Desígnios do Destino

Capítulo Oito

Sakura acariciava levemente o rosto de Shaoran, sentada sobre a cama em que ele se encontrava descansando. Tivera todos os ferimentos tratados e usava roupas limpas.

"Você deveria dormir um pouco..." – ela disse, em um sussurro.

"Eu estou bem. Só quero aproveitar sua companhia..." – ele respondeu, sorrindo, enquanto fitava as duas esmeraldas que sua amada possuía.

"Eu vou ficar aqui... juro que não o deixarei em momento algum, mas, por favor, durma um pouco..." – ela suplicou, apertando a mão dele que mantinha entre as suas.

"Certo... Mas não se preocupe comigo. Já disse que estou bem!" – ele levou a mão dela até seus lábios.

"Ficaria mais tranqüila se parecesse menos abatido. Agora descanse que, quando acordar, prepararei algo para você comer..." – ela sorriu, acariciando a face dele, observando-o fechar pesadamente os olhos.

"Como ele está?" – Eriol adentrou o quarto, alguns minutos após Shaoran adormecer.

"Está melhor. Diz que está bem e não foi fácil convencê-lo a descansar..." – Sakura suspirou. – "E como você está?".

"Estou bem, sabe que não tive ferimentos graves na batalha." – ele sorriu. – "Mas você está bastante cansada, porque não dorme um pouco?" – recebeu um aceno negativo dela.

"Não quero... E também prometi a Shaoran que não sairia daqui até que ele despertasse." – colocou uma mecha atrás da orelha, tirando-a do rosto. – "O cansaço que sinto é mínimo comparado ao de vocês pelo que passaram nessas últimas semanas..." – sentiu a mão dele sobre seu ombro.

"Isso não é verdade. Você teve momentos difíceis também, Sakura. Só que a batalha que travou aconteceu dentro de si mesma, e passou por um sofrimento enorme, causado pela dúvida que carregava consigo: se iria vê-lo novamente." – Eriol disse calmamente.

"Eu sei. Nunca disse que não tive sofrimentos ou angústias nesse período... Mas passei por tudo isso para ficar com ele, e agora que posso..." – foi interrompida suavemente por ele.

"Eu compreendo..." – o inglês suspirou. – "De qualquer forma, em alguns dias poderemos ir para casa!".

"Já enviou uma carta a Tomoyo?" – indagou a japonesa, recebendo assentimento dele. – "Espero que ela não tenha se importado com o fato de que eu...".

"Ora, Sakura, ela vem insistindo que venha morar conosco há tempos!" – ele fitou-a carinhosamente ao interrompê-la. – "Tanto eu quanto Tomoyo entendemos que o que sente por Shaoran é mais forte do que, vamos dizer, o poder de persuasão dela..." – sorriu levemente. – "De fato, tive uma conversa interessante com Shaoran no dia que saímos daqui. Ele estava bastante preocupado com a promessa que lhe fez antes de partirmos." – viu-a voltar seu olhar para o chinês, que se encontrava adormecido, acariciando sua face.

"Eu sabia... Sabia que ele não podia fazer aquele juramento..." – ela tinha lágrimas nos olhos. – "Mas era só o que me mantinha firme. Aquelas palavras... Se ele não tivesse retornado...".

"Não diga isso!" – Eriol a interrompeu, fazendo-a virar o rosto encarando-o, assustada. – "Ele lutou bravamente, mesmo depois de ganharmos a batalha, continuou sua luta para manter-se vivo, pelo menos até que pudesse vê-la novamente. Era só o que lhe importava...".

"Shaoran disse isso?" – ela suspirou, controlando as lágrimas, ao vê-lo confirmar com a cabeça. Levou a mão de Li, que segurava entre as suas, ao rosto, beijando-a.

"Comandante?" – um soldado chamou do lado de fora do quarto e Eriol resolveu deixar o local. – "Queríamos saber notícias do capitão..." – pediu, incerto.

"Ele vai ficar bem." – suspirou. – "Já foram enviadas as notificações de baixas ao general?".

"Sim, senhor." – respondeu ele, prontamente.

"Está certo... Avise-me a respeito de qualquer imprevisto..." – afastou-se do soldado, indo para a praça central.

