Capítulo 2
Em um lugar bem distante, cerca de 6 anos depois, em uma casa bem simples, cercada por uma floresta, em uma vila de bruxos, aproximadamente à 1h30min de Londres, morava uma família de bruxos, a família Lupin. O Sr. John Lupin trabalhava no Ministério da Magia, no Departamento do Controle do uso da magia, não era rico, mas possuía o suficiente para sustentar a mulher Martha Lupin (que podia se tornar auror, no entanto mudara de opinião com os apelos do marido e se tornara dona de casa) e o filho Remus J. Lupin, de apenas 6 anos.
Remus era um garoto agitado, ficava brincando e pulando o tempo todo, não tinha nenhuma vocação para os livros, só queria saber de brincar, desenhar... eram seu hobbies favoritos e, desde que aprendera a falar alimentara um sonho: queria ser pintor, um pintor famoso, e ganharia muito dinheiro para comprar um castelo para sua mãe um dia, onde ele e os pais seriam felizes pra sempre, como nos contos de fadas dos trouxas que lhe contavam.
Aquele era um dia importante, seria o aniversário do Ministro da Magia, todos que trabalhavam no Ministério haviam sido convidados, seria um baile incrível, cheio de pessoas. O Sr. e a Sra. Lupin estavam apressados, não queriam se atrasar, porém o garotinho estava tão animado que nem se incomodava com a pressa dos pais, adorava estar rodeado por pessoas, gostava do contato humano, e se sentia o dono do mundo com suas pequenas vestes de gala, mesmo porque, a comida costumava ser ótima em lugares assim.
Oito horas da noite chegaram lá, ficava em uma bela mansão, em Londres. Havia pessoas para todos os lados e tinha uma mesa lotada de doces, rapidamente Remus escapou da mãe e foi correndo até a mesa (John e Martha estavam tão acostumados com a situação que nem se importaram), o garotinho foi em direção aos doces mais bonitos e quando ia pegar um, sua mão encostou-se a outra e, virando-se para o lado, viu uma garotinha do seu tamanho, cabelos e olhos negros, usando um vestidinho rosa, ele ficou parado sem saber o que dizer, até que ela tomou a iniciativa.
- Oi, meu nome é Allisson, sou afilhada do Ministro, e você?
- Meu nome é Remus, eu nem sei quem é o Ministro, mas meu pai trabalha pra ele e a comida daqui é gostosa. Eu quero aquele doce! – disse apontando para a guloseima onde suas mãos se encontravam.
- Pode comer, tem muitos desse, eu pego outro! – falou pegando um doce igual.
- Quer ser minha amiga? – disse ele, com a boca cheia de comida.
- Quero, vamos roubar um monte de doces e fazer nosso próprio banquete?
- É, vai ser muito legal, vamos lá!
E os dois pegaram toda a comida que conseguiam carregar, correram, brincaram e comeram até não agüentarem mais, ao final, estavam sentados em um banco, com as barrigas estufadas, rindo sem parar. No entanto, os pais de Remus o chamaram, era hora de ir, ele disse "Tchau" e andou alguns passos até parar de repente, haviam se tornado bons amigos e talvez ele nunca mais a visse, precisava se despedir melhor, voltou-se para ela, a garota estava de pé, ele foi até lá e abraçou-a com força dizendo:
- Quando eu for um pintor famoso, vou levar você para ir comigo morar no meu castelo, os meus pais também vão estar lá, você pode levar os seus.
- Vamos brincar de faz-de-conta?
- Como?
- Faz-de-conta que a gente vai se ver amanhã!
- Boa idéia! Até amanhã.
- Até...
O garoto virou-se e foi embora. Eles se verão de novo? Ninguém sabe...
x-x-x
A família Lupin estava voltando para casa, mas o clima estava tenso, Remus estranhava a atitude dos pais que saiam todo o tempo da cabine para ver alguma coisa que ele não conseguia descobrir o que era, o trem andava rápido, pareciam fugitivos, o garoto começou a achar divertido, podia brincar de faz-de-conta e fingir que era auror e perseguia um bruxo das trevas, ele se divertia, mas os pais mantinham uma expressão preocupada, no entanto, tudo corria bem até que a luz se apagou e o trem parou.
- Lumus! – John acendeu uma luz na ponta da varinha. – Venham, precisamos sair daqui rápido! – disse o homem abrindo a porta da cabine e olhando preocupado, enquanto Martha apertava com força a mão do filhinho. – Parece que estamos perto de casa, é melhor irmos andando até lá. Fiquem perto de mim.
