Ho Capito Che Ti Amo
A (h) dille'na vota sola
Che pure tu stai tremmanno
Dimme ca me vuò bene
Comm'io, comm'io, comm'io voglio bene a te
(Tu si' 'na cosa grande, R.Gigli)
Capitulo VI
Ron piscou os olhos, maravilhado, balançou a cabeça então a fim de ficar normal e arrastando Lavinia foi em direção de Hermione e seu pai que sorriam e falavam com os convidados.
- Você apaixonado é algo tão não-usual. – Lavinia reclamou. – Na verdade, ficas muito chato quando apaixonado.
Ron não dava atenção às chateações da irmã, seguia na fila ansioso para falar com Hermione. Foi então que viu ao seu lado Lavienter que erguia a mão para ele cumprimentando-o.
- Como vais, sr.Capitello? – Perguntou afavelmente.
- Oh, bem. – Ron sorriu sem graça, então sentiu algo na costela e viu que Lavinia pedia que fosse apresentada. – Conheces minha irmã, sr.Lavienter? Está é Lavinia Capitello.
- Muito prazer bela senhorita.
Lavinia sorriu maravilhada com aquele rapaz aparentemente estrangeiro pelo sotaque, de cabelos loiros e tão educado.
- O sr.Lavienter está radicado em Paris, é um reconhecido poeta por lá, não é?
- De fato. – O homem sorriu.
Ron sorriu para a irmã, devia então, ser um fraco desta homens franceses, pelo que soubera a irmã tivera uma queda por Antoine ao conhece-lo e agora, pelo que ele via, tinha por Lavienter.
Subiu uma escada a mais deixando os dois outros atrás, conversando sobre poesia que parecia ser um ponto bastante comum entre os dois. Estava perto de poder falar com Hermione, tão bem arrumada, e seu pai.
- ... divirtam-se! O prazer é todo nosso, sr.Troplis. – O sr.Marcone cumprimentou um senhor com uma bengala de ouro.
Hermione apenas sorria, permanecia quieta. O pai cumprimentava a todos e ela apenas sorria e se reverenciava. Ron sentiu-se satisfeito ao poder enfim subir um degrau chegando ao lado de Hermione e seu pai e ver a surpresa desta e a sua expressão de alegria.
- Ron! – Hermione exclamou. – Que bom que veio.
- Eu não tinha outra alternativa, tinha? – Riu.
- Não brinques assim. – Hermione fechou a cara.
- Deixe-o, deixe-o, adoro seu espírito bem–aventuroso sr.Capitello.
- Obrigado. – Ron sorriu vitorioso para Hermione. – Lavinia?
Chamou a irmã para cumprimentar os anfitriões, mas a irmã conversava muito animada com o sr.Lavienter e não percebera que chegara a sua vez. Corada cumprimentara o sr.Marcone e Hermione.
Preferiu deixar a irmã sozinha com o sr.Lavienter, e desceu as escadas na esperança de que Hermione fosse o seguir depois de cumprimentar os convidados. Achou que o mais sensato a fazer era procurar os pais, mas freqüentemente era parado por conhecidos que ele não conhecia.
Não gostava desta situação, nem um pouco. De ter de falar com pessoas que vinham até ele animadas para cumprimenta-lo e ofendiam-se com o jeito sem graça a qual ele os cumprimentava com risinho e sorrisos amarelos de quem não entende ou reconhece a pessoa. Sentia-se mal por isso, mas o que mais ele poderia fazer?
Não sabia ser simpático, e muito menos imitar um sujeito que ele "fora", mas que nunca vira ou conhecera. Na verdade, estava dando o máximo de si para não ser ele mesmo, mas parecia por demais difícil.
Nessas horas ele gostaria de ser como Harry, que mesmo com seus ataques sabia muito bem lidar com as pessoas e ser simpático.
Harry.
Ron sentiu um calafrio, como estavam Harry, Ginny, seus pais, seus irmãos e até mesmo Luna? Será que eles estavam tentando tomar providências para tirar Hermione Ron dali ou eles estavam parados em relação ao tempo real em Hogwarts?
