Ho Capito Che Ti Amo
Ho capito che ti amo
Quando ho visto che bastava una tua frase
Per far sì che una serata come un'altra
Cominciasse per incanto a illuminarsi
E pesare che poco tempo prima
Parlando con qualcuno
Mi ero messo a dire
Che oramai non sarei più tomato
A credere all'amore
A illudermi e sognare
Ed ecco che poi
Ho capito che ti amo
E già era troppo tardi per tornare
Per un po'ho cercatto in me
L'indifferenza poi mi son
Lasciato andare nell'amore
(Ho Capito Che Ti Amo, Luigi Tenco)
Capitulo IX
Ron abriu os olhos antes de Hermione, e pode, portanto, ver acima dele o livro flutuando e então este estourar e depois suas cinzas cairem sobre suas cabeças. Não pode deixar de sorrir ao olhar ao seu redor e se deparar com a mesma cena de antes de entrarem naquele livro infernal.
Estavam de volta.
- Hermione, estamos de volta!
- Quê? – A garota perguntou confusa. Então olhou a sua volta. – Oh, Ron, eles conseguiram! – E pulou, junto do garoto.
Os dois apertaram instintivamente o abraço.
- Precisamos manter a promessa, Ron. – Hermione disse ficando meio séria.
- Sim, eu sei. Mas isto não me impede de ir tirar satisfações com a velha, certo?
- Não. – Hermione sorriu. – Acho que ela não sabia que era um livro amaldiçoado, Ron.
- Não custa nada procurar saber das intenções da velha, né?
- Sim, mas é melhor ter cautela. – Hermione corou. – A propósito, Ron, o que disse lá era verdade?
- E o que foi que eu disse?
- Que você não aguentaria se eu me ferisse.
- Bem, não foi bem isto que eu disse, não é? – Ron disse, mas viu a expressão de Hermione murchar e decidiu contar a verdade. – Sim, Hermione, é verdade. Eu ficaria muito chocado se algo te acontecesse, eu gosto muito de ti, muito mesmo, sabe? Talvez mais do que uma amiga.
- Eu também Ron, eu também gosto muito de você. – Hermione disse, um pouco débil.
- Então.. – Arriscou Ron. – Namorados?
- É penso que sim. – Hermione sorriu, e abraçou Ron mais uma vez, deixando-se ser conduzida por Ron, que carregava a sacola de suas compras, agora com menos doces e um livro a menos.
Duas semanas haviam passado e para a surpresa de muitos, Ron e Hermione não haviam brigado. Todos suspeitavam que eles tivessem se entendido, ou seja, estavam juntos, mas apenas os intímos assim o sabiam.
Os dois esperavam a próxima visita à Hogsmeade para interrogarem a velha. Enquanto isto, eles divertiam-se juntos, aproveitando o namoro.
Quanto à Harry, resolveu, por iniciativa própria deixar os dois sozinhos, por mais que os dois o dissessem que não precisava se afastar, eles não iriam fazer-lo segurar vela. E realmente, todas as vezes que estavam juntos, Harry não segurava vela, pois nenhum dos dois parecia trocar qualquer jura de amor. Ainda assim, Harry sentia que não queria invandir aquele momento deles.
Luna, que também parecia só, ainda mais naqueles dias, que Ginny andava atarefada com algo, o que a fazia sumir por longas horas, o fez companhia, e os dois às vezes se encontravam nos corredores o que os davam longas conversas, divertidas e gostosas, por mais malucas que pudessem ser, às vezes.
Para sua surpresa, Harry descobriu que passara boa parte do seu tempo livre com Luna e que ele havia gostado disto, sendo assim, ele não pudera sentir, realmente, a falta de Hermione e Ron. Pois não ficará só e a companhia de Luna o satisfazia.
Naquele mesmo momento, por exemplo, Harry estava indo à Biblioteca a fim de encontrar-se com Luna e ajudá-la em uma questão de Defesa Contra Artes das Trevas. Sorriu, estava contente com o decorrer das coisas.
Entrou na Biblioteca e pode avistar de longe a loira de cabelos bagunçados e olhar distante, como se estivesse no mundo da lua. Dirigiu-se até ela e sentou-se ao seu lado:
- Boa tarde, Luna.
- Boa tarde, Harry! – Ela sorriu. – Interessado em saber seu horóscopo de hoje?
- Não, obrigado. – Ele riu. – Vamos adiantar seu exercício, para podermos conversar.
