Capitulo 10- A primeira fuga de Sirius Black

Sirius andava pela plataforma a procura de seu amigo James. Os marotos não ficaram na mesma carruagem do que James, pois estava cheia e no trem só se juntou aos outros por uma hora, depois inventou alguma desculpa e foi se juntar a nova namorada em alguma cabine. A viagem inteira.

Depois de procurar um pouco entre os alunos e seus malões juntamente com pais ansiosos, Sirius pode ver uma cabeleira preta totalmente despenteada ao lado de uma cascata de cabelos loiros.

-James!- Chamou o garoto tentando desviar das pessoas. Quando estava perto o bastante para ter uma conversa decente, continuou- Pontas! O que vamos fazer nas férias? Eu realmente não quero repetir as festas do ano passado. Serio, eu fiquei cansado. Mesmo não querendo admitir.

-Ah, ainda não sei. Vamos fazer algo mais leve esse ano, pois eu estou cansado de TUDO.- Disse James. Nesse instante uma menina esbarrou na loira ao lado de James, que quase caiu se não fosse a ajuda do outro. Depois de ajudar a corvinal se equilibrar direito, falou irritado:

-O que esta acontecendo com essas pessoas hoje? O desembarque nunca foi tão tumultuado!

-Provavelmente deve ter tido alguma desorganização com os monitores.- Disse Sirius olhando para Remo ao longe, tentando ajeitar as cosias. Imediatamente James seguiu o olhar do amigo e perguntou:

-Cadê a Lily?- A loira olhou meio irritada para o namorado, mas nada com que ele se preocupasse.

-Não sei, ela nem ficou na cabine com a gente no trem. Ela estava meio estranha...Roxanne foi procurá-la, mas agora eu não consigo encontrar nem uma nem outra!- Disse Sirius.

-Eu ajudo você a procurar...- James ia começar a andas para acompanhar Sirius, mas foi impedido pelos finos braços da loira que o segurou, e depois sussurrou algo em seu ouvido.-Ah...Desculpa, Almofadinha...eu...eu tenho que ir...- James se despediu rapidamente de Sirius e logo desapareceu na multidão agitada com sua namorada.

Sirius achou o comportamento do amigo estranho, mas logo saiu a procura de Roxanne. Demorou muito mais para achar a namorada, embora a estação já estivesse mais livre.

Na verdade, ela o achou:

-Sirius, eu tava te procurando!- Disse ela cutucando o seu ombro para que ele virasse.

-E eu tava te procurando!- Disse ele- Achou a Lily?

-Mais ou menos...- Disse ela olhando para os lados.

-Como assim? Achou as pernas dela correndo sem o corpo?- Disse Sirius brincando. Ela riu.

-Não...não encontrei a Lily, mas a Stiles me disse...-Parou de falar, pois seu olhar se voltou para uma ruiva prestes a passar pela parede, que dava acesso a estação trouxa.- Stiles me disse que ela estava com pressa e não ia dar maiores despedidas.- disse Roxanne num tom triste.

-Ah, Rox, o que a idiota da Selene sabe sobre a Lily? As duas se quer se conhecem!- disse Sirius tentando animar a garota, mas falando serio.

-Não subestime Selene.- Disse ela num tom frio, mas logo voltou ao normal- Não, não. Lily passou a viagem inteira numa cabine com Stiles. Tenho certeza.

-Como pode ter?

Lily estava lendo um livro...quase acabando...ao que parece, ela emprestou pra Selene.

-Isso não me parece muito convincente.

-Ela me mostrou o livro! Era o da Lily!- Gritou Roxanne. Sirius pegou o braço da garota fazendo-os ficarem mais próximos.

-Rox, fala mais baixo. Agora o assunto é serio!- Sirius falou tão serio que a garota apurou os ouvidos para prestar mais atenção.- Eu não quero que você se meta com essa garota. Ela é perigosa.

-Sirius, você não pode provar isso. Você não conhece ela.

