N/A: Td bem, me rendo, acho que a melhor opção é colok a N/A no início do cap msm.
Bem, eu acho que esse cap tah bom, mas eu naum tenho certeza porque eu ainda não li ele antes das modificações... qnto a música, na realidade eu não gosto da Avril Lavigne, mas me deu vontade de colocar a música dela, mesmo porque eu também acho que tem a ver com a parte da história. E, por favor, me perdoem pela cena Star Wars, porque quando eu vi já tinha escrito e resolvi não mudar.
P.S: O Hayden é realmente patético e fraco!
P.P.S: Já que eu não descrevi o Hayden e a Padma no cap. 1, aí vai a descrição!
Bem, acho q é isso. Tchau! Bjss
Capítulo 3
Os Sandwindark eram uma família bruxa normal como qualquer outra. O Sr. Hayden Sandwindark era um homem alto, cabelos loiros na altura do queixo e olhos azuis, tinha um olhar tão penetrante que qualquer um se ajoelharia aos seus pés. A Sra. Padma Sandwindark era uma mulher muito simpática e agradável, mas não era o que se pode chamar de bonita, usava óculos, tinha cabelos encaracolados e escuros, olhos negros, pele muito branca e uma bondade espantosa, capaz de ajudar seus piores inimigos.
Eles tinham dois filhos, Josh (de 14 anos) e Allisson (de 11 anos). Josh tinha o cabelo e a cor dos olhos do pai, mas usava óculos, era bastante calado e ficava maior parte do tempo com seu amigo trouxa, as vezes brigava com a irmãzinha, mas nada sério. Ao contrário do irmão, Allisson tinha cabelos e olhos negros, possuía o olhar do pai, era uma bela garotinha de cabelos lisos, curtos e bagunçados, tinha sido completamente mimada pela família, todos a paparicavam, o pai vivia lhe dando presentes e não a largava por nenhum instante,além dofato de ser afilhada do Ministro da Magia, vivia fazendo birra e chorava por qualquer coisa.
Eles moravam em uma grande casa, numa vila bruxa de Londres. Hayden trabalhava no Ministério e era como um vice-Ministro da Magia, Padma era dona de casa e escrevia alguns artigos para o Profeta Diário, a maioria deles falando sobre os medibruxos. Josh estava no 3º ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e entraria no quarto, Allisson entraria no 1º, já havia comprado todo o matéria no mesmo dia que recebera a carta, tamanha havia sido a sua felicidade.
Apesar das aparências, não eram exatamente uma família feliz, Hayden amava mais a filha do que a esposa (um tipo de amor diferente, é claro! No entanto, mais forte), Padma amava tanto seu marido que pouco se importava com os filhos, quanto a Josh, o pobre garoto era sempre deixado de lado e praticamente se criava sozinho, pois ninguém sequer lembrava-se dele. Sendo assim, só Hayden e Allisson eram felizes, Padma tentava chamar a atenção do marido (sem sucesso) e Josh se isolava, sem ter outra alternativa.
x-x-x
Era uma sexta-feira calma no Ministério da Magia, nenhum problema fora do comum, só acidentes normais sem nenhum dano grave, um ótimo dia em uma ótima semana, até que Hayden decidiu visitar a sessão de profecias, uma péssima idéia...
O Sr. Sandwindark gostava muito da sala de profecias, não tinha nenhum motivo especial pra isso, simplesmente gostava de ficar lá quando não tinha nada pra fazer e passava o tempo imaginando se aquelas histórias realmente se tornaram realidade ou como ficou a vida daquelas pessoas, mas aquele dia era diferente havia mais alguém ali, alguém que queria mostrar-lhe alguma coisa. Enquanto Hayden caminhava por entre aqueles montes de profecias, esbarrou em alguma coisa que não conseguiu ver e acabou caindo no chão, com a queda acabou notando uma garrafa que jamais havia visto naquele lugar, a garrafa continha um fio prateado, uma memória...
Durante um longo tempo se manteve parado, segurando a garrafa, contemplando-a e tentando vencer o irresistível desejo de saber o que se escondia nela, mas não podia, algo o impelia a ver a memória que ali se ocultava. Resistiu, resistiu, resistiu, porém no fim sucumbiu a curiosidade e foi até uma sala próxima onde havia uma penseira.
Hesitou por uns instantes antes de despejar o conteúdo. Em seguida se agachou, sua face quebrou a superfície lisa da memória e então ele estava caindo pela escuridão, até que seus pés bateram em solo firme. Estava em uma pequena sala, a luz era fraca, ele sentiu seu estômago afundar quando viu quem estava lá.