- Está certo.
E logo, Harry a estava explicando maneiras de se escapar daquelas "semi-maldições". Luna permanecia atenta, estava interessada, e escrevia, sem cessar. Quando ela finalmente terminou seu dever-de-casa, pousou a pena e virou-se à Harry:
- Sabe, Harry, adoro aprender, como todo bom Corvinal. Mas devo confessar que é um prazer ainda melhor aprender sobre Defesa Contra Artes das Trevas com você, você ensina bem sobre este assunto. É divertido. Por isso à Armada é tão confortável, é só uma pena que não tenha seguido adiante.
- Bem, perdeu um pouco seu proprósito agora que estamos livres da Umbridge, não?
- Não deixa de ser verdade. Pedi à Hagrid os agradecer em meu nome. Foi a primeira coisa que pedi à Hagrid este ano.
Harry riu: - Talvez deva ser algo que eu tenha de fazer, também.
A conversa continuou, até eles verem que tinham obrigações a fazer e precisavam terminar a conversa por ali. Ao se levantarem, Harry ajudou Luna a arrumar a bagunça que estavam suas coisas e a entregou:
- Obrigado por ser tão legal comigo, Harry. É muito bom ter alguém como você como amigo. Devo confessar que a sua amizade me fez esquecer por completo Ron e eu acho que já não tenho antipatia pela Granger.
- Oras. – Ele sorriu, sem graça. – Não é nada, você é formidável Luna, me divirto bastante contigo. Gosto muito, muito mesmo de você e sua companhia.
A loira pareceu entender o recado, mas limitou-se a pegar suas coisas e responder: - Sim, Harry, também gosto muito, muito mesmo de você e sua companhia.
E lhe sorriu, virando-se então e indo embora. Talvez Harry devesse correr e perguntar se agora poderiam ser algo aproximado à namorados, como Ron fizera com Hermione. Mas ele preferiu esperar.
A experiência com Cho o deixara apreensivo, não queria pressa. Ele poderia esperar, pelo menos ele achava que podia. E ele acreditava que ele e Luna ainda tinham muitas etapas a seguirem, ainda não se compreendiam por completo, por exemplo.
Sorriu, ele queria que fosse perfeito. Porque Luna era perfeita. A seu modo.
A garota ruiva afastou seu par, o garoto de cabelos loiros, tão loiros que eram quase brancos. Bem, ali estavam. Havia três semanas estavam nisto, como ela chamaria rolo? Paquera?
Olhou o garoto, que parecia estar pensando, enquanto fechava os olhos para descansar. Não importaria o quanto ela tentasse, ela nunca saberia o que ele pensava, o que desejava... Mas também, ela não dava atenção alguma à isto, nunca se esforçara a procurar saber o que ele queria.
Entrara naquilo como que se fosse uma brincadeira, uma rebeldia, mas começava a se incomodar. De início fora uma confusão de sentimentos provocado por aqueles hormônios perturbados. "Estou apaixonada, o que faço? Oh, ele me roubou um beijo, agora vai ver! Minha cobrinha..." e outras tolices provocadas pelos conturbados hormônios. Mas e agora? Estaria ela a recuperar a razão?
O que sentia por ele? Vasculhou a sério dentro de si, mas não achou uma resposta certa, ou pelo menos, a resposta era insatisfátoria: diversão. No início, ela se dizia apaixonada, mas será que continuava? Não lhe parecia, que Draco estivesse a levar aquilo muito a sério também. Acreditava que para ele também era diversão.
- O que há, Ginny? Está calada demais para estar em seu estado de espírito normal, na minha opinião.
- Estou apenas pensando, tal como você deve estar a fazer.
- Pensando, é? – O garoto abriu os olhos. – E em qual bobagem é desta vez?
- Nós.
- Nós? Hmm... receio que venha perguntas.
- O que somos nós, Draco? De início, eu nunca pensei que eu estaria te perguntando isto, mas... agora parece que a pergunta e a resposta são essenciais para a continuidade disto.
- Se você está perguntar se eu te amo... – Draco começou.
- Não. – Ginny o interrompeu. – Não é disto que eu falo, eu apenas quero saber porque você quis isto comigo.
- Bem, você é atraente, tenho de admitir.
- Era o tipo de resposta que eu esperava de você. Minha opinião não é muito diferente, foi divertido. Você é até uma boa companhia nestas horas, é só saber lidar.