Eles começaram a andar em direção a saída do ônibus, Remus não entendia mais nada, só sabia que era uma noite fria, com uma linda Lua Cheia resplandecendo em meio ao negrume do céu sem estrelas. Chegaram até a saída e o pai abriu a porta dizendo "Alorromora", parecia que os pais estavam se acalmando, entretanto um uivo fez com que os dois parassem amedrontados, de repente, o grito de um homem, um grito de dor ecoou, como se tivesse se espalhando pelos quatro cantos.
- Que legal! É um lobo! Mas... e o grito, de quem foi? Será que é um daqueles filmes trouxas? – o garotinho permanecia lá, ingênuo, sem perceber o que realmente se passava, até seus pais se abaixaram e olharem nos seus olhos.
- Filho, é um lobisomen, está por perto, mas nós não vamos deixar que nada de ruim lhe aconteça. Vamos protegê-lo. – falou a mãe.
- Filho, agora o papai vai tentar salvar o homem que gritou, você tem que ir com a sua mamãe para casa, que logo logo eu também estarei lá com vocês. Promete que vai fazer o que estou dizendo?
- Prometo papai! Mas, eu estou com medo. Porque você não vem com agente?
- Só vou ajudar o homem, depois voltarei para perto de vocês, ok?
- Ok, papai!
- Agora vão! – John abraçou a mulher e o filho. – Eu amo vocês! – beijou a esposa – Adeus! – levantou-se e foi em direção ao grito. De alguma forma, Martha sentia que aquele era o último beijo.
- Rápido querido! – a mãe do garotinho levantou-se e começou a correr pela floresta.
Eles correram bastante, mas ela estava cansada, não se sentia bem, como se uma doença de súbito tivesse lhe atingido, Martha pressentia o que ia acontecer e isso lhe causava uma febre repentina, até que caiu no chão, desmaiada. Lupin assustou-se, começou a sacudir a mãe, mas ela não respondia.
- Mamãe, mamãe, acorde! Precisamos ir!
- EEEEI, TEM ALGUÉM AÍ? – gritos de homens soaram – VIEMOS CAPTURAR O LOBISOMEN! TEM ALGUÉM PERDIDO OU FERIDO? - o som se aproximava com uma luz.
- Pronto mamãe! Eles vão achar você, agora vou ajudar o papai, eu sei que ele pediu pra mim ficar aqui, mas eu tenho que ir! – levantou-se e foi correndo de volta para o trem.
A cada instante se aproximava mais, iria resgatar seu pai do monstro, no entanto, quando iria sair da floresta que ladeava o trem, seu pé se prendeu e ele caiu ralando as mãozinhas.
- AAAAAAAAAAAAAAH! – era John gritando.
Remus levantou os olhinhos, o pai havia sido atingido pelas costas por um ser horrível, era um lobisomen. A criatura avançou sobre o homem caído, deu-lhe mais patadas nas costas arranhando-as com suas garras, os gritos se intensificavam, o garotinho tentava soltar o pé, mas não conseguia, as lágrimas corriam pelos eu rosto, porém o horror era tanto que nenhum som saía de sua boca, queria salvar o pai, queria cessar os gritos de dor e curar todos os ferimentos, mas não conseguia, não podia fazer nada.
Enfim, o pé soltou-se, entretanto os gritos pararam, John Lupin estava morto. O garotinho ergueu-se com fúria, derrotaria o monstro, mas a criatura se aproximou, puxou-o com força e...
- AAAAAAAAAH! – Remus gritou, havia sido mordido. Uma dor lancinante invadiu-o, foi largado pelo monstro e jogado no chão, mas a dor continuava, os olhos reviravam-se nas órbitas, os músculos se contorciam, a luz da Lua Cheia queimava sua pele e parecia que o corpo estava em chamas, sentiu cabelos crescendo e o corpo se metamorfoseando.
Ficou de pé, as roupas rasgadas, entretanto não era mais o pequeno Remus John Lupin, era um lobisomen, não sentia nada, apenas agia por instintos, era um animal selvagem, nada mais.
x-x-x
Abriu os olhos, o sol batia em seu rosto, olhou para o lado, lá jazia o corpo de seu pai, dilacerado. Sentiu um gosto de sangue na boca, lágrimas silenciosas correram pelo seu rosto, seu coração de criança se contorcia dentro do peito, agora entendia o que era sofrer. Vozes se aproximavam, eram Martha e alguns homens, mas o garotinho não ouvia nada, simplesmente chorava silenciosamente, com tudo girando confusamente ao seu redor.
- Sou um monstro! – balbuciou.
N/A: Tah, eu sei q não é a melhor fic do mundo, mas ela fica melhor um dia, aliás, eu tô kda vez pior pra escrever N/A, preciso melhorar. O próximo capítulo eu acho q é melhor, ou pelo menos eu escrevi, agora q eu vou publicar q vou poder olhar melhor.
É isso! Tchau.
