Eu saí correndo por dois motivos.
Primeiro: Porque eu queria falar com o Malfoy e lhe dar uma boa surra pelo o que ele tinha me feito. O que era aquilo? Ele havia feito eu me apaixonar por ele só para ele poder ir para a cama com a Pansy? Quem ele pensava que era?
Segundo: Eu tava morrendo de medo que a Pansy me pegasse, devido o tapa que eu dei na cara dela.
Quando eu cheguei no jardim, o relógio principal de Hogwarts bateu, avisando que eram seis horas, meu cabelos estavam quase colando na minha nuca e eu senti um frio repentino quando pisei na neve que se estendia além da minha vista.
Lá estava ele, os cabelos loiros jogados para trás, os olhos azuis acinzentados fixos no lago congelado e sentado sobre a neve branca, exatamente como eu o havia visto na lembrança de Pansy. Aquilo me fez tremer e eu senti meu estômago revirar, lembrando-me daquela promessa ridícula.
Eu respirei fundo, eu ia tirar aquela conversa à pratos limpos e saber de tudo. Era uma promessa. Caminhei, sem fazer ruído algum, devido a neve e parei atrás dela, pigarreei, chamando-lhe a atenção.
- Você queria falar comigo? – perguntei, seca.
Ele ergueu os olhos, num misto de surpresa e satisfação, mas não conseguia se decidir com qual dos dois ficava, depois de alguns segundos incômodos em silêncio, ele resolveu abrir a boca.
- Gina...
- É Virgínia para você. – eu disse, seca o suficiente para ele ver que eu estava furiosa – E não me olhe como se eu fosse uma louca.
Ele ficou alguns segundos me olhando, pasmo, até que resolveu por ficar de pé, se levantou ficando muito perto de mim. Eu fechei os olhos, tentando me controlar e recuei dois passos, ficando a uma distância segura dele.
Draco começou a avançar em minha direção, e eu continuei recuando.
- Pode parar. Eu não admito que você fique a menos de dois metros de mim. Fica longe, tá? – e ele, para a minha surpresa, parou, confuso.
- O que é que aconteceu com você? Tudo isso por causa da idiotice da escova de dentes? Era só para tirar uma onda com a cara do seu irmão, não era nada contra você, Gi... Virg... Weasley. – ele terminou, hesitante.
- É claro que não era nada contra mim, porque se você fizesse algo contra mim, você nunca mais comia – desculpem o termo, mas eu estava tão nervosa, que... – a Pansy, não é, Malfoy?
Ele hesitou, me olhando, assustado.
- Q... Quem te disse isso? – ele pareceu estar na defensiva – Você sabe que...
- Que o quê? Que você queria me fazer de palhaça? É claro que eu sei. Acabei de descobrir seu idiota, nojento, cão sarnento, sem vergonha!
- Mas... Eu...
- Você... Você... – eu resmunguei – É só nisso o que você pensa, o seu próprio umbigo! Então, Malfoy, acho melhor você ir atrás daquele idiota que você chama de namorada, porque você, seu merda... Você ganhou essa bosta de aposta! – berrei, mal conseguindo controlar a minha própria boca – Eu me apaixonei por você, feliz agora? Quer gravar para mostrar para aquela cadela? Pode gravar, eu não me importo. – eu fiquei olhando para os olhos dele, sentindo as lágrimas caindo dos meus olhos – Não mais.
- Olha, aquela aposta, eu...
- A festa... – eu disse, repentinamente – Aquela festa fazia parte da aposta, não fazia? – eu perguntei, sentindo uma torrente de lágrimas caindo dos meus olhos – O Andy fazia parte da aposta... Tudo isso... Tudo isso para eu me apaixonar por você, seu idiota!
Ele ficou em silêncio.
- Eu não acredito que você fez aquilo! Você fez aquele moleque me beijar a força, fez ele tentar abusar de mim na árvore... Tudo isso para você subir no meu conceito... – eu senti os soluços começarem a se aproximar da minha garganta – E a Cordy? A Cordy fazia parte da aposta? Ela estava te ajudando?
- Não... – disse Draco, e eu vi sinceridade nos olhos dele – Ela de fato havia visto Andy e começou a berrar, mas eu... – ele ficou em silêncio, abaixou os olhos – eu já estava por perto, eu havia pedido para o Andy... Eu havia pago o Andy...
- Seu desgraçado, filho de uma... – mas antes que eu terminasse, meu corpo havia sido mais rápido e eu havia despencado meu joelho na direção do ventre de Draco, ele arqueou o corpo para frente, soltando um gemido abafado – Eu te odeio, Draco Malfoy!
Eu dei as costas para ele e tapei a minha boca com as mãos, tentando abafar os soluços. Tentei limpar as lágrimas que caíam dos meus olhos, mas elas eram muitas para só duas mãos.
Quando dei por mim, estava ajoelhada - dois metros à frente de um loiro que estava pálido de dor , soluçando com força.
- Gina... – ele começou.
- Não enche. – eu cortei ele, soluçando agora com mais força.
Continua...
N/A: Nossa. O.O""""
Comentem, povo!
Bom, até o próximo capítulo!1
Beijos.
Gi