Enquanto caminhava por Kanoya, observando a forma como aquelas pessoas simples tiveram suas vidas alteradas, Eriol lembrava das cenas terríveis que testemunhara durante as duas semanas de batalhas, não apenas físicas, como também espirituais pelas quais passara. Os regimentos sofreram um forte choque ao se aproximar do acampamento e descobrir que a maioria dos militantes chineses dentro do território japonês era de jovens, com 14 ou 15 anos, munidos de armamento com poder superior ao considerado pelos especialistas que se encontravam com a tropa. Por causa disso, todo o plano de ação criado para interromper o avanço dos invasores teve de ser adiado, visando poupar àquelas, praticamente, crianças.

Para agravar ainda mais a situação, os chineses perceberam a presença do exército nos arredores, iniciando uma ação de infiltração pela floresta, fazendo cerco tanto à unidade sob o comando de Eriol quanto à de Shaoran, que haviam se separado. Após quase uma semana de pressão psicológica, com a agravante dos alimentos terem sido saqueados e do forte frio que os atingiu, as tropas chinesas começaram a atacar os acampamentos à distância, enquanto grupos maiores se aproximavam para o combate corpo a corpo. Apesar da superioridade numérica do exército, os chineses tinham, além de armas mais sofisticadas, um maior conhecimento do terreno, tendo espalhado armadilhas por toda a área da floresta que cercava o acampamento. Tudo o que restou aos japoneses foi lutar enquanto reuniam as tropas durante a batalha. Durante três dias de lutas inesgotáveis homens mataram e morreram.

Fora tudo tão confuso. Ninguém pensava com clareza no que fazia em momentos como esse. Todo planejamento de rendição, que havia sido elaborado para poupar a vida dos invasores, foi frustrado. E eles, também, não estavam dispostos a se entregarem tanto que os que foram capturados preferiram atirar na própria cabeça a ficarem presos.

Depois que tudo havia acabado, levaram dois dias para identificar as baixas e cremar os corpos, tanto dos amigos quanto dos inimigos, em uma cerimônia que daria àqueles espíritos um mínimo de dignidade na morte.

O retorno ao vilarejo levou dois dias apenas, mas que pareceram décadas. Eriol tinha todos seus pensamentos voltados para o tratamento dos feridos mais graves. Mas sua preocupação com Shaoran era especial e fora evidente durante todo o caminho, sem causar surpresa a ninguém. Todos conheciam a forte amizade entre o capitão e o comandante. Mas para Eriol era algo ainda maior, não apenas pelo fato de Li ser o irmão que nunca teve, mas também por causa de Sakura. Ele a tinha como um membro da família, mesmo não tendo parentesco direto com ela. Sabia que, por mais que tentasse esconder, Sakura era uma jovem frágil e imprevisível, não cabendo a ele sequer imaginar o que faria se o pior acontecesse à pessoa por quem manifestara seu desejo de deixar toda sua vida para trás a fim de ficarem juntos.

Seus pensamentos desviaram-se do casal de amigos para sua esposa, que, tinha certeza, ficaria eufórica ao saber da novidade sobre Sakura. Sorriu. Tinha um tesouro consigo, e nunca ignorara tal fato. Mas, nesse momento, sabia que sua vida mudaria radicalmente, não somente pela mudança de Sakura para sua casa, mas também pela vida que sua amada estava gerando dentro de si. Sabia que estava realizando um sonho de Tomoyo, e, intimamente, seu também. Desde que tinham se casado, sonhavam com a emoção de serem pais para sua felicidade ser completa.

"E agora também teremos mais uma fonte de alegria na casa..." – murmurou para a leve brisa que indicava que o dia estava terminando.

§§§

Ao abrir os olhos, ele reparou que o cômodo estava na penumbra, indicando que a noite já havia se instalado sobre a vila. Em cima da mesa, junto à parede, uma lamparina acesa era tudo o que lhe possibilitava enxergar o ambiente. Espreguiçou-se para espantar o sono, sentindo as costelas doerem o que lhe custou certo esforço para conter um gemido. Voltou a fechar os olhos, pensando no que faria, quando ouviu um suave suspiro próximo a si e olhou para o lado onde viu Sakura com a cabeça deitada sobre os braços na beira da cama.

Tomando cuidado para não acordá-la, tirou parte do cabelo que cobria a sua face, colocando-o atrás da orelha. Ele a amava de tal forma que, só de estar ao seu lado, sentia todas as suas dúvidas desaparecerem e saber que ela sentia o mesmo era simplesmente indescritível. Enquanto marchava para a batalha imaginava que teria de enfrentar uma verdadeira provação até que Sakura se decidisse a largar o convento e, indubitavelmente, ficara surpreso quando, ao retornar, encontrara-a já sem o hábito.

