Olá!!!!! Voltei da praia e estou muito animada, talvez não muito inspirada, mas animada. Aiaiai cada visão que tive nessas férias *-* Bom, mas recapitulando, faz mó tempão que eu não escrevo e senti que está na hora de retornar a escrever, pq? Oras, pois recebi e-mails estou muito emocionada T_T por estarem lendo meu fic, sério mesmo, principalmente por Tenchi Muyo não ser uma série muito conhecida! Eu adolu todos vcs!!! Tipow assim, não sei se vai sair como quero, mas aí está o quarto capítulo! Ele será divido em duas partes, quero dizer, mesmo subtítulo pois tem basicamente o mesmo tema. Divirtam-se!

Quando o futuro e o presente se encontram

Revelações (parte 1)

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Naquela noite Tenchi não conseguiu dormir, levantou-se e foi pegar um copo de água, descendo as escadas viu um vulto e imaginou ser Aiko novamente, dessa vez decidiu não incomodá-la, tomou sua água e voltou sileciosamente para ela não escutar. Mas Tenchi nem sonhava que aquela não era Aiko.

Alguns minutos antes de Tenchi subir para seu quarto, o vulto que ele viu não se tratava de Aiko, ele não parou para ver ou escutar, então não ficou sabendo do que aconteceu ali logo após ele sair, não viu quem era o vulto que se dirigia a porta e nem quem já estava ali:

Ela se levantou, estava inquieta demais para conseguir dormir, na verdade, nenhum sono estava estampado naquele jovem rosto, apenas preocupação. Decidiu respirar um pouco de ar e se dirigiu para a varanda da casa dos Masaki. Só que ao chegar lá tomou um susto, não muito grande, mas nem mesmo um pequeno era comum para aquela moça de olhos amarelos, talvez o estado em que se encontrava proporcionou isso. A outra garota que ali se encontrava percebeu a presença e se virou um pouco, seu semblante era calmo, mas sua alma não estava assim. Olhou mais como pedindo ajuda do que com frieza ou raiva como costumava fazer com a moça a sua frente.

_ Vejo que também não consegue dormir... Ryoko. - disse ela sem nenhuma intenção aparente.

_ É... e você sabe muito bem porque, Aeka. - respondeu num tom de voz nada sarcástico como costumava fazer.

_ Você... - ela hesitou - você tem certeza de que isso que iremos fazer é o certo? - agora sim demonstrava o que sentia... medo.

_ Não. Mas não tenho, ou melhor, não temos outra escolha. Se não confiarmos, talvez seja verdade e a nossa vida já não valerá mais nada. Ou pelo menos é isso que sinto. - disse Ryoko se sentando ao lado da rival.

_ Eu também. - ela se calou por alguns instantