Disclaimer: eu não sou dono dos personagens, não quero ganhar dinheiro nenhum com isso.
Feedback: comentários serão bem aceitos )
Previsoustly, on ER: Após um sequestro, Carter, em estado de abstinênica, indiretamente causa a morte e ferimento de colegas.
...
JUST FOLLOW THE DAY - PARTE 1
... a manhã
seguinte ao massacre do County...
CENA 1 - CEMITÉRIO
SAINT ILLINOIS
discretamante, sobre a trilha do
enterro de Mark
Ironicamente, faz uma bela manhã em
Chicago. A nevasca cessou bastante, e agora o gramado e as arvores do
cemitério estão forrados pelo branquinho discreto da
neve. Vestidos de preto, acompanhado a colocação dos
jazigos, estão todos que puderam comparecer: Weaver, Susan,
Samantha, Mika, Jerry, Randi, Melinda, alguns familiares e todos os
enfermeiros do hospital.
As três covas estão
vizinhas uma da outra. A primeira a ser colocada é a de Deb, e
quase paralelamente a de Pratt. E depois da missa final, a terceira
cova é colocada: a de Thomas.
encerramento da música
Num pequeno grupo, afastado dos outros, Sam, Kerry e Susan
conversam olhando a tristeza dos parentes:
Sam: Eu
ainda não acredito que isso aconteceu...
Kerry:
Não é só você.
Sam:
Kerry: E agora?
Susan: Agora? Não
sei... ainda tõ perdida.
Sam: Decidiram
onde... vão enterrar a dra. Corday?
Susan:
Não. Ela ainda tá no necrotério
do County...
Kerry:
Vamos deixar ela no Havaí com Mark, ou pra Inglaterra, do
lado dos pais?
Susan: Não sei. Eu não
sei...
Sam: E ainda tem a Ella.
Kerry:
Pobre garota.
Sam: Vocês sabem aonde estão
as cartas de Mark?
Susan: ... sei. Na sala dela.
Kerry: Susan, a Elizabeth me pediu... que elas fossem
entrega às filhas de Mark.
Susan: Eu sei...
Kerry: Mas eu não vou poder. A policia abriu um
inquérito, querem falar comigo sobre o sequestro.
Sam:
Que insensibilidade.
Kerry: Eu que o diga.
Susan: Eu vou pro County. No caminho decido onde...
onde deixar a Elizabeth.
Kerry: Obrigada por fazer
isso.
Susan: Mas... o que não posso deixar é
o Chuck com a Sherry e a Ella.
Sam: Deixem a Ella
comigo por enquanto.
Susan: Sério?
Sam:
Sim. Eu não vou me ocupar por um tempo...
Susan:
Obrigada.
Jerry: Oi gente...
Kerry:
Oi Jerry.
Jerry: Ehr...
acabei de ligar pro Northwerstern. A cirurgia de Abby acabou.
Susan: Graças a Deus... ela já saiu da
sala?
Jerry: Foi pra UTI. Tiveram complicações
por que... ela perdeu 40 do intestino...
Sam: Mas
no fim...
Jerry: Foi o que os médicos
esperavam. Ela deve ficar bem.
Kerry: Isso é
bom.
Sam: E o Luka?
Jerry: Ainda
com sinais de paralisia.
Kerry: Continua nos
aparelhos?
Jerry: Foi o que os médicos
disseram.
Kerry: É muito tempo prum inchasso
na coluna. Será que...
Sam: Não! Ele
não vai ficar tetraplégico.
Kerry:
Sam: Não vai...
Susan: É
isso aí!
Chegando perto do grupo, e ainda um pouco
abatida, Mika se aproxima com uma muleta.
Mika: Por
favor, não pense que estou tirando uma de sua cara.
sorrindo
Kerry: Não mesmo... se abraçam
Mika: E aí... limpando a cara Alguma
noticia dos outros?
Susan: Terminou agora a
cirurgia de Abby.
Mika: E ela tá bem?
Kerry: Vai se recuperar.
Mika: O
fi-da-mãe... deu uma da herói e se vai sem glórias...
simpática
Susan: Pelo contrário.
Mika:
Kerry: Kovac continua
desacordado.
Mika: Movimentos?
Kerry:
Não.
Mika: Ele sai dessa...
Susan:
Carter tá a caminho de Atlanta com Benton.
Mika:
... eu não quero saber dele.
Susan:
Mika: Eu vou... apontando pros pais
Susan:
Tudo bem.
Mika: Até logo.
A aluna
vai embora, bem devagar.
CENA 2 - ACENTOS DO AVIÃO
Abatidissimo, Carter nem pisca. Benton ao seu lado, é só
frustração...
Carter: Ainda falta muito?
Benton: Um pouco.
Carter:
Benton:
Carter: Não pensei
que fosse fazer esta viagem outra vez.
Benton: E
nem eu.
Carter: ... foi mais forte do que eu...
Benton:
Carter: E desta vez foi
bem pior.
Peter e John se olham nos olhos:
Carter:
Eu matei todo mundo...
CENA 3 - COUNTY GENERAL
Susan está na rua da frente do hospital, mas o movimento
dos curiosos, e a filmagem de algumas emissoras atrapalha a ida ao
prédio. Chegando lá, é parada por um policial:
policial: Sinto muito senhora. O hospital
estáinterditado.
Susan: Eu sei. Eu trabalho
aqui, e vim... fazer uma remoção.
policial:
Ow. Dra. Lewis?
Susan: Sim. mostrando o
documento
policial: Pode entrar. levantando a
fita
Susan: Obrigado...
Na recepção
do PS, ainda cheia de fotografos da perícia, o sangue ainda
está por todo o lugar.
forense: Bom dia.
Susan: Não sei se tão bom...
forense: Você é a dra. Lewis?
Susan:
Sim senhor.
forense: Finalmente. Bem, sinto
muito, mas você precisa logo pegar o corpo.
Susan:
Estou indo.
Ela caminha pelo PS, e vai mais devagar ao ver
a destruição causada ontem.
forense: É
melhor não demorar muito.
Susan: Eu não
pretendo...
CENA 4 - NECROTÉRIO
Lewis
desce as escadas de acesso, e na sala de resfriamento, só
encontra a dra. Yang no computador e... o corpo de Elizabeth.
Susan:
Olá...
Luiza: Ow, dra. Lewis.
Susan:
Oi dra. Yang. Já posso... tomar o corpo?
Luiza: ... claro.
Está pronto desde ontem. Decidiu onde enterra-la?
Susan:
Honestamente? Não.
Luiza: Enterre-a com o
marido.
Susan:
Luiza: Só
uma sugestão...
Susan: É válida.
Luiza: Agora, só preciso de um minuto. Preciso
terminar o atestado de óbito dela... volta ao computador
Susan: Ok.
Lewis passa pela maca onde está
Elizabeth, e sente-se horrivel. Depois faz um movimento pra retirar o
pano, e ver seu rosto:
Luiza: Eu não faria isso.
Susan: Por
que? largando o pano
Luiza: ... o tiro foi
na nuca, e trespassou a cabeça. Não será uma
imagem bonita.
Susan:
Luiza: Eu
também recomendo caixão fechado. volta ao PC
Lewis desiste de ficar perto do corpo da amiga, e resolve andar
um pouco pra espairecer. Uns passos à sua frente, encontra
três fichas médicas.
Luiza: Por favor, não
mexa nisso.
Susan: São as causa-mortis?
Luiza: São...
Susan: Onde está
a dos...
Luiza: A policia levou os corpos. Só
trabalhei com as vitimas do County.
Susan: vendo uma
ficha Quatro tiros...
Luiza: Thomas Simons. O
coitado foi fuzilado. Uma dilacerou a veia cava inferiror, outras
duas a artéria.
Susan: E mais um no rim...
Luiza: Soube que ele estava por cima de Lockhart.
Salvou a vida dela.
Susan: Nós sabemos...
vendo outra ficha Uma bala só?
Luiza: Como?
Susan: Greg e Deb... morreram com a mesma bala...?
Luiza: Sim. Meio romântico, né?
Susan: ... não acho...
Luiza:
Desculpe. Foi uma observação infeliz...
Susan:
... ela estava grávida?
Luiza: Sim.
Susan:
Luiza: Décima
semana de gestação.
Susan: ...
droga...
Luiza: Eu resolvi não contar. Ia
ser um choque maior pra vocês.
Susan: Não
achei que pudesse ser maior...
Luiza: E os outros
dois? Lockhart e Kovac?
Susan:
Se
recuperando...
Luiza: Acabei.
Yang se vira, e entrega o laudo de Corday.
CENA 5 -
CLINICA DE ATLANTA
É como um flashback. Carter está
sentado na mesma cadeira... e Benton tenta responder o formulário.
atendente: É melhor que ele mesmo preencha.
Benton: Eu sei disso.
atendente: Então
deixe-o fa...
Benton: Escute. Ele preencheu da
última vez, mas não queria estar aqui. Desta vez é
diferente: ele veio voluntariamente.
atendente: Mas
senhor...
Carter: Benton...
Benton:
se vira
Carter: Eu preencho.
Peter coça
o queixo, mas resolve entregar a Carter o formulário.
Carter:
Obriado.
atendente: O senhor precisa ir agora.
Ele deve ficar sozinho.
Benton: Espero que seja a
última vez!
O cirurgião já estava alguns
passos distante, quando John fala alto:
Carter: Até
daqui 3meses.
Benton: ... só depende de
você.
Carter:
...
JUST FOLLOW THE DAY - PARTE 2
CENA
6 - CARRO DE SAM
Deixando
o cemitério, a enfermeira, no banco do motorista está
conversando com Chuck, que está com a filha no braço.
Já está no banco de trás, está Ella
Chuck: Olha... obrigado por fazer isso. Eu não
ia dar conta... sorrindo
Sam: Não tem
problema.
Chuck: respira fundo
Sam: É
uma bosta mesmo...
Chuck: O que vão fazer
com ela agora?
Sam: Não sabemos. Ainda
estamos esperando... alguém entrar com um pedido de adoção...
Chuck: Que coisa chata...
Sam: É...
Chuck: Olha, ela não vai dar muito cuidado não.
É um anjinho. olhando pra Ella
Sam: Chuck...
sussurrando ... ela sabe... o que aconteceu coma mãe?
Chuck: Sim... do jeito dela, mas entende...
Samantha olha pro banco de trás, e vê que Ella
parece confusa. Está olhando pra todos os lados, está
com a cara triste... mas não chora.
Sam: Eu vou
nessa. Tchau Chuck.
Chuck:
Tchau. Boa sorte. sai
de perto do carro
Sam: se vira pra trás Ella,
nós vamos pra minha casa agora. Tá confortável
aí?
Com o polegar na boca, gentilmente confirma que
sim. Samantha olha pra frente, e a luz do sul está em sua
cara. Ela então põe os oculos escuros...
CENA
7 - ATLANTA
Colocando os óculos e saindo da clinica,
Benton fala ao celular enquanto segue pro táxi.
Benton:
Alô?
Susan?
Susan: Oi Benton.
Benton: A Kerry me
disse que você... tava... cuidando da Elizabeth.
Susan:
Sim.
Benton: Que barulheira é essa?
Aonde você está?
Susan: Estou saindo do
County agora. Tá um inferno isso daqui.
Benton:
E pra onde voce vai?
Susan: Não sei...
Benton: Susan... eu quero... ir.
Susan: Eu
sei. Você vai no enterro dela.
Benton:
passa a mão no rosto
Susan: Você tá
indo pro aeroporto agora, né?
Benton: Sim.
Mas que passagem compro? Havaí ou Londres?
Susan:
Eu também estou indo pro aeroporto. Juro que lá
penso onde vai ser... e te ligo.
Benton: Okay...
e mesmo se o Carter não tivesse bancado tudo, eu iria do mesmo
jeito...
Susan: Eu sei. Falando nisso... como vai o
John?
Benton: ... acabei de deixa-lo.
Susan: E como ele estava?
Benton: A
gente pode falar disso depois? entra no táxi
Susan:
...okay. Daqui a pouco te ligo. Tcahu.
Benton:
Tchau... desliga o celular
Peter respira bem fundo... e
apoia a cabeça na porta do táxi.
taxista:
Pra onde amigo?
Benton: ... eu tô
perdido...
CENA 8 - COUNTY
Saindo do hospital
em seu carro, e seguindo o carro da funerária, Lewis sente-se
invadida com os flashs dos jornais e revistas.
CENA 9 -
CLÍNICA DE ATLANTA
Descendo a escadaria do prédio,
John, abatido, segue o professor da instituição.
professor: Vamos logo. Assim que um paciente chega...
Carter: Tem que ser feita a apresentação.
Eu sei... eu sei...
professor: É uma pena o
seu retorno Dr. Carter. Este não é o tipo de local em
que queremos ver caras do passado.
Carter: Sinto
desaponta-lo...
professor: Não foi a mim que
você dasapontou.
E John pára no meio do camiho.
professor: O que houve?
Carter: Eu
não queria fazer isso mesmo, mas... eu tô com um gosto
aqui...
professor: Como?
Carter: Eu
não me refiro ao tratamento... só... às
semelhanças.
O professor observa John se inclinar na
escada... e cuspir.
professor:
Carter:
Entendeu o que eu disse?
professor: Agora sim...
CENA 10 - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA DE CHICAGO
Weaver está entrando na sala do detetive encarregado das
investigações nos homicidios do County.
detetive:
Por favor, sente-se.
Kerry: senta-se
detetive:
Você quer alguma coisa? Agua, caf...
Kerry:
Café, por favor.
detetive:
Kerry: Eu
não durmo háquase três dias.
detetive:
Sempre soube... enchendo o copo ... que os médicos
tinham um horário duro. Mas três dias?
Kerry:
Foi uma semana atípica.
detetive: entrega o
café
Kerry: Obrigada... Por que o senhor me
quer aqui?
detetive: Mm... precisamos esclarecer
algumas coisas.
Kerry: Eu perdi quatro colegas
ontem. Uma grande amiga. Outros dois estão muito mal. E-eu não
tô com cabeça pra isso
detetive: Sinto
muito, mas quanto mais rápido forem os depoimentos, mais
rápido esclareceremos tudo.
Kerry: O que há
pra se esclarecer? Foi uma tragédia!
detetive:
Eu sei...
Kerry: Foi um sequestro... que
terminou da pior maneira possivel.
detetive: A não
ser por dois pontos.
Kerry: ... quais?
detetive: Primeiro: por que o hospital completamente
vazio na ocasião? Meio suspeito, não?
Kerry:
Como é?
detetive: Sem seguranças...
pacientes...
Kerry: Eu não acredito que
estou ouvindo isso!
detetive: E segundo.
Kerry:
detetive: Queremos saber
se... lendo uma ficha John Truman Carter... o dr. Carter
pode estar diretamente ligado no desfecho de ontem.
Kerry:
detetive: Saiba que eu não estou aqui
pra acusar ninguém. Só quero por um ponto final.
Kerry: ... que seja.
detetive: Vamos
lá: por que o hospital vazio?
Kerry: Corte
de despesas.
detetive: Mm...
Kerry:
Com a nevasca de ontem, pareceu... oportuno fechar o County. Não
teriamos muito movimento, e eu resolvi fazer uma transferência
dos pacientes naquela madrugada.
detetive: Entendeu
meu ponto de vista? É uma incrivel coincidência horas
depois o sequestro acontecer.
Kerry: Seria pior se
tivessemo lotados...
detetive: Mm... corte de
despesas.
Kerry: Sim.
detetive:
Você, como chefe do departamente, não achou
necessário por nenhum segurança no prédio ontem?
Kerry: Corte de despesas.
detetive:
Mas...
Kerry: E o que um homem com um revolver
iria fazer contra cinco armados com metralhadoras?
detetive:
... chegou num ponto interessante.
Kerry:
detetive: Dr. Carter...
Kerry:
detetive: Apesar
de algumas contradições em seus depoimentos, todos
relataram o disparo de Carter.
Kerry:
detetive: O disparo que fez a equipe de resgate entrar
pré-meditadamente.
Kerry: ... sim. Foi ele.
detetive: Me diga uma coisa: você acha que a ação
dele... influenciou no desfecho?
Kerry: ... nós
estavamos sore um forte stress. Os sequestradores tinham decidido
levar cinco das muheres... Carter agiu... por impulso, mas agiu. Mas
eu não acredito... não quero acreditar que seria
diferente caso ele não reagisse.
detetive:
Mesmo?
Kerry: Quem sabe o que eles iam fazer
conosco lá dentro?
detetive: Ha quanto tempo
conhece o dr. Carter?
Kerry: ... Quase dez anos.
detetive: Segundo o relatório, três
mulheres no depoimento, disseram que Carter teve sim, influência
no desfecho.
Kerry:
detetive:
Samantha Taggart, enfermeira do County desde 2003. E as estudantes
Melinda Combs e Mikaela Simons... todas do meio do ano passado. Eu
acho, que os outros depoimentos... o seu, e o da dra. Lewis, foram
mascarados por cohecerem ele a muito tempo.
Kerry:
detetive: Ele está num clinica de Atlanta agora,
não é?
Kerry: Sim.
detetive:
Então... como estava em abstinência, não
poderia ser necessariamente o culpado, não é?
Kerry:
CENA 11 - CASA DE SAM
Chegando em casa, sem brilho no olhar, e ao lado de Ella, Sam é
recebida por Alex:
Alex: Oi mãe!
Sam:
Oi...
Alex: Te vi no enterro!
Sam:
Alex: Passou na TV.
Sam:
Ow...
Alex: Quem é essa?
Sam:
Esta? Esta é Ella. Vai ficar um tempo conosco.
Alex
se inclina um pouco pouco pra ver a garota... que assustada, se
esconde atrás das pernas de Samatha.
Alex: Por
que ela vai ficar aqui?
Sam: ... vai ser
temporário. Seja legal com ela.
Alex: Tá
certo... Oi Ella. Eu sou o Alex. Você quer alguma coisa?
Bem baixinho... sem quase soltar um som de sua boca, Ella fala:
Ella: ... eu quero a minha mãe...
Sam:
evitando chorar ... você pode leva-la pro meu quarto,
Alex?
Alex: ... tá.
O filho de Sam
dá as mãos pra Ella, que com seus passinhos tortos vai
até o quarto de Tagart.
Alex: Ah, deu na TV
também que a cirurgia de Luka acabou, mas ele mostra sinais de
treta... teta...
Sam: ... tetraplaugia.
Alex:
Isso. Quer dizer que ele não move nada do pescoço
pra baixo?
Sam: Vai pro quarto que eu já tô
indo.
Samantha desliga a televisão, e senta-se no
sofá. Entrando numa espécie de mantra, ela tenta
relaxar. Olhando pro nada, ela abaixa a cabeça e cobre os
olhos com a mão.
CENA 12 - UTI NORTHWESTERN
Desacordado e respirando com a ajuda de aparelhos, Luka é
observado por Mikaela que acabou de chegar, e por uma cirurgiã
do hospital.
Mika: ... oi...
cirurgiã:
Bom dia.
Mika:
cirurgiã:
Está vindo fora do horário de visitas...
Mika:
Abriram uma excessão pra mim. Eu tava no Counyt.
cirurgiã: Ow...
Mika: E aí?
Como é que ela está?
cirurgiã:
Considerando o que ele passou... é um milagre estar vivo. A
bala danificou a jugular mas mesmo com a perda de sangue...
Mika: ... mantem atividade cerebral.
cirurgiã:
Sim.
Mika: E a paralisia? Alguma sensação
de movimentos?
cirurgiã: Anda não
reage a estimulos de dor em nenhuma parte do corpo.
Mika:
cirurgiã: Mas não é
definitivo! O coma, e com certeza o inchaço na espinha estão
causando isso. tem boas chances de recuperação.
Mika: Total?
cirurgiã: ...
depende dele. Vai ter que fazer terapia... Repito, teve sorte de
continuar vivo, mas não está em sua melhor forma.
Mika: Eu posso... ficar um tempo com ele... a sós?
cirurgiã:
Mika: Por favor.
cirurgiã: Dois minutos.
Mika: ...
obrigada...
cirurgiã: Dois minutos.
sai da sala
A estudante pôe a bolsa ao pé da cama,
e se aproxima do médico. Ela reluta em fazer, mas acaba
checando os movimentos dele. Ela levanta a mão dela algumas
vezes, mas acabou caindo nas duas tentativas, como se o braço
não tivesse vida. E ela resolve parar.
Mikaela se senta
numa cadeira dele, e fica próxima de seu rosto.
Mika:
Oi grandão...
Ela de repente começa a
chorar, mas dá um "agito" em si mesma, limpa a cara,
e continua a falar.
Mika: Tá reconhecendo minha
voz? É a Mika... sua estudante pentelha. Eu... espero que
esteja me ouvindo, porque o povo já acha que sou meio biruta e
falar sozinha não ia bem no meu curriculo. se afasta um
pouco dele Eu vim dar noticias... eu tô vindo do enterro do
Pratt, da Deb... e do meu irmão. Eles não conseguiram.
Parece que todos os homens ontem resolveram dar uma de escudo...
sorrindo Menos o dr. Carter. Mas isso é outra história.
E o Frank... ainda tá se recuperando da angioplastia. Vocês
fizeram um bom trabalho... eu levei um tiro no tornozelo. Tá
doendo muito, mas eu não tô me achando no direito de
reclamar disso. A Sam tá ótima. Você salvou ela.
Espero que ela compense este ato. Espero mesmo, porque não tô
mais afim de... me meter nesta história. Você salvou a
ela, e não a mim.
Mikaela se levanta, e respira fundo
mais uma vez. E vai ao pé da cama pra pegar sua bolsa.