-Eu posso provar sim! Lógico que você lembra da noite em que James ficou enfeitiçado e partiu pra cima de mim, não é?- Ela afirmou.- James comeu bichos por conta própria, mas Selene estava la um pouco antes.

Roxanne olhou para ele desconfiada, e um pouco assustada.

-Isso não prova nada. Eu não to querendo defender ela e...- Nesse momento uma mão tocou o ombro de Sirius, fazendo com que ele se virasse. Os dois puderam ver um garoto um pouco mais novo: Cabelos pretos e fisionomia relativamente parecida com a de Sirius.

- Temos que ir embora...Agora!

-Quantas vezes eu já falei para não se dirigir a mim em publico, Regulus?- Bracejou Sirius.

-Quem me dera...foi mamãe que me mandou, aberração! Além do mais, não me importo com suas namoradinhas de sangue sujo.- Regulus falava numa voz arrastada, olhando friamente para Roxanne. Sirius agarrou a gola da camisa do irmão:

-Fale assim mais uma vez, pirralho!

Sirius estava pronto para bater nele, mas uma voz ao fundo gritou:

- Sirius! Regulus! Aqui, agora! Vocês acham que eu tenho todo o tempo do mundo? E solte seu irmão, bastardo!

-Não sou eu quem traiu o próprio sangue, mano.- Régulos falou correndo junto a mãe.

Sirius se voltou para Roxanne:

- Você nunca me disse que tinha um irmão.- Disse ela.

-Infelizmente tenho...Infelizmente tenho uma família inteira igual a ele.

- Que história é essa de "trair o sangue"?- Perguntou ela divertida, imitando o tom de Regulus. Ao fundo pode-se ouvir a voz feminina novamente girtar: " Sirius Black! Você não vai querer que eu vá até ai! Vamos, moleque! Chega de papo com essa gente!".

-Rox, eu juro que te explico tudo quando nos vermos nas férias, mas agora eu realmente preciso ir. – Ele deu um beijo rápido na garota e se despediu.

-Tchau.

De longe, Sirius pode ver a garota se juntando aos pais. A mãe era a copia de Roxanne crescida e mais encorpada, uma mulher definitivamente muito bonita. O garoto não pode deixar de pensar que se Roxanne ficasse daquele jeito para sempre, ele casaria com ela. Mas claro, o pensamento logo foi banido. O pai era um homem bonito também, mas aparentava ser mais velho que a mulher ao seu lado, e bem mais sério também. Ela vestia roupas trouxas e Sirius achou isso estranho, pois Roxanne lhe havia contado que sua mãe era bruxa também. Já o pai vestia uma capa até os pés e tinha olhos muito atentos para tudo o que acontecia no local. Roxanne parecia se dar muito bem com ambos, principalmente com a mãe que a recebera com abraços e beijos. Sirius ficou feliz por ver que sua namorada tinha uma família muito melhor que a sua em questão de convivência, e ficou mais feliz ainda ao perceber que seria fácil ganhar adoração da sogra. E admitiu que já estava ansioso para conhecê-la...e ao pai também, mesmo tendo expressão seria parecia ser uma boa pessoa.

Ao chegar em casa, Sirius foi direto para o quarto. Sua mãe encheu o saco dele por toda viagem para casa e ele não agüentava mais aturar tudo aquilo de boca fechada. Pelo menos em quanto estivesse em seu quarto, não precisaria agüentar tudo isso.

Porém o sossego do garoto não durou muito tempo. Ficou em seu quarto quase o tempo todo, apenas saindo no horário das refeições. Ele achava tudo aquilo tedioso, mas não tinha outra opção. Depois de dois dias uma coisa inesperada aconteceu: Seu pai o chamou no meio da noite para uma conversa particular na cozinha, com urgência.

Um pouco preocupado e curioso, Sirius desceu as escadas e entrou na cozinha onde seu pai parecia estar se aprontando para sair: Pegando um casaco e um chapéu.

-Vai sair?- Perguntou sem muito interesse. O homem se virou para olhar o filho.

