça
a nuca:
Doug: Perfeito... nossas malas...
Carol:
Espera mais um pouco... (paciente)
Carol: As
malas fugiram... Será que elas foram pra Katimandu?
(sorrindo)
Carol ri bastante, e depois dá a mão pra
Doug. Os dois saem de perto da esteira, e vão pra saída
do aeroporto.
Carol: Pelo menos temos nossas bagagem de
mão aqui...
Doug: Se você não
se importar d'eu usar a mesma cueca o tempo todo, heh, heh...
Carol bate em Doug com a revista enrolada. Ambos passam por todo
o terminal do aeroporto, e nem dão atenção à
um grande grupo de pessoas que está vendo pelas TVs do
complexo, a cobertura do acidente do metrô, que está em
todos os canais. Doug e Carol já estão do lado de fora
do aeroporto, Ross agarra a noiva pela cintura, e com a outra mão
acena prum taxi. De dentro do carro, o taxista está ouvindo as
noticias sobre o metrô do County:
rádio do taxi:
"... está uma verdadeira praça de guerra. O
governo não trabalha com a hipotese de um atentado terrorista,
que teria causado o acidente do metro na frente do County General
Hospital. Mas é inevitável a comparação
com os atentados de 11 de Março na Espanha. As cenas são
horriveis. São mais de 100 mortos..." (e o rádio
é desligado)
Doug abre a porta, Carol entra no carro, e
passa pro lado oposto para a entrada de Doug.
taxista: Bom
dia... pra onde vão?
Doug:
Ããããhhh...
pro County General Hospital.
taxista:
Vocês têm certeza de
que querem ir praquele lugar? (ele sabe do acidente)
Os dois
se olham com estranheza, e depois riem:
Doug: Com
certeza. (depois olha pra Carol) Acho que a fama do County é
global.
Os dois riem, e o táxi vai embora. Do angulo
de camêra, dá pra ver uma tela de TV, noticiando o
acidente.
CENA 25 - LOCAL DO ACIDENTE Os gritos de
horror não estão mais predominando a cena do acidente.
Agora o que está incomodando são os helicópteros
da cobertura de TV. Os médicos do County já contam com
a ajuda de vários bombeiros e paramédicos, mas ainda
assim tem muitos feridos. Abby está do lado de uma senhora que
está numa maca, carregada por dois paramédicos. No
caminho, ela vê Weaver, que está cuidando de um homem, e
gritando com Jerry, pelo rádio apoiado no ombro:
Kerry:
Droga Jerry, cadê a porcaria dos helicopteros dos outros
hospitais? Nós já estamos super lotados!
Jerry,
pelo rádio: Estão à caminho, já
estão à caminho!
Abby: Kerry, tudo OK
com você?
Kerry: Tudo certo... quantos já
atendeu?
Abby: Uns 10... é muita gente...
Mika: Doutora... acabaram as cartelas...
Kerry:
Olhe, eu quero que você vá correndo pro PS, e peça
os helicopteros de remoção de pacientes agora!
Mika: Sim senhora! (sai correndo)
Abby:
Dia dificli pra começar... (Kerry apenas olha)
CENA
26 - RECEPÇÃO DO COUNTY O ambiente ainda está
esfumaçado e barulhento. Muita gritaria, enfermeiros de um
lado pro outro, pacientes deixados nos corredores, e os telefones não
param de tocar, ocupando bastante Frank e Jerry.
Mika: Ei,
grandão!
Jerry: Quê?
Mika:
Você aí... a médica das muletas pediu os
helicopteros de resgate...
Jerry: Droga... eu já
falei! Eles estão indo!
Mika começa a olhar de
um lado pro outro, e ve o que caos que tomou o PS:
Mika:
Cadê o médico que eu encontrei no acidente?
Jerry: No Trauma II!
CENA 27 - TRAUMA II
Carter, Susan, Chunny, outras duas enfermeiras e mais Jing-Mey, estão
sobre a observação de Thomas. Apesar de no momento
Pratt estar estável, todos estão agitados.
Carter:
Quero a tomografia da cabeça e do torax! Quero o exame de
contraste, sangue e a gasometria! (retira o imobilizador)
Chunny: Pulso em 75. Pressão em 9/7, oxigenação
em 98, com 100 de ventilação!
Susan está
picando Pratt, que está desacordo, em várias partes do
Corpo. Ele se move, respondendo à dor quando as picadas são
da região do abdomen pra cima. Da cintura pra baixo, ele não
reage. Ela olha Deb nos olhos, e vê que a cituação
está feia... Susan retira os sapatos de Pratt pro exame da
sola:
Susan: Babinski regressivo
Kerry, pelo
rádio: Como está o Pratt?
Carter:
(uma enfermeira põe o rádio no ouvido de Carter) Está
estável, Kerry...
Kerry, pelo rádio:
John, quem está com você aí?
Carter:
A Susan e a Deb.
Thomas: E eu...
(timidamante)
Kerry, pelo rádio: Eu preciso de
alguém aqui!
Carter: Mas o Pratt...
Kerry: John, estamos atolados aqui! A porcaria dos
helicopteros não removeram um paciente! Eu estou sozinha com o
Kovac e alguns cirurgiões! Venha um de vocês, agora!
Susan: Eu vou...
Carter: Não,
Susan... deixe comigo... fique aqui com o Pratt!
Carter saí pela porta dupla, e assim que some de vista, Pratt tem uma arritimia, acompanhada de convulsão...
Chunny:
Taquicardia!
Susan: Traga o reversor!
enfermeira: Ele está vomitando! - alerta uma
das enfermeiras
Deb: Retirem o tubo! Virem-no de lado!
Yanker!
A enfermeira pega o sugador, e passa pra Lewis, que
retira o vomito que obstruia a respiração de Pratt
Susan: Droga, ele está mordendo o tubo...
precisamos parar já a convulsão!
Deb:
Coloque 50 de epinefrina na sonda!
Chunny: Pulso
em 160. Pressão subindo pra 16/8
Sobe a observação
de Thomas, Susan faz a sucção em Pratt. Deb coloca o
medicamento pra parar com as convulsões. Pratt vai se
estabilizando... Todos respiram aliviados... mas ele tem uma recaída,
e o monitor cardiáco começa a apitar:
Chunny:
V-frib!
Susan: Você! Faça a
massagem cardiáca! (para Thomas)
O aluno vai pra mesa,
e começa a fazer a ressucitação toráxica.
enfermeira: Pressão em 10 por 7 e caindo.
Oxigenação em 88...
Susan: Tubo
traqueal! (entuba Pratt) To dentro! De-me o balão!
Deb: Comece com 100! (com Chunny) Afastar!
Thomas para as massagens, e Susan solta o balão do tubo. O
choque é aplicado. Pratt se balança todo, mas nada de
melhoras. Thomas retorna às massagens, mas Susan o alerta:
Susan: Deixe comigo!
Deb:
200!
Chunny: Pronto.
Deb:
Afastar!
Susan:
Nada ainda.
Deb:
300!
Chunny: Pronto!
Deb:
Afastar!
CENA 28
- LOCAL DO ACIDENTE Dezenas de bombeiros e paramédicos
ajudam no deslocamento de vários pacientes. Alguns pacientes
são colocados nas ambulâncias, pois o County já
lotou. Luka, Kerry, Sam e vários outros enfremeiros do County
ainda cuidam de feridos. Os heliccopteros dos hospitais adjacentes
chegam e se comunicam por rádio, com Weaver:
Kerry:
Finalmente!
Carter: Estou aqui Kerry...
(ofegante) o que você quer?
Kerry: Como o
que eu quero? Você está cego? Comece a tratar dos
pacientes!
Carter viu que Kerry está nervosa, mas
mesmo assim não gostou da maneira que ela falou...
Kerry:
Como está o Pratt? (entubando uma pessoa)
Carter:
Bem... (vê Kovac e vai em sua direção)
Luka está carregando uma maca ao lado de Sam... é
um senhor, e vão coloca-lo no helicoptero.
Kovac:
Como está o Pratt?
Carter: Estável!
Como vai a testa?
Kovac: Heh, heh... depois eu
cuido dela!
Eles tem que começar a gritar, pois o
helicoptero do outro hospital já está pousando pra
remoção do paciente. Sam, Carter e Luka se curvam,
esperam o helicoptero pousar. Quando ele desce, os três correm
e Luka entrega a ficha do homem para o médico do helicoptero,
e fala ao seu ouvido:
Kovac: Pressão em 8 por 4,
batimentos à 70! Quebrou as duas pernas, e perdeu quatro dedos
da mão direita! Não encontramos os dedos! Possível
hemorragia no quadrante esquerdo do abdomem!
enfermeiro no
helicóptero: Positivo!