- É lógico que sou boa companhia. – O loiro sorriu, convencido. – Mas você também deve ter seu crédito. Foi muito divertido enquanto durou.
- É, foi muito divertido enquanto durou. – Ginny repetiu a frase, achava que aquilo resumia tudo.
- Talvez não venhamos a lembrar disto futuramente, talvez não tenha sido nada.
- Talvez pudesse ter sido. – Ginny o contradisse, parou, reflexiva, mas continuou. – Não, não puderia ter sido enquanto tívessemos orgulho.
- Orgulho?
- De início, foi por rebeldia. Mas acredito que eu ainda tenha a repulsa Weasley pelos Malfoys.
- Idem. Mas você foi divertida, Weasley, realmente. Se as coisas fossem diferentes, quem sabe?
- Pura diversão. – Ginny disse. – Bem, foi divertido, Malfoy. Quem sabe um dia você não deixa de ser este narciso ambicioso e esnobe que é? Talvez as coisas possam ocorrer da maneira certa.
- E que você deixe de ser certinha e nobre.
- Acho que ao ser rebelde ao ponto de ter isto contigo não sou certinha.
- Oh sim, não há dúvida que você também é revoltada, Weasley. – Sorriu-lhe. – Acho que resta-nos dizer adeus.
- Adeus, Malfoy.
E Ginny distanciou-se do local, sentindo-se livre. Não sentia culpa, não sentia remorso. Havia sido bom enquanto durara, ela não havia pecado, mas ido contra os seus ideais. Rebeldia. Pura diversão.
Não ela não se sentia culpada. Porém, sentia-se intrigada. Pura diversão, poderia ter sido diferente se não tivessem o orgulho e preconceito das famílias o que os impediam de olhar para aquilo como nada além de diversão?
Ela não sabia, e enquanto dirigia-se a Hogwarts, começava a achar, a cada passo, que isto já não tinha importância, fora só pura diversão. Só rebeldia. Uma ligeira saída de rotina, mas nada mais do que isso.
Sorriu, achava que estava satisfeita.
Quando a próxima visita a Hogsmeade chegou, Ron e Hermione haviam concordado que após conduzir mais uma vez a "criançada" à Hogsmeade (até a última visita eles deveriam levar o terceiro ano), eles iriam direto para a pequena livraria.
Ron parecia descontar toda sua tensão ao corrigir e criticar alunos. Hermione, que também estava tensa, não pareceu se importar com isso, apenas confirmou a lista de nomes e seguiu, mostrando o caminho pela enésima vez.
Os passos dos dois eram apressados e eles mal podiam conter a tensão ao entrarem na loja. Porém, para sua decepção, não encontraram a senhora no balcão, mas uma mulher, que lia muito interessada um livro, o que a fez não os ver, até Hermione a cumprimentar:
- Olá, bom dia, estamos a procura da senhora que trabalha aqui, nós...
- Bom dia minha jovem. – A mulher sorriu, fechando o livro. – Creio que a senhora da qual fala seja minha mãe. No momento ela está no hospital, a doença dela piorou. Sabe como é, como se não bastasse o reumatismo, ela pegou uma gripe, ela tem histórico de doenças pulmonares. Mas sim, oh, o que deseja...
- Ela nos deu um livro que quase nos matou. – Ron disse rude, bufando.
- Acalme-se, Ron.- Hermione censurou-lhe com o olhar, não adiantara nada as milhares de vezes que ela o alertara para ser gentil, que afinal, poderia ter sido um engano. – Ocorreu algo muito chato, um acidente, espero. Na nossa última visita À Hogsmeade viemos aqui e sua mãe nos deu um livro. Um livro raro, há poucos exemplares, mas é conhecido porque é um marco na literatura bruxa inglesa. Acontece que ele era um livro amaldiçoado, entende? Fomos enviados à sua época e mundo, em Veneza.
- Ah, você fala daquele livro? – As feições da mulher ficaram duras. – Quando mamãe irá aprender? Que mania de velha alcoviteira! Eu peço desculpas por ela, sinceramente, vou brigar com ela quando for visita-la no hospital. Mas que coisa mais horrenda, por favor, peço desculpas. Está tudo bem, podem me devolver que eu o esconderei, ou melhor, mandarei para um museu.
- Ah... – Hermionou corou, sem graça. – Só há um pequeno problema, para sairmos dele tivemos ajuda de alguns personagens do livro, alguns reflexos de pessoas reais. Eles destruiram o livro para nos trazer de volta aqui.