Era Padma, sua esposa, ainda grávida. Ao vê-la sentiu a mesma coisa que sentira a tantos anos na primeira vez que a vira, ao vê-la sentiu a mesma coisa que a 11 anos não sentia.O que ela fazia na memória dentro de uma garrafa na sala de profecias? E pior ainda, sentada em frente a Tom Riddle, que naquela época trabalhava na Borgin & Burkes. A imagem surpreendeu-o, mas as palavras foram mais profundas que uma surpresa, dilaceraram seu coração atingindo, na última frase,quem ele mais amava.
- Tom, eu sei que nunca nos falamos direito, no entanto sinto que preciso de sua ajuda, não quero deixar meu marido preocupado e a primeira pessoa em que pensei foi você, que sempre foi amigo dele e que talvez possa me ajudar... com seus conhecimentos. – Hayden não entendia, o que ela estava querendo dizer com isso?
- E o que eu posso fazer por você Padma? – perguntou Tom sorrindo gentilmente.
- É o pai do Hayden, por isso eu não quis falar para o meu marido, para não preocupar ele, um dia eu estava sozinha em casa com o Josh, faz pouco tempo, até que eu me virei e vi o Sr. Vincent apontando a varinha pra mim e... – ela parou, e Hayden ficou com raiva, por que ela não havia contado isso pra ele?
- E o que? – perguntou Riddle agora curioso, sabia que Vincent não era um homem qualquer.
- Eu desmaiei.
- E por que você veio me procurar? – indagou completamente decepcionado com a informação.
- É que desde que isso aconteceu, eu sinto algo estranho, como se houvesse alguma coisa estranha nessa criança, como se houvesse uma força muito poderosa nela e a cada instante me sinto mais fraca, parece que minha vida está se perdendo nesse bebê, não quero perder minha filha, só quero entender o que está acontecendo.
- Curioso. – murmurou Tom interessado. Após, olhou profundamente para ela, como se estivesse desvendando sua alma, entrando nos segredos mais profundos, que nem ela mesma sabia, então sua expressão ficou séria e um brilho de cobiça faiscou em seus olhos.
- Então, o que acha que está acontecendo?
- Nada, – o homem sorria agora – isso acontece às vezes, não se preocupe, vai dar tudo certo.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Mas, eu...
Inexplicavelmente tudo ficou coberto por uma fumaça escura e, quando voltou ao normal Padma tinha uma expressão feroz no rosto e gritou:
- QUANDO MINHA FILHA TIVER ONZE ANOS EU VOU MATAR ELA!
A lembrança sumiu, Hayden voltou para a sala onde estava, caiu sentado no chão, pôs as mãos na cabeça, sua filha querida, não podia permitir que nada fosse feito a ela, amava mais Allisson do que a própria vida, não suportaria perdê-la. Lágrimas correram pelo seu rosto, começou a soluçar desvairadamente, não via mais nada além de dor e sofrimento, sempre fora fraco e não suportaria perder seu bem mais precioso.
De repente parou de chorar, secou o rosto e se levantou, a profecia estava destruída e ninguém mais a veria, mas ele não ia deixar que sua filhinha morresse. Destruiu a lembrança, fez a garrafa desaparecer, quem quer que fosse o dono, não a encontraria maislá, e foi embora. Não era mais o mesmo homem...
x-x-x
O dia seguinte amanheceu negro e frio, a neve se misturava com as pequenas pedras de gelo que acompanhavam a chuva forte, que ameaçava quebrar o vidro. Sentado na cama do apartamento nº 210 do Caldeirão Furado, estava Hayden, as lágrimas presas nos olhos não tinham mais força pra correr pelo rosto, o coração batia descompassadamente, a cabeça doía tanto que estava a ponto de explodir. Sem camisa, ainda era o mesmo de quando tinha 25 anos, mas o olhar expressava todo sofrimento e desespero que o atingiam desde a revelação daquela maldita lembrança.
Se levantou, colocou o robe e foi até a janela ver as pessoas no Beco Diagonal. "Bando de estúpidos! Como conseguem ser tão felizes? Felicidade não existe. Paz é uma mentira e essa é a única verdade. Se fosse preciso eu mataria todos esses imbecis sorridentes só para impedir o que aconteceu a tanto tempo." Era tudo o que passava pela cabeça do Sr. Sandwindark: morte, sofrimento e morte. Nunca sentira tanto ódio em toda sua vida.