-Sim, vou. E é por isso que o chamei aqui.- Disse o homem polidamente.- Já está na hora de você fazer alguma coisa decente por essa família. Mesmo não dando nem um motivo para nos orgulhar, sempre andando com sangue-ruins, você tem que aceitar que essa é a sua família e seguir...

-Eu não to afim de ouvir esse sermão mais uma vez.- Disse revirando os olhos.

- Vale a pena relembrá-lo o quanto nos chateou traindo a família quando foi para Hogwarts e como já era de se esperar...Ai!- O homem soltou uma exclamação malcriada e pos a mão em seu braço esquerdo.- Estou um pouco atrasado, então escute com atenção: Como meu filho mais velho você vai tomar conta da casa. Se algum bruxo do ministério ou qualquer um do tipo aparecer aqui em casa, não o deixe entrar. Eu coloquei um feitiço na casa, ninguém pode aparatar aqui dentro, e a nossa lareira não pode receber ninguém a não ser que seja da família. Corujas desconhecidas não vão conseguir entrar. Ah! E o mais importante: Varinha a postos! Se eu não voltar em- fez uma pausa para pensar- 5 dias ou acontecer algo mais grave, leve sua mãe e seu irmão para a casa de campo, onde vão ser recebidos por sua tia e suas primas, Bellatrix e Narcisa. Lá, espere instruções. Você tem que prestar atenção...este vai ser o seu primeiro trabalho com...com o meu grupo. O meu chefe já esta interessado em você, talvez você possa ser de grande ajuda como um espião ou algo do gênero, e vamos ver se você finalmente vai honrar seu sobrenome. Mas esse assunto pode ficar para mais tarde. Agora, vou me indo. – Assim, o Sr.Black saiu pela porta e logo que parou no jardim, desapareceu.

Sirius estava mais confuso do que nunca. Seu pai nunca havia lhe pedido algo do gênero, e parecia bem importante. Só não entendia o medo que alguém do ministério viesse, e essa história de primeiro trabalho...espião...Nada estava claro. No dia anterior viu no jornal que um bando de caras mascarados tentavam fazer um tipo de rebelião contra o ministério, para assumir o poder. Não levou muito a serio, apenas mais uma tentativa de motim, obvio, sem sucesso. Mas parecia que seu pai tinha alguma coisa a ver com isso, já que era uma pessoa de muito influencia no Ministério. Juntando esse fato com os últimos acontecimentos...mas mesmo assim não fazia muito sentido.

O garoto sentou na mesa da cozinha; um exemplar do Profeta Diário um pouco amassado estava ali. Após passar os olhos pela primeira página e ler a manchete deixou sair um murmúrio: "O que está acontecendo com esse mundo?". O jornal trazia uma foto de uma rua definitivamente trouxa. Podia-se ver alguns corpos no chão mas não dava para reconhecer ninguém. O única coisa que se mexia e iluminava a foto era a imagem de uma caveira verde no alto da rua com uma cobra saindo pela boca.

A manchete que 12 trouxas haviam morrido, 5 feridos e com memórias apagadas juntamente com mais 3 bruxos do ministério mortos. Abaixo tinha uma pequena nota falando do grupo que se autodenominava "Comensais da Morte" e como eles agiam. Um dos comensais foi pego e a única coisa que conseguia falar era sobre a soberania de um bruxo das Trevas ao qual ele chamava de Lorde Voldermort. Porém, nessa manhã o corpo do bruxo foi encontrado na sua cela em Azkaban. Não tinha nenhum vestígio de que o homem tentou suicídio e o ministério ainda estava investigando o caso.

Regulus entrou na cozinha no momento em que Sirius lia sobre o comensal morto.

-Papai disse pra você cuidar da casa.

-Sério, Regulus? Obrigado, eu não sabia.- Respondeu sarcástico.