Desde o inicio daquela viagem fora a primeira vez que Ron praguejara pelo fato do amigo não estar ali. Ron gostava da idéia de estar como "protetor" de Hermione naquela aventura, e em uma vez pode fazer o que Harry sempre fazia enquanto ele ficava de platéia. Ron tinha inveja de Harry certas horas, ele sabia disso, e admitia. Sabia que a inveja era o pior sentimento possível, mas sabia também que só quando não admitido pelo fato da pessoa procurar defeitos na pessoa a fim de não demonstrar sua inveja e tentar combate-la.
Isso não interferia no carinho que ele sentia pelo amigo, acreditava. Ele nunca iria desejar mal à Harry, de modo algum. Admirava assim como invejava as virtudes dele. Acreditava que Harry tinha plena consciência de seus sentimentos invejosos para com ele. Não era preciso explicar, era?
O que era engraçado, era o simples fato de Ron ter tudo o que Harry desejava e Harry tudo que Ron desejava.
- Tio. – Ron sentiu sua calça ser puxada e virou-se encontrando Mário ao seu lado. – Onde estão papai e mamãe? Fomos ver os Marcones e não os encontro mais.
Na certa sua irmã e o cunhado estariam fazendo as pazes e deram um jeito de despistar o menino. Ron abriu a boca pensando no que falar, virando-se de um lado para o outro a procura de alguma criança para brincar com Mário.
- Bem.. – Parou, ao não ver nenhuma criança. – Fiques comigo. Eles devem estar no meio da multidão. Não achou nenhum amiguinho ainda para brincar?
- Não. Todos devem estar aí dentro. – Mário apontou para o aglomerado de pessoas nos jardins sentados em bancos e cadeiras em volta de uma enorme roda de dança. – Você vem comigo?
- Claro.
Mário o puxava para dentro da aglomeração. Seus olhos não paravam quietos observando as pessoas mais estranhas possíveis sentadas. Estava quente e as pessoas berravam ao invés de apenas dialogarem.
Ron agradeceu quando o sobrinho parou em uma área mais aberta e espaçosa, com poucas pessoas, onde se encontravam seus pais.
- Vovô, você viu meus pais? – Mário se adiantou.
- Não os vi, Mário. – O sr.Capitello ergueu uma sobrancelha. – Vocês os viu, querida? – Perguntou a sra.Capitello.
- Receio que não. – Sorriu para o neto. – Olhes, seus amigos estão ali mais adiante, porque não vais brincar com eles?
Mário deu um muxoxo, decepcionado por não conseguir descobrir onde os pais estavam e correu até algumas crianças brincando no gramado. Ron seguiu-o com o olho e depois sentou-se em uma cadeira na mesa.
- Ainda bem que ele não está mais atrás dos pais. Eles precisam de privacidade agora. – Comentou.
- Vão fazer as pazes? Oh, até que enfim. – A sra. Capitello sorriu.
- Já era a hora. – O sr.Capitello abaixou a cabeça e levou a boca um pedaço de carne.
Ron riu. Os pais eram, de fato, sogros diferentes. Imaginou então, o que eles achariam do sr.Lavienter. Achava que ficariam felizes só pelo fato de Lavinia ter arranjado alguém, mas se perguntava se eles gostariam dele como gostavam de Antoine.
- Não ficarás com seus amigos, Ron? – A sra. Capitello perguntou, afável.
- Não, mamãe, não agora. Esperarei Hermione.
- Oh, compreendo. – Deu um risinho. – O sr.Paolo ainda não chegou então você está em campo seguro, não é?
- Mamãe! – Ron a censurou.
- Oras, Ron, não finjas, sabemos de tudo. – O sr.Capitello se pronunciou. – Vás logo, fiques com seus amigos e Hermione e nós ficaremos com os nossos, não és mais uma criança.
- Está bem, papai. Desculpe-me. – Ron disse confuso, não sabia que o pai era, por vezes, rígido.
Levantou-se e meteu-se no meio da multidão rezando para que algum amigo o achasse o levasse para algum lugar. Ou que achasse logo Hermione. Longe dele estavam seus pais sentados, a sra.Capitello olhou com censura para o marido.