Mika:
A dra. Lewis ainda vai decidir onde... onde enterrar a dra.
Corday. Ela também não conseguiu. E tem a Abby... a
mulher que... sei lá, que de algum jeito deixava vocês
malucos... e fez meu irmão fazer aquilo. Ela tá se
recuperando da cirurgia... tô indo vê-la agora. Depois eu
trago mais noticias dela... espero que se recupere.
cirurgiã:
abre a porta
Mika: ... eu já tô de
saída...
CENA 13 - PÓS OPERATÓRIO
NORTHWESTERN
Caminhando com o uso da muleta, Mikaela passa
pelos corredores do hospital, e no caminho encontra a mãe de
Abby, com um copo d'agua na mão.
Mika: Oi...
Maggie: Oi...
Mika: Você é
a mãe da dra. Lockhart, não é?
Maggie:
Sim.
Mika: Eu me lembro de você... quando
visitou o County um tempão atrás
Maggie:
Eu mesma... e me desculpe, mas eu não me lembro de você...
Mika: Eu sou a Mikaela.
Maggie: Mm...
Mika: Eu sou a med-studant de Abby. E por pouco, quase
cunhada dela.
Maggie: Oooow... você é
a irmã do Simons. com um sorriso no rosto
Mika:
Sou...
Maggie: Venha cá...
No
corredor do hospital, as duas se abraçam forte. Recostando as
cabeças uma no ombro da outram ambas choram bastante.
Maggie:
Eu sinto muito...
Mika: ... eu sei...
Maggie: ... a minha filha... ela tá viva agora
porque...
Mika: ... eu sei...
As duas param
de se abraçar, e com os olhos encharcados uma encara a outra.
Maggie: Me desculpe não ter ido hoje...
Mika: Que besteira. Sua filha precisa de você
aqui...
Maggie: Eu sei, mas mesmo assim... sinto
muito.
Mika: ... obrigada.
Maggie:
Ehr... me desculpe, quer ir vê-la?
Mika: Só
vim fazer uma visitinha...
As duas entram no quarto de
Lockhart, e sua situação aparenta ser melhor do que a
de Kovac. Ela não respira por aparelhos e o saco da colostomia
é o único indício de sua gravidade.
Mika:
Quando terminou a cirurgia dela?
Maggie: A quase
duas horas.
Mika: Então ainda está
sedada...
Maggie: Sim, sim. Os médico
disseram que ela vai acordar à tarde.
Mika:
E... como foi?
Maggie: Tiveram que fazer uma...
colo-alguma-coisa...
Mika: Colostomia.
Maggie:
Isso. Ela... perdeu 30 do intestino. Ainda vão ter que
fazer outra cirurgia pra remenda-lo.
Mika: Pois
é... é um procedimento complicado.
Maggie:
Me disseram também. Mas os médicos disseram que saiu
tudo certo.
Mika: Isso é bom.
Maggie:
Mika:
Maggie: Eu ainda
não acredito no que aconteceu.
Mika: ...
ninguém acredita.
Maggie: O Carter atirou
num sequestrador? Por que ele fez aquilo?
Mika:
Sra.
Lockart...
Maggie: ...
Wyzinsk.
Mika: Me desculpe... sra. Wyzinsk, eu não
quero saber disso. Não quero nem pensar nisso agora.
Maggie:
Mika: A única
coisa que eu sei... é que o dr. Carter matou quatro pessoas
ontem. Incluindo meu irmão.
Maggie:
Mika:
Maggie: ... me desculpe...
Mika:
Não é culpa sua.
CENA 13 - CLÍNICA DE ATLANTA
Sentado na
sala de pacientes, com as cadeira organizadas num circulo, Carter
está pra fazer sua apresentação.
professor:
Dr. Carter...?
Carter:
professor:
Por favor.
Carter: Eu estou tentando... isso é
dificil.
professor: Tente com mais vontade.
Carter:
professor:
Carter: ...olá. Eu sou Carter.
todos:
Oi Carter.
John se levanta furioso:
Carter:
Isso é ridiculo!
professor: Sente-se!
Carter:
professor: Você
sabe que todos tem que fazer isto.
Carter:
sentando-se
professor: Agora: por que você veio
pra cá?
Carter: Eu... tive uma forte
recaída.
professor: Qual foi o primeiro
motivo pra você usar drogas?
John se levanta mais uma
vez, só que mais furioso ainda, derruba a cadeira no chão,
e grita pra que todos ouçam:
Carter: gritando Eu
não quero! Eu não quero fazer isso agora! Você
não entende?
professor:
Carter:
muito nervoso
professor: Ok gente... vamos tomar
alguns minutos. Dr. Carter, vai ter o seu tempo. Só espero que
tenha um pouco mais de calma na próxima vez.
Todos
saem da sala, e Carter se vê sozinho... de novo. Ele começa
a chorar muito. Agachado, no meio da sala, com a barba por fazer,
nariz escorrendo e lágrimas em todo o rosto, John encara mais
uma vez a realidade.
CENA 14 - DEPARTAMENTO DE POLÍCIA
DE CHICAGO
Mais furiosa do que amargurada com o que passou na
sala do detetive, Kerry enchuga o rosto, e usando o celular, liga pra
Susan
Kerry: Alô? Susan?
Susan: Oi
Kerry.
Kerry: Acabei
de sair da delegacia. Onde você está?
Susan:
Cheguei no aerporto agora mesmo. Como foi aí?
Kerry: Eu não quero falar sobre isso. Decidiu
aonde... nós vamos?
Susan: Ainda não...
Kerry: Olhe, me espero que chego aí em meia
hora.
Susan: Claro. É até bom que decido
aonde ir... rindo sem graça
Kerry: Até.
desliga o celular
Weaver desce as escadarias do departamento, e
é abordada por uma pessoa de gravatas.
acessor:
Dra. Kerry
Weaver.
Kerry: Eu
mesma.
acessor: Thomas Sheppard, acessor do
governador.
Kerry: Ow...
acessor:
Desculpe-me importuna-la agora, mas precisamos conversar sobre o
ocorrido ontem.
Kerry: Escute, estou indo enterrar
uma amiga agora. Por que não me deixa em paz?
acessor:
Kerry: Obrigada. vai pro carro
acessor: Ehr... quando tiver tempo, o governador
gostaria de conversar com você. Aqui está o meu cartão.
Weaver ignora por um tempo. Mas resolve pegar o cartão.
Ela dá partida no carro, e segue pro aeroporto.
CENA
15 - AEROPORTO DE CHICAGO
A camera está bem afastada
de Lewis. Mas percebe-se que ela está conversando com os
quatro funcionários da funerária, e pede pra eles um
tempo. Depois, Susan atravessa o saguão do aeroporto, e
bastante apática, espera sua vez na fila. Ela é a
terceira e depois de um tempo...
atendente: Pois não?
Susan: não percebe
atendente: Senhora?
Susan: Ow...
me desculpe.
atendente: Em
que posso ajuda-la?
Susan: Eu queria...
27passagens.
atendente: Uau. Vai ser dificil
coloca-los no mesmo vôo. usando o computador O
pagamento será em cheque ou no cartão?
Susan:
Cash.
Ela abre uma bolsa, com o dinheiro entregue por
Carte... são milhares de dólares.
atendente:
mm... e o destindo?
Susan: Dependerá do
destino mesmo.
atendente: ... como?
Susan:
Ehr... os vôos pra Londres e Havai. Todos tem vagas pra este
número de pessoas?
atendente: Mm...
checando Ambos estão lotados pro vôo de agora. Mas
nos próximos estarão disponiveis.
Susan:
Mentira...
atendente: E ambos saem em 3horas.
Susan: confusa ... então pra onde vou? Londres
ou Havaí?
Doug: Havaí.
Lewis
se vira, e pra sua alegria vê Doug e Carol.
Carol:
Seria uma boa... ficar com o amado dela.
Lewis solta um
infimo sorriso, e depois as lágrimas caem de seus rosto, e
mesmo tentando evita-las, ela chora bastante.
Carol também
chora, e as duas se abraçam forte... não é o
melhor dos reencontros, mas é um reecontro.
Doug:
Ehr... ela vai pro Havaí.
atendente: Okay...
digitando
Susan: limpando os olhos e sorrindo Agora
são 29passagens.
Doug: Uau... leve
sorriso
O celular de Lewis toca mais uma vez:
Susan:
Alô... ainda enchugando as lágrimas
Benton:
Susan. Estou no aeroporto.
Susan: Eu também.
olha pra Doug e Carol Nós vamos enterra-la com Mark...
...
JUST FOLLOW THE DAY - PARTE 3
CENA
16 - AEROPORTO DE CHICAGO
Sentados
esperando pela hora do vôo, Susan, Carol e Doug tentam
conversar... Nenhum dos três se olham. Apenas ficam com a
cabeça pra frente:
Carol: ... ehr... nós
nos mudamos de cidade. Agora lá tem TV.
Susan:
leve sorrido
Doug: O negócio de ontem...
passou em todos os canais.
Susan: Eu sei.
Carol: Ainda é... meu Deus.
Susan:
É...
Carol: Como está o Luka?
Doug:
Susan: Em coma. Paralisado
do pescoço pra baixo.
Carol: ... e a Abby?
Susan: Viva.
Doug: Eu só... só
conhecia a Deb. E claro... a Elizabeth...
Susan: As
coisas mudaram. O hospital cresceu... recebemos gente nova... Mas
agora parecu perder o rumo.
Carol: Como você
está?
Susan: ... nada bem.
Doug:
Ehr... por que tá lidando com isso tudo?
Susan:
Como?
Doug: ... pegando o corpo...
providenciando a passagem...
Susan: Nah.. só
eu fiquei disponível.
Doug:
Cadê a
Weaver? Cadê o Carter?
Susan:
Doug, não parece mas a Kerry é boa pessoa. Você
não tem idéia de como ela está mal com isso
tudo.
Doug:
Carol: E o
Carter?
Susan: ... deu o dinheiro.
Doug:
Ah... já tava suspeitando que estas verdinhas eram suas, e
que o County tava pagando bem.
Susan: sorrindo
Não... mesma merreca de sempre.
Carol: Quem
nós... estamos esperando?
Susan: Quase todo
mundo. Nem sei se vão. Muita gente não dorme faz três
dias.
Carol:
Doug:
Susan:
Carol:
Como é a maternidade?
Susan: leve sorriso Legal. Cansativo, mas muito
legal. A Sherry é um anjo.
Doug: Anjo... as
nossas são umas pestes.
Susan: Sério?
sorrindo
Carol: É. sorrindo A Kate
cortou os cabelos da Tess... a coitadinha ficou horrivel.
Susan:
Ciúmes?
Carol: Exatamente. sorrindo
Doug:
O que me impressionou foi a destreza dela. Muitas crianças
de 5anos não conseguem usar uma tesoura daquele jeito.
Carol: É nisso o que você pensa Doug?