-Mas não pense que eu vou deixar isso acontecer.- Regulus continuou ignorando o comentário do irmão.- Essa casa nas suas mãos seria um verdadeiro desastre. Viraria um antro de sangue-ruins e traidores como os Potter! Não entendo como você teria coragem de enfiar o inimigo em casa! Ainda mais com mamãe aqui.

-Inimigo, Regulus? Querendo virar um desses?- Sirius jogou o jornal em Regulus. Ele pegou o jornal e passou os olhos rapidamente.

-Encheria essa casa com sangue-ruins, sim...Aquela Evans e a sua namoradinha ossuda.

-Colocaria Lily aqui dentro, sim! E Roxanne veio de uma família bruxa, imbecil.

Regulus riu.

-Então acho que os comensais erraram quando mataram mãe dela.- O garoto jogou o jornal de volta para o mais velho.

Sirius passou os olhos rapidamente pelas letrinhas pequenas no papel procurando por nomes. Enfim, seus olhos pararam em duas palavras: Judy Byrne. Voltou um pouco para ler o parágrafo.

"Representante da Seção de Aurores do Ministério trabalhava como espiã, vivendo uma vida trouxa por quase um ano, foi morta no ultimo ataque em Londres. A mulher de meia idade foi atingida cinco vezes por um feitiço que fez seu corpo perder todo o sangue que tinha além de estar mutilado. A origem do feitiço ainda não foi descoberta. Dois homens que também trabalhavam com Byrne..."

-Não! Eu não to acreditando...Roxanne parecia tão feliz no desembarque...

Roxanne estava na cama de seus pais. Se afogava em meio aos travesseiros brancos. A dor era muita, a dor de saber era muita.

As coisas estavam mais confusas do que nunca.

Suas mãos estavam manchadas de sangue e ela sabia o porque. Sabia.

Não se limpou, pois não queria encostar em sua varinha novamente. Nunca mais.

Adormeceu...em cima do lençol branco manchado a sangue e lágrimas de desespero.

A luz entrava no quarto já há um bom tempo. O Sol estava bem alto no céu. A porta do quarto foi aberta dando passagem a uma figura vestida inteiramente de preto. As já conhecidas botas pretas de Selene faziam barulho no assoalho. Sentou na ponta da cama e acordou Roxanne carinhosamente. A garota levantou e olhou para a outra. Porém, Selene nem deu chance para a garota dar um bom-dia:

-Eu sei que é difícil, Rox. Mas você sabe que iria ser morta se...

-Você é uma assassina, não é?- Perguntou Roxanne como se fosse a coisa mais casual do mundo. Ela não olhava diretamente para a outra, seus dedos brincando com a borda do lençol pareciam mais atrativos agora.

-Você está muito nervosa e eu entendo...

-Cala a boca, Selene. Responde a pergunta. Você é uma assassina?

-Sim, eu sou uma assassina fria.

-Mas nenhuma das pessoas que você matou era intima, né? Você teve que matar a sua própria mãe?- Roxanne começou a se exaltar, um pouco histérica.

- Já falei, Rox. Sou uma assassina fria. Mais do que você imagina. Também sei como é a dor que você esta sentindo agora. Eu matei minha família inteira. Não toquei na varinha para matar...não usei magia.

Um silêncio pairou no quarto, mas depois Selene voltou a falar, agora em tom carinhoso:

-Rox, você não precisa se culpar por causa da morte da sua mãe. A culpa foi inteiramente minha. Não consegui controlar sua maldição ontem. Desculpe. O erro foi meu.- Selene abraçou Roxanne que continuou sem reação alguma.- Você não deveria estar passando por tudo isso!- A garota finalmente abraçou Selene em retribuição e começou a chorar.

-Eu não agüento mais. Se ele me pedir para fazer outra coisa, eu não vou fazer! Não vou fazer mais nada! Mesmo que me torture como antes!- Disse Roxanne aos prantos.

-Tudo bem, Rox. O Lord já esta satisfeito...por enquanto.

-Sel, porque eu?

-Não sei, Rox. O Lord apenas gosta de você...

-Esse é o jeito que ele demonstra?- Selene suspirou ao ouvir o comentário.