De longe, percebe-se que tem gás escapando do que sobrou da lanchonete...
Os três se afastam, e o helicoptero levanta voô.
Um dos bombeiros, com um serra, começa a abrir uma brecha num dos vagões. Muita fagulha está escapando.
Sam, Luka
e Carter já deram as costas pro helicoptero. John começa
a examinar a testa do Croata, que sorri... e o gás explode,
fazendo com que todos se joguem no chão. Kerry grita de susto.
O helicoptero perde o controle, e gira sobre se mesmo. Carter pôe
a mão na cabeça, e começa a ver a queda do
helicoptero... mas à dois palmos do chão, o piloto
consegue controlar a aeronave, pra alivio de todos. Depois que se
certificaram de que o helicoptero estava bem, os três vão
pra direção da explosão. Lá, os bombeiros
estão tentando apagar o fogo do companheiro com panos e
cobertores. O fogo se apaga, e o bombeiro acidentado ainda está
no chão:
Carter: Você está bem?
bombeiro: S-sim... eu acho... tudo OK...
Carter:
Luka... examine ele!
Kerry, pelo rádio: O
que diabos aconteceu?
Carter: Explosão.. foi
escapamento de gás!
Kerry, pelo rádio: E
o helicoptéro?
Carter: Está inteiro!
A camêra se muda pra focalizar Kerry:
Kerry:
Jerry, me ponha em contato com a ala cirurgica!
Jerry,
pelo rádio: Como?
Kerry: Agora!
CENA 29 - GERAL DO PS Jerry e Frank, continuam
atolados. Muita fumaça faz com que todos tussam, e fiquem com
os olhos irritados. Enfermeiros estão cuidando de alguns
pacientes menos graves, que estão nos corredores. Eles não
estão criticos. Os mais graves estão nas macas, dentro
das salas de sutura. Jerry liga pro ramal cirurgico:
Jerry:
Alô, preciso falar com a Dra. Corday.
atendente:
Ela está em cirurgia...
Jerry: Mas eu
preciso falar com ela agora!
Passando pelos corredores,
Chunny carrega o aparelho de Raio-X portátil. Ela corre até
chegar a Trauma II:
Chunny: Está aqui a máquina!
Deb: Quanto tempo? (com o desfribilador em mãos)
Susan: 15 minutos... mais uma ampola?
Deb:
Não... vamos mais uma vez. Carregue em 360! Afastar!
Pratt se contorce mais uma vez, só que agora tem o ritmo
cardíaco recuperado.
Susan: Ele voltou...
Deb: Graças à Deus!
Thomas:
Ele vai ficar bem?
Susan e Deb não respondem...
sabem que não têm certeza. Depois, as duas colocam os
coletes de chumbo:
Susan: Vamos tirar as chapas, e
manda-lo pra cima...
Thomas sai da sala, e se encontra com
Mika no corredor, que estava saindo do banheiro:
Thomas: O
que você tava fazendo?
Mika: Limpando os
olhos... eu sou alérgia a poeira... lembra?
Thomas:
Claro... como eu ia...
E Mika espirra na cara de Thomas
mais de 1 quilo de catarro. Thomas fica imóvel. Fecha os olhos
com força, e busca a porta do banheiro usando as mãos
Mika: Desculpa! (sorrindo)
Thomas: Vá
se ferrar!
Mika: Ééé... você
entrou no banheiro feminino.
Thomas sai de dentro do
banheiro, e entra no masculino, ao lado, ainda com a cara melada.
Mika sorri.
CENA 30 - TÁXI Doug e Carol ficam
impacientes com o grande engarrafamento. Tem muita buzina, e pouco
movimento.
Doug: Eu não acredito nisso...
Carol: Calma, Doug. Engarrafamento é normal.
Doug: Assim eu tenho certeza de que não era. Ei,
o que aconteceu?
taxista: Foi o acidente de metrô.
Doug & Carol: Que acidente?
taxista:
Ele não fez a curva, e caiu direto na rua.
Carol:
Droga, será que vai ocupar o pessoal do County?
taxista: Oh! Com certeza! (sorrindo)
Carol:
Como é?
taxista: Sabe o acidente?
Doug & Carol:
Ã?
taxista: Foi
na frente do County General.
Doug & Carol: O
que? (incrédulos)
taxista: Eu pensei que
soubessem... olha só: (liga p rádio)
rádio
do táxi: "...sar dos esforços dos grupos de
resgate, a maioria dos acidentados já haviam falecido no
momento do acidente. Até agora, números não
oficiais comunicaram a morte de pelo menos 130 pessoas. O número
de feridos é um pouco menos, mas..."
Doug esfrega
a mão na cara, não acreditando na situação.
Carol respira fundo:
Carol: E aí? Ainda vamos?
Doug: Sei lá...
Eles se encaram nos
olhos, e decidem o destino.
Doug & Carol: Nós
vamos.
CENA 31 - SALAS DE TRAUMA Kerry entra no PS
com um paciente em estado critico, acompanhada de Carter, Sam, e
Kovac:
Kerry: Pressão em 6 por 5. Batimentos a
65. Oxigenação em 88 com 100 de ventilação.
Cartet: Parece ter as duas pernas fraturadas... e uma
grande lesão no tórax.
Kovac: Não
ouço o pulmão esquerdo...
Sam:
Pneomotorax?
Kovac: Acho que sim...
Eles
entram na Trauma I
Carter: Na contagem 1, 2, 3!
O
paciente é colocado na maca.
Kerry: Quero a
contagem sanguinea, gasometrtia, e tomografia craniana.
Kovac:
O estomago está rigido...
Kerry: Kovac,
saia da sala!
Kovac: Como é?
Kerry:
Cuide de sua testa. Agora.
Kovac deixa a sala encarando
Weaver, e passa pela Trauma II:
Kovac: Como está
o Pratt?
Susan: Já esteve pior... mas já
o estabilizamos... vamos leva-lo pra cima, e fazer a tomografia...
Kovac: A pancada foi feia?
Susan:
Bastante... vamos... e sua testa. Você está bem?
Kovac: Claro, claro... podem ir.
Susan e Deb
saem da sala, e levam Pratt pro elevador. Kovac encontra Mika, ainda
rindo meio que sem graça na porta do banheiro.
Kovac:
Ei, você!
Mika: Quem, eu?
Kovac:
Sim. É a nova med-student?
Mika: Sim...
sou a Mika...
Kovac: Eu sou o Dr. Kovac. Serei seu
residente...
Mika, boquiaberta, analisa o croata dos pés
a cabeça, não acreditando que ele será seu
professor
Kovac: Sabe aplicar suturas?
Mika:
Ã... acho que sim, sei lá (ainda bem betsa)
Kovac: Venha comigo.
Passando por eles,
chega Malik com o Raio-X portátil, que estava no Trauma II, e
o leva ao Trauma I:
Malik: Olha aqui a máquina!
Todos já estão de colete, e Carter checa o
resultado da lavagem:
Carter: Ele perdeu uns 600cc...
Kerry: Okay, vamos tirar as chapas, e leva-lo pra cima.
Carter, cuide dos casos menores...
Carter: Eu
prefiro subir com ele...
Kerry: Como é?
O Raio-X é aplicado, e Kerry e John continuam discutindo:
Carter: Meu turno já acabou, e eu quero
acompanha-lo lá pra cima, enquanto você fica aqui.
Kerry: Nada disso! Você fica. Eu subo.
Carter toma o carrinho à força, e puxa-o pra si.
Fala olhando nos olhos de Weaver:
Carter: Eu vou subir.
CENA 32 - SALA DE SUTURAS Mika e Luka estão
na sala de sutura, e o médico passa pra aluna, as instruções:
Kovac: Pergunte se o paciente é alérgico a
xenocaína... mas só pergunte falando xilocaína.
Aí eles entendem. desinfecte as bordas, e limpe todo o sangue
do local. Só comece com campo limpo. Aplique o anestésico,
e espere o efeito. Confira se já está anestesiado.
Suture as bordas dos ferimento, mas não com muita força.
Não parta ainda mais a laceração. Oriente o
paciente a sempre deixar o local limpo. Fale que o retorno é
em 5 dias. Tudo Ok?
Mika: Sim.
Kovac:
Ótimo.
Mika: Você é alérgico
à xilocaína?
Luca para por um momento não
entende... até que se lembra de sua testa. Ele sorri:
Kovac:
Heh, heh... não, não. Eu não. (abre a
cortina do lado) Ele!
