O loiro caiu no chão desacordado, depois de alguns minutos em silêncio, eu pulei o corpo inerte no chão e corri em direção ao meu herói e o abracei. Encostei minha cabeça sobre o tórax dele e ouvi o coração dele batendo descompassado.
- Tá tudo bem agora, Weasley. – disse ele, com um tom de voz um pouco menos seco que o normal.
Era ele.
Ele tinha chego e me salvo exatamente como eu havia fantasiado desde a última vez em que havíamos nos visto, eu continuei abraçada a ele por um tempo, ouvindo seu coração descompassado e sentindo o meu batendo ao mesmo ritmo.
Então, eu ouvi passos atrás de mim e me virei, lá estava Luna e Marissa. Eu me soltei do Malfoy, mas a dor nas minhas costas se tornou tão grande que eu tive que me apoiar nele de novo. Ele passou as mãos em volta da minha cintura e eu olhei para Luna por um instante.
- O que é isso? – perguntou Luna, em um tom de voz furioso – Gina, o que você está fazendo com esse... almofadinha?
Eu queria poder responder, mas não conseguia. Minhas costas estavam ardendo de dor.
- Será que você pode tentar lembrar de tudo o que esse loirinho te fez? – perguntou Luna, num tom incrédulo.
- Luna... – eu tentei falar, mas um gemido forte veio seguido porque as minhas costas resolveram que queria arder agora.
Draco continuava em silêncio, com um olhar grave de preocupação.
- Vem, Weasley... Vamos para dentro da Zonko's que eu vou ver o que é que o idiota do Andy fez em você. – disse o loiro, me auxiliando a andar em direção ao estabelecimento.
Eu o acompanhava debilmente, mas a minha mente gritava que queria que eu e a Luna nos acertássemos, mas a dor me impedia e algo me dizia que ela não me ouviria.
Foi quando a Cordelia entrou na discussão.
- Escuta, Luvegood, deixe-me te dizer uma coisa. Você sabe o que acabou de acontecer? Ah, então deixe-me te pôr a par: Draco Malfoy acabou de salvar a Gina de um pervertido. Que tal? Ainda vai continuar a falar que ele é um "Almofadinha-canalha"?
Eu queria poder dizer a Cordelia para não se envolver, que as coisas já estavam bastante ruins sem que ela entrasse, mas ela estava sendo minha amiga. Estava me defendendo, defendendo o Malfoy.
Estava tentando acalmar a Luna.
- Eu... Eu tenho que confessar uma coisa. – disse Cordy, desesperada para fazer com que Luna se acalmasse – Quando eu cortei você, a Gina estava desesperada para falar com você e eu impedi ela! Eu disse que você estava bem sem ela e que você tinha inveja.
Eu comecei a ficar cada vez mais cansada, meus olhos estavam marejando. Cordy estava se expondo, contando para Luna todo o que havia me dito só para que ela não brigasse comigo.
Luna era a minha amiga e Cordelia sabia disso.
- Por que você fez isso? – perguntou Luna, incrédula – Por quê?
- Eu... Eu acho a Gina uma garota muito bonita e as coisas iam ficar melhores para mim, se ela começasse a andar comigo. Eu só queria ter a Gina no meu grupo.
Cordelia estava tendo dificuldades para encobrir os meus erros. Os meus erros. Eu havia sido o pior tipo de pessoa com a Luna, a minha única amiga. Eu sempre estava hostil e ela só tentando me ajudar.
Eu gostava da Luna. Eu não podia tê-la abandonada daquela maneira.
As duas continuaram a discutir, mas eu já não podia ouvir mais nada, Draco Malfoy havia acabado de me levar para dentro da Zonko's e fechado a porta, eu só sei que lágrimas banhavam minhas bochechas e eu soluçava como uma condenada.
O recepcionista da loja correu até nós dois e olhou com estranheza:
- Você não é o Draco Malfoy? – ele perguntou, incrédulo.
- Sim. – ele respondeu, seco.
- Ela não é a Weasley...?
Com uma mão, Draco continuou me segurando contra ele, para que eu não caísse já que estava tão fraca que quase não me agüentava em pé. Tirou dez galeões do bolso e jogou na mão do homem.
- Vai embora, vai. E se contar para alguém que me viu aqui com a Weasley, você morre.
Com os olhos esbugalhados, o homem assentiu com a cabeça e saiu correndo da Zonko's, fechando a porta as suas costas.