-Vá aproveitar suas férias agora, Rox. Fique uma temporada na casa do seu namorado.

-Você quer mesmo que eu vá pra casa dos Black?

-Hum, é verdade. Não seria nada bom ficar com o pai dele la. Vá pra casa de Lily.

-Não...muito trabalho pra ela, principalmente com a irmã problemática que ela tem. Vou mandar uma carta pra minha tia, ela com certeza vai me receber...

-Ok.

-Agora...eu não quero que você coloque Lily na historia. Ela não pode virar uma cobaia como eu virei. Se você fizer isso, eu te mato!

-Rox, você sabe mais do que ninguém que eu to tentando acaba com os planos do idiota do Riddle. Mas por enquanto, eu tenho que fazer as coisas que ele pede. – Roxanne olhou com repulsa para a amiga. A outra só sorriu em resposta- Porém, pode ter certeza que o Lord não está interessado na sua amiga. Ele precisava de um gênio em poções, mas enquanto o Seboso trabalhar pra ele a Evans fica de fora.

- Acho bom...

O Sr. Black abriu a porta naquela noite mesmo, encontrando seu filho mais velho sentado à mesa da cozinha, analisando cada palavra do Profeta Diário.

-Sorria, filho! As coisas estão ficando boas para gente! – O homem pode ver a expressão carrancuda do filho.

- Coisas boas? O senhor leu o jornal? Tem pessoas sendo mortas! Muitas pessoas. E de um

jeito desprazível.

-Sirius, Sirius, você está prestes a virar um homem, já tem que entender algumas coisas. Algumas pessoas têm a sua existência sem utilidade para o mundo, e acabam desse jeito. Mas não pense que é algo injusto.

- Do que você ta falando?- Sirius fez uma pausa olhando indignado para pai- Você é um Comensal?- Ela perguntou após ver a cara do pai que estava, no mínimo, assustadora.

-Não se preocupe, Sirius. Todos os que estão contra nós estão mas assustados...

-Nós? Que Nós? Nunca existiu esse nós, Sr.Black.

-Olha aqui, moleque...

-Você ajudou a matar os trouxas, não é?

-Se você quer entender o motivo, eu o levo para trabalhar comigo...

-Trabalhar com você? Com essa escoria?

-Você ainda tem chance, garoto. O Lord esta interessado em você.

-Isso tudo só porque existem pessoas que são metade trouxas? Que absurdo!

-Só estou fazendo isso para o bem de nossa família!

-Família?Que família? Não sou que sou o traidor? Vocês me trataram como lixo todos esses anos, desde que foi para Hogwarts, e ainda me pede pra trabalhar com você?- Fez uma pausa, mas não deu chance para o outro falar.- Vamos, sou um traidor,porque não me mata como fez com os outros?- Mais uma pausa.- Você matou Judy Byrne, não matou? Você matou a mãe de Roxanne!- A reação do pai foi inesperada: Soltou um gargalhada e falou depois, em meio a risinhos:

-Não fui eu quem matou a Sra. Byrne.

-Idiota...E pensar que em mim corre esse sangue nojento.

-Não fale algo como isso, garoto!- Falou mais frio do que o normal.-Para seu quarto, agora!Se ficar mais um minuto olhando para sua cara eu posso fazer alguma besteira.

-Eu vou. Se EU ficar aqui vou acabar fazendo besteira.

Sirius subiu para seu quarto logo depois de bater a porta da cozinha. Quando subia as escadas pode ouviu o pai falar que mais tarde iria conversar sobre o futuro do garoto.

Sirius passou pelo quarto do irmão:

- Você deveria dar ouvidos ao papai!

- Regulus, por que você insiste em ficar repetindo as coisas que o papai e a mamãe dizem? Mesmo você entrando pra sonserina, não pense que eu não vejo o quanto eles "gostam" de você.

-Você só fala isso por que eles gostam mais de mim do que você!