Na maca, esta um homem gordo,
desacordado, sem camisa, todo peludo, e todo ferido
Mika:
Neca! (com os olhos esbugalhados)
Kovac: Pode
ficar sozinha aqui?
Mika: Ele vai precisar de uns
50 pontos!
Kovac: Acho que 70... pode ficar? Ótimo.
Volto em 10 minutos.
Luca sai da sala de sutura, e deixa Mika
sozinha. Ela olha pro medicamento em sua mão, pro kit de
sutura, e pro homem:
Mika: Ótimo... estou de
castigo. (se senta, e pergunta pro homem desacordado) Você
é alérgico à xilocaíana?
CENA
33 - MAIS TRIAGENS Abby e Susan saem do elevador. E respiram
fundo... e depois tossem por causa da fumaça. No caminho,
encontra Thomas no caminho, saindo do banheiro.
Abby:
Simons, o que está fazendo?
Thomas: Tirando
o muco...
Abby & Susan:
Ã?
Thomas: Deixe
pra lá...
Abby: Venha conosco. Weaver nos
chamou pra triagem.
Thomas: De novo? Eu não
quero voltar pra lá...
Do lado de fora do Hospital, a
confusão já está controlada. O saldo de feridos
foi muito pequeno em comparação com o de mortos. Mesmo
assim, alguns feridos estão sendo transferidos de helicoptero
e ambulâncias para outros hospitais. Bombeiros e paramédicos,
com o auxilio de Thomas, Abby, Susan e Weaver, checam as fatalidades,
para serem ensacados, e levados pro necróterio.
Abby:
Procure por sinais vitais. Se não encontrar...
Thomas:
...Está morto.
Abby: Vamos.
CENA
34 - PS Kovac está ajudando as enfermeiras à
realocarem os pacientes em quartos de atendimento. Se encontra com
Sam:
Kovac: Ainda aqui?
Sam: O County
tá cheio... ainda precisam de mim.
Kovac: Não.
Seu turno já acabou. Vá pra casa, e cuide do Alex.
Sam sorri, e quando ia beijar Luca, recua por causa do sangue na
testa:
Sam: Mocinho... quer que eu cuide disso?
Kovac: Pode deixar... (sorrindo) não é
urgência.
Sam beija-o na mão, e quando está
indo embora, no fundo, vê-se a mesma enfermeira que trouxe pra
o croata o caso da deficiência respiratória, examinando
um paciente numa maca:
enfermira: Dr. Kovac!
Luka
sai correndo acompanhado de Sam. Quando eles chegam, vêm que a
mulher que estava com complicações respiratórias,
está com os olhos fixos e havia morrido. Provavelmente, a
poira no ar à asfixiou...
Kovac: Merda!
(atira o estetoscópio no chão)
CENA 35 -
TÁXI Ross e Carol estão mais impacientes. O carro
quase não sai do lugar.
Doug: Carol, daqui pro
hospital... são mais ou menos...
Carol & Doug:
5 quadras.
Doug: Senhor, vamos ficar aqui.
Quanto foi a corrida?
taxista:
Ah, claro. Me
arrastam até o engarrafamento, e se mandam.
Doug: Olha, toma 50 e
fique com o troco.
Eles saem do carro, e andam no meio do
trafego. O trânsito está completamente parado. Doug pega
a bolsa que Carol estava carregando, e também a sua mão.
Vão pro ER à pé.
CENA 36 - SALA DE
TOMOGRAFIA Deb está acompnhando a ressonância.
Pratt, ainda desacordado, faz a tomografia da cabeça.
Deb:
E aí?
técnico: Está um
pouco inchado... mas acho que é temporário. Você
tem que falar com o clinico sobre isso.
Deb: Você
vive fazendo isso, e já viu tomografias bem mais do que eu! O
que sua expeiencia sugere?
técnico: Olha...
a parada cardíaca não parece te-lo afetado. Mas o
inchasso eu não sei... talvez com o tempo...
Deb olha
pelo vidro, ainda não acreditando no que aconteceu.
CENA
37 - LOCAL DO ACIDENTESão vários corpos sendo
ensacado. Os bombeiros já começam a se deslocar com
alguns corpos, pois o necrotério do County não suporta
tantos atendimentos.
Thomas: Eu posso sair daqui?
Abby: Estômago fraco?
Thomas:
Heh... é demais pra mim...
Abby: Okay...
pode ir. Mas se lembre que você vai ficar aqui até às
7 da noite.
Thomas: Sim senhora. (vai pro PS)
Abby: É doutora!
Thomas: Desculpe
senhora.
Susan: Ele é uma gracinha.
Abby: Pelo amor de Deus! Ele tem idade pra ser meu
filho!
Susan: Eu gostaria de pô-lo pra
dormir...
Abby: Susan! (sorrindo)
Kerry:
Deixem de conversa, e continue a triagem!
Abby e Susan,
bem baixinho, resmugam.
Ao entrar no PS Thomas cruza com Sam,
e evita-a, passando bem longe.
Sam: Não se
preocupe comigo. É so não me agarrar de novo.
Thomas: S-sim senhora.
CENA 38 - PS
Jerry já pega suas coisas:
Jerry: Bem, Frank,
boa sorte, já estou de saída.
Frank:
Aonde pensa que vai?
Jerry: Pra casa!
Frank: Nada disso. Vamos ficar aqui até a
situação acalmar.
Jerry: Já
aclamou! Você que não estav no momento critico! E meu
turno já acabou!
Frank: Ora seu gordo
molenga!
Jerry: Como é?
Aos olhos de
Thomas, e alguns pacientes atônitos, Jerry e Frank partem pra
porrada. Malik, Yoshi e alguns seguranças vão apartar a
briga. Thomas vê pela porta entrte aberta da sutura, Mika
suturante o gordão.
Thomas: Tudo bem por aqui?
Mika: Thomas! Te dou um real se você costurar
esse cara!
Thomas: Neca!
MIka: Eu
sabia que você ia amolecer... (Mika pensa por um momento, e
começa a choramingar)
Thomas: Primeiro dia
emocionate, né?
Mika: Oh! (choramigando)
CENA 39 - MÚLTIPLAS TOMADAS Weaver, Abby e Susan voltam ao PS. Kovac cuida de alguns feridos, ainda olhando pra mulher que morreu sufocada. Chen acompanha a retirada de Pratt da camera de ressonância. Sam vai embora chorando de felicidade, se lembrando de Alex. Jerry antes de ir emobra, dá a mão pra Frank, que reluta um pouco antes de aperta-la. Carter está acompanhado o homem com hemorragia atá a ala cirurgica. Doug e Carol estão tensos, mas cada vez mais perto. Os dois estudantes , abalados na escura sala de sutura, choram. Mais uma paronâmica do acidente. Dezenas de corpos estão enfileirados na calçada do County.
...
BAD DAY FOR VISITS, 4ª PARTE
CENA
40 - À TRÊS QUADRAS DO COUNTY Apesar
de ainda estarem longe do acidente, Doug e Carol já vêem
o estrago no local. O casal ainda não acredita no que estão
vendo. O barulho das sirenes, helicopteros de TV e remoção
de vitimas são muito altos. Os vagões ainda continua
nas ruas, e vários bombeiros e paramédicos retiram os
corpos do local do acidente.
Carol: Meu Deus... Será
que alguém do County se feriu?
Doug não
responde. Chegando cada vez mais perto do County, eles são
barrados pela fita de isolamento, e por um guarda:
guarda:
Sinto muito. Aqui só pessoal autorizado.
Doug:
Mas nós trabalhavamos aqui...
guarda: Sinto
muito.
Doug: Qualé, cara? Dá uma
forcinha?
Quando Doug já estava ficando irritado com o
policial, Carol chama sua atenção:
Carol:
Ei, Doug! Aquele ali... não é o...
Doug:
Quem diria... JERRY! AQUI!
Carol:
JERRY! JERRY!
Jerry começa a ouvir, mesmo
baixinho, o seu nome. Ele vira pra checar o que era, e não
acredita em quem viu. O recepicionista atravessa rápido a rua
com um sorriso no rosto.
Doug: Jerry! A quant...
(Jerry abraça Doug, tirando-o do chão) Heh, heh...
calma aí, grandão!
CENA 41 - GERAL DO PS No
hospital empoeirento, as enfermeiras cuidam dos pacientes. Frank
continua atendendo telefonemas. E Kerry e Luca discutem nos
corredores:
Kerry: Ela não teria morrido se você
tivesse se lembrado de cuidar dela!
Kova: Como é?
Todos estavamos ocupados com o acidente! E ela não ia morrer,
se a porcaria do hospital não tivesse contaminado!
