Ho Capito Che Ti Amo
Tu si' 'na cosa grande per me
'na cosa ca mi fa'nnamurà
'na cosa che si tu guarda a me
Me ne moroaccussi guardanno a te
(Tu si' 'na cosa grande, R.Gigli)
Capitulo IV
Ron abriu lentamente os olhos se deparando com uma estranha rua(na verdade, um beco), com pedra gigantes e.. espera ae, ali não era Hogwarts! Ia dar um pulo de susto, mas sua perna doeu e ele olhou para baixo vendo a cabeça de Hermione deitada em cima de sua perna. Sentiu o rosto corar e ao mesmo tempo seu cérebro ficar mais confuso. E então olhou para sua roupa e foi ai que berrou:
- ARRRREEE! – E Hermione deu um pulo de susto.
- Céus, qual o problema R... AHHHHHHHHH – A garota berrou puxando a manga da roupa do amigo, e então ao perceber como a manga era diferente da blusa de Hogwarts deu um berro mais forte.
- Mas que merda é essa? – Ron perguntou ainda meio assustado com aquilo tudo – Que merda de brincadeira é essa? Desde quando Hogwarts tem um local como este dentro dele?
- Eu estou sonhando, não pode ser... – Hermione fungou, começando um choro.
Ron ficou nervoso, como ele acalmaria a amiga, isso era tarefa para Harry que sempre sabia o que fazer nesses casos, ou pelo menos era melhor do que ele.
- Bem sejamos positivos ainda temos nossas varinhas, temos os doces de dedosdemel ainda aqui e... alguém me explicar porque minha roupa é diferente de que estava antes? – Ele parou e colocou a mão no bolso da roupa esquisita que trajava. – Ei.. que tipo de moeda é essa? Não é galeão, muito menos Nunes e...
- AHHHHHHHH! – Hermione berrou no ouvido dele novamente.. o fazendo cair no chão de susto(ele estava sentado).
- Isso.. isso é uma moeda.. da época do Renascimento, Ron. Isso significa... – Ela parou e olhou para a roupa de ambos – É, estamos no Renascimento Ron. Mas não pode ser... isso deve ser algum tipo de brincadeira. Ai, socorro.
- Bem.. se Fred e Jorge ainda estivessem na escola.. eu até entenderia mas eles não estão Mione. Quem faria esse tipo de brincadeira?
- Não fale isso! Tem que ser brincadeira, nós estaremos perdidos se estivermos mesmo no Renascimento, você não entende? Ai, deus porque isso foi acontecer.
Hermione começou a praguejar bem baixinho e não parava de murmurar "nós vamos morrer, nós vamos morrer". Ron não sabia o que fazer, porque ele simplesmente não queria acreditar. Bem, eles não poderiam ter simplesmente viajado no tempo, tinha algo de errado. Ele olhou para a amiga chorando com a mão tapando o rosto e meio relutante atravessou o braço sobre ela, meio nervoso tentou achar algo para acalma-la, maldito fossem os hormônios que o deixavam nervoso, aquilo estava sendo apenas dois amigos se consolando SÓ ISSO. Não é nada demais seu cérebro inútil:
- Fique calma Mione, dará tudo certo!
- É eu não sei, mas obrigada – Ela tentou sorrir – mas não consigo ser positiva quem dirá que eles não nos pegarão e tacarão numa fogueira, tenho medo, muito medo. Não quero morrer agora e num tempo que não é o meu.
- É, mas nós não vamos, vai ver.. vai ver.. é algum tipo de brincadeira como você disse. Mas.. realmente nossos roupas terem mudado e as moedas...
- Não é Ron. Não existem brincadeiras assim. Vamos pegue minha sacola é melhor arriscarmos estou com fome. – Hermione tentou ficar normal.
Ron não contestou. Pegou uma das sacolas, a dos livros. Passou para Hermione e em seguida pegou a sacola de doces, para ver se tinha algo além de balas que alimentaria melhor os dois, mas foi impedido por um grito de Hermione.
- Cadê aquele livro? É isso! É culpa do livro!
- Culpa do livro? Ah, não. Espere um meio minuto. Como você tem certeza que estamos no Renascimento? Ou que foi culpa do livro? Nós não sabemos de nada.. vai ver é alguma armadilha do castelo ou..
- Ou o que, Ron? Só há essa explicação.
- Não tem nenhuma explicação para ter sido culpa do livro, e o que poderia ter nos trazido?
- Aiaiai, você não presta atenção na aula de História não é?
- E quem presta além de você?
Hermione bufou, mas apenas(ao invés de berrar) respirou fundo relaxando um pouco:
- Vou te explicar. Antigamente, não havia lei que impedisse de pessoas escreverem livros com magia, ou seja, livros que se quisessem, transportariam os leitores para dentro deles.
- Epa! Você está querendo dizer que estamos dentro da história?
- É a única hipótese. Você se lembra da capa do livro?
- E eu lá vou lembrar?
- Era de se esperar – Ela resmungou – A capa Ron, era de dois jovens com trajes idênticos aos nossos com as mãos entrelaçadas.
Ron captou a mensagem bem rápido e isso o fez dar um riso, um tanto histérico.
- Não pode ser isso.. digo, isso não acontece há..
- Há mais de cem anos... Mas é a única explicação, Ron. É por isso que esse romance é tão raro de se encontrar. E por isso é tão valioso, são raros os livros desse tipo que sobraram.
- Mas a velha da livraria nos deu, Hermione. Ele não pode ter tanto valor.
- A única lógica é que ela não percebeu que era ele. Ou então, ela sabia, mas porque nos daria ele? Poderia se ela uma comensal.. ou seja, Vold...
- Não diga o nome dele! Você anda pegando a mania de Harry?
- Aff.. – Hermione virou a cabeça – Como eu ia dizendo, pode ser uma armação de Você-sabe-quem sobre nós, para atingir Harry.
- Será mesmo? Mas se fosse.. nossas roupas não seriam mudadas para roupas da época e nosso dinheiro ao dessa época, e nem deixaria que estivéssemos com nossas sacolas de doces, o que nos permitirá sobreviver por uns dias.
- As roupas e as moedas é automático dos livros, e vai ver os doces foram um acaso.
- Sim, você está certa. Agora.. – Ron olhou para a parede sem saber o que falar ou pensar, passou a mão pelos cabelos e por algum acaso lembrou-se das varinhas, tirando a sua do bolso continuou – Será que nossas varinhas ainda funcionam?
- Não sei, deixe-me testar.
Hermione pegou a varinha e ordenando um Expelliarmus trouxe até si um livro que havia comprado.
- Estranho, porque funcionam? Se ele quer que nos ferremos, digamos assim, não teria nos deixado com varinha também – Hermione disse reflexiva.
- Isso está muito estranho e.. não sei se você reparou, mas você está com a voz estranha, fala estranho.
- Você também! – Hermione respondeu meio irritada. – mas realmente.. – ela pois a mão na boca – o que você está falando não é inglês, ainda assim eu entendo.. estranho.
- Estranho é isso tudo! – Ron revirou os olhos. – Não é pra chatear, mas estou com fome!
- Fome? FOME, RON? Não temos de nos preocupar com outras coisas? – Hermione pareceu meio chocada – E além disso, nós comemos no três vassouras, mas de qualquer jeito, pegue alguns doces nas sacolas.
- Não sei se você pensou nisso, Hermione. Mas nos não poderemos nos alimentar para sempre só de doces e só com essa quantidade. – Ron falou sem graça.
Hermione deu um suspiro raivoso o que fez Ron fazer uma careta de medo, e para aumentar seu medo ela mexeu no cabelo nervosamente deixando sua mão entrar dentro de seu cabelo e depois dela o soltar jogando-os para algum lado. Isso ela fazia quando estava impaciente, raivosa e preste a explodir.
Ron simplesmente odiava quando isso acontecia.
- Desculpe-me Ron, mas acho que você não entendeu. Eu estou nervosa, e já percebi isso. Não me lembre de que iremos morrer e... – Ela ia aumentando a voz conforme falava, o que fez Ron a cortar.
- Você está sendo dramática demais. – Ele disse um pouco receoso da reação da amiga, mas se tranqüilizou quando ela apenas olhou raivosa para ele depois revirou os olhos – Quem sabe, o livro não nos leve de volta logo.
Ron ainda indeciso olhou para ela, e a obrigando a ficar encarando-o a fez acalmar aos poucos.