Doug: A Tess podia ter perdido um olho...
sorrindo
Carol: revira os olhos
Susan:
Olha... é ótimo rever vocês... sorrindo
Carol&Doug: passam as mãos nas costas dela
Susan:
Carol:
E a Ella?
Susan:
Carol: É o nome da filha de Mark, né?
"Ella".
Susan:
Sim...
Doug: Que
sacanagem.
Carol: Aonde ela está?
Susan: Com a Sam... vocês não a conhecem.
Carol: E... como vai ser?
Susan: Não
sabemos.
Doug: Ela tem... quantos anos?
Susan:
Quase quatro.
Doug: Droga... e ela sabe... o que
aconteceu?
Susan: Sabe...
Cruzando o saguão
do aeroporto, e fazendo barulho com sua muleta, Weaver chega no
grupo.
Kerry:
Oi... Doug...
Carol...
Carol: Oi, Kerry.
Doug:
Oi...
Susan: Uma
visita surpresa...
Do nada, Weaver começa a chorar.
Envergonhada, ela tenta esconder o rosto, mas é percebivel.
Carol se levanta, e consola a colega.
Kerry: Quando
vocês chegaram?
Carol: Agora mesmo...
param de se abraçar
Doug: E já vamos
partir de novo... pro Havaí agora.
Kerry:
Havaí... com Mark então.
Susan: É...
Kerry: Avisou o Peter?
Susan: Sim.
Ele já... olha pra Doug e Carol ... já deixou
o Carter
Doug:
Carol: O que
houve?
Susan:
Carol: Deixou o
Carter onde?
Kerry: Ehr... não é a
hora pra gente explicar isto... Nenhuma hora é hora pra isto.
No avião nos falamos mais. Vamos esperar chegar o pessoal...
Doug: Pra quem você ligou?
Susan:
Pra quase todo mundo. Já devem estar chegando. A Sam não
quis vir... vai ficar com Ella.
Kerry: Ligou pra
Mikaela?
Susan: ... não... acho que ela vai
ficar.
Um breve momento de silêncio... Carol, Doug e
Susan ficam sentados, enquanto Weaver em pé os encarara...
Kerry: Vocês escolhem os piores momentos pra nos
visitarem, não é?
Doug: sorrindo Não
é com nossa intenção...
Vindo do saguão,
um enorme grupo de pessoas, chegam pra embarcar. São alguns
dos funcionários do County, desde os recepicionistas Jerry e
Randi, alguns enfermeiros e cirurgiões como Anspaugh. Sabendo
que não é o momento certo, nenhum deles demonstra
grande alegria ao ver Carol e Doug.
Carol: Nossa, veio
todo mundo mesmo.
CENA 17 - CLINICA DE ATLANTA
De
novo na sala, com as cadeiras arrumadas em circulos, e um pouco mais
controlado, John se prepara para a apresentação.
Carter: ...ehr... ai, droga.
instrutor:
Pode falar. Ninguém está aqui pra te julgar.
John se levanta mais uma vez, e assusta à todos. Mas desta
vez, apenas fica atrás da cadeira, apoinado as mãos no
encosto dela.
instrutor: Pode começar.
Carter: ... oi. Eu sou John Carter.
todos:
silêncio
Carter: Não vão falar
"Oi Carter"?
paciente1: Não... da
outar vez você ficou muito aborrecido. sorrindo
Carter:
Agradeço.
instrutor: Continue.
Carter: Eu sou... médico em Chicago. E tive uma
recaída. Depois de quase 4anos limpo, voltei a me... drogar.
instrutor: O que você está usando?
Carter: Fentanyl. Demorol... percodan...
paciente2: Em geral medicamentos.
Carter:
Isso.
instrutor: Por que voce usou da primeira
vez?
Carter:
instrutor: ... é
importante pro tratamento que você responda.
Carter:
Eu fui esfaqueado na costas. O medicamento era pra controlar a
dor... mas acabei me viciando.
instrutor: O vicio
foi apenas pra controlar a dor?
Carter: ... não.
Também. Doía demais... mas a dor acabou ficando de
lado. Usei porque estava gostando... do barato.
instrutor:
E seus colegas de trabalho o colocaram em tratamento.
Carter:
Sim. Nesta mesma clinica.
instrutor: E até
então...
Carter: Até então,
nunca mais usei.
instrutor: Até que...?
Carter: ... é muita coisa.
instrutor:
Temos todo o tempo do mundo.
Carter: ...eu sou
médico. É de minha obrigação tentar fazer
uma outra pessoa se sentir melhor. É meu trabalho. Mas...
mesmo que não fosse, ainda iria ter esta... vontade de ajudar.
Não consigo evitar. Só que sempre que eu precisava de
ajuda, não encontrava a quem recorrer. Eu via como se... todos
os que eu tivesse ajudado, me dessem as costas.
instrutor:
Ninguém te ajudava?
Carter: Ehr... uma
vez ou outra, mas não como eu os ajudava, entende?
instrutor: E seus pais?
Carter: A
minha mãe vive viajando. E o meu pai... revira os olhos
paciente3: O que houve?
Carter: Ele
vive em outro mundo. Nós somos muito diferentes, ... ele nunca
me entende. E ele errou demais.
paciente2: Errou no
que?
Carter: Eu não vou falar disso! O
negócio é que perdi o respeito por ele... e nunca tive
a ajuda que necessitei.
instrutor: Mesmo você
pedindo ajuda?
Carter: Eu nunca peço ajuda.
instrutor: ... então fica dificil.
Carter:
O que?
instrutor: Se você não pede
pra ser ajudado... como quer ser ajudado?
Carter: As
pessoas não precisam pedir a mim. Por que eu deveria pedir a
elas?
instrutor:
Carter: Tem
uma mulher... e você não imagina o quanto me desdobrei
pra ela. Eu...
paciente4: Qual o nome dela?
Carter: Abby.
instrutor: Continue.
Carter: ... eu a ajudei com um problema... com a
bebida. Larguei viagens, larguei amigos, trabalhei dobrado... fiz de
tudo por ela. Mas na única vez que precisei de apoio, ela me
desapontou.
instrutor: E você não teve
esta ajuda.
Carter: Não. Daí eu
viajei...
instrutor: Pra onde?
Carter:
África. Fui trabalhar na Aliança Internacional.
instrutor: Os médicos sem fronteiras...
voluntariamente. leve sorriso
Carter: Sim. Você
não... não tem idéia do numero de pessoas que
ajudei lá. E eu me sentia bem com isso.
instrutor:
E você e Abby já tinham terminado.
Carter:
Não. Eu voltei de lá... nós terminamos e eu
voltei.
instrutor:
Carter: Lá
eu encontrei Kem. Uma... uma mulher linda. Gentil, simpática,
engraçada...
instrutor: O que ela fazia na
África?
Carter: Um estudo pro tratamento de
AIDS.
instrutor: Ela ajudava a quem não
pedia... sorrindo
Carter: Exato.
instrutor:
Carter: Ela engravidou... mas nós
perdemos o nosso filho.
instrutor: Sinto muito...
Carter: E neste Natal, ela foi vitima de uma emboscada.
Morreu nos meus braços.
instrutor:
Carter: Eu voltei a usar... meus medicamentos.
instrutor: Ninguém te ajudou mais uma vez.
Carter: Do que adiante ser bom com as pessoas? No fim
das contas, acabei apunhalado pelas costas!
paciente3:
Você se refere à facada...
Carter:
Sim... não... também!
paciente2: Quem
te apunhalou?
Carter: ... Abby.
instrutor:
Ela de novo... o que aconteceu?
Carter: Depois
de terminarmos... eu tinha ido a África pra salvar um... um
amigo. O Luka. Foi pra ele que liguei depois que... Kem morreu.
instrutor: Então você pediu ajuda...
Carter:
instrutor: Então
porque o apunhalaram?
Carter: ... eles estavam
dormindo juntos quando liguei.
instrutor: Quem?
Carter: Luka e Abby.
instrutor: Mas
qual o problema? Vocês não haviam terminado?
Carter: nervoso
instrutor: Por causa disso
você...
Carter: Não. Eu só
soube mais de duas semanas depois.
instrutor:
Então...?
Carter: Então o que?
instrutor: Então o motivo de você se
injetar não foi por causa de Abby e... Luka. Foi por casa de
Kem.
Carter: ... é...
instrutor:
Então... por que culpa seus amigos?
Carter:
instrutor: Você e Abby haviam
terminado... ainda tem sentimento por ela?
Carter:
...não sei. Acho que sim.
instrutor: Nós
temos que curar você deste vicio... desta doença. Mas
pra isso, você tem que encontrar a causa de tudo.
Carter:
Eu sei...
instrutor: Pode ter sido um grande
momento de fraqueza quando... Kem morreu em seus braços.
Carter: Fraqueza ou não, eu sempre estive um
passo pra dar apoio a alguém. Quando eu precisei... nunca o
tive.
instrutor: Se você é um cara
prestativo, não pode ficar cobrando dos outros. Não é
assim que funciona. sorrindo
Carter: Mas deveria.
instrutor: Não há trocas deste tipo no
mundo.
Carter:
instrutor: O
que o fez voltar pra cá de novo?
Carter: ...
eu pedi.
instrutor: E qual foi o motivo?
Carter:
instrutor:
Carter: Eu matei os meus colegas...
CENA
18 - PÓS OPERATÓRIO NORTHWESTERN
Mika e Maggie
ainda estão na sala de Abby, só que sem assunto.
Maggie: Você quer alguma coisa? Um copo
d'agua...?
Abby: Não obrigada.
Maggie:
Eu vou aqui na cafeteria. Não quer nada mesmo?
Abby:
Não, eu tô okay.
Maggie: Eu já
volto.
Maggie sai do quarto, e assim que fecha a porta, o
efeito da anestesia passa em Abby. Vendo a médica se mexer,
Mikaela aproxima a sua cadeira ao leito de Lockhart. Abby pouco se
move, e geme bastante de dor.
Mika: Olá, bela
adormecida.
Abby: Aaah... meu Deus... com
muita dor
Mika: Shh... não fala muito...
Abby: ... a-aonde eu tô...?
Mika:
Northwestern.
Abby: A minha... a minha
barriga...
Mika: Você se lembra... o que
aconteceu?
Abby:
Mika:
Abby: O sequestro...
Mika:
... é...
Abby: Carter... Carter deu um tiro.
Mika:
Abby:
aflita e confusa Cadê todo mundo? Tá todo mundo
bem?
Mika: Ehr... tá quase todo mundo indo
viajar?
Abby: ... pra onde? com dor
Mika:
Havaí. É o... enterro da dra. Corday.
Abby:
... não... respirando fundo
Mika:
Abby: A Elizabeth...?
Mika:
É. E o dr. Pratt... e a dra. Chen.
Abby: ...
depois que Carter atirou... o tiroteio começou... escorre
uma lágrima
Mika: ... isso mesmo...