Kerry:
Isso é uma desculpa!
Kovac: Kerry, ela
chegou com dificulades respiratórias, no momento do acidente.
Ela com certeza morreu, graças à porcaria dessa fumaça,
que você insiste em não ligar! O hospital é um
ambiente esterelizado! Não tem condições de
trabalho assim! Se você não quer ir pra casa, e assim
evita sair do County, não posso fazer nada! (Kerry fez
cara feia pra última frase, e vai embora, dando-lhe as costas)
Você tem que fechar o PS! O ambiente está altamente
contaminado!
Mika, terminando de costurar o gordão,
e Thomas na sala de sutura, vêem a discursão:
Mika:
Ele fica uma gracinha quando tá nervoso, né?
Thomas: Qual o seu problema, Mika?
Mika:
Aquela bundinha. Este é meu problema.
Kerry,
furiosa com a discursão com Kovac, vai pra sala dos médicos,
quando é chamada ao passar na frente da recepção:
Frank: Doutora Corday pra você!
Kerry:
Elizabeth?
Corday, pelo telefone: Kerry, o que
está acontecendo aí embaixo?
Kerry:
Como?
Corday: Todos os pacientes estão...
imundos! Não receberam o pré-operatorio?
Kerry:
Vocês fazem aí em cima...
Corday:
Exatamente. Nós os esterilazamos na aréa da
cirurgia, mas nunca tivemos que dar banho! Eles estão
completamente imundos e cobertos de poeira
Kerry: É
só um probleminha... o acidente trouxe um pouco de poeira pro
County.
Corday: Eu não chamo isso de
probleminha! Quando aparecerem os casos de infecção é
que será probleminha! Estou fechando a ala cirúrgica
porque estamos lotados. E feche o PS também!
Kerry:
Como é? Você não tem essa autoridade!
Corday: Tenho sim. Sou a chefe da ala cirúrgica,
e digo que o PS não tem condições de receber
tratamento. Quando liberarem a entrada das ambulâncias, e
limparam o ambiente, vocês reabrem.
Kerry: Mas
ainda podemos atender casos menores...
Corday: Kerry!
Feche o PS e vá pra casa!
Elizabeth desliga o
telefone, e deixa Weaver furiosa.
Frank: Ela desligou
na sua cara?
Mais furiosa ainda, Kerry vai pra sala dos
médicos.
Na sala de Sutura, entra Kovac.
Kovac:
Mika, como está?
Mika: Ã... bem,
bem...
Kovac: Hum... boas suturas. Terminou de
faze-las?
Mika: Eu a-acho que sim.
Kovac:
Ótimo. Agora faça a da minha testa.
Mika:
Cla-claro! Deixa
só fazer uma coisinha:
Mika
fica vermelhihna, e começar a empurrar Thomas pra fora da sala
de sutura.Lá fora, Mika conversa com Thomas, e sussurrando:
Mika: Fora!
Thomas: Mas...
Mika:
Eu quero ficar sozinha com o bonitão!
Thomas:
Olha, você deveria me tratar com mais respeito!
Mika:
E posso saber por que?
Thomas: Como assim? Há
pouco tempo eu me joguei em cima de você quando o metrô
caiu dos trilhos! Salvei a sua vida! Eu até me feri quando me
joguei! Olhe! (arregaça as mangas, e mostra um patético
arranhão no cotovelo)
Atrás dos dois, um Carter
furioso sai do elevador, perguntando às enfermeiras aonde está
Weaver, mas no caminho, encontra Susan:
Susan: Meu
heroi!
Carter: Hã?
Lewis abraça
ele forte, e o beija várias vezes na buchecha e na testa. John
fica todo sem graça.
Vendo a cena, Thomas olha torto
pra Mika:
Thomas: Acho que salvei a mulher errada...
Mika: Fora!
Mika encosta a porta e entra na
sala de sutura, sorrindo. Senta-se na frente de Kovac, à um
palmo de seu rosto e pergunta
Mika: Você é
alégico à xilocaína? (O croata sorri)
Ainda abraçada à Carter, Susan continua falando
com ele, e sorrindo docemente:
Susan: Que cara é
essa?
Carter: Ã...? Nada...
Susan:
Ei! Mude essa cara! O que preciso pra faze-lo feliz?
Carter:
Como é?
Susan: Você salvou minha
vida... eu então sou toda sua...
Os dois riem
bastante... depois olham pra porta da entrada das ambulâncias,
meio que sem graça. Lewis dá dois tapinha nos ombros de
Carter, retirando uma poerinha:
Susan: Tá indo
pra onde?
Carter: Pra casa... meu turno terminou
faz tempo, lembra?
Susan: Certo... até a
troca de turnos então (dá mais um beijo na buchecha
de Carter)
Carter: Mas antes vou dar um aviso...
Susan não entendeu. John vai até a recepção
do lado de Frank, e fala alto, pra que todo staff o ouça:
Carter: Atenção gente! Por favor!
Todos os enfermeiros e auxiliares que estavam nos corredores
começam à dá-lo atenção.
Na
sala de sutura, onde Mika, com o maior cuidado sutura Kovac, o croata
lhe pede um favor:
Kovac: Mika, abre um pouco a porta
pr'eu ouvir um pouco o Carter?
Mika: Claro...
Carter: Olha gente. Bom trabalho hoje... pra todos
vocês. Infelizmente, tivemos muitas mortes, mas temos certeza
de que quem conseguimos tratar, vai sair vivo! E digo o mesmo de
Pratt. Ele está lá em cima agora, e já está
fora de perigo. Mas não vai dar pra continuar este trabalho
por hoje. A poeira sujou demais o local, e não dá pra
tratar pacientes num local não-esterelizado. Então, vou
fechar o PS. (todos comemoram contidamente) Mas por favor! Não
vão embora ainda. Só vamos fechar o PS quando o último
paciente for tratado ou dispensado. Então, ao trabalho. Frank,
providencie a remoção deles.
Frank:
Claro... (irônico) e quem mais ia se encarregar
disso?
Carter se dirige pra sala dos médicos. Lá
dentro, discute com Weaver:
Kerry: Você não
tinha o direito de passar por cima de minha autoridade!
Cartter:
Como não? Se dependesse de você, o PS continuaria
aberto!
Kerry: Claro que sim! Eu não uso a
desculpa de um acidente de metrô pra passar a tarde em casa!
Abby está saindo do banheiro, e olhando furiosa pro
seu pager, que não para de tocar. Vendo a movimentação,
pergunta à Susan o que está acontecendo:
Susan:
John vai fechar o PS.
Abby: Sem trabalho hoje?
Susan: Heh, heh... não pra você, heh, heh.
Abby: Claro... joga na minha cara...
Susan:
Heh, heh...
Agora se me permite, vou pegar minha filhinha no berçario,
e dormir o quanto me permitirem.
Abby:
Ei você! (olhando pra Thomas)
Thomas: Sim,
senhora?
Abby: É doutora! E vamos subir.
Thomas: Como é? o Médico acabou de dizer
que o trabalho acabou.
Abby: Não pra mim...
e pra você. Você está com estágio na
cirurgia, certo?
Thomas: Hã... sim...
Abby: Então suba. Temos trabalho à fazer.
(entra no elevador)
Thomas: Droga...
CENA 42 -
A CHEGADA DE DOUG E CAROL Muito contente, Jerry entra pela porta
da triagem, acompanhado de Doug e Carol, que estão um pouco
sem graça:
Jerry: Gente! Olha só quem eu
encontrei!
As enfermeiras, e enfermeiros correm sorrindo pra
recebe-los. Todos se revezam pra abraçar os recém-chegados
Malik: Doutor D!
Doug: Oi Mailk!
Chunny & Haleh: (gritando e de braços abertos)
Carol!
Carol: Oi gente... tudo bem... minha
nossa! Haleh, como você está bem garota!
Haleh:
Eu sei, mais de 60kg. Doutor Ross! Você não envelhece
nunca?
Doug:
Heh, heh...
tudo OK Haleh?
Chunny: Meu
Deus... quanto tempo faz? 4 anos?
Doug: Acho que
uns 6...
Malik: O que vieram fazer aqui?
Doug:
É... viemos convidar vocês pro nosso casamento.
Todos riem
Haleh: Eu sabia! Sabia que vocês
ainda não tinha se casado!
Carol: Eu não
disse?
Doug: Poxa... ninguém me dá um
voto de confiança não?
Chunny: Nós
conhecemos você, bonitão.
Carol: Alguém
daqui se feriu no acidente?