- Nós deveríamos disfarçar, alguém pode entrar aqui. Vamos Hermione, confie em mim, eu acho que nós vamos sair dessa, se a coisa for séria.
- Eu sei Ron, me desculpe, você sabe se Harry estivesse aqui talvez eu me sentisse mais segura, ele sabe como escapar de cosias como essa.
Aquilo cortou o coração de Ron. Foi como se acabassem de lhe darem uma flechada. Ele tentou impedir a expressão derrotada e triste que estava tentando se fazer em seu rosto, mas não pode. Seus olhos rapidamente pareceram perder a vida. E seu cérebro logo começou os costumeiros xingamentos.
O que fazia ele ficar tão surpreso? Obvio que Hermione gostava de Harry ou de Krum. Eles eram verdadeiros heróis, apanhadores que faziam milagres, tinham uma enorme fama, e bem, de certo modo, todas as garotas pareciam achar eles lindos. Ron deu um chute numa pedra imaginária e tentou se acalmar, ele tinha de se convencer aos poucos que Hermione não deveria gostar dele.
- Hmm, bem temos de tentar sem ele. Venha, levante-se – Ron estendeu a mão para ela, como ajuda para essa se levantar – precisamos arriscar, afinal com todos esses anos de experiência com Harry, temos de ter um pouco de artimanha como ele e conseguir sobreviver pelo menos um dia num local desconhecido.
- Você está certo. – Hermione se levantou e bateu na túnica que vestia agora, tirando os sujos.
Ron pegou algumas sacolas, deixando apenas uma com os livros para Hermione. Não queria olhar para Hermione, pois não conseguia tirar seu sorriso triste e a expressão derrotada em sua face. Mas de certa forma, não conseguia se recuperar da infelicidade que o rondava.
A pequena felicidade que tivera ao acordar e se ver sozinho com Hermione, mesmo estando os dois perdidos, parecia não valer muito agora, que ela dissera claramente que preferira Harry.
- Ron, me espere. Você está indo rápido demais. – A voz de Hermione veio de trás dele.
- Parece que estamos num beco, mas me parece também, que ele é estupidamente longo. – Ron não parou de andar, nem sua velocidade, fazendo Hermione começar a se irritar.
- Obvio, é o clichê descarado das naturezas da vida, quando nós não queremos as ruas, caminhos, e agora o beco, são estupidamente longos. – Ron finalmente parou e a olhou com um olhar de censura. – Okay, Ron, eu vou me acalmar.
Ron voltou o olhar para frente, de certa forma ver Hermione se descabelando se mostrando mais estressada e pessimista do que ele era bom. Indiretamente querendo mostrar o que ela perdia desejando apenas Harry. Ron mais uma vez tentou conter seus pensamentos e sentimentos, mas era impossível.
Quando Hermione o alcançou eles voltaram a sua rota, mas Ron não achava algum assunto para conversarem.
- É estranho, não acha?
- Sim, termos aparecido aqui do nada é no mínimo estranho.
- Não! Não foi isso que eu quis dizer.
- Huh?
- Nós dois. – Ela corou ao ver que ele podia entender errado – Nós invertemos de função, você está indo na frente, como se fosse o comandante e confiante. Isso geralmente cabia mais a mim e Harry do que você. Afinal, você costuma a ser pessimista e ficar parado praguejando, e é o que eu estou fazendo exatamente.
- Não tinha reparado nisso. – Ron disse indiferente, mas por dentro sentiu uma pontada de orgulho.
- As coisas mudam.. – Hermione baixou o olho.
Ron pensou em falar algo, mas não achou o que dizer, então se manteve calado. Talvez fosse melhor ficar calado mesmo. Por mais que quisesse impressionar Hermione. Ron achava que ele não era exatamente o que se chamava de galã ou herói, então era melhor nem insistir. Aquilo era coisa que Harry fazia e era. Querendo ou não.
- Olha, finalmente estamos chegando no fim. – Hermione pareceu ter recuperado esperanças e os olhos brilhavam. – Eu não acredito.
Ron fez uma expressão confusa, e seguiu com os olhos Hermione correr até o fim do beco e entrar numa ruazinha com pessoas não tão bem trajadas (não que ele pudesse falar algo, ele estava semelhante àquelas pessoas).