- Não precisava ser tão duro, querido.
Hermione pôde, por fim, parar de cumprimentar os convidados e procurar por Ron. Estava preocupada e nervosa, não gostara do modo despreocupado que ele parecia estar e muito menos do modo como ele entrara no meio da multidão com o garotinho, como ela iria encontra-lo, agora?
Tinha suas dúvidas se Ron conseguira ajeitar-se em sua família, se comportara-se o melhor que pudera para que a família não o estranhasse. Não que ele não fosse capaz, não que ele fosse burro, mas ele não tinha a facilidade de disfarçar seu jeito e sentimentos. Nunca conhecera alguém mais impulsivo do que Ron.
Foi com raiva, e um tanto de ciúmes, que ela o avistou conversando despreocupado com uma moça. Mesmo após chegar perto dos dois e saber que falavam da comida, que estava saborosa, Hermione continuou a olhar torto a moça, que reconheceu como a jovem condessa de Archifiton, um sujeito que segundo ouvira o pai falar tinha seus antecedentes curiosos, tal como a esposa.
- Condessa.. – Hermione fez uma reverência assim como a outra. – sr.Capitello – Repetiu a reverência à Ron.
A condessa, mais que depressa, foi saindo de fininho. Tinha medo de Hermione, assim como boa parte das jovens da realeza que chamavam Hermione de bruxa. Hermione teria se metido em maus lençóis com a Igreja e a Inquisição se não fosse seu pai que obtinha um cargo de respeito.
O sr.Marcone já desistira de alertar sua filha sobre o perigo que corria, contentava-se em saber que, ao menos, ele poderia manter-la a salvo com a palavra de seus amigos influentes.
A filha era rebelde tal como a mãe fora. E ele se via vulnerável a isso, já que a personalidade da falecida esposa era o que mais o atraia. Como poderia repreender a filha por sua personalidade se tanto a adorava?
Restava apenas zelar pela segurança dela e procura por um bom partido que continuasse a fazer o mesmo que ele.
- Não me olhe assim, se está zangada, pois fale logo. – Ron fez uma cara azeda. Levando o copo de água à boca.
- Estou apenas preocupada. – Hermione aliviou a expressão no rosto. – Não aja impulsivamente.
- Se fosse assim não deveríamos ser visto juntos, afinal, dizem que temos um romance, ou qualquer coisa do tipo.
Aquilo pareceu atingir Hermione. Ron se arrependeu por alguns minutos, não era realmente aquilo que ele queria dizer. Na verdade, a idéia dele e Hermione terem algo o agradava até.
- Por instinto desejo ficar perto de ti, é claro. Estou no meio de estranhos, obviamente desejo ficar perto de quem me é conhecido.
Ron ficou um tanto decepcionado com a resposta, mas achou-a bastante lógica e resolveu se aproveitar dela também.
- Sim, eu sinto o mesmo, mas devemos tentar.
- Oh, não! – Hermione pareceu se revoltar, assustando Ron – Precisamos nos arranjar, isso sim. Consegui milhares de informações sobre nossa tal ordem e ainda temos de procurar um meio de sair daqui.
Aquilo assustou Ron não só pela ação da amiga, mas pela razão que ela tinha em dizer isto. Realmente, ele não havia pensado até agora em uma forma de sair dali. Sentiu seu estômago revirar, só não sabia se era de nervoso ou da comida suspeita que ele comia.
Hermione estava certíssima, o que ele faria se ficasse ali para sempre? Ele gostava daquela sua "nova" família ao ponto de esquecer sua "antiga"? Sabia que reclamava demais de sua família, mas agora, de alguma forma, começava a sentir tanta saudade.
- Parece que você está se adaptando a este ambiente, mais do que eu. – Hermione disse, um tanto triste.
- O que? Oh, não! Eu.. é claro que estou com saudades, mas esse lugar também é um pouco agradável. – Ron não pode acreditar em suas palavras.
Hermione sorriu: - Acho que errei, afinal, você se adaptou melhor que eu, disfarça-se melhor do que eu.