Abby:
Eu vi o Luka levando um tiro... assustada
Mika:
... ele está bem... chorando Ele tá na UTI
daqui... mas tá se recuperando...
Lockhart vira o
rosto, e vê o saco da colostomia...
Abby: Eu
levei um tiro na barriga...
Mika: É...
Abby: E alguém se jogou em cima de mim...
Mika: limpando os olhos
Abby: Foi
o Carter? com muita dor Ele está bem?
Mika:
Ele está ótimo... mas não foi ele quem se
jogou em cima de você.
Abby:
... Thomas.
Mika: Bingo.
Abby:
Aonde ele.. aonde ele está?
Mika: Fui no enterro dele esta manhã.
Lockhart fica mais desorientada ainda, e quando resolve falar com
a estudante, sua mãe entra no quarto.
Maggie:
Abby? Abby.
Abby! corre
pra abraça-la
Abby: ... não... tão..
forte...
Maggie: Desculpe...
Ela pára
de abraça-la, e sorrindo, acaricia seus cabelos.
Abby:
O que tá acontecendo? chorando
CENA 19 -
CASA DE SAM
No quarto, observando Ella dormir, Samantha
atende ao telefone:
Sam: Alô?
Mika:
Samantha? É a Mikaela.
Sam: Oi...
Mika: Ehr... eu tentei falar com o pessoal, mas acho que
eles já embarcaram.
Sam: Sim. Já
devem estar chegando agora...
Mika: Eu só liguei
pra... pra dar a noticia de que Abby acordou.
Sam:
Sério? Como ela está?
Mika: Ainda meio
desorientada... digerindo as noticias. Mas tá bem.
Sam: Isso é bom...
Mika: Eu só
liguei pra... pra você ligar pro pessoal quando chegarem no
Havaí. Eu vou dar uma sumida por enquanto.
Sam:
Certo... tá tudo okay com você?
Mika: ...
pergunta meio boba...
Sam: Desculpe.
Mika:
Quando vem ver o Kovac?
Sam: ... quando
puder. Eu tô com a Ella.
Mika: Certo. A gente se
vê. desliga
Sam põe o aparelho no gancho,
senta-se na cama, e acaricia os cabelos de Ella:
Sam:
"Obrigada", Carter...
CENA 20 - CLINICA
DE ATLANTA
Na recepção da clinica, John, ao
lado do instrutor, espera a atendente fazer uma ligação.
Carter: Por favor, mais uma vez. Agora este numero.
entrega o cartão de Kerry
atendente: Você
só tem direito a uma ligação por semana...
discando Já fiz 5 pra você só agora.
Carter: É uma emergência...
atendente: Fora de area também...
Carter:
Devem estar viajando.
instrutor: Dr. Carter...
vamos pro seu quarto? Mais tarde tentamos de novo...
Carter:
Andando nos corredores da clinica, John se sente como
estivesse na cadeia. Segundo o professor, ele chega no seu quarto.
instrutor: Às 15:30 temos uma atividade que você
não pode faltar.
Carter: Falta só uma
hora e meia...
instrutor: Aproveite bem o
descanço... fecha a porta
Sozinho no quarto, John,
muito deprimido, senta-se no chão, justamente na única
parte iluminada pelo sol. Olhando pro céu, ele tenta
relaxar... mas não consegue.
CENA 21 - ASSENTOS DO
AVIÃO
Quase todos que puderam ir, estao no avião.
Sentados nos assentos triplos do corredor, Susan Carol e Doug
conversam sobre o ocorrido. Na cadeira do lado, Weaver também
está na cadeira.
Doug: Deve ser algum engano.
Susan: Não...
Doug: O Carter?
Susan: É...
Carol: Eu cheguei
a conversar com ele depois de ser esfaqueado... ele não
parecia estar se drogando.
Kerry: Vamos conversar
de outra coisa?
Carol:
Kerry:
...por favor...
Doug: Ella.
Susan:
... sim...
Doug: Nós
queremos ela. Vamos adota-la.
Kerry:
Como?
Carol: É.
vamos ficar com ela...
Kerry: Eu não sei
Doug...
Doug: Olha: ela perdeu os pais... e nós
somos bons candidatos pra isso.
Kerry: Falamos
disso noutra hora.
Doug: Você não quer
falar de muita coisa, né?
Kerry: ... o
momento não ajuda.
Doug: Está fora de
hora eu pedir uma vaga no County?
Kerry: ... como?
Doug: Um pediatra e uma enfermeira... ambos com
experiência de trabalho.
Kerry: ... eu não
sei Doug.
Carol: E nós poderiamos ficar na
cidade com Ella...
Kerry: ... falamos disso noutra
hora.
Os quatro ficam em silêncio...
Carol:
O Carter não fez isso...
...
JUST FOLLOW THE DAY - PARTE 4
CENA
22 - PÓS ENTERRO
Logo
após o enterro no Havaí, o grande numero de colegas e
amigos de Coday está deixando o cemitério. Formando
alguns grupos, eles conversam do jeito que dá. Ao fundo, os
enfermeiros. Num segundo grupo, o pessoal da cirurgia, e na frente,
Peter, Doug, Carol, Susan e Kerry:
Benton: O momento
nao podia ser pior... mas é bom rever vocês.
Carol:
Digo o mesmo Peter. Nós fizemos uma visita há alguns
meses, mas você tinha deixado de trabalhar no County.
Benton: Quando vocês vieram?
Doug:
No dia do acidente do metrô.
Benton:
Nooossa...
Doug: Eu sei... só chegamos em
má hora. sorrindo
Benton: Eu saí
pra diminuir a carga horária.
Carol&Doug:
não entendem
Benton: Eu podia perder a guarda
do meu filho...
Doug: Que evolução.
Quem diria que Peter Benton deixou o trabalho pela familia?
Benton: Também não é assim...
Carol: É assim sim. Eu me lembro muito bem como
você era.
Benton: Ouch...
Doug:
Como vai o Reese?
Benton: Bem, Muito bem. Está
com 70da audição...
Doug: Que coisa
boa.
Benton: É. Eu que o diga...
Depois
da descontração, um breve momento de silêncio,
até que...
Benton: E agora?
Kerry:
De volta pra Chicago.
Susan:
Kerry:
Carol, Doug... querem passagens pra Seattle?
Doug:
Mm... não pensem que nos esquecemos. Ainda tá de pé
o meu pedido.
Benton:
Que pedido?
Carol:
Voltar pro
County.
Benton:
Kerry: Eu não sei Doug. O hospital da
quebrado... não estamos em condições de
contratar.
Doug: Ehr... eu não quero ser
muito duro, mas vocês perderam dois médicos e uma
cirurgiã.
Susan: E um aluno...
Doug:
E um aluno,eu sei. Mas... você poderia... Até o
Benton pode voltar.
Benton: Eu?
Kerry:
Doug, não é a hora, e nem o lugar pra isso.
Doug:
Kerry: Mas não é
mesmo. Acabos de enterra a Elizabeth...
Mais um breve
silêncio de todos...
Carol: Ficar na cidade pode
ajudar na adoção de Ella.
Kerry:
Carol: Nós estamos falando sério. Só
queremos ajudar.
Kerry:
Doug: Peter?
Benton:
Ehr... ehr... eu preciso pensar.
Kerry: Me dêm só mais um tempo. Primeiro
tenho que... ir a algumas reuniões... AAAH!
Todos se
espetam com o grito de Weaver.
Kerry: Essa porcaria de
dia não acaba nunca.
Carol: ... basta
segui-lo normalmente... uma hora ele acaba.
Kerry:
Depois de muito tempo calada, Lewis fala:
Suasn: Eu
quero ir pra Atlanta.
Kerry: Como?
Susan:
Quero conversar com Carter. Ainda não falei com ele
desde...
Benton: Eu prefiro ir pra Chicago.
Susan:
Kerry: Eu também
quero ir falar com ele.
Benton: Não tô
afim de ve-lo até terminar o tratamento.
Susan:
... vamos fazer o seguinte: no aeroporto mandamos todos pra
Chicago. Eu e Kerry vamos fazer uma parada rápida em Atlanta.
Doug, Carol...?
Doug:
Ehr... evitando falar
Susan: Vamos
fazer o seguinte: pedimos pra Haleh levar vocês na casa de Sam.
Vocês ficam com a Ella, e passam a noite lá em minha
casa.
Carol: ... pode ser... mas essa Sam não
vai se importar não?
Susan: Não... é
até bom que ela pode fazer uma visita ao Kovac.
Doug:
... okay. Pode ser feito.
Susan: Até lá,
nós podemos resolver quase tudo hoje.
Kerry: Aí
esse dia termina logo...
E alcançam o portão de
saída do cemitério...
CENA 23 - PÓS
OPERATÓRIO NORTHWESTERN
Ainda sentindo muitas dores,
Lockhart é atendida pelo cirurgião que a operou,
enquanto que Maggie afaga sua cabeça:
cirurgião:
Vamos lá, mais uma vez...
Abby: É
dificil... lacrimejando
cirurgião: Por
favor, o exame fisico é importante... levante seus pés...
Com muito esforço, Abby levanta os pés alguns
centimetros àcima do leito.
cirurgião:
Bom...
Abby: ... minha costas...
cirurgião:
Eu vou providenciar mais morfina. Agora eu vou segurar os seus
pés, mas quero que você os levante.
Abby:
... eu... não posso fazer isso outra hora...?
cirurgião: Por favor... só mais este.
O cirurgião segura de leve os pés de Abby, mas
mesmo assim ela consegue levanta-lo.
cirurgião: Bom
de novo...
Abby: Por favor... chega disso...
cirurgião: Ok.
Abby: Minhas
costas tão me matando... preciso da anestesia...
cirurgião: Não por enquanto. Nós
temos outra cirurgia pra esta noite, e até lá, você
não pode ser sedada novamente.
Maggie: Como
é?
cirurgião: Nós já
demos uma dose a sua filha. Se dermos mais, teremos que adiar o fim
da colostomia.
Maggie: Mas você não tá
vendo que ela tá com dor?
Abby: Mãe...
é isso mesmo...
Maggie:
Abby:
... como vai ser a cirurgia de agora?
cirurgião:
Bem, na de ontem nós retiramos parte de seu colon. Agora
vamos usar parte do intestino pra reconstitui-lo...
Abby:
... as chances são boas?
cirurgião:
Sim, sim. Considerando o que você passou... acho que posso
até adiantar a cirurgia. Aposto que você quer sair o
mais rápido possivel daqui, não é?
Maggie:
Obrigada doutor.
cirurgião: Volto em
algumas horas. "Mamãe", se tiver algum problema, é
só apertar o botão de emergência. saindo do
quarto
Maggie: Certo... tchau... simpática
Abby: Mãe...
Maggie: Sim
filha. aproxima-se de seu rosto
Abby: Eu tô...
confusa...
Maggie:
Abby: Quem...
morreu?
Maggie: Abby...
Abby: Por
favor. Quem...?