Ele levantou um pouco os olhos e viu um canal, com pontes atravessando e barcos estranhos. O local não era estranho, ele já vira em algum lugar antes. Fazendo uma força se lembrou do local, mas antes que pudesse sorrir por ter se lembrado se tocou da confusão.
Eles estavam em Veneza.
E a foto que ele vira, era de séculos anteriores, exatamente um retrato de Veneza na época do vampiro Alexandre, o sangrento. Hermione estava certa, estavam na época do renascimento. Engoliu em seco.
O que quer que fosse aquilo, não cheirava bem.
Hermione ainda estava maravilhada de estar em Veneza, ela viajaria no ano seguinte por promessas dos pais para lá. Mas parecia que não precisava mais esperar, já estava em Veneza. Por alguns instantes ignorou que estava longe de Hogwarts, de como fora estranho o transporte dos dois até ali e principalmente as denúncias de que aquela não era sua época.
Ouviu passos até ela, e então se virou vendo Ron, esse parecia apavorado, diferente dela. Hermione riu da expressão de Ron, se tinha uma coisa que ela amava eram as caras e bocas que Ron fazia, acidentalmente.
- Qual o problema Ron? Estamos em Veneza, não vê a magia da situação?
- Hermione – Ele engoliu em seco – Nós estamos em Veneza, sim, é mágico, mas... – Ele respirou fundo tentando se acalmar – Mas me parece, que estamos séculos antes do nosso. Que estamos em meados do Renascimento.
- Eu sei Ron, mas não custa nada aproveitar esse momento. Não são todos que tem o privilégio de ver a beleza de Veneza.
- Beleza? – Ron questionou olhando uma mulher despejar no rio um bacia cheio de dejetos. E ratos entrando em buracos entre as milhares de casas juntas e um tanto sujas. E para completar começou a sentir um cheiro ruim, e viu o lodo que o rio deixava. – Eu não chamaria isso de belo.
- Vocês homens não entendem, tem uma dificuldade imensa a dizer que tal coisa é bela, hunpft. Ridículo da parte de vocês.
- Ah, qual é a tua Hermione? – Ron revirou os olhos – Isso aqui fede, oras!
- Realmente Veneza fica com um odor um tanto desagradável certas épocas do ano. Mas não é bonito as gôndolas, as pontes e tudo mais? As casinhas juntas e...
- Eu não acho bonito, não.
- Esqueça, Ron. Vamos, temos de procurar um jeito de voltarmos a Hogwarts e ao nosso tempo.
- Sim, nós realmente vamos achar um jeito de voltarmos andando nessa cidade suja e fedorenta. Sim, claro que vamos. – Ron ironizou.
- Também não ajuda ficar parado discutindo. – Hermione emburrou a cara. – Vamos. – Ela puxou Ron.
Antes que Ron pudesse contestar se viu em meio a uma feira, com pessoas berrando e mostrando frutas, cestas, panos e outras coisas. Vestiam roupas mais sujas e rasgadas do que a deles.
Passaram pela feira depois de caminharem bastante e viram-se num local mais calmo, no entanto, deprimente. Havia uma família no chão semi-morta, certamente por culpa da peste.
- Ah, meu pai do céu! Vocês são loucos? Ou apenas me odeiam? Eu já estava morrendo procurando vocês dois! Jesus!
Ron se virou para a dona da voz que tinha as mãos no ar e as sacudia freneticamente. Olhou-a assustado. Mulher louca. Ora, ora. Aquele lugar fedia, era extremamente deprimente e ainda tinha loucos a solta. Kit completo.
- Ah, oi. – Ele respondeu sem graça. Dizem que não se devem ignorar loucos.
- Não venhas com palhaçadas, sr.Capitello! Não é porque ven do exterior que pode fazer pouco de mim! Srta. Marcone, como pode gostar desse grosso? É um infortúnio na minha vida! Vive a me atormentar, até mesmo quando estou aqui para ajuda-los.
- Ah.. – Ron começou incerto, a mulher o conhecia de onde?
- Não me chame de estressadiça! Já disse que meu nome é Maria!
- Acalme-se Maria. – Hermione disse receosa. Olhou Ron. – Nós estávamos apenas passeando.
- Passeado? PASSEANDO? Seu pai a mata se ver-te por aqui.
- Mas ele não irá ver, certo - Hermione mordeu os lábios.
- Não porque a ajudarei como sempre o fiz. E o senhor. Venhas atrás, mas de longe, para que não desconfiem nada.
Ron sentiu-se perdido quando a mulher estranha levou Hermione pela mão, pegando antes as sacolas dele e de Hermione e elas sumiram numa curva. Não queria se separar de Hermione, afinal, os dois estavam perdidos e duas cabeças funcionam melhor do que uma. Principalmente quando uma delas era como a de Hermione. Lembrando-se da recomendação da mulher, seguiu pelo caminho que vira as duas sumirem.
O coração batia forte e ele apertava os passos. Por mais que corresse, nunca chegava perto das duas. Mulheres conseguiam andar rápido demais quando queriam, mesmo com aquelas saias e saltos.
Desviara de pelo menos cinco vendedores ambulantes tentando vender sua mercadoria e então finalmente chegou a uma parte da cidade mais bonita e pode ver muitas casas bonitas, mansões ou não.
Hermione e a mulher pararam em um portão, em frente a uma das casas mais bonita. Ele suspirou aliviado e ia correr atrás das duas quando a mulher fez um aceno para que parasse com uma expressão assassina.
Assim que elas entraram, Ron seguiu em direção ao portão, tentando ser natural. Improvisou uma melodia, assoviando. Parou em frente ao portão e viu um senhor sorrir a ele:
- 'Dia, sr.Weasley. – O homem sorriu.
- 'Dia. – Ron disse sem graça. Não conhecia aquele homem, mas pelo que via o outro o conhecia.
- O senhor deveria estar avisado que o humor do Sr.Marcone não está muito bom. Mas tenho certeza que ao ver o senhor irá melhorar.
- Você acha mesmo? – Ron respondeu irônico. Era irritante ver as pessoas falarem e você não saber nada. Uma vontade de se revoltar subia por sua garganta.
- Claro que sim, você sabe disso. O patrão preza muito o senhor. Se a srta não estivesse comprometida, ele a casaria com ela.
- Ahn? – Ron deu um pulo, alguma coisa disse que a srta era Hermione. Afinal, o que Hermione tinha a ver com ele ou esse sujeito?
- Acho que é melhor o senhor ir. Servirão o almoço daqui há alguns minutos. – O senhor sugeriu.
Ron não respondeu, deu um sorriso e se dirigiu a porta onde outro homem aguardava e abriu a porta desejando-lhe um bom dia. Ao entrar na casa se espantou, era bonita de fato e talvez fizesse ele esquecer a cidade fedorenta em que estava. Entrou em uma sala ampla, com uma linda escada de mármore branco, no entanto, não pode apreciar mais a casa porque a moça que encontrara com ele e Hermione, que se dizia chamar Maria, apareceu o chamando.
- Sr? Que bom que chegou! Venha, o Sr.Marcone está na biblioteca.
- E Hermione? – Ron perguntou baixo, se questionando se fazia mal perguntar isso naquele local.
- Ela está ocupada. – Maria disse azeda.
- Hmm, quando ela ficar livre, peça-lhe que venha falar comigo. Por favor. – Ron arriscou um sorriso tentando ser gentil.
Sentia-se perdido, e agia estranhamente por recomendação de Hermione. Gostaria que ela estivesse ali para ajuda-lo. Querendo ou não, Hermione sempre acabava dando um jeito com sua inteligência.
- Ronald! Meu jovem. – Um homem de óculos com um sorriso gentil apareceu na frente de Ron. Esse fez uma careta ao ouvir o nome "Ronald". – Como vai a família? Ouvi dizer que os negócios de seu irmão na Índia vão bem.
- Ah, sim vão. – Ron sentiu um calafrio. – Vai bem, senhor?
- Não tanto, Hermione tem me dado trabalho, talvez eu tenha feito mal em deixa-la ler tanto. – Ron entendeu que esse deveria ser o "pai" de Hermione - Quem quer casar com mulher tão inteligente? Vai se sentir ameaçado. Só mesmo o Paolo.
- Tem uns que gostam, existe lou...