- Hermione, eu... – Ron balbuciou, procurando palavras.
- Não, fico feliz com isso, sinceramente. Acontece que nós temos de voltar. Eu quero voltar, odeio esse lugar, odeio.
- Tão estranho. – Ron suspirou. – Está tudo invertido por aqui. Quando chegamos, eu odiei, você amou. Nossas ações? Bem, são estranhas. Mas.. está certo, procuraremos o quanto antes um meio de sair daqui está certa, pode ser perigoso.
- Agradeço, enfim, por sua atitude sensata. – Hermione respirou fundo. – Acho que no nosso "grupo" de magia que Maria falou, podemos achar alguma resposta.
- Sim, mas como chegaremos ao local, é arriscado, perigoso.
- Não se preocupe quanto à isto, ao que me parece, os encontros são aqui, no jardim de minha casa.
- Bem, isso nos reduz qualquer...
- Boa noite, senhorita e senhor – Uma voz profunda e gélida os saudou. – Pietro Afanasieff, uma bela festa senhorita. – Ron e Hermione o cumprimentaram um tanto receosos - Aposto como teve um grande trabalho a arruma-la.
- Bem, um pouco, de fato. – Hermione disse, indecisa.
O homem sorriu para ela, tinha uma tez pálida, olhos azuis safiras e cabelos tão loiros que pareciam ser brancos. Era alto, maior que Ron, e tinha gestos afetados. Sorriu para Ron e interrogou-o:
- Como vão as coisas na Ordem, caro sr. Capitello?
Hermione engasgou, mas que homem sem restrições! Como falava de modo tão despreocupado, com um tom alto para a informação que dizia e comportava-se como se aquilo fosse normal? Censurou-o com o olhar, mas isso não pareceu abala-lo, pois continuou:
- Quando poderei visitá-los, meus amigos?
- Bem.. – Ron procurou alguma coisa a dizer.
- Está bem, não precisam fingir, eu sei da verdade, não são os reais sr. Capitello e a srta.Marcone. Infelizmente, não consigo adivinhar quem são, realmente. Que tipo de ser parasita são?
- Ora, veja como fala! Não sou nenhuma parasita e não tenho prazer algum em estar neste corpo! – Hermione bufou.
- Até parece que gosto de estar em uma época e local diferente do qual pertenço. – Ron concordou com Hermione. - E você, o que é, afinal?
- Peço desculpas por ter sido indelicado. Vejo que foram vítimas de algum encantamento. – Sorriu. – Quanto a mim, não reconhecem o que sou?
- Não. – Ron foi franco. – Deveria reconhecer a primeira vista?
- Pode apostar que sim! Bem-aventurados aqueles que diferenciam minha raça da de vocês, isso os evita conseqüências penosas. Sou um vampiro, e não um vampiro qualquer, sou o sub-chefe da Ordem de Vampiros de Veneza, logo, é bom que sejam meus amigos caso não queiram morrer.
- Mesmo? - Hermione ergueu uma sobrancelha. – Não teria certeza disto. – Encostou a varinha nas costelas dele. – Na verdade, nós também temos nossas armas.
- Bruxos! – Pietro murmurou. – Ora, ora... então não são charlatões como eram os verdadeiros sr.Capitello e a srta.Marcone. Gostei de vocês, parecem-me formidáveis pessoas que se vale a pena ter contato.
- Não temos interesse de permanecer por aqui muito tempo. – Ron endureceu.
- Oh, claro, eu compreendo. Não que isso faça muita diferença à um vampiro que pode viver diferentes épocas em diferentes locais. Esse tipo de coisas não nos interessam. – Pegou um cálice com uma bebida. – Mas, creio, que vocês bruxos, assim como os meros humanos, dêem muito valor à coisas como estas por estarem ligadas á vida. É natural, instinto natural.
- Bem diz o livro quando fala que vocês vampiros são por demais filosóficos. – Hermione disse enojada.
- Ora, discordo de ti. Mas se concordasse, nada mais normal, criaturas que vivem para sempre, o que mais tem a fazer a não ser filosofar?