Movendo-se suavemente, Sakura despertou, contendo um bocejo com uma das mãos enquanto a outra friccionava o próprio ombro, dolorido pela posição pouco confortável em que adormecera. Sem fazer barulho, ergueu-se e foi até a mesa pegar a lamparina, trazendo-a para mais perto da cama para verificar se as feridas de Shaoran voltaram a sangrar. Levou um pequeno susto quando, ao voltar-se novamente para a cama, viu um par de olhos castanhos a observando. Não havia percebido que ele já estava acordado.

"Olá!" – ele disse suavemente com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

"Oi..." – ela respondeu, um pouco envergonhada, aproximando-se e sentando na beira da cama. – "Descansou bem?" – perguntou, depositando o lampião sobre a bancada da janela, acima da cama.

Ele confirmou sorrindo com um suave aceno da cabeça. Sakura o auxiliou a se sentar na cama.

"Realmente, não parece mais tão pálido..." – ela sorriu um pouco, levando a mão até a fronte dele, para verificar se havia febre. – "Você deve estar com fome, vou preparar algo..." – foi interrompida enquanto falava.

"Não precisa se esforçar tanto, Sakura!" – ele disse, segurando suavemente a mão delicada que ela possuía. – "Está cansada e deve descansar..." – ergueu a outra mão para tocar o belo rosto.

"Não se preocupe comigo, Shaoran..." – inclinou-se levemente em direção a ele, permitindo que alcançasse sua face. – "Estou acostumada com poucas horas de sono por causa das vigílias...".

"Não importa, prometa-me que irá descansar..." – pediu, vendo-a fechar os olhos, por um instante, antes de concordar.

"Deixe-me apenas lhe trazer a refeição, está bem?" – falou, vendo-o sorrir, resignado.

Com uma das mãos ele segurava as mãos de Sakura, enquanto a outra acariciava delicadamente seu rosto. Ela era tão linda!

"Sakura... Sobre o que aconteceu nessas duas semanas..." – foi interrompido suavemente por ela.

"Não, por favor... Não importa agora..." – pediu, em um sussurro. – "Não devemos ficar preocupando-nos com o que passou, o que importa é que estamos aqui...".

"Só quero dizer que você me impressionou... Sua força de vontade, sua coragem de enfrentar tudo isso estando sozinha...".

"Não estava sozinha..." – corrigiu-o. – "Não será o fato de não morar na Casa de Deus que diminuirá minha Fé ou o Amor que Ele tem por mim...".

"Eu sei... Só que..." – parou ou ouvi-la rir.

"Entendi o que quis dizer..." – ela suspirou. – "Eu não sei bem o que esperar ou o que está esperando disto, Shaoran... Mas eu sei que quero passar o resto de minha vida ao seu lado! Há muito que desconheço sobre o mundo lá fora e vou confessar que a idéia de deixar tudo o que fiz minha vida inteira é assustadora, mas... Pensar em estar longe de você dói-me tanto...".

"Não se preocupe... Estarei com você e lhe ensinarei tudo o que quiser e precisar..." – aproximou-se dela e beijou-lhe a fronte, antes de fitá-la intensamente.

A troca de olhares não durou mais que alguns segundos, mas pareceram horas para o casal. Shaoran aproximou seus lábios dos dela, mantendo os olhos abertos, atentos a qualquer reação contrária ao que ele pretendia fazer, mas tudo que viu foi Sakura fechar os olhos, então tomou carinhosamente os lábios dela entre os seus.

A carícia foi doce e delicada, o perfeito primeiro beijo. Sakura estava com o coração a mil e ofegante quando se separaram. Abriu os olhos e encontrou-o observando-a com um pequeno sorriso no canto dos lábios. Correspondeu, enquanto ele mantinha suas mãos bem segura nas dele.

"Com licença!" – Eriol falou parando à porta, fazendo-a se levantar encarando-o, envergonhada. Sorriu. – "Espero que não se importem, mas eu trouxe o jantar de vocês..." – disse enquanto adentrava o dormitório.

"Muito obrigado!" – Shaoran disse sorrindo.

"Não precisava se incomodar, Eriol..." – Sakura falou levantando-se para auxiliar o comandante com a bandeja.

"Não é incômodo algum, querida Sakura..." – disse reparando na felicidade que ambos tinham em seus rostos. – "Seria se vocês ficassem doentes..." – voltou-se para o chinês. – "Principalmente o senhor, capitão!" – repreendeu-o, fazendo-o rir. – "Como está se sentindo, meu amigo?" – questionou um pouco preocupado.