"É tudo culpa daquela desgraçada que diabos estava pensando quando disse que ia matar nossa filha? Aaaah se ela tivesse aqui agora, eu apertaria seu pescoço até que...não, o que eu estou dizendo? Eu não seria capaz de algo tão cruel." Seus pensamentos prosseguiram confusos, em momentos queria matar a esposa, em outros percebia que estava dizendo besteiras, mas é como se alguém invadisse seus pensamentos.
- Senhor? Há um homem querendo vê-lo. – disse um dos empregados da hospedaria que havia entrado e, com os pensamentos, o Sr. Sandwindark nem havia percebido-o até que ele falasse.
- Diga que já vou descer. – o empregado retirou-se.
Quem poderia querer falar com ele? Quem saberia que ele estava lá? Não podia responder então vestiu-se com a mesma roupa do dia anterior, pois não tinha dormido em casa depois do choque daquela revelação. Ele desceu e viu, a sua espera numa mesa no canto, seu velho amigo de escola, Tom Riddle.
Embora suas feições fossem um pouco manchadas, parecessem uma cera estranhamente distorcida e o branco de seus olhos agora estivessem permanentemente sangrentos, ainda podia reconhecê-lo.
- Espero que o tempo não tenha apagado nossa amizade. – disse Tom ao se levantar para apertar a mão do ex-colega de escola – Sente-se.
- Depois de tantos anos, porque veio me procurar logo agora? – falou após sentar-se.
- E é preciso algum motivo?
- Acho que a resposta é meio lógica quando não nos vemos desde que terminamos Hogwarts.
- Tudo bem, eu tinha me esquecido que você gostava de ser direto e precisava de motivos para tudo. Eu sei que você viu a lembrança.
De todas as coisas que ele poderia ter ouvido, aquela era a menos provável, ficou tão perplexo que não conseguiu falar nada, então Tom continuou.
- Você quer sua filha viva, não é? Você pode salvar sua filha, e não me olhe desta maneira, só quero ajudar, não tenha medo, confie em mim...
x-x-x
- Querido, como vão as coisas no Ministério? Fiquei preocupada, você dormiu fora ontem. – disse Padma abraçando o marido. – Por que você só voltou agora à noite?
Hayden não respondeu, apenas sorriu, puxou o rosto da esposa para perto e beijou-a carinhosamente. Os olhos dele brilhavam, ele sorriu novamente, suas mãos continuavam no rosto da Sra. Sandwindark
- Você é linda! Eu te amo.
Então as mãos passaram pelo pescoço e vendo o rosto apavorado de Padma, ele sentiu a vida dela se apagar em suas mãos, estava sufocada morta diante dele.
- Pai? Por que ta segurando a mamãe assim? Por que o olho dela está arregalado desse jeito? Por que ela está desse jeito estranho? – perguntou Allisson descendo a escada.
O Sr. Sandwindark deixou Padma cair no chão, olhou para a filha desolado, a expressão fria e lágrimas deslizando pela face ao mesmo tempo.
- Me abrace querida. – imediatamente ela foi abraçar o pai, sem entender o que acontecia, até que ele começou a chorar e soluçar. – Ela...está..morta!
Assustada, ela largou o pai e se abaixou para abraçar o corpo inerte da mãe, enquanto chorava.
- Não pode ser...Faz a mamãe voltar, quero ela de volta.
- Ela...está...morta! Eu...matei. – a última palavra não foi mais que um sussurro, mas alta o suficiente para ser ouvida.
Allisson largou a mãe e virou-se sem saber o que dizer e ainda apavorada com as palavras do pai.
- É mentira, né?
- N-n-não.
- Mas como? COMO? EU OUVI VOCÊ DIZER QUE ELA ERA LINDA, QUE AMAVA ELA. COMO PODE SER VERDADE? – um mar de lágrimas inundou-lhe os olhos e o ódio tomou conta dela – EU ODEIO VOCÊ! ODEIO! – gritava com raiva.
- Shh! Não diga isso! É muito feio.
- EU ODEIO VOCÊ! ODEIO, ODEIO, ODEIO! – começou a berrar desvairadamente.
- CALA A BOCA! – berrou puxando a menina e apertanto-lhe os braços enquanto a sacudia. – Foi por você que eu fiz! Salvei sua vida. – as lágrimas pararam, era o mesmo olhar cruel e brilhante de quando matou Padma.