- Filosofar porque não podem morrer e finalmente ter paz, não é?
- Porque está tão ofensiva, senhorita? Fiz-lhe algum mal. Talvez esteja certa quanto a alguns, mas quanto a mim, está errada. Gosto de ser o que sou, escolhi a ser assim. Não tem idéia de como gosto de ser o que sou. – Sorriu. – Temos tantas vantagens e eu sei fui um revoltado quando mortal.
- Parece-me que é bastante excêntrico. – Ron frisou a testa.
- Toda criatura que não é como ti será excêntrica a seus olhos. – Pietro sorriu. – Mas, meus amigos dizem que sou animado demais, uma criança insolente, às vezes.
- Conta vantagem quanto a isto? – Hermione perguntou.
- Oh, não, moça, não entendeu-me. Chega uma hora que necessita-se de uma brincadeira, se não a pessoa fica estressada. Não sou diferente, também preciso de uma distração. Para além de que, uma criança ainda jaz dentro de mim. Não hesita em querer se demonstrar ao ar livre.
- Bem, você continua a ser estranho. – Ron deu de ombros.
- Criaturas realmente adoráveis. Realmente questionáveis e curiosas. Que belo estudo faria sobre seus atos e modos, então é isto que o futuro nos aguarda? Uma juventude com a língua nos dentes e independência quando nem saiu das fraldas.
- Ora, mas que.. – Hermione exclamou irritada com a insolência daquele ser.
No entanto, ele sumira da frente dos dois jovens como um raio. Grande habilidade esta dos vampiros de se locomover tão rapidamente. Ron virou-se para a amiga ainda sem saber o que dizer quanto aquele achado.
- Realmente, há uma criança dentro dele. – Foi tudo que Ron conseguiu dizer, para tentar fazer Hermione voltar a uma expressão normal.
- Seria um amigo ou inimigo?
- Não faço idéia, seja como for, me simpatizei. – Ron foi sincero.
Achara aquele ser excêntrico e extrovertido bastante formidável e até gostara de seu ser. Esperava sinceramente que fosse um amigo porque a simpatia já lhe, por dentro, dizia que sim.
- Eu prefiro manter a guarda.- Hermione disse, desgostosa. – Agora, precisamos encontrar participantes da Ordem, precisamos encontrar esta Ordem o quanto antes para vermos se acharemos algo de importância que poderia nos ajudar a voltar para nosso lugar.
Ron não respondeu, assentiu com a cabeça, concordando.
Maria que trabalhava como louca na cozinha ajudando a cozinheira na comida, levando travessas de comida à mesa e servindo a todos que lhe pediam uma ajuda, finalmente teve um tempo de descanso que resolveu gastar sentada embaixo de uma árvore ao lado da cozinha, longe dos convidados.
Para seu infortúnio Ron se aproximava até ela, a mando de Hermione, para privar-la de seu tempo de descanso. Não esperou que ele chegasse, já foi logo levantando esperando as ordens.
- Nenhum descanso, nenhum descanso! – Praguejou. – O que deseja?
- Na verdade, não sou eu, mas Hermione. Deseja que comunique os participantes da Ordem, reunião, amanhã no bosque ao leste. Seja rápida.
Esta foi uma noticia que pareceu agradar e muito a criada que deu ao rapaz um enorme sorriso e sem mais demora pôs em direção aos convidados.
De todos os participantes era a que mais acreditava na magia e que mais se empenhava, Ron pensou porque então ela não comandava a Ordem se era a mais interessada no negócio. Lembrou-se, porém, de que Hermione havia o alertado da tolice que Maria carregava em suas costas.
Talvez se não fosse assim tão tola tivesse mais sucesso, poderia ter um futuro, agarrar um marido e deixar de ser uma simples criada. Infelizmente, a natureza lhe privara um bom cérebro e senso natural.
- Irmão! – Ron virou-se encontrando Lavinia. – Onde estava? Estive a tua procura. – Sorriu-lhe –O que acha de convidarmos o sr.Lavienter a uma visita à nossa casa?