"Estou bem melhor, Eriol!" – sorriu encarando Sakura com imenso carinho. – "Tem um anjo tomando conta de mim agora!" – Eriol concordou com a cabeça, deixando a japonesa desconcertada. – "Bem, agora que Eriol dispensou-a de sua última tarefa, quero que descanse, está bem?" – pediu, fitando-a firmemente.

"Certo..." – ela sorriu, deixando os dois homens sozinhos no cômodo, após pegar sua refeição.

"Diga-me uma coisa, Eriol... As baixas..." – não terminou a frase, sabia que o inglês compreenderia o que ele queria saber.

"Serão todas lidadas pelo general, ele dispensou-nos dessa vez, pela gravidade da situação...".

"Compreendo..." – ele suspirou, mas até isso doía.

"Coma, e descanse mais um pouco... Assim que tudo for resolvido iremos para casa..." – ele colocou o prato sobre o colo de Shaoran. – "Precisa de ajuda?".

"Não estou tão mal assim, não se preocupe..." – ele comeu um pouco. – "Quando você disse que iremos para casa, você quis dizer...".

"Sim, Sakura irá conosco." – Eriol interrompeu-o. – "Enviei uma carta à Tomoyo avisando-a, iremos embora assim que tudo estiver estabilizado com o restante dos soldados e os moradores daqui...".

"Estão muito abalados?" – indagou, preocupado.

"Estão mais preocupados com você, na verdade..." – o inglês riu. – "E com a súbita mudança da professora de suas crianças...".

"Eu nunca esperei que Sakura fosse fazer algo assim..." – Shaoran comentou, tentando não rir.

"Você não acreditaria na minha surpresa quando a vi, assim que chegamos... De qualquer forma, você não vai querer desperdiçar todo o esforço que ela fez por você...".

"Tem razão!" – o chinês concordou, terminando a refeição.

§§§

O silêncio se estendia dentro da cabine do trem, enquanto Shaoran e Eriol dormiam, Sakura observava a paisagem através da janela. Estava cansada, mas a ansiedade que sentia não permitia que dormisse. Seu olhar se desviou para o chinês deitado em um dos bancos do camarote. Ele não estava mais tão machucado, quase todos seus ferimentos haviam se fechado, mas Sakura desconfiava que nunca se recuperaria totalmente das lesões que tinha recebido na perna esquerda.

'Pelo menos ele voltou para mim...' – pensou abrindo um sorriso, voltando a olhar a noite pela janela. O céu estava bastante estrelado, coisa rara de se ver em pleno inverno. Sentia o leve balançar da locomotiva e respirou profundamente perguntando-se o que aconteceria em sua vida dali em diante.

Sorriu um pouco ao pensar que, curiosamente, Shaoran parecia fazer parte de seu destino. E repensando sua vida, percebeu que talvez realmente o fosse. Se não tivesse decidido entrar para o convento seis anos antes, teria conhecido-o ao ir morar com Tomoyo. Era como se seus caminhos estivessem entrelaçados e não tivessem escolha à não ser se encontrar, tendo aquele sentimento tão forte dentro de seu peito despertado.

Suspirou abaixando o olhar e voltando-o para o chinês, que a observava curiosamente.

"O que foi que houve, Sakura?" – ele perguntou baixinho, erguendo-se olhando de esguelha para Eriol que estava adormecido.

"Não é nada!" – sorriu um pouco, vendo-o caminhar devagar, evitando apoiar-se na perna que ainda estava machucada e sentar-se a seu lado.

"Você não dormiu durante toda a viagem, não é?" – falou, acariciando de leve o rosto dela, vendo-a negar com a cabeça.

"Não consegui pegar no sono, não sei exatamente o porquê..." – sussurrou, abaixando levemente a cabeça. – "Acho que estou um pouco ansiosa demais...".

"Está tudo bem, meu anjo..." – passou o braço pelos ombros dela e a aconchegou, fazendo-a encostar a cabeça em seu peito. – "Tente relaxar um pouco..." – disse acariciando de leve os cabelos curtos, fazendo-a adormecer com aquela carícia gentil após alguns minutos.

§§§

"Acho que é melhor acordá-la, Shaoran..." – Eriol disse, quando entrou novamente na cabine, sentando-se em seu lugar.

"Suponho que tenha razão..." – suspirou, acariciando a bochecha da garota, que estava com a cabeça sobre suas pernas. – "Sakura..." – chamou-a, balançando de leve seu ombro.

"O que foi?" – perguntou com os olhos ainda fechados.

"Estamos chegando à estação, meu amor..." – disse carinhosamente, vendo-a abrir os belos orbes verdes.