Ron engoliu em seco, esperando por uma explosão.
- Oh, isso é uma pena, realmente. Mas acho que está tudo bem. Não teria a mesma graça que ele continuasse sem mamãe por aqui, ele a adorava, sabe? – Riu. – Mas vocês não precisavam fazer isto, era necessário apenas que vocês se acertassem, se vocês ao menos tivessem se beijado ou coisa do tipo, o feitiço estaria quebrado.
- Como assim? – Perguntou um indignado Ron.
- Mamãe o usava nas suas ações alcoviteiras, provavelmente ela viu alguma tensão entre vocês dois e resolveu dar uma mãozinha, mandando o livro os enviar para dentro dele e só os deixar voltar quando se entendessem. Espero que não tenham se machudo. Sempre disse a ela que era perigoso, não sei como o ministério não a pegou.
- Era algo tão valioso assim para ela? Oh, sinto-me tão ruim ao saber que por nossa causa ele foi destruído, afinal, ela gosta dele tanto, não é? E ela só quis ajudar.
- Oh não há problema, ela ficará feliz de ver que vocês estão juntos. Talvez tenha sido melhor assim, que ele tenha sido destruido. Coisas como estas não são boas de se ter, podemos ajudar casais de outras formas, e além do mais, nunca se sabe se ele não pode servir para um mau propósito. – A mulher disse sombria. – Fico um pouco aliviada em parte. Os tempos andam conturbados, não é?
- Não há dúvida. – Hermione sorriu-lhe.
- Você poderia nos fazer um favor? – Ron pediu a mulher, finalmente falando algo. – Gostariámos de agradecer à sua mãe, no final, foi uma boa experiência e nos estamos juntos, não é? – Ele abraçou Hermione. – Sentimos muito, principalmente eu, por termos desconfiado dela, mas você sabe como é, né. O tempo anda corturbado, como você mesmo disse, não se pode confiar mais...
- Pois eu concordo com você jovem, não se preocupe. Você também não, minha jovem. Sejam felizes! Mamãe não se importará, para ela só importa o fato de que vocês estão juntos.
Depois de cumprimentos e despedidas, Ron e Hermione saíram da livraria. Ron suspirou, abraçando Hermione e começando a andar, acompanhado da namorada, até o Três Vassouras, onde Harry, Ginny e Luna os esperavam.
- Não sei se me conforta muito a idéia que uma velha faladeira e alcoviteira foi que nos juntou.
- Ora, pare de reclamar seu bobo. – Hermione riu. – Isto não importa, importa?
- Bem, talvez não. – Ron beijou-lhe rapidamente, sorrindo.
Não importava o meio, e nem quem, o ajudara. Para Ron era mais que o suficiente o fato de que aquilo o ajudara a falar a ela o que mais desejava: que ele a amava. E quanto à Hermione? A situação desta não era muito diferente da dele.
FIM
N/A: Bem, não consegui dar um final completamente feliz aos outros dois casais depois de ler HBP. H/L ao menos ficaram no ar, com o Harry a se comprometer que se fará digno da Luna e que eles poderão, futuramente, ficarem juntos. Mas quanto à D/G, eu acabei com eles, não foi ? Talvez tenha feito pouco sentido, espero que não. Ressaltei que de início a Gina se achou apaixonada, mas agora ela via que não era nada disto.
Notas Finais: Esta foi uma fanfic bastante complicada. O problema é que ela poderia ter sido muito mais se eu tivesse, depois do terceiro capítulo, continuado no ritmo que comecei. Ao invés disto, encalhei no 4° capítulo e quando por final, o completei e comecei os outros, eu já tinha perdido algumas idéias iniciais e a fic mudou do seu rumo inicial, ficando até um pouco corrida e estranha. No geral, ela foi difícil de escrever, eu não gostava de seu resultado, mas a preguiça me impedia de a deletar e a recomeçar de forma aceitável e eu continua a escrever a contragosto. Porém, contra todas as expectativas, eu AMEI o final. O último capítulo me deu prazer enquanto eu o escrevia e eu gostei de o reler, até gostando do resultado (por mais que possa ter sido confuso e meio estranho o final D/G).
Agradecimentos: À Chel, que betou os últimos capítulos, à Lain que me deu força, me incentivando. E a todos os outros que incentivaram e comentaram das vezes que eu postava em fóruns um ou dois capítulos para pedir opinião.
Fic Iniciada em Abril de 2004. Terminada em Dezembro de 2005.