- Se for de seu desejo, será perfeito. – Ron sorriu, irônico. Podia ter falado em boa maneira, mas aquilo era apenas ironia. Então a rebelde e orgulhosa Lavinia preferia rapazes de modos estranhos. – Vejo que gostou do sr. Lavientier
- Oh, ele é formidável, simplesmente formidável. Prometeu-me que mostrará suas obras logo que puder. Fico feliz de ter contato com pessoas como ele, são bons tipos de amizades.
- E maridos, para mulheres como você – Resmungou baixinho.
- Disse alguma coisa, Ron? – Lavinia perguntou aérea.
- Oh, não. E Antoine e Catarina?
- Estão de bem agora. – Lavinia nem pareceu se importar quanto a isto. – Estavam com Mário da última vez que os vi. Mamãe e papai já foram, alegaram que sua idade já não os permite ficarem acordados pela madrugada.
- Madrugada? Ora, meus olhos não dão sinais de terem qualquer cansaço. – Uma voz disse-lhes.
Era o sr.Lavienter que parou ao lado de Lavinia. A Ron parecia que a irmã não havia sido a única vitima, parecia que o rapaz bizarro tinha qualquer tipo de atração pela moça rebelde de feições duras.
- Sempre de bom humor. – Ron foi rude, mas os dois outros presentes pareceram não dar conta disto, estavam ocupados em admirar um ao outro.
- Acho que me deve uma dança, senhorita. – O sr.Lavienter disse, por fim.
- Oh, sim, realmente.
- Podemos, então, agora?
O sr.Lavienter não precisou de mais palavras, Lavinia deu-lhe os braços e os dois seguiram para a pista de dança. Ron com cara de nojo seguiu seu caminho, a procura de Hermione a fim de avisar-lhe que dera a ordem à Maria.
- Ora, que coisa mais desgostosa! – Comentou, ainda, virando-se de costa e vendo a irmã e o pretendente seguiram na direção oposta.
Hermione bebeu mais um gole daquela bebida pesada de gosto estranho que parecia ser chamada de água. Nem podia imaginar, bebia uma água direto do fosso, nem mesmo deveria ser bem filtrada.
Sentiu um calafrio em pensar nisto, aquela higiene, oh! Que horror, nem sabia como já não adoecera. Seu estômago roncou, pedindo comida. Hermione olhou para a mesa a procura da coisa que parecesse menos gordurosa, por fim pegou um pão que acabou se revelando bastante gorduroso ao desmanchar em sua boca.
- Isso é simplesmente deplorável. – Rugiu, impaciente.
- Hermione? – Ron ergueu as sobrancelhas, estranhando. – Está tudo bem?
- Tudo! Exceto o fato de não ter comida decente por aqui.
- Tente estes aqui. – Ron apontou para alguns pratos. – Pareceram os mais leves, e há sempre as frutas.
- Oh, obrigado, Ron, realmente. – Hermione suspirou, deliciada ao pegar um petisco. – Está se virando melhor do que eu. É impressionante.
- Hmm, hmm.. – Ron resmungou sem saber o que dizer. – Bem, Maria já foi avisada e já deve estar convocando os participantes.
- Oh, mesmo? Isso é bom. Realmente bom. Finalmente, começo a sentir que estamos dando paços para sairmos daqui.
- Você fala como se fosse uma eternidade, não faz nem um dia que estamos aqui.
- Não vou discutir isto com você, Ron. – Hermione disse sabiamente. – Agora necessito de um longo descanso, papai mesmo já mandou-me ir dormir. Boa noite, Ron, nos vemos amanhã.
Hermione retirou-se bocejando, arrastando a cauda do vestido enquanto se dirigia à casa. Ron a observou até ela sumir de vista entrando na casa. Virou-se vendo que o jardim tinha agora poucos convidados, procurou por Lavinia para que pudessem ir embora e ao encontra-la, sem dó, nem perdão tirou-a dos braços do Sr.Lavienter, infelizmente, não pode impedi-la de convida-lo a almoçar na casa deles no dia seguinte.
(Continua...)
N/A: A parte do Pietro foi a mais divertida a se escrever, quanto ao resto, foi um parto.