-Eu não ligo para o que aquele lixo gosta ou não.- Disse Sirius virando os olhos- Vamos, venha comigo. Você pode se livrar deles como eu. Eu sei que você não quer virar um daqueles idiotas dos comensais.

-Eu tenho sangue mais frio do que você, Sirius. Eu agüento mais.

-Agüenta, mas não gosta.

-Isso não é da sua conta.

-Fuja comigo, Regulus. Eu sei que você quer.

-Não!

-Você vai se juntar a eles? Idiota, não deve fazer tudo o que aquele senhor fala.

-O senhor é o nosso pai!

-Os comensais matam a si próprios...você quer isso?

-Você que é o traidor do próprio sangue...- Puderam ouvir a porta da cozinha abrir e o pai gritar por Sirius.

-Pelo menos me de cobertura.

-Não.

-Regulus, eu sei que você quer me ajudar...faça pelo menos uma coisa decente na sua vida!- E assim, Sirius correu para seu quarto. Pena que o mais velho não pode ouvir o irmão murmurar: "Só faço isso, pois não que olhar para sua cara novamente!"

Ao entrar a primeira coisa que fez foi começar a abrir todas as gavetas possíveis e enfiar todo o conteúdo dentro do malão. Com uma voz abafada por causa da porta fechada, Sirius pode ouvir seu pai:

-Sirius, venha aqui, ainda preciso conversar com você.

-Pai, espera. Eu preciso te mostrar uma coisa.- A voz de Regulus pode ser ouvida também. Sirius não pode deixar de sorrir, mas logo voltou a arrumar as coisas.

A primeira coisa que faria depois da sair da casa era pegar Roxanne na casa dela.

Depois de arrumada a mala, Sirius pegou uma caixa com todas as suas economias. Não era muita coisa, mas quando fizesse 17 anos poderia passar na conta da família Black em Gringots e pegar um pouco de dinheiro "emprestado". Depois, sairia daquela família para sempre.

Por um breve momento Sirius sentou na cama e pensou. Tinha que avisar alguém de sua fuga. Primeiro pensou em avisar Andrômeda de sua partida, mas resolveu que não. Ele só iria trazer problemas para ela, e não queria isso, principalmente agora que estava grávida de seu noivo trouxa, Tonks. Estava muito feliz.Em uma carta havia lhe contado que seu bebê era uma menina e que o nome seria Ninfadora. Ele riu com o nome engraçado.

Pensou mais um pouco. James não poderia avisar de imediato para não o preocupar fazendo-o intervir. Remo estava ocupado com a semana lunar. E definitivamente não podia avisar Pedro...por experiência própria: O garoto era muito medroso e irira contar para mãe o que estava acontecendo como fez quando descobriu que Sirius tentou ir para Paris de vassoura. Os pais dele descobriram e impediram a viagem. Lily, nem pensar! E Roxanne...ele já estava a caminho da casa dela mesmo, nem adiantava mandar uma coruja.

Finalmente resolveu mandar uma carta para seu Tio que foi tratado como traidor da família há alguns anos.

Começou a ouvir passos no corredor novamente. Nem queria imaginar se o pai encontrasse seu malão feito, a vassoura a postos e todas as gavetas possíveis abertas e vazias.

Escreveu um bilhete rápido e quase jogou a coruja fora quando ouviu o pai bater na porta.

Escreveu mais cinco palavras num pedaço de pergaminho avulso e o deixou em cima da escrivaninha. Não havia mais tempo para viajar de vassoura, pois seu pai o alcançaria. Então, no segundo em que seu pai começou a gritar, Sirius desapareceu.

Sirius arrastando o malão com uma mão e com a outra, segurava sua preciosa vassoura. Acabara de aparatar. Já tinha feito o teste de aparição, mas enquanto não fizesse 17 anos, o que aconteceria dentro de um mês, sua licença não poderia ser confirmada. Mas ele não se importava e iria fazer novamente. Só estava saindo do alcance de vista de trouxas. Chando chegou num beco escuro fechou os olhos e mentalizou bem a rua onde queria estar. Deposi de um estante, ele já estava no jardim da casa dos Byrne.