- Mãe eu... – era Josh que havia voltado da casa do amigo e nem se dera conta até ver aquela cena – Mas o-o q-q-que t-tá a-co-c-contecendo?
Hayden largou a filha, que rastejou até o canto do hall de entrada e abraçou as pernas, enquanto mais lágrimas escorriam copiosamente pelo seu rosto. Após um minutos de silêncio, o pai olhou para o filho sorrindo debilmente, os olhos brilhantes.
- Eu sempre tive orgulho de você, Josh! Você me considera seu herói mesmo eu não me importando muito com você. Não quero que me odeie. – ele levantou a varinha para o filho, sorriu – Você é um ótimo filho! Avada Kedavra!
A chuva caía lá fora, Allisson não podia mais suportar aquela cena, rastejou até a porta, abriu-a levantou-se e saiu correndo sem saber pra onde, as gotas de chuva eram tantas que quase inundavam a rua, ela caiu ralando os joelhos, as pernas, os braços e as mãos. Mas o que importava agora? A dor da alma era mais forte do que tudo. Ela continuou correndo até que mal sentia as pernas e acabou caindo no chão, havia corrido quilômetros e a chuva continuava. Allisson ficou lá de joelhos no meio da rua, chorando, o desespero tomava conta dela.
I'm standing on the bridge
I'm waiting in the dark
I'm thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound
Não tinha mais família, seu pai estava louco, sua mãe e seu irmão mortos, o que ia ser dela agora? Ninguém ia levá-la de volta pra caso, pois ela sequer tinha uma casa agora. Sozinha no mundo não havia ninguém para ajudá-la a suportar aquela dor tão forte.
Isn't anyone trying to find me
Won't somebody came take me home
Ela queria morrer, aquilo doía tanto. No dia seguinte ela iria para Hogwarts, mas agora? Agora nem sabia se sobreviveria por tanto tempo. A pouco ela era tão feliz. Por que as coisas mudam assim tão rápido? Pra que as pessoas vivem se não são felizes? Sozinha e perdida, pra onde ela iria? Ela queria que alguém aparecesse ali, pra levá-la a um lugar diferente, longe de tudo aquilo pelo que estava passando, longe daquela noite fatídica, daquela chuva que não cessava nunca, longe daquele frio assutador.
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand
Take me somewhere new
I don't know who you are but I
I'm with you
O que fazer? Pra onde ir? A quem procurar? Não conhecia ninguém, não tinha quem a protegesse só tinha a si mesma e mais nada, nem sua sombra lhe fazia companhia. Como seria reconfortante um rosto amigo, mas isso era impossível, a vida inteira girava em torno dos pais e do irmão, eles representavam a vida de Allisson, agora ela se considerava morta.
Desiludia, arrastou-se até uma árvore próxima, pegou o canivete que guardava em seu bolso, e gravou fortemente no tronco as seguintes palavras:
"Aqui jaz Allisson Lana Sandwindark
Enterrada viva.
Não conheceu a felicidade..."
Abraçou a árvore, deixando cair o canivete, e chorou sobre seu túmulo.
I'm looking for a place
I'm searching or a face
Is anybody here I know
Cause nothing going right
And everythings a mess
And knowone likes to be alone
Isn't anyone trying to find me
Won't somebody came take me home
A chuva estava mais fraca, apenas pequenas gotas caíam sobre ela, estava completamente molhada, sentia frio, sua cabeça latejava. Fatigada, jogou-se no chão, não tinha mais lágrimas, apenas a mágoa entalada na garganta, queria gritar e nem isso conseguia. Já era madrugada, só havia a luz da lua cheia e o brilho das estrelas.
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand
Take me somewhere new
I don't know who you are but I
I'm with you
I'm with you
Tudo girava ao seu redor, sentia uma dor lancinante na cabeça, seu corpo estava cansado, os músculos doíam e os machucados causados na queda ardiam. De repente as lembranças começaram a invadir sua mente como num lampejo, viu novamente a luz verde atingindo o irmão, sentiu o corpo gélido da mãe em seus braços e chorou as recordações das palavras de seu pai. Allisson relembrava, sofria e se perguntava: Por que?
Why is everything so confusing
Maybe I'm just out of my mind
Yeah, Yeah…
A chuva parou de cair, estava com febre alta, delírios e lágrimas saindo de seus olhos, antes era só uma garota de 11 anos mimada, agora era uma simples sombra, perdida na tristeza, pensando coisas que, se nada tivesse acontecido, jamais pensaria.
Cansada, ela adormeceu, deitada ao lado de seu túmulo.