Malik: Não,
não... tá tudo OK. Só um residente que vocês
não conhecem... mas tá tudo OK com ele.
Doug:
Bom...
A felicidade no local chama a atenção
de Kovac, que está observando o movimento na porta
semi-aberta. É quando ele vê Carol, e ela também
o vê. Ela sorri e vai em sua direção.
Carol:
Doug, me dá um minuto.
Ela se despede do grupo, e
vai em direção à sala de sutura
CENA
43 - SALA DE SUTURA Carol entra à porta, e sorri junto com
Kovac. Mika não entendi nada. Luka e Carol iniciam uma
conversa timida:
Carol: Você está bem?
(bem serena)
Kovac: Estou... foi só um
arranhãozinho...
Carol: Você está
bem?
Kovac: ...Sim... estou. E você?
Carol: Estou... vim fazer um visita com o Doug...
Kovac: Mas que dia, não?
Carol:
Ô! (sorrindo)
Kovac: Como estão as
garotas?
Carol: Muito bem! Já estão
bem crescidinhas.
Kovac: Isso é bom...
Carol: bFalta muito pra terminar o corte?
Mika:
Não... só uns três pontos.
Kovac:
Quer terminar?
Carol: Eu? (sorrindo)
Kovac: Deixa ela terminar Mika... e obrigado.
Mika
não gostou de ser enchotada. Mas mesmo assim, retira as luvas
e sai da sala calada. Carol pôe as luvas, e continua a sutura:
Kovac: Tess ainda dá trabalhos? (ambos riem)
Carol: Ela mudou muito desde que os primeiros dentes
nasceram. (rindo) Elas são ótimas.
Kovac:
Elas se dão bem?
Carol: Sim... e como
você está?
Kovac: É a terceira
vez que me pergunta. (ambos riem)
Carol: Você...
já encontrou sua... paixão?
Kovac: Ah!
(sorrisos) Acho que sim.
Carol: Acho que minha
saída não te deixou tão abalado assim.
(irônica)
Kovac: Heh, heh... por um tempo...
depois eu tive que superar.
Carol: Isso é
bom.
Kovac: Qual o motivo da visita?
Doug:
Viemos convidar o pessoal pro nosso casamento. (ele acabara de
entrar na sala)
Carol: Luka, esse é o Doug.
Doug, Luka...
Doug: Então foi você
quem cuidou da Carol durante minha ausência, não é?
Kovac e Carol sorriem. Carol termina a sutura, retira as luvas e
se levanta.
Doug: Cadê o resto dos médicos?
Kovac: (risos) O acidente nos mobilizou... alguns estão
lá em cima. E acho que o Carter tá com a Weaver na sala
dos médicos...
Doug: A Weaver ainda trabalha
aqui?
CENA 44 - SALA DOS MÉDICOS Mexendo em seu
ármario, John e Weaver continuam discutindo autoridade,
gritando um com o outro:
Kerry: Você passou por
cima de minha autoridade!
Carter: Não é
questão de passar por cima da autoridade de ninguém!
Você que não está sendo racional!
Kerry:
Como não estou sendo racional! Hoje eu atendi mais pessoas
lá fora do que qualquer um de vocês!
Carter:
Mas isso não é uma competicão!
Kerry:
Passa a ser quando as pessoas querem passar por cima de minha
autoridade!
Carter: De novo isso?
Kerry:
"De novo" sim! Todo dia é a mesma coisa! Parece
que eu sou a única que vem aqui pra trabalhar! Tudo o que
vocês fazem aqui o dia todo é ficar de fofoca e
conversando! Esqueceram que tem que ser médicos!
Carter:
Você está certa! Realmente você é a
única que vem aqui "só" pra trabalhar! Mas
nós não somos robôs como você! Temos
sentimentos, e não dá pra passar o dia lidando com a
morte, sem descontrair com um pouco de conversa! E lembre-se que meu
turno acabou faz tempo, e eu estou aqui at...
Kerry:
Olha lá como fala comigo!
Neste momento, entram
Doug e Carol na sala. Weaver os vê, mas John está de
costas pra eles, e continua o carão em Weaver, que fica
embarassada e frustrada com a situação
Carter:
Eu falo como eu quiser! E você não está mesmo
sendo sensata! Acabou de me dizer que Kovac matou uma paciente...
como se você, que tem a autoridade, não lidou com a
infecção no ambiente? Deve ter ficado lutando na sua
competicãozinha pessoal de quem salva mais vidas! Não
viu o problema nenhuma vez! E quanto ao Pratt? Você parece nem
ter ligado pra ele... Pelo amor de Deus! Ele quase morreu! E você
nem o checou! Que diabo de liderança é essa? Esse local
virou um... um... um espécie de santuário que você
usa pra escapar de vida lá fora... Merda! Seja nossa amiga!
Converse conosco, e não venha pra cá só pra
trabalhar! Seja mais humana, e você vai ver que aqui não
será só uma fuga de seus problemas pessoais!
John
para de falar, e atrás dele, Doug e Carol ficam surpresos com
o carão de Carter em Weaver, que ficou sem ação.
Ela evita chorar, apesar dos olhos mareados, e não mais olha
pra Carter, e sim pra Doug, que apesar de não mostrar alegria
com o fato de ter visto o que viu, Kerry não gosta de sua
presença ali. Carter então olha pra onde Kerry estava
vendo, e fica surpreso com a dupla:
Carter: D-Doutor
Ross? Carol?
Eles ficam bem sem graça, até que
Weaver pega suas coisas:
Kerry: Eu vou embora daqui!
Cuide você do seu PS... bom te ver Carol (e sai pela porta)
Os três então se soltam um pouco mais. Doug abre os
braços:
Doug: John Trumman Carter! Quem diria!
(os dois se abraçam) Você dando um carão na
Weaver!
Carter: Foi um dia dificil... (abraça
Carol) Heh, heh... não é sempre que acontece.
Carol: Dia dificil, não...
Carter:
Já está ficando mais tranquilo pra nós. Hey,
o que devemos a visita?
Doug: Viemos convidar vocês
pro nosso casamento.
Carter: Vocês ainda não
se casaram? (Doug olha Carol sorrindo)
Carol: Não
vale! Ele é homem! (sorrindo)
Carter: Como
é?
Doug: Nada (sorrindo) É uma
coisa nossa... E aí, já saiu das asas do Benton, não
é?
Carter: Como é?
Doug:
O Benton. Você não é mais interno dele...
aliás, cadê o Peter?
Carter: Ele saiu
faz um tempo... (falando devagar, pois percebeu que eles estão
desatualizados)
Carol: Está lá em cima?
Carter: Não, não... não trabalha
mais aqui...
Doug: O Peter saiu? Pena... e o Mark.
Ele tá na batente hoje?
Carter não acredita no
que está acontecendo. Ele finalmente percebe que Doug e Carol
não sabem os acontecimentos dos últimos 5 anos. Ele
ainda está boquiaberto, enquanto Doug e Carol sorridentes
esperam uma resposta. É quando Lewis entra sorridente na sala,
com a filha no colo:
Susan: Me contaram, mas eu não
acreditei!
Doug e Carol sorrindo vão abraça-la.
Doug: Meu Deus... quando você voltou?
Susan:
Faz uns 3 anos... e vocês?
Carol: Chegamos
agora de viagem... e quem é essa gracinha?
Susan:
Essa é minha filhinha, a Sherry.
Carol:
Ah... que fofinha.
Doug: Por isso você
está assim...
Susan: Assim como?
Doug:
Mais cheinha... (sorrindo)
Carol: Doug!
Susan: Com é? (sorrindo)
Doug:
Mas é verdade? Antes você era um palitinho... agora
está bem mais em conta...
Susan fica vermelha de
vergonha e Carol bate de mansinho em Doug.
Doug: Mas é
verdade... Você está ótima! Diga se eu to
mentindo, Carter?
Carter ainda está pensando na
pergunta de Doug sobre Mark, e nem prestou muita atenção
na conversa dos três...
Carol: Carter...? Carter?
(sorrindo)
Carter: Hã?
Doug: Heh,
heh... foi um dia dificil, eu sei... mas me responde pelo menos uma
pergunta. (sorrindo) O Mark tá trabalhando hoje.
Lewis também fica boquiaberta, e troca olhares com John.
Não sabem como reponder à pergunta. Carol e Doug ficam
impacientes com o silêncio.
Doug: O que houve?
(sorrindo) Por que este mistério todo?
Carter:
Doug... Carol... sentem-se, por favor...
Doug: O
que aconteceu...?
Lewis não aguenta a pressão,
e sai da sala. Carol e Doug mais preocupados ainda.