A casa estava escura, assim como o resto da rua. Uma única lua vinha de uma janela no segundo andar. O garoto bateu na porta uma, duas, três vezes, mas não obteve resposta em nenhuma das tentativas.

Sirius franziu o cenho. Deixou seu malão na grama e montou sua vassoura. Quando chegou na altura da janela de luz acesa tentou olhar para dentro, mas a cortina atrapalhava sua visão. Chamou Roxanne mas não teve resposta. Pensou ter visto um vulto no quarto e então um coisa veio em sua mente: Comensais. A rua estava escura, a casa de uma certa forma estava estranha, a única coisa que faltava era a já conhecida marca negra.

Com esse pensamento foi até a janela ao lado (chegar justo pela janela com luz era muito arriscado) e com alguns movimentos de varinha a janela desapareceu.

-Lumus.

Era um escritório normal, como todos os outros: Uma escrivaninha, estante de livros e um sofá.

Abriu a porta.

O corredor estava acesso. Foi até a porta ao lado e a abriu. Era um quarto grande, com uma cama de casal, penteadeira e um painel de fotos que estava praticamente vazio. Na porta do quarto, escondida entre as cortinas estava Roxanne. A garota estava encolhida, seu rosto escondido entre os joelhos abraçados pelos braços. Soluçava um pouco. Sirius tentou se aproximar, mas Roxanne gritou:

-Vai embora! Você não disse que tinha algo pra fazer?

-Mas...O que aconteceu?- Com espanto Roxanne levantou a cabeça. Seu rosto estava todo vermelho e cheio de lágrimas.

-Sirius?- Ela falou quase num sussurro. O garoto se aproximou e a abraçou. Ela chorava mais ainda. Sirius beijou sua testa e a ajudou a levantar- Vamos, vamos sair daqui.- Roxanne parecia estar tão desesperada que nem conseguia se equilibrar com os próprios pés. Sirius foi obrigado a levar a garota para seu quarto no seu colo.

Sentou ela na cama e perguntou:

-Aquele era o quarto de seus pais?

-Era...-Disse quase num sussurro- Eu estava...limpando o lençol...

-Eu sei que deve estar sendo duro para você, Rox. Mas agora você tem que pensar que tem outras pessoas na sua vida! Tem muita gente que te ama muito e que vão te apoiar! Ok?- Depois de alguns segundos em que ela parecia muito espantada com o que tinha acabado de ouvir, ele voltou a falar- Onde está seu pai?

-Ele desapareceu quando foi investigar alguns assuntos do ministério.- Ela recomeçou a chorar e soluçar. De vez em quando ele a via tentar parar com o choro, mas sem muito sucesso.- Fica comigo, por favor. Eu não agüento ficar mais sozinha aqui!

-Relaxa, Rox. Eu não vou mais te deixar sozinha. Nunca mais.- Olhou para o rosto vermelho dela e depôs voltou a falar- Eu vou pegar minhas coisas lá fora e fazer alguma coisa para você se acalmar, ok?- Ela assentiu com a cabeça.

Sirius foi até o jardim pegou suas coisas, voltou e começou a preparar uma poção na cozinha bem arrumada dos Byrne.

Quando voltou ao quarto com a xícara na mão encontrou Roxanne embaixo das cobertas, porém, sentada na cama. O seu rosto não estava mais vermelho e ela parecia bem mais calma. Ela até conseguiu fazer uma brincadeira:

-Hum...Agora eu tenho um medi-bruxo em casa! Assim vou ficar mal acostumada.

-Aproveite, então. Hoje eu estou muito bonzinho.- Disse sorrindo.

Depois que Roxanne bebeu toda a poção suspirou e disse:

-Bom, agora só resta ir pra cama...- Se enfiando embaixo da cobertas ate o pescoço.

-E onde fica o quarto de hospedes?- Perguntou Sirius.