Draco Malfoy me levou até o canto da Zonko's, onde tinha o balcão do recepcionista, sem esforço algum ele me ergueu e me sentou no balcão. Ficou me olhando por um tempo.
- Posso saber porque você deixou ele encostar em você? – perguntou ele, me olhando com frieza.
- Não fale como se fosse culpa minha! – eu retruquei, tentando dar uma de forte – Porque não foi! Ele veio atrás de mim, eu tentei fugir, mas ele é bem mais forte que eu, tá?
Era o cúmulo.
Quem ele achava que eu era? Uma garotinha fútil que saía arrastando asa para Deus e o mundo? E, outra, ele me viu "nocauteando" o cara, eu não ia deixar um cara que eu "nocautiei" encostar em mim por vontade própria.
Malfoy ficou me olhando por um instante. Depois soltou um suspiro e levou a mão até a têmpora, massageando-a por um momento.
Eu soltei um gemido quando minhas costas sentiram outra pontada.
- Me deixa ver. – disse ele, por fim.
- O quê? – eu perguntei, assustada.
- Suas costas. – disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Ele tinha pirado se achava que eu ia mostrar as minhas costas para, até porque para isso eu ia ter que erguer minha blusa. Erguer minha blusa toda. Isso não me agradava.
- Nem pensar. – eu disse, por fim, olhando para ele firmemente.
Mantenha suas mãos longe do meu corpo!
- Weasley... – disse ele, começando a ficar impaciente.
- Mas... Você é um... você sabe... homem! – eu disse, corando incrivelmente.
Ele deu um sorrisinho de deboche.
- Você acha mesmo que eu ia querer alguma coisa com alguém como você, Weasley? – ele perguntou, em tom desdenhoso.
- Tem de louco para tudo, tá? – eu me defendi.
Tá, eu não era a Cordy, mas não precisava me rebaixar tanto!
- Você é uma Weasley, isso basta para que eu não queira nada com você. – ele disse, por fim e tirou a varinha do bolso – Então, você vai me deixar ver as suas costas ou eu vou ter que vê-la à força?
Eu soltei um suspiro vencido, e com um gemido, me girei no balcão ficando de costas para ele e ergui a blusa, tomando cuidado para não erguer demais. Ele murmurou um feitiço que eu não conhecia e, rapidamente, a dor foi diminuindo até não existir mais.
Eu abaixei a blusa e girei ficando de frente para Draco Malfoy de novo.
- Obrigada. – eu disse.
- Imagina, Weasley...
Eu ergui a mão.
- Gina.
Ele ergueu a sobrancelha.
Qual é? Ele tinha salvo a minha vida, me transformado em uma garota... bem... bonita e feito a dor sumir. Por outro lado, ele fez eu me depilar.
- Quê? – ele perguntou.
- Gina, pode me chamar de Gina, Malfoy.
Foi, então, que ele deu um meio sorriso.
- Certo. Então... – ele pareceu hesitar um instante – pode me chamar de Draco.
Eu sorri.
- Obrigada por tudo, Draco. – eu resmunguei, finalmente.
- Só tente não se meter em mais encrencas, Gina... – disse ele, rindo ao me chamar pela apelido – Eu detesto usar maldições imperdoáveis perto do território do castelo.
Então eu me sentei ereta, mesmo sentada e reta, em cima de um balcão, eu era menor que ele de pé, mas eu ficava quase do tamanho dele.
- Porque você me ajudou? – eu perguntei, finalmente.
Draco Malfoy apenas deu um sorrisinho e se aproximou um pouco mais de mim.
- Porque, de repente, eu achei que seria um desperdício se o merda do Andy fizesse aquilo.
- Aquilo? – eu perguntei confusa – Aquilo o quê?
- Isso. – disse Draco Malfoy.
Então, passando uma das mãos em torno da minha cintura ele me trouxe para mais perto e me beijou.
Continua...
N/A: Um pouco de D/G, finalmente!
Para os comentário, eu fui um pouco rápida, postei os caps. 11, 12 e 13 de uma só vez! Não se acostumem, eu não sou assim!
Anaisa – Valeu por comentar, continue acompanhando! Espero falar mais com você por MSN.
Nacilme – A Gina vai se ajeitar com a Luna, prometo! Continue comentando e lendo!
Luthien Elessar – Ta aí, a D/G como eu prometi... Espero que ela não esteja ruim!!!
Ginna C. Malfoy – Bom, a Gina ainda tá tentando descobrir o que a Cordy é, na verdade. Mas eu não garanto que elas vão ser amigas ou rivais.
Bom, aí está!
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