- Mas é tão raro. Quero dizer, Paolo foi um golpe de sorte! – O homem suspirou. – De qualquer modo, gostaria de ficar para o almoço? Será servido nesse instante.
- Claro. – Ron disse despreocupado – Quero dizer, adoraria.
O homem sorriu, e dando dois passos passou o braço pelo ombro de Ron o guiando pela casa. O homem falava e falava, mas Ron não ouvia nada. Estava ocupado com seus pensamentos e com a dor que sentia com aquelas roupas.
Sorria uma vez ou outra e lacônico respondia um sim ou não. Na verdade, tremia por dentro. Estava inseguro, porque por mais que aquele homem a sua frente realmente lhe lembrasse o sr.Granger e parecesse só querer o bem dele, Ron se sentia ameaçado. Se ao menos...
- Mandou me chamar, senhor? – Ron virou-se sem delicadeza alguma, já feliz por ouvir uma voz conhecida.
- Hermione, querida, chamei-lhe para que faça companhia a nós dois, não é mesmo Ronald?
Ron confirmou com a cabeça apreensivo.
- Bem, se me dão licença preciso checar seu o almoço está mesmo sendo feito. – Falando isso o Sr.Marcone saiu da sala.
Mal a porta bateu Ron correu até Hermione:
- Eu estou confuso. Não, melhor dizendo, eu estou louco, me dá um tapa igual aquele que você deu no Malfoy e me acorda?
- Não seja idiota, Ron.
- É sério Hermione, isso é muito estranho pode ser obra de você-sabe-quem!
- Acalme-se Ron! Temos de pensar e agir com cautela.
Ron fez uma careta, é tinham voltado ao normal, agora Hermione que se mantinha equilibrada e ele praguejando.
- Além do mais, se for obra de Você-Sabe-Quem, eu tenho uma arma contra esse plano. – Hermione disse orgulhosa de si mesma.
- Ah, é? E que arma seria essa.
- Não se meta ao engraçadinho Ron, é sério.
- Mas eu sei que é sério!
Hermione o ignorou.
- Eu consegui arrancar algumas coisas de Maria, e antes de tudo, você deve implicar com ela. Vocês dois se implicam. – Ron ergueu as sobrancelhas – Ah, eu sou filha do sr.Marcone, que me parece ser idêntico a meu pai, e isso é algo que temos de pesquisar depois, o sr.Marcone é um homem de negócios famoso. Você é filho de Arthur Capitello, outra coincidência, e é o último filho. Mora numa casa um pouco perto, posso tentar discretamente mandar Maria o acompanhar até sua casa, para que não se perca. Você tem quatro irmãos e duas irmãs. Tem uma posição boa no ministério e... bem, você.. eu. Hmm, nossos, ahn, "personagens" vivem um romance proibido.
Ron engasgou.
- E é recomendável que finjamos continuar com isso, Maria é quem ajuda nos encontros e.. por último, somos membros, junto a Maria e mais algumas pessoas de uma ordem "bruxa".
- Ordem "Bruxa"? – Ron fez uma careta.
- Você é o chefe, Ron.
- Chefe, eu? Tem certeza que não é um sujeito como o Harry?
- Não você, e pelo que eu soube, você faz um ótimo trabalho.
- Eu não, o sujeito que teria de estar aqui, ao invés de mim.
Hermione fechou a cara. – Deixe de ser chato, Ron.
- Eu não...
- De qualquer modo, nossa arma, é que – Hermione sorriu marotamente – Eu já li sobre os bruxos e como eles viviam dessa época. Sendo assim, acho que podemos nos manter seguros. É a primeira coisa a fazer afinal, manter segurança.
- E o que eu sei é que você, digo a menina que você tomou...
- O almoço será servido! Venham. – O sr.Marcone abriu a porta animado.
Ron virou-se e já ia em direção do Sr.Marcone quando Hermione o parou, falando baixinho.
- Como um cavalheiro você tem de esperar as damas irem na frente.
Ron fechou a cara e deu um pequeno sorriso amarelo. Malditas etiquetas. Seguiu Hermione resmungando mentalmente, mas quaisquer resmungos foram esquecidos para o grande xingamento que passou-lhe pela cabeça quando entrou no salão e olhou a comida.
Isso se aquilo pudesse ser chamado de comida.
(continua...)