-Isso não importa, importa? – Ele olhou para ela serio.- Onde você pensa que vai dormir?- Ele nem teve tempo de responder.- Sirius, você prometeu ficar comigo essa noite.- Ele sorriu, malicioso, mas não tinha intenção de fazer nada com Roxanne naquela noite, ela estava muito fragilizada.

Ele tirou o casaco, as botas e derivados (n/a: Não, ele não tirou a roupa, ta? Hauahauha) e entrou na cama. Quase que imediatamente ele fechou os olhos. Estava muito cansado daquele dia. Não pode ver, mas Roxanne revirou os olhos quando o viu dormir.

-Sirius! Acorda!- A garota o sacudiu.

-O que foi?- Ele nem se deu o trabalho de abrir os olhos.

-Quando eu disse pra você ficar comigo...eu quis dizer ficar comigo- Disse Roxanne um pouco maliciosa, porém se fingindo de meiga. Sirius abriu os olhos e deu uma risada abafada.

-Rox, você não pode se precipitar desse jeito. Eu sei que você ta passando por um momento muito difícil, mas isso não que dizer que...

-Sirius, eu quero! Eu não to me precipitando!- Os dois ficaram um período em silencio e ela começou a falar novamente.- Você não vai dar uma de santinho, que isso eu sei muito bem que você não é!

-Eu só não quero que você se arrependa depois!- Disse ele.

- O que é isso? Acha que é muita areia pro seu caminhãozinho?- Ele riu.

-Você entendeu o que eu quis dizer.

-Para de faze cu doce!Olha pra mim e fala verdade: Você quer eu não quer? –Sirius ficou

quieto...era obvio que ele queria.- Quer ou não quer, Black? – A mão de Sirius escorregou para o bolso da calça, pegando um pequeno vidrinho com uma poção de coloração rosa dentro...

-Rox...

Lily estava realmente nervosa aquele dia. Na semana anterior Roxanne lhe enviou uma carta contando o que estava acontecendo. Sirius tinha fugido de casa e juntado dinheiro que o tio lhe mandava com mesada. Estavam procurando um apartamento para Sirius em Londres e enquanto não se decidiam, ele passava as férias na casa dos Potter. Roxanne estava hospedada na casa da tia avó. Lily e os outros iam se encontrar na casa dos Potter naquela tarde para todos falarem sobre as novidades com detalhes, pois segundo Roxanne estava perigoso contar tudo por carta. Lily estava nervosa, pois não sabia como reagiria com a amiga depois que ela perdera a mãe. E além de tudo, ia encontrar com James pela primeira vez depois de ter admitido para si mesma que gostava dele.

Estava se preparando para usar a rede fé Flu pela primeira vez sozinha pela sua casa. Usa Flu não era uma coisa agradável para Lily: Ela conseguia cair de milhares de posições nas lareiras;

-Mansão Potter!

N/A: Desculpem, desculpem, desculpem. Eu sei que a metade das pessoas que liam essa fic já desistiram dela. Devo admitir que eu cheguei a desistir dessa fic. Eu realmente tive um 2005 muito difícil, mas não tenho tempo de ficar falando dos meus problemas pessoais aqui. O capitulo tava pronto desde...agosto, eu acho. Mas eu tava com pregui de passar pro PC. Mas eu tenho boas noticias: Eu vou terminar essa fic sim! Soh que ela já esta acabando..dou uns três, quatro capítulos no Maximo pra ela acabar. Muita gente me adicionou no MSN pedindo para continuar...então...tudo bem! Aqui esta o capitulo novo!

Ele tava partido no meio, pq eu naum consegui colocar tudo o que queria nele...e ele tava ficando realmente muito grande e cansativo, então...eu parti ele no meio.

Bom, devo avisar que o próximo capitulo vai demorar! Não tanto como esse, enh? Ahuahuaha, Mas mesmo assim, eu naum estou com o mínimo de inspiração agora1

Obrigada pra todo mundo que insistiu em continuar Vida de Cão!

Fuiz!