Maggie: Foram quatro. O dr. Pratt,
a dra. Chen, a dra. Corday... e aquele seu
namorado... passando
a mão na testa da filha
Abby: ... meu Deus...
começando a chorar
Maggie: É...
Abby: A gente não tava mais namorando...
Maggie: Como?
Abby: Não
estavamos mais namorando...
Maggie: Bem... então
ele devia gostar muito de você pelo o que acabou fazendo...
Abby: ... isso tá errado... não era pra
isso ter acontecido...
Maggie: Por que você
não descansa?
Abby: Mãe...
chorando
Maggie: Eu sei... eu sei...
Lockhart
cai no choro, mas sem tanta intensidade, porque qualquer movimento
causa dor em seu corpo.
CENA 24 - PRAÇA DE CHICAGO
Andando por uma praça de Chicago, alhei com o movimeto ao
seu redor, Mikaela, de muleta, apenas observa o branco da neve nas
árvores, e o som do canto dos passaros. Até que vindo
na direção contrária, ela vê Melinda...
também de muleta:
Mika: Mas que mundo pequeno...
Lil: Olha... eu tô longe de querer te imitar. É
que eu torci o pé dia desses...
Mika:
sorrindo Eu sei...
Depois de um tempo, menos
descontraídas, ambas conversam num banco da praça,
enquanto jogam pipocas pruns pombos.
Mika: Eu acho que
vou parar...
Lil: Parar de que?
Mika:
De tentar ser médica...
Lil: Ai, não...
mesmo Mika?
Mika: Perdi... perdi o ânimo. Não
me agrada mais... E eu não digo pelo só o que... o que
aconteceu ontem. Eu já vinha mal das pernas... e pra
completar...
Lil: O "ontem" aconteceu.
Mika: É...
Lil: Mas... você
tá quase sendo diplomada. O pior já tá passando.
Mika: Não, acredite, o "pior" par mim
tá sendo uma desgraça.
Lil: Olha...
você sabe suturar?
Mika: ... sei.
Lil:
Fazer um exame físico num acidentado? Entubar? Introduzir
um cateter?
Mika:
Lil: Não
ser vomitada?
Mika: Como é? sorrindo
Lil: Acredite: eu sou mestre nisso. Já vomitaram
em mim várias vezes...
Mika: Não...
já vomitei nos outros. Não cheguei a ser vomitada...
Lil: Você sabe que não se deve dormir com
superiores?
Mika: Agora eu sei. sorrindo
Lil: Mas se bem que... Meu Deus! Que "superior"
também, né?
Mika: rindo
Lil:
Nao pare não. Por que desistir, logo depois do que seu
irmão fez?
Mika:
Lil: Eu
vi que depois de você ser atingida, ele pegou você.
Mika: E depois foi pra cima da dra. Lockhart...
desviando o olhar
Lil: Mas antes ele deixou uma maca
sobre você.
Mika:
Lil: Tá
sabendo que como deu, ele te salvou também, né?
Mika:
Lil: Vai desperdiçar
o que ele fez, desistindo da carreira?
Mika:
De repente, uma das pombas se engasga com uma pipoca.
Lil:
Meu Deus...
Mika: O que?
Lil: A
pombinha... apontando e rindo ... tá engasgada...
Mika: Eita... matamos a bichinha.
Lil:
Mm... a gente pode tentar salva-la...
Mikaela ri mais uma
vez, só que Melinda olha pra amiga, como se tivesse faalndo
sério.
Mika: ... você tá
brincando...
CENA 25 - CLINICA DE ATLANTA
Sentadas na sala de visitas, e com cara de cansaço,
desanimo e tristeza, Weaver e Lewis esperam Carter... que entra na
sala.
Kerry: John.
Carter: ... oi... senta-se
Kerry:
... como você está?
Carter: ...
você querem mesmo saber? confuso
Kerry: E
por que não?
Carter: recua com um sorriso no
rosto
Kerry: Ninguém te culpa pelo o que
aconteceu.
Carter: Mas deveriam.
Kerry:
Carter: Porque a visita?
Susan:
Estava na nossa rota. Acabamos de enterrar Elizabeth...
Kerry: No Havai.
Carter: ... mm...
Kerry: Muita gente foi. Até Doug e Carol.
Carter: Eles vieram?
Kerry: Viram a
noticia na TV.
Carter: mm... e já sabem que
eu sou o "vilão"?
Kerry:
Susan: Eles vão tentar ficar com Ella.
Carter: Isso é bom.
Kerry: É...
mas as chances da adoção seriam maiores se morassem em
Chicago...
Carter: Peçam pra eles voltarem a
trabalhar lá. Assim ficam com Ella.
Kerry: É,
eles até me pediram... mas não estamos com condiçõe
de contratar agora.
Carter:
Kerry:
Então fica pra uma outra vez.
Carter: Vocês
sabem que eu sou rico, não é?
Kerry:
Carter: Podre de rico! Por que não me pediu
ajuda nas verbas do hospital?
Kerry: ... bem,
ficava esquisito...
Carter: Esquisito? Se você
tivesse me pedido, talvez o hospital tivesse mais gente ontem. Mais
seguranças... talvez nada disso tivesse acontecido, se você
me pedisse uma doação.
Kerry: Agora a
culpa é minha?
Carter: Há! Não
sei... há alguns minutos atrás o culpado era eu.
Kerry: Ninguém disse isso...
Carter:
E precisa? Por causa de mim, quatro inocentes morreram!
Susan: Cinco...
Carter: Como?
Susan:
... foram cinco...
Carter:
preocupado A-aconteceu alguma coisa com Abby? Com Luka?
Susan: ... Deb estava grávida...
Weaver
é pega de surpresam, mas não tanto John, que pára
de piscar, e se levanta da cadeira.
Susan: Cinco
inocentes morreram ontem Carter. Mas isso não quer dizer que
foi cupa sua. Sabe lá Deus o que ia acontecer conosco sozinhas
com os sequestradores.
Kerry: E você agiu...
tentando nos proteger. Ninguém te culpa.
Passando a
mão na cabeça, John encosta a testa na quina da parede.
Carter: Eu acho melhor nos vermos em três
meses...
Kerry:
Susan:
Carter: Quando o tratamento acabar... a gente se fala
de novo.
Susan: ... okay.
Carter: E
até lá... vou providenciar uma doação pro
County.
Kerry: Não precisa...
Carter:
Não me venha com essa agora!
Kerry:
Carter: Serão... 500milhões pro hospital.
Kerry: Carter...
Carter: Com a
condição de que contrate Doug e Carol.
Susan:
Carter: Vou fazer com que entre na conta do
Hospital esta semana. Até lá... nos vemos em três
meses.
Se sentido piores do que quando entraram, Susan e
Kerry deixam a sala com John dentro. Após elas sairem, ele
fecha os punhos... e soca a mesa!
CENA 26 - CASA DE SAM
Coincidindo com o soco de Carter, Haleh bate à porta de
Samantha.
Haleh: Você vão ver... ela é
legal.
Carol: Ela esta com o Dr. Kovac?
Haleh:
... mais ou menos.
Tagart abre a porta. Ela e Haleh se
cumprimentam:
Sam: Vindo do Havaí...?
Haleh: É. De novo não foi uma viagem dos
sonhos... Estes são Carol e Doug.
Sam: Oi...
Os casal cumprimenta a enfermeira.
Haleh: Eles são
amigos de longa data...
Doug: Falando assim, nos
faz parecer velhos. sorrindo
Haleh: Enfim, eles
vão tentar adotar Ella.
Sam: Ow... que bom.
Por favor, entrem.
Já sentados no sofá, e
tomando café, os quatro conversam:
Doug: Nós...
nós eramos muito amigos deles.
Sam: Eu não
cheguei a conhecer o Dr. Greene, mas tudo o que ouço dele são
coisas maravilhosas...
Carol: Eu sei... ele era
perfeito.
Doug: Bem... agora que aconteceu isso
com... Elizabeth, nós vamos tentar ficar com Ella.
Sam:
Vai ser uma boa pra ela. Tá tão tristinha...
Doug: Não é pra menos.
Carol:
Aonde ela está?
Sam: Tá dormindo
no quarto. Querem ve-la?
Carol:
Sim, por favor.
Todos se
levantam:
Doug: Nós também vamos leva-la
hoje.
Sam: ... é?
Carol: Se
não tiver problema.
Sam: Não...
imagina.
Todos entram no quarto, e vêem Ella dormindo
na cama de Sam. Parece um anjinho.
Carol: ... que
linda...
Sam: É...
Doug:
Graças a Deus puxou os cabelos da mãe.
Carol:
Doug... sorrindo
Doug: Bem... nós vamos
leva-la... e ficar com ela na casa de Susan.
Sam:
Certo...
Carol: É ate bom. A Susan disse
que assim você poderia ir visitar o Luka.
Sam:
... ela disse isso?
Carol: Ai, desculpa. Eu não
queria me meter...
Sam: Não, tudo bem...
Falando nisso Haleh, a Mikaela me ligou, e disse que a Abby acordou.
Haleh: Sério? E como ela está?
Sam:
Bem. Tá com outra cirurgia marcada pra hoje. Só não
liguei porque vocês estavam no Havaí.
Doug se
senta na cama, e alisa os cabelos de Ella, que acorda. A primeira
coisa que a garota vê são os rostos de seus futuros
pais...
CENA 27 - AEROPORTO DE CHICAGO
Saindo do
portão de desembarque, Susan está ao telefone:
Susan:
E como ela está?
Sam: Bem. Só que em
algumas horas vai fazer outra cirurgia. Eu estou indo ve-la agora. E
você?
Susan: Eu não sei... tô
morta de cansada.
Sam: Tudo bem. Fica pra amanhã.
Susan: Não, quer saber? Eu vou. Em alguns
minutos eu tô ai. Tchau. desliga o celular
Kerry:
O que houve?
Susan: Doug e Carol já estma
na minha casa com Ella.
Kerry: Bom...
Susan:
E Abby acordou da cirurgia. Tô indo pro
Northwestern agora. Tá afim?
Kerry:
... não. Fica pra amanhã. Eu preciso dormir.
Susan: ... tá certo. Então nem vamos
rachar um táxi. Vamos em direções contrárias...
Do lado de fora do aerporto, já anoitecendo, Lewis que
está pra entrar num táxi, se abraça com Weaver.
Susan: O dia já tá terminando...
Kerry: É... boa sorte lá.
Susan:
Obrigada... e boa noite de sono. entra no carro
Kerry:
Vou tentar.
E o carro parte. Weaver chama por um táxi,
quando seu celular toca.
Kerry:
Alô.
governador: Alô. Dra. Weaver?
Kerry:
Eu mesma.
governador:
Aqui quem fala é Richard Thorp.
Kerry:
Ow... senhor governador.
governador: Eu estou
precisando faal com você.
Kerry: Senhor
Thorp, eu estou, com o perdão da palavra, um bagaço.
Preciso ir pra casa e descançar.
governador: Só
vai levar um segundo. Eu prometo.