Carter:
Há três anos... (respira fundo) Mark teve
fortes dores de cabeça.
Carol e Doug dão as
mãos.
Carter: Ele descobriu que estava com
cancêr...
Doug: Ai meu Deus...
Carter:
O Mark... ele fez um tratamento... e se livrou do cancêr...
e depois se casou com a doutora Corday... tiveram até um filho
(sorri timidamente), a pequena Ella... mas o cancêr
voltou... e no fim de... 2002... ele não resistiu...
Doug: M-Mark
morreu...? (chorando)
Carter: Nós
tentamos encontra-los para o enterro... até mesmo entrega-lo a
carta que ele fez pra vocês... mas não o encontramos...
Doug está visivelmente abalado, e Carol está ainda
sem reação.
Carol: Ele... ele tava tão
bem... ai meu Deus...
CENA 45 - RECEPÇÃO
Susan com a filha no colo está muito abalada, e chateada com a
situação. Ela está conversando com os
enfermeiros, Frank, Jerry e Kovac:
Kovac: Eles não
sabiam de nada?
Susan: E como poderiam... eles
sumiram.
Chunny: Caramba... eu nem tinha pensado
nisso... que dia horrivel eles escolheram pra vir, não?
Haleh: Será que vai ter casamento?
Susan:
Mark era um irmão pro Doug... eu não queria estar na
pele do Carter agora.
CENA 46 - SALA DE ESTERILIZAÇÃO
Se desinfectando pra mais uma cirurgia, Corday fica olhando pela
janela de vidro Abby conversando com Thomas:
Abby: Nada
disso. Vai assitir em todas as cirurgias em que eu estiver!
Thomas: Ah... doutora... nem tem mais clima...
Abby: Como
clima? Você acha que isso é brincadeira?
Thomas: Não,
não senhora... é que é o primeiro dia... e eu
presenciei o maior acidente de minha vida! Eu quero ir pra casa dar
uma respirada... (Abby fica pensativa)
Mika: Ei,
muleke, (entrando agora na ante-sala) vai demorar muito?
Thomas: Já tá indo?
Mika:
Já? Vai comigo ou vou sozinha?
Thomas: (se
vira pra Abby, e começa a saltar) Por Favor! Deixa eu ir,
deixa eu ir, deixa eu ir, deixa eu ir...
Abby: TÁ
BOM! Mas quando o PS reabrir, você vai penar comigo!
Thomas: Valeu doutora! Vamos Mika.
Thomas chega
junto de Mika, e a abraça passando a mão por cima de
seu ombro. Vendo a cena, Abby tem uma dúvida:
Abby:
Ei!... vocês dois... são...?
Thomas:
Somos, por que?
Mas Mika não é tão ingênua
quanto Thomas, e o empurra com força, a ponto de derruba-lo no
chão. Ele se levanta todo sem graça no segundo
seguinte, olhando Mika sem entender o ocorrido.
Mika: Eu
não sou... brrrr (se treme toda) Essa coisa é
meu irmão!
Abby: Ããããhh...
Thomas: Põ! Pensou que fosse o que?
Mika
dá um tapa na nuca de Thomas, e saem da sala, deixando Abby
sorrindo sozinha. Corday lhe chama a atenção, e Abby
vai pra sala de esterilização:
Corday:
Cadê seu aluno?
Abby: Foi pra casa...
Corday: Ótimo... (nervosa) Quantas
cirurgias você fez hoje?
Abby: Hãã...
Corday: Exatamente! Nenhuma! Nós aqui em cima
atolados, e você sem fazer nada. E ainda libera seu interno!
Abby: Mas eu passei a maior parte do tempo ocupada lá
embaixo...
Corday: Você não é
mais enfermeira!
Abby fica sem ter o que dizer. Corday começa
a limpar as mão com força, e sai da sala. Abby, sem
graça, passa o sabão bem devagar...
CENA 46
- SALA DOS MÉDICOS O silêncio é inquietante.
Carter está sentado, olhando pro chão. Carol não
está nescessariamente chorando, mas algumas lágrimas
caem de seus olhos. Já Doug está desesperado. Está
muito triste e deprimido, ainda não acreditando. Ele se
levanta do sofá, olha pro staff o encarando
Doug:
E-ele sofreu...
Carter: Não... foi em
paz.
Doug: Aonde?
Carter: No
Havaí.
Doug começa a andar de um lado pro
outro, e resolve sair da sala. Muito triste, o pessoal do PS o encar
com tristeza. Douga sai pela porta da triagem andando. Carol, um
pouco mais devagar o segue. Carter sai da sala cabisbaixo. Silêncio
total. Até que do elevador saem Mika e Thomas, sorrindo por
poderem sair mais cedo. E estranham a cara entristecida de todos:
Thomas: Nossa... Quem morreu?
Todos olham pra
Thomas, e não respodem.
Mika: Se toca...
(baixinho em seu ouvido) Vamos embora...
Mika e Thomas
saem do PS. Todos continuam quietos.
...
BAD DAY FOR VISITS, PARTE FINAL
CENA
47 - UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO Deitado
na cama, e ainda respirando com auxilio de aparelhos, Pratt está
desacordado, e ao seu lado está Chen. Ela olha fixamente pra
Greg, quando o barulho da porta retira sua atenção; é
Susan com sua filha no colo, que está dormindo. Ambas falam
bem baixinho:
Susan: Oi... como ele está?
Deb: Na mesma... ainda desacordado... O que está
fazendo aqui? As coisas acalmaram lá embaixo?
Susan:
John fechou o PS
Deb: Como é?
Susan:
Isso mesmo... brigou com a Weaver e tudo!
Deb:
Nossa... e eu perdi...
As duas riem.
Deb:
Porque ele fechou o PS?
Susan: Ambiente
incompátivel ao tratamento médico.
Deb:
Poeira?
Susan: Isso... (sorrindo)
Deb:
Então tudo OK lá embaixo...
Susan:
Mais ou menos... Doug e Carol fizeram um visitinha lá
embaixo...
Deb: Doutor Ross e a enfermeira Hataway?
Que legal...
Susan: Mais ou menos... eles não
vieram num bom dia...
Deb O acidente, né...?
Susan: Pensando bem, vieram é tarde demais...
Deb: Como assim?
Susan: ...eles
sumiram por uns 5 anos... e depois se mudaram pro interior...
Deb: Eu sei... nem deram mais noticias...
Susan:
Nem puderam receber...
Deb: Hã?
Susan: Eles não sabiam que o Benton tinha saído
do County...
Deb: E...? (então Chen
percebe) Ai meu Deus! Não me diga que...
Susan:
Isso mesmo... nadinha.
Deb: E já
contaram?
Susan: Já...
Deb:
Quem contou?
Susan: O Carter...
Deb:
Que chato... como eles reagiram?
Susan: Mal...
Susan e Deb ficam em silêncio, e tentam não pensar
no ocorrido do PS. Susan muda de assunto:
Susan: O que
falaram do Pratt?
Deb: A coluna ainda está
inchada... não sente nada da cintura pra baixo...
Susan:
E a parada cardíaca? Afetou o...
Deb: Não!
Não... tá tudo OK... agora é só esperar
ele acordar...
Susan: Deram uma previsão?
Deb: Não...
Susan: Mas médico
não sabe informar nada de interessante, né?
As
duas sorriem.
CENA 48 - CASA DE SAM Sammantha chega em casa aliviada. Alex não mais está em casa... já foi pra escola. Mas deixou a TV ligada, e a sala toda bagunçada. Sam começa a arrumar a casa.
CENA 49 - CASA DE
WEAVER Com um rosto carregado, Kerry entra em casa, e é
recebida pela babá. Henry está dormindo no berço:
babá: Dra. Weaver... a senhora já chegou?
Kerry: Já...
babá: A
senhora não ia trabalhar até de noita hoje? O acidente
não a atrasou?
Kerry: Como?
babá:
O acidente do metrô...
Kerry: Não,
não... tivemos que fechar o PS.
babá:
Ah... vai voltar ainda hoje?
Kerry: Não,
não... ah! Já pode ir. Eu ficou com o Henry hoje.
babá: Tem certeza?
Kerry:
Claro... (Weaver paga a babá) E vou ficar em casa
por uns dois dias. Depois eu te chamo pra cuidar do Henry...
babá: Tá certo... bom dia pra você!
(e sai)
Kerry: Bom dia...
Weaver solta a bolsa
no sofá, e bem devagar, vai até o berço olhar
pra seu filho. Dá um leve sorriso e vira pra estante da TV,
que tem algumas fotos dela com Sandy. Weaver para de sorrir. Vai
vagarosamente até a estante e pega a foto, senta-se no sofá,
e sem olhar a figura, começa a pensar em Sandy. Depois vê
como a casa está escura e vazia...
CENA 50 - FRENTE
AO RIO Ao som do fundo de ambulâncias e helicópteros
que ainda trabalham no local do acidente, Carter, Doug e Carol estão
sentados num banco, em frente ao rio. Carol está abatido, mas
não tanto quanto Doug, que olha pro rio, pensativo:
Doug:
...Isso não é justo... d-depois de tanto tempo...
nós voltamos... e...
Carol: Ele estava
feliz?
Carter: Muito! Há 4 anos fez a
cirurgia pra retirada... do... do tumor, e prosseguiu com a Dra.
Corday.
Carol: Ela ficou com ele o tempo todo?
Carter: Até o... até o fim...
Carol:
Bom...
Carter: Eles se casaram... e não
convidaram Weaver!
Todos os três riem, contidamente,
mas riem. Até que Doug para de rir, e volta a ficar sério.
Carol: E como foi o casamento?
Carter:
Lindo... tudo errado! Choveu no dia, ninguém apareceu...
mas foi perfeito.
Doug: Não era pra eu ter
ido embora...
Carter: ...e a Ella nasceu. Vocês
deveriam ver... ela é lida.
Doug: Quando o
tumor voltou?
Carter: ...Menos de 5 meses depois...
Carol: Inoperável...
Carter:
Isso... mas dessa vez ele escondeu de todo mundo...
Doug:
Heh, heh... tipico do Mark... não se deixa ser ajudado...
Carter: Ele só contou pra Susan... Todos até
pensaram que eles estavam tendo um caso.
Todos riem mais uma
vez... mas por pouco tempo. Doug continua com um aspecto horrivel:
Doug: E... ele parou de trabalhar...
Carter:
Não... aliás... ele chegou até a trabalhar
durante a quimioterapia...
Doug cai em prantos, confortado
por Carol, que também chora muito. Carter está
detestando passar por esta situação.
CENA 51
- ÁRMARIOS DA OR Saindo da úlitima cirurgia,
Elizabeth ainda parece estar furiosa com a atitude de Lockhart
durante os tratamentos no acidente, já que ela não
havia participado de nenhuma cirurgia. Elizabeth abre seu armário:
Corday: É o que você quer mesmo?
Abby: Como é?
Corday: Você
quer mesmo a ala cirúrgica?
Abby: ... acho
que sim...
Corday: Como é?
Abby:
Sim! Sim, eu quero!
Corday: O que você
estava hoje pela manhã!
Abby: Salvando
vidas...
Corday: Mas no lugar errado! Você
não é mais enfermeira! Você agora é uma
interna da ala cirúrgica! Deveria estar aqui em cima, e não
lá embaixo!
Abby: Mas eu fiz a diferença
lá embaixo...
Corday: Deveria ter feito aqui
em cima! "Lá embaixo" não é mais sua
prioridade! A única coisa que você deve fazer é
descer, pegar o paciente, e trata-lo aqui em cima! Se não for
cirúrgico, e não houver que faça por você
lá embaixo, não é seu caso. Você cuida dos
casos cirúrgicos! Não dos clinicos!
Abby:
Extamente! Lá embaixo, hoje, estavam precisando de ajuda...
e eu dei!
Corday: Mas aqui em cima, ficamos
atolados... e você não ajudou em nada.
Elizabeth
fecha seu armário, e saí da sala. Abby descança
de leva a testa em seu armário.
CENA 52 - CASA DOS
SIMONS: Chegando em casa, Thomas e Mika entram calados. Ele
boceja, ela se atira no sofá. Enquanto Thomas procura algo na
geladeira, Mika liga a TV e começa a rir:
Thomas: O
que foi? (ela está assistindo o comercial de Jonas o Robô)
Pelo amor de Deus, Mika. Vê se cresce!
Mika:
Não enche!
Thomas: Quer comer o que?
Mika: Bolacha com doce de leite!
Thomas:
Pro almoço? Vai ficar gorda!
Mika: Larga
a mão de ser besta e faz o que eu tô mandando!
Thomas: Como é mocinha?
Mika:
Hmm...
Thomas: Não faça esse
beicinho!
Mika: Se tu me der a bolacha de doce de
leite, te dou um real!
Thomas: Primeiro vai ter que
sanar sua divida! (pega o pacote de bolachas)
Mika:
Não vai querer cobrar da tua irmã, não é?
Thomas: Não enche! (joga o pacote pra ela)
Mika se senta, e começa a comer os biscoitos. Thomas
começa a preparar um sanduiche:
Thomas: O que
você achou?
Mika: Hã?
Thomas:
O primeiro dia... foi o que você achava?
Mika:
...de jeito nenhum. Vai ser até bom essa parada pra eu dar
uma refletida...
Thomas: Vai querer desistir!
Mika: Não! de jeito nenhum... comecei agora... e
você? O que achou?
Thomas: Dei sorte! Minha
residente é muito legal!
Mika: Heh, heh... é
porque você não viu o MEU residente...
Thomas:
Sim! Eu vi! O que há demais com aquele cara?
Mika:
Como assim? Você é cego? O cara é um Deus!
Thomas: ...você e seus deuses...
Mika:
Não enche.
Mika continua comendo seus biscoitos, e
Thomas põe o sanduiche no micro-ondas:
Thomas:
...Há! E vai ter troco!
Mika: Como é?
Thomas: Aquela catarrada...
Mika: Ai,
não! (se ajoelha no sofá) /bÉ mesmo... me
desculpa/b (risos)
Thomas: Não teve graça...
Os dois acabam rindo.
CENA 53 - PS Corday sai do
elevador, e já vai se incomodando com a poiera, que estava
pior do que ela imaginava. Passando pelos corredores até a
saída, vê que todos do staff a estão olhando
torto, e ela estranha. Uma pouco mais a frente, Chunny está no
pé do ouvido de Kovac:
Chunny: Vai contar ou
não?
Kovac: Não sei... acho que ela
não precisa saber disso.
Haleh: Se não
contar você, conto eu!
Kovac: Tá
bom... Elizabeth, (que já estava na porta da triagem)
espera um pouco... preciso falar com você...
Corday:
Sim... manda!
Kovac: Ãh... aqui não...
vamos pra sala.
Os dois vão pra sala dos médicos,
e os enfermeiros e paramédicos continuam à fazer a
remoção de vitimas.
Dentro da sala, Corday se
senta, e Luka está com as mão na cintura:
Corday:
O que é de tão importante?
Kovac:
...hã... Doug e Carol viram nos fazer uma visita...
Corday: Dr. Roos e Carol! Eles ainda estão por
aqui?
Kovac: Lá fora com o Carter...
Corday: Aonde? eu quero ve-los!
Kovac:
Na frente do rio... recebendo as informações dos
últimos anos...
Corday: Claro... eles
ficaram fora e sumiram...
E Elizabeth ppercebe. Põe a
mão na cabeça, não acreditando na situação./b
Corday: Já contaram pra eles?
Kovac:
(balançando a cabeça)
Corday: Como foi?
Kovac: Você deve imaginar...
Coday:
...eles estão na frente do Rio agora, não é?
Kovac: Você
vai ve-los?
Corday: Claro!
Kovac:
Não... não
precisa... eu só contei pra você não ouvir de
outro jeito.
Corday: Na frente do rio, não?
Lika confirma com a cabeça, Elizabeth se levanta, e sai
calada. Kovac sai em seguida, e começa a bater as mãos:
Kovac: Vamos gente, ainda temos alguns pacientes,
vamos!
Chega Lewis com a filha no colo. Vendo que o movimento
está mais fraco, chega perto de Kovac:
Susan: Vai
precisar de ajuda?
Kovac: Tá doida pra ir
embora, não é?
Susan: Ô!
Kovac: Sim... e o Pratt?
Susan: Ainda
incosciente... mas a paralisia está mostrando ser temporária.
Kovac: Chen está lá com ele?
Susan:
Pois é... coitada...
Abby chega de Elevador, e se
aproxima dos dois médicos:
Abby: Tudo sobre
controle aqui?
Susan: Sim... ai meu Deus!
Elizabeth!
Abby: O que?
Kovac: Fique
tranquila. Eu já contei pra ela...
Susan: Ainda
bem...
Abby: O que?
Susan:
...Doug e
Carol vieram pro County hoje...
Abby: Doug e
Carol...?
Kovac: A
enfermeira Hataway.
Abby: Ah! E Doug é o
marido dela, não é?
Kovac: Isso... e
melhor amigo do Dr. Greene...
Abby: E qual o
problema nisso?
Susan: ...Eles não sabiam
que o Mark tinha morrido...
Abby: Ai, não
brinca!
Susan: Pois é...
Abby:
Mas já contaram, né?
Susan: Já...
Os três olham pro chão por um momento, sem ter o que
falar. Ficou uma situação chata.
enfermeira:
Dr. Kovac! Precisamos do senhor aqui!
Kovac: Com
licensa... (e sai)
cena 54 - FORA DO COUNTY Lewis e
Lockhart partem pra saída do County, o lado oposto ao do
acidente, mas mesmo assim, ainda se houve os barulhos dos grupos de
resgate:
Susan: Você não chegou a conhecer
o Doug?
Abby: Não...
Susan:
Ah... mas chegou a ver a Hataway...
Abby: Isso...
eu fui a enfermeira no parto dela.
Susan:
Que legal...
Abby: É...
parto dificil.
Susan: Mesmo?
Abby:
Pois é... o primeiro nasceu na sala de Trauma. O segundo
precisou de cesariana.
Susan: Teve complicações?
Abby: Sim... ela quase morreu. E o Mark ficou ao lado
dela o tempo todo.
Susan:
Abby:
A Dr. Cobburn queria até fazer uma histerectomia. Mas o Dr.
Greene não deixou.
Susan: Sério?
(sorrindo)
Abby: É... ela ficou dizendo que iria
dedicar todos os próximos filhos dela pro Mark...
As
duas ficam um tempo caladas... e depois param na rua, à espera
de um táxi Lewis resolve mudar de assunto.
Susan: E
o seu aluno?
Abby: Quem, o Thomas?
Susan:
Tratando pelo primeiro nome?
Abby:
Heh, heh...
sua besta. Hoje foi só o primeiro dia. Não deu
pra avalia-lo ainda.
Susan:
Se você quiser, eu posso dar uma "avaliada"
nele...
Abby: Susan! (sem graça)
CENA
55 - FRENTE AO RIO Carter, Carol estão sentados no banco,
calados, enquanto Dou está em pé, caminhando de um lado
para o outro, bem devagar e olhando pro chão. Atrás
deles, chega Elizabeth. Carol a vê, e se levanta vagorasamente,
abraçando-a. Doug continua um pouco longe:
Doug:
Sinto muito...
Corday: Eu também...
Doug: (respira fundo) Parece que eu saí daqui
ontem... Eu não esperava isso de jeito nenhum...
Corday:
Ninguém esperava...
Doug: Ele era meu
irmão! Não é justo!... Nós ainda tinhamos
contas pra acertar... e-eu saí brigado com ele...
Corday:
De jeito nenhum. Não houve mágoas. Eu tenho
certeza...
Doug: Eu nem vim pro... enterro...
Corday: Foi bonito... todos estavm lá...
Doug: Todos menos nós!
Corday:
Você não tinha como saber...
Doug:
Aonde ele está agora? Aonde ele foi...
Corday:
No Havaí.
Carol: Se acertar com a Rachel,
não é?
Corday: Isso... ele se foi
tranquilo...
Doug: Eu quero ir vê-lo!
Carol: Agora?
Doug: Agora!
Carol: Calma Doug...
Doug: Não...
não... Carol, quero ir ver o Mark...
Carol:
Doug...
Carter: Eu levo vocês...
Doug: Não precisa... é sério...
Carter: Eu vou! Levo vocês lá agora...
Doug: ... tá certo... obrigado...
Carte:
Dra. Corday?
Corday: Sim?
Carter:
Você vai...
Corday: Não! não
precisa...
Carter: É por minha conta...
Doug, Carol e Carter esperam uma resposta.
Corday:
...Está bem...
CENA 56 - PS Transferindo os
últimos pacientes, o PS está praticamente vazio. Luka
orienta os enfermeiros e paramédicos no empoieirado ambiente.
Frank já está pra matar alguém:
Frank:
Pronto! Já posso ir embora?
Kovac: Calma,
Frank!
Chunny: Limpamos o quadro, chefe!
Kovac: Tem certeza?
Chunny: Sim!
Frank: Já posso ir embora?
Kovac:
Certo... mas antes providencie o fechamento do PS.
Frank:
Tá certo...
Kovac: Já contactou as
ambulâncias dizendop que estamos fechados pra...
Frank:
A mais de uma hora!
Luka entra na sala dos médicos,
e abre seu armário. Começa a pegar suas coisas pra ir
pra casa. Então entra Jing-Mey, e abre seu armário:
Kovac: Como ele está?
Deb: Vai
acordar esta noite... espero.
Kovac: Ele vai.
Deb: ... chato o lance do Doug e da Carol, não?
Kovac: ...Muito...
Chen pega seu celular e sai
da sala.
Deb: Até a reabertura do PS!
Kovac: Até...
Luka sai da sala, e vai em
direção à saída:
Kovac:
Pronto! (irônico) Doeu tanto assim?
Frank:
Não é você que ainda está trabalhando!
CENA 57 - CARRO DE CARTER/b Carter está dirgindo. No
banco de passageiro está Elizabeth falando ao telefone: Atrás
Doug e Carol.
Corday: Não, não... o
acidente não vai me atrasar, mas eu quero que você fique
com Ella até um pouco mais tarde que o combinado...
babá
no telefone: Não se preocupe.
Corday:
Tchau.
Carol: Bom você ter trocado de
carro...
Carter:
Heh heh...
Carol: Sério...
você dirigia um carro todo acabado... um Jeep não?
Carter: É... Então. Sem malas!
Carol: É... elas estraviaram...
Carter:
Quando vocês voltarem, vão ficar aonde?
Corday:
Eu adoraria que ficassem lá em casa.
Doug:
Não... acho que vamos voltar pra casa...
Carol:
O clima já era...
Doug: ... sabe quando
você não vê que cometeu alguns erros... e só
percebe a burrada quando não dá mais pra corrigir? Eu
estava disposto a reparar algumas coisas com o Mark...
Corday:
Que erros?
Doug: Eu falei muita besteira pra ele
antes de ir embora... e ele foi super com a Carol. Não tive
com agradece-lo por isso...
Carter fica bastante pensativo...
CENA 58 - CASA DE SAM Sam, já com a casa
arrumada está deitada no sofá. A companhia toca. Ela
abre e é Luka. Os dois conversam sorrindo
Sam: Não
precisa tocar a campanhia... entre sem bater.
Kovac: A
porta estava trancada.
Sam: Mas você tem a
chave...
Kovac: Não tenho não.
Sam: Eu não te dei?
Kovac:
(balança a cabeça, em negação, sorrindo)
Sam: Acho que precisamos dar um jeito nisso...
os
dois se abraçam e se beijam...
CENA 59 - AEROPORTO
DE CHICAGO Carter, Corday, Doug e Carol estão na fila pra
comprar os bilhetes:
Carter: Três passagens de
ida-e-volta pro Havaí...
atendente: Primeira
classe?
Carter: Exatamente.
Corday:
Três? Você não vai, Carter?
Carter:
Não... preciso resolver uma besteira que fiz hoje...
CENA 60 - MÚLTIPLAS TOMADAS (musica tocada no enterro de Mark)
Elizabeth, Doug e Carol entram e se sentam no avião.
Frank e alguns enfermeiros saem do County.
Mika assiste TV no sofá, enquanto Thomas dorme no quarto.
Weaver está desconsolada no sofá de sua casa, e parece ouvir a porta. Ela atende e é Carter, que a olha nos olhos e eles se abraçam. Kerry começa a chorar.
Luka e Sam no sofá, vêem Alex chegando, e jogando a mochila no chão. Ele dá um tchauzinho pra mãe e vai pro banheiro. Sam sorri de felicidade.
Susan está assoprando a barriga da filha, que sorri com as cocégas.
Abby senta-se em sua cama, encarando, do outro lado da casa, uma garrafa de bebida.
Doug, Carol e Elizabeth chegam no
Havaí. Passando pelo saguão, Carol chama a atenção
de Doug pra que ele olhe pras esteiras. Ele olha e não
acredita na coincidência:
Doug: Não é
possivel!
Corday: O que?
Doug: São
nossas malas mesmo...
Na sala de recuperação, sobre a atenção de Jing-Mey, Gregg abre os olhos. Eles sorriem e ela passa a mão em sua testa.
Hataway, Ross e Corday saem de um táxi, e entram no cemitério. Eles caminham até a cova de Mark. Chegando lá, Doug se ajoelha e começa a chorar.
fim de cena...
executive producers:
christopher
chulack
jack orman
michael crichton