"Já?" – perguntou, abrindo um sorriso. Ele assentiu com a cabeça, apenas a observando.

Sakura sentou-se e se espreguiçou demoradamente.

Shaoran observou aquele simples ato com admiração, seria o homem mais feliz do mundo se pudesse fazer o mesmo em todas as manhãs, pelo resto de sua vida.

"Bom dia, Eriol!" – Sakura disse suavemente, fazendo Shaoran se lembrar da presença do amigo. Por um instante, havia esquecido-o completamente.

"Bom dia, Sakurinha!" – disse rindo, por vê-la fazer uma careta ao escutar o apelido com que Tomoyo costumava chamá-la.

"Estação de Tomoeda!" – um cabineiro passou pelo corredor batendo nas portas, para chamar os passageiros.

"Nós chegamos, finalmente!" – Eriol sorriu, abrindo a porta, tão logo sentiu a locomotiva parar. Várias pessoas desceram do trem com o trio. O chinês era auxiliado pelo amigo, enquanto Sakura carregava duas pequenas valises.

"Acha que Tomoyo virá nos recepcionar?" – Sakura perguntou ao esposo da prima, que olhava ansiosamente para as pessoas na plataforma de desembarque.

"Não sei! Acho que..." – interrompeu sua fala ao avistar a esposa parada procurando-os.

"Pode ir até lá, Eriol..." – Shaoran disse, apoiando-se na bengala que trazia consigo, para auxiliar em sua locomoção. Sakura parou ao lado do capitão, enquanto Eriol se afastava, indo até a morena.

Ao se aproximar, ela o viu e correu alguns passos em sua direção, jogando-se em seus braços de forma saudosa. Beijaram-se apaixonadamente em seguida.

Shaoran passou o braço pelo ombro de Sakura, apertando-a levemente contra seu corpo.

"Seja bem vinda a Tomoeda, minha flor!" – disse, depositando um breve beijo em sua fronte. – "Espero que se sinta em casa..." – murmurou, olhando-a diretamente nos olhos. Sakura sorriu.

"Eu estou em casa!" – respondeu, vendo-o sorrir também.

Continuará...

N/A:

Miaka: Nhai... acabada Gentis... Desculpa mesmo! A culpa do atraso dessa vez foi minha! Toda minha! Não culpo a revisão (a Rô devolveu o arquivo faz teeeeeeeeempo...), não culpo a Yoru (ela até me ligou, preocupada com o meu sumiço de ontem...), mas culpo o feriado!! Sim, sim, ontem, dia 08/11, foi feriado aqui na minha cidade, Campinas... Aí minha mãe não foi trabalhar, teve churrasco, e eu ainda inventei de ensinar meu irmão a cozinhar... Ou seja, entrei aqui acabada, mais de nove da noite e ainda tive que resolver uns assuntos... Por isso acabamos deixando para postar hoje e não ontem... Perdão mesmo!

Yoru (sorrindo): Calma, mãe, tenho certeza que eles compreenderão o atraso... São todos muito compreensivos!!

Miaka (caída no chão por causa de um tomate na cara): Sei, sim, como são compreensivos... u.u

Yoru (ajudando a se levantar e estendendo um lenço para limpar o rosto): Certo, certo! Nem tão compreensivos assim... Mas vamos ao que interessa, sim...

Miaka (depois de limpar o rosto): Certo, certo... O capítulo... Bem, dá pra notar que tá acabando, né gente? Esse já é o penúltimo...

Yoru (criando uma barreira para bloquear um ataque de vegetais ensandecidos): E eu achando que eles iriam ficar felizes por se livrar de nós... Será que a história está tão boa assim?

Miaka (dando de ombros): Nah... Demora um pouquinho para que eles absorvam a informação, deve parar a qualquer momento... (nada mais batia no escudo) Não disse?

Yoru (impressionada): É, você tinha razão... Então, vamos agradecer e dar o fora... (triste e com lágrimas nos olhos)... Muito obrigada a TODOS que deixaram review! Beijinhos e abraços para vocês... Um alô especial para Pety e Rach Snape.

Miaka (fazendo pouco caso): Posso não ser seu pai, mas ainda sou uma Hiiragizawa. (pisca) Ah, sim, não se esqueça da Analu e da Andréia... Obrigadinha!!

Yoru (acenando): Tchauzinho! 'Vamos nessa!' (homenagem ao Saulo)

Miaka: Hahaha!! Saulo, vê se deixa review agora entom!! XD

Yoru no Hoshi.