Kerry: ...
okay.
governador: Certo. Aonde você está?
Eu peço prum carro traze-la até o palácio do
governo.
Kerry: Não precisa. Estou
esperando um táxi no aeroporto. Te encontro em instantes.
governador: Obrigado. Estou à espera.
Furiosa, Weaver desliga o celular.
Kerry: TÁXI!
CENA 28 - CASA DE SUSAN
Carol está no
quarto de convidados, afagando a cabeça de Ella, e colocando-a
pra dormir. Chuck e Doug conversam na sala:
Chuck:
Deixe-me só tirar esta dúvida...
Doug:
De novo?
Chuck:
É.
Doug: Tá...
Chuck:
Você e Susan nunca tiveram
nada.
Doug: Não. sorrindo Por que?
Chuck: Você... não sei. O fato dela ter
dormido com você me torna menos atraente pra ela.
Doug:
Pelo amor de Deus... rindo Eu não tive nada com
ela...
O telefone toca.
Chuck: É o que
você diz... atende Alô?
Susan: Chuck? É a Susan.
Chuck:
Oi amor. Tá
aonde?
Susan:
Eu acabei de chegar no hospital de Northwestern.
Chuck:
Aconteceu alguma coisa?
Susan: Não, não...
eu só vim ver a Abby. Tá tudo bem aí?
Chuck: Sim. Seus amigos já chegaram.
Susan:
Que bom... Doug e Carol são boa gente. Não se
preocupe.
Chuck: Ele não dormiu com
você, né?
Susan: Chuck!
Chuck: O
que?
Susan: Vê se não me faz passar
vergonha... sorrindo
Chuck:
Eu não confio neste cara...
Doug: Hey! Eu
tô bem aqui! sorrindo
Susan: Tchau... e olha
lá, hein? desliga o celular
Chuck:
Tchau... desliga o fone
Doug: E aí? O
que ela respondeu?
Chuck e Doug ficam sorrindo
CENA
29 - PÓS OPERATÓRIO NORTHWESTERN
Susan entra no
quarto, e lá só encontra Maggie e Sam.
Susan:
Oi... o que houve?
Sam: Já a leveram.
Susan: Droga... e aí? Como ela estava?
Sam:
Bem. Só poderemos falar com ela amanhã...
Lewis
se aproxima, e abraça Maggie:
Susan: Como é
que você está indo?
Maggie: Podia ser
pior... graças a Deus minha filha tá viva.
Susan:
É... Você chegou a falar com Abby?
Sam:
Não. Acabei de chegar...
Susan: Ow. Não
quer ir ver o Luka?
Sam:
Susan:
Eu faço companhia à Maggie. Pode ir.
Sam:
... tá ok. Já volto, sra. Wyzinsck.
Maggie:
Por favor... me chame de Maggie. sorrindo
Sam sai da
sala, e Susan senta-se ao lado de Maggie.
Susan: Você
me perdoa o fato de estar passando pela minha cabeça, uma
imensa vontade de dormir neste leito?
Maggie: rindo
Não é problema nenhum.
CENA 30 - UTI
NORTHWESTERN
Do lado de fora, Samantha convence uma das
enfermeiras a poder entrar na sala dos leitos da UTI. Dentro da
unidade de tratamento, Tagart vê Kovac pela primeira vez desde
o sequestro. Pareceu mais real pra ela, e pela primeira vez no dia
ela chora.
Sam puxa uma cadeira, e senta-se enchugando as
lágrimas. Depois fecha os olhos... pega a mão de Luka,
e começa a rezar... alguns segundos depois, ela sente um
aperto forte na mão! Pra sua surpresa, Luka acordou, está
segurando a mão da enfermeira, e com os olhos abertos, olha
pra ela...
Feliz e alivida, Samantha, tremendo-se toda, se
inclina e beija com vontade a testa de Kovac.
...
JUST FOLLOW THE DAY - PARTE FINAL
CENA
31 - UTI NORTHWESTERN
Um
pouco afastado, Sam vê o grupo médico de Northwestern
atendendo Luka.
cirurgião: Dr. Kovac, bom que
está de volta.
Sam: E-ele está bem?
cirurgião: Só um minuto, senhora Tagart.
Pode esperar lá fora?
Sam: Não, não,
não... eu fico quieta...
cirurgião: Dr.
Kovac, acompanhe a luz da lanterna, por favor.
Luka balança
a cabeça vendo o flah nas maos do cirurgião.
cirurgião: Não, não... só
mova os olho. Deixe a cabeça fixa.
Kovac:
acompanha os flashs só com os olhos.
cirurgião:
Muito bom. Sem dano ocular... está sentindo isso?
pinçando os pé
Kovac: confirma que sim
cirurgião: Maravilha...
enfermeira:
Pressão 12/7, pulso90, oxigenação... 99.
cirurgião: Nós vamos retirar o tubo. Está
me acompanhando?
Kovac: confirma que sim
cirurgião:
Ótimo. Eu vou retira-lo do respirador... e pedir pra cintar
até 3. No 3 você assopra.
Kovac:
confirma mais uma vez
cirurgião: Certo. 1, 2,
3...
O tubo é retirado e a irritação faz
Luka tocir várias vezes.
Kovac: ... Sam...
cirurgião: Não, não. Não
fale agora.
cirurgião: Senhorita Tagart, por
favor, saia da sala.
Sam: Mas eu só...
cirurgião: Por favor. Ele parece estar bem.
Depois que eu atende-lo, eu te deixo entrar.
Samantha desiste
de tentar ficar na sala, mas antes de sair, desvia-se do médico
e faz questão de tocar na mão de Luka. Ela vai embora,
e o croata ainda fica mexendo os dedos, como se ainda quisesse
toca-la.
CENA 32 - SALA DO GOVERNADOR
Weaver, com
uma cara abatida, chega na ante-sala do escritório do
governador, e é recebida pela secretária.
Kerry:
Boa noite. Diga ao governador que a dra. Weaver chegou.
secretária: Ele está com uma pessoa neste
momento. Sente-se que ele a atenderá em instantes.
Kerry:
Como é?
secretária: Ele está
com uma pess...
Kerry: Eu ouvi isso. Só não
acreditei... quem ele pensa que é?
secretária:
... perdão?
Kerry: Telefone agora pra
sala dele, e diga que se eu não for atendida agora, eu não
venho mais!
secretária:
Kerry:
Anda!
secretária: S-sim, senhora,
ligando
Kerry: Hmpf...
secretária:
Ehr... desculpe-me incomoda-lo, senhor governador, mas a... dra.
Weaver está querendo falar com o senhor...
Kerry:
Não! Eu não quero falar com ele. Ele que quer falar
comigo!
secretária: Ehr... que o senhor quer
falar com ela.
governador: Certo. Por favor, mande-a
entrar.
secretária: Ele disse que a
senhora pode entrar...
Kerry: Obrigada.
Batendo forte com a muleta no chão, Weaver abre a porta do
governador, que se despedia de uma pessoa.
governador: Nós
continuamos isso amanhã.
homem: Sem
problema. Senhora... e sai da sala
governador: Dra.
Weaver. Por favor, sente-se.
Kerry: ... Não
vai demorar muito, não é? sentando-se
governador: Não... Vou tentar ser o mais rápido
possivel. Café?
Kerry: o olha com raiva
governador: O que houve?
Kerry: Eu
não durmo a quase três dias e você me oferece
café?
governador:
Kerry:
A última coisa de que eu preciso esta noite é de
cafeína.
governador: ... me desculpe.
Kerry: O que você queria me falar?
governador: Bem... a tragédia que aconteceu no
county chcou toda a cidade... toda a nação. Nós
só...
Kerry: Blá, blá, blá...
vá direto ao assunto.
governador:
Kerry: Já são quase 11da noite. Eu
pretendo ir dormir ainda hoje.
governador: ...
okay...
Kerry: Então? O que era tão
importante que não pode deixar pra hoje?
governador:
Bem... como a senhora sabe, a construção da unidade
hospitalar de Illinois teve apertar um pouco os cintos do orçamento
da saúde, não é?
Kerry: Eu que
o diga.
governador:
Kerry:
Continue...
governador: Ehr... a impressa está
querendo nos massacrar. Todas as perguntas estão sendo feitas
para que nós tenhamos uma parcela de culpa quanto o ocorrido
ontem...
Kerry: Como assim...?
governador:
Pra começar, o fato de termos cortado os gastos... podem
ter influenciado na ausência de segurança no Hospital.
Kerry: Mas eles influenciaram sim.
governador:
Dra, não precisava ter retirado os seguranças, não
é?
Kerry: Ah... agora quer empurrar a culpa
pra cima de mim?
governador: Não! Só
quero dizer que esta tragédia... nao teve necessariamente um
culpado.
Kerry: Então...
governador:
Então toda vez que falarem sobre o assunto, gostaria que
deixassem de lado a pequena parcela de responsabilidade que o condado
teria quanto ao assunto.
Kerry: Mm... você
quer que eu minta.
governador: Dra. Weaver... pra
cumprir a minha promessa de campanha, eu tive que fazer alguns
gastos...
Kerry: Bela promessa de campanha.
Construir um mega-hospital, e sucatear os restantes.
governador:
Kerry: Continue.
governador:
A senhora tem algum problema? nervoso
Kerry: Esta
foi uma pergunta idiota! Eu vi uma chacina ontem. Estou trabalhando
72horas direto. Faz tempo que não vejo o meu filho. Enterrei
três colegas esta manhã, e uma grande amiga horas atrás.
Você não tem nenhum direito de falar assim comigo.
governador:
Kerry: Era só
isso, ou eu posso ir embora?
governador: Certo.
Direto ao assunto: eu quero fechar o County General Hospital.
Kerry: O que? incrédula
governador:
Isso mesmo. Este hospital só nos dá dor de cabeça.
Há anos o orçamento dele é um problema... isso
quando não tem que ser interditado por causa de benzeno ou
varióla.
Kerry: Eu não acredito nesta
baboseira...
governador: São explosões...
greves... um helicoptero cai em cima de um médico!
Kerry:
E vai nos culpar por tudo isso?
governador: A
administração leva boa parte da culpa...
Kerry:
Com licença! Você foi secretário de saúde
do estado por mais de 8anos. Por que isso agora?
governador:
Só estou dizendo que este hospital trás uma péssima
publicidade pro estado.
Kerry: "Publicidade"?
"Publicidade"? De que diabos você está
falando? Nós salvamos vidas lá todos os dias! E não
fazemos por questão comercial.
governador: Dra.
Weaver!
Kerry:
governador: O
orçamento do condado já está fechado. Sei que é
uma péssima hora pra avisar isso, mas o anúncio ia ser
feito ontem. Nós vamos fechar o CGH.
Kerry:
pensativa
governador:
Kerry: De
quano dinheiro vocês precisam pra mante-lo em ativa?
governador: Mais do que não dispomos.
