CAPÍTULO 15

Minutos depois, na Luthorcorp...

Lex estava em pé, ao lado do Dr. Kessler, responsável pelo Dorothy D-2, enquanto via, admirado, a máquina funcionar. Suas esferas giravam em diversas direções, cada vez mais velozmente. Ao olhar para o botão que conectaria ao satélite da Luthorcorp, o cientista fitou Lex, que apenas balançou a cabeça, afirmativamente. Foi então que deram início ao primeiro teste com o equipamento que poderia prever terremotos e impedi-los.

Enquanto isso, não muito longe dali...

Lois dirigia rumo à principal que dava acesso a Metropolis. A estrada estava praticamente deserta. Notou, então, que havia uma interferência, e o rádio parou de funcionar.

"Droga de cidade!" exclamou ela, colocando um CD.

Subitamente, sentiu um tremor. Inicialmente, achou que era o carro, mas ele continuava a funcionar normalmente. Ao notar que não aconteceu novamente, Lois continuou, ininterruptamente, a dirigir.

Na Luthorcorp...

"O quê está acontecendo?" gritou Lex, quando Dorothy D-2 parecia fora de controle, girando incessantemente. O monitor de plasma que mostrava a conexão com o satélite da Luthorcorp apontava várias regiões no mapa do estado do Kansas, onde Lex inicialmente queria testar a invenção.

"Eu não sei, eu não sei!" gritava o cientista, confuso.

Lex o agarrou pelo colarinho, e gritou:

"Então faça párar!"

Atordoado, o cientista abriu uma portinhola no painel de controle, e puxou uma alavanca. Mas foi então que as esferas começaram a girar cada vez mais depressa, e as colunas magnéticas começavam a emitir descargas elétricas.

"Essa coisa vai explodir" murmurou Lex.

Foi, então, que a redoma onde estava a máquina começou a ficar repleta de fumaça, e em poucos instantes, havia fogo nas juntas que mantinham as esferas. O alarme da Luthorcorp começou a soar e Lex puxou o cientista para a sala blindada que estava logo atrás. Jogou-o ao chão, e fechou a porta de ferro, por onde somente através de um vidro blindado, pôde ver Dorothy D-2 explodir. Porém, enquanto via uma bola de fogo tomar conta de todo o hangar, exceto pela sala protegida, Lex viu, antes do monitor de plasma ser completamente destruído, no mapa do Kansas, um ponto vermelho piscar numa região em específica em Smallville.

Enquanto isso...

Lois continuava seu caminho, quando, novamente, sentiu um tremor. Notou, então, que não se tratava de um tremor como o anterior. Era um tremor de terra, ainda mais forte.

"Terremoto?" indagou ela, consigo mesma. "Em Smallville? Como isso é possível?"

Foi então que, ao parar o carro, viu, pelo espelho retrovisor, que o asfalto se abria.

"Essa não!" exclamou ela, dando a ignição e acelerando o máximo que podia, deixando para trás uma grande marca de frenagem. Viu, então, à sua frente, um poste de luz inclinar-se em direção à pista, com os cabos ricocheteando no asfalto, espirrando faíscas para todos os lados. Acreditando que daria tempo quando os cabos saíram da pista para o acostamento, Lois acelerou, mas era tarde demais, pois o poste começava a ceder. Ela então ela virou violentamente a direção, vindo a sair da pista e cair num barranco.

Instantes depois, no Rancho Kent...

"Sentiu isso, Jonathan?" perguntou Martha, enquanto o marido guardava as compras. Pratos e copos dançavam nos armários. O chão tremia.

No loft, Clark também sentia que alguma coisa terrível estava para acontecer. Correu velozmente até a casa, onde seus pais o encararam cheios de preocupação.

"Isso é um terremoto?" indagou Martha.

"Não sei... Nunca tivemos terremotos!" respondeu Jonathan, apreensivo.

Shelby latia incessantemente.

De repente, tudo parou. Martha e Jonathan se abraçaram.

"Será que acabou?" perguntou Martha, aflita.

Perplexo, Clark só conseguia pensar em uma coisa.

"Lois!" exclamou, saindo velozmente.

Continua...