Kerry: Ele ficaria aberto com 500milhões de
dolares?
governador: começa a rir É
mais do que o suficiente. Mas repito... não temos isso
disponivel. Todos os fundos vão pro Central Hospital.
Kerry: Eu tenho os 500milhões.
governador:
Kerry: É sério
governador: Vocês têm 500milhões?
Kerry: Sim.
governador: Aonde vocês
conseguiram?
Kerry: Isso não vem ao caso. O
fato é que agora, me veio um acordo à cabeça.
governador:
Kerry: O CGH continua
aberto... mas independente das decisões do condado.
governador: Impossivel.
Kerry: Contratos
de trabalho, recarga de medicamentos, decisões empresarias...
tudo será feito internamente.
governador: Não.
O Estado não vai dar o hospital por 500milhões.
Kerry: Quem disse que nós iriamos dar o
dinheiro? Ele é pro orçamento. O hospital será
entregue à nossa comissão.
governador:
Não seja ridicula. O terreno é da União. Nós
que construimos o edificio... não podemos passa-lo pra vocês.
Kerry: Certo. Então você não me
deixa outra alternativa, além de mostrar à toda a
imprensa o quanto o governador de Illinois teve sua parcela de culpa
no ocorrido de ontem.
governador: Você não
faria isso...
Kerry: Como uma sobrevivente da
chacina, eu serei ouvida por quem quiser. E todos vão preferir
saber de mim, do que de um filho da p como você.
governador: nervosíssimo
Kerry: É
você quem escolhe.
governador: tendo tiques nas
sombrancelhas
Kerry: O dinheiro já temos.
Faltam a responsabilidade administrativa.
CENA 33 -
ATLANTA
No quarto John está ao telefone, nervoso, e do
seu lado, o instrutor da instituição:
professor:
Dr. Carter, está meio errado este seu primeiro dia de
tratamento... você tem que segui-lo risca, senão
Carter: Olha, cala a boca, ou então saia do
quarto!
professor: cruza os braços
Carter:
... me desculpe. Eu só quero resolver umas coisas, aí
juro que vou dormir.
professor:
Carter:
Alô. Estou falando com o gerente?
gerente:
Sim, senhor Carter.
Carter: Finalmente! Achei
que não fosse falar nunca com o senhor.
gerente:
Desculpe-me senhor Carter, mas é que o horário não
é dos melhores.
Carter: Como tempo que a
fundação de minha familia gastou em seu banco, seria
bom que horário não fosse problema.
gerente:
Carter: Escute, eu estou querendo tomar uma
medida drástica.
gerente: E qual ela seria?
Carter: Eu quero vender todas as minhas ações.
gerente: Mas... alguns titulos estão com
vencimento para 2meses. Eu recomendo que só os venda quando
forem quitados...
Carter: Eu não tô
afim de ouvir baboseira de Wall Street. Eu quero todos os titulos
transformados em papel moeda tá amanhã.
gerente:
Amanhã?
Carter: Imediatamente. E quero
que suspenda todos as doações que ainda serão
feitas para as instituições de arte. Quero vender a
coleção de carros... minhas mansões... quero 99
do patrômio transformado em cash.
gerente: Hã...
você tem certeza disso?
Carter: Absoluta.
Você tem idéia de quando dinheiro isto pode dar?
gerente: Julgando pelos patrimonio dos Carters... algo
em torno de 800milhões.
Carter: Tudo isso? É
mais do que eu pensava...
gerente: Então
está desistindo da idéia?
Carter: De
jeito nenhum. Quero a confirmação das vendas amanhã,
e depois concluirei a transferência.
gerente:
Transferência? Vai retirar o dinheiro do banco? Algum
problema?
Carter: Não. Está tudo
sobre controle.
gerente: Ehr... a fundação
vai autorizar isso mesmo?
Carter: Escute... eu sou
a fundação.
gerente:
Carter:
Eu deixei meu telefone aí... me ligue quando fizer sua
parte. Boa noite. desliga
John se afasta do aparelho, e vai
pra cama. Retirando o telefone da extensão...:
professor:
Você vai fazer isto mesmo?
Carter: O que?
professor: Dar tudo o que tem para o hospital?
Carter: Olha.. eu tô lúcido. Não
tenta me decifrar agora, porque eu estou com plena cosciencia do que
estou fazendo.
professor: ... certo...
Carter:
professor: Só uma pergunta: isso o
que você está fazendo... não seria considerado
comprar seus amigos de volta?
A John, só resta olhar
pro instrutor, com uma bela cara de dúvida.
CENA 34
- PÓS OPERATÓRIO NORTHWESTERN
Muito feliz,
Samantha entra no dormitório de Abby. Lá, apenas
Maggie.
Sam: Senhora Wyzinsck... aonde está a
dra. Lewis?
Maggie: É Maggie querida.
sorrindo E a Susan foi pra casa. A tadinha tava caindo no sono.
Sam: Ah...
Maggie: Por que esta
carinha?
Sam: O dr. Kovac acordou.
Maggie:
O Luka saiu do coma? com felicidade Como ele está?
Sam: Se movendo. Eu tava esperando o médico
examina-lo, mas ele vai fazer tomografias... radiografias...
Maggie: Mas... ele estava bem?
Sam: Ele
está se movendo... chora de felicidade
Maggie:
Que boooom... as duas se abraçam chorando de
felicidade
Sam: Sabe o que falta agora?
Maggie:
O que?
Sam: A Abby sair da cirurgia, e em alguns
dias ir direto pra casa.
Maggie: ... amém.
E voltam a se abraçar.
CENA 35 - CASA DE SUSAN
Cansadissima, Lewis abre a porta da sala, joga a bolsa no chão,
e vê nos sofás Chuck, Doug e Carol.
Susan:
... oi gente...
Chuck: Oi
amor... tudo okay?
Lewis chega perto do sofá, e
deita-se com a cabeça no colo de Chuck:
Susan: Eu
tô morta...
Carol: E aí? Como é
que tá a Abby?
Susan: Eu não chequei
a ve-la. Elá já tinha ido fazer a outra cirurgia.
Carol: Mas... teve noticias?
Susan:
Sim... ela parece tá bem. Mas uma semana, e ela pode sair
do hospital.
Doug: Isso é bom.
Carol:
E o Luka?
Susan: Ainda em coma. Mas estável...
Doug: E... e lá em Atlanta?
Susan:
Vocês não o reconheceriam. Foi muito triste...
Doug: Eu ainda não acredito nisso... quando eu
saí, o Carter parecia um menino. Há alguns meses
parecia tão centrado... agora essa,
Susan: Bem,
vocês vão ter tempo de conhece-lo por um tempo.
Carol: Como assim?
Susan: Ele vai
doar uma grana pro hospital... agora só não trabalham
aqui senão quiserem.
Doug: Você tá
brincando...
Susan: Nops... grande doação...
grande chance.
Carol: Então... tem como
ficarmos...
Susan: É...
Chuck:
Que dia, hein?
Doug: Ow...
Susan:
E aí? Como foi com a Ella?
Doug: Susan...
vai ser duro.
Susan: Eu sei.
Carol:
Ela... ela é um anjinho. Mas aó parou de perguntar
por Elizabeth quando dormiu.
Doug: Não
sabemos se ela vai se acostumar conosco.
Susan: Vai
sim... vocês são ótimos... ninguém melhor
do que vocês dois pra cuidar dela. sonolenta
Chuck:
Isso me levanta uma pergunta...
Doug: Ai não...
Chuck: Você e o Doug nunca tiveram nada, não
é?
Carol&Doug: começam a rir
Susan: Chuck! levanta a cabeça
Chuck:
É uma pergunta honesta, não?
Susan:
Pelo amor de Deus... deitando-se Nada aconteceu... nunca.
Chuck: Bom...
Doug: Por que esta
agora?
Chuck: A sua presença diminui minha
baixa estima...
Susan: Olha, se você quiser
um encontro com ele, eu deixo esta passar.
Chuck: Como
é?
Carol: Isso mesmo. Eu também
permito esta pulada de cerca.
Doug: rindo
Susan:
Afinal, obviamente você se apaixonou por ele...
Chuck:
Sai dessa...
Os quatro riem por um tempo...
Susan:
Hey... e as garotas? Quando vêem?
Carol:
Bem... agora que vamos ficar, precisamos traze-las mesmo.
Doug: Ela tá com uma vizinha nossa... a Karen. A
mulher é maluca.
Carol: Doug, eu já
pedi pra para com isso! sorrindo
Doug: Qualé...
ela tem um olhar meio vago.
Chuck: Se ela é
assim, por que deixaram com a maluca? sorrindo
Carol:
Tá vendo? sorrindo Chuck, ele tá
viajando... ela é normal.
Doug: Se você
diz...
Carol: Doug! Susan, se uma mulher de veeez
em quando passa 20segundos encarando a parede, você pode
considera-la louca?
Susan:
Carol:
Susan?
Lewis não responde mais... caiu no
sono.
Chuck: Dormiu...
Carol: Nah...
ela tá cansada mesmo.
Doug: É melhor
irmos dormir também. Muita papelada pra resolver amanhã.
Carol: Aonde nós ficamos?
Chuck:
No quarto que tá a Ella mesmo. Dá pra armar uma cama
do armário.
O casal se levanta:
Carol:
Certo... você vai dormir também?
Chuck:
Daqui a pouco... só quero achar uma maneira de como me
levantar sem acorda-la. sorrindo
Doug: sorrindo
Boa noite Chuck. apertam as mão
Carol: Até
amanhã. beijam-se no rosto
Doug e Carol vão
pro quarto de mãos dadas... e Chuck fica no sofá,
olhando pros lados:
Chuck: Que droga... como é
que eu saio daqui agora?
CENA 36 - TOMADAS FINAIS
trilhada com I
Hate To Say...
Weaver, que acabou de sair do chuveiro, vê o filho que passou os últimos dias com uma babá, dormindo no berço. E ela finalmente consegue ir pra cama... mas não consegue dormir. Apenas fica olhando pro teto...
Na cama, Carol deita sobre o peito de Doug... ambos estão pensativos...
Chuck dormiu no sofá mesmo. Desistiu de acordar Susan, que ainda está ao seu colo...
Mikaela está sentada próxima da varanda, olhando o movimento na cidade e roendo vagarosamente as unhas...
Sam está olhando pela janela de vidro, o quanto Kovac está melhorando. Ele recebe a atenção do pessoal da fisioterapia...
Abby finalmente sai da cirurgia. Já está no pós operatório, e sua mãe dorme a seu lado...
Carter não consegue dormir. Fica apenas pensando o quanto ficou solitário...
Kovac mais uma vez: agora ele está no pós operatório e feliz da vida Sam entra na sala...
Abby mais uma vez: o ferimento na barriga recebe um close da camera...
Olhando a lua, Carter cai no choro...
Kerry está na cama... e muito sonolenta. E quando o relógio da cabeceira marca 00:00 ele finalmente dorme.
executive producers
cristopher chulack
michael crichton
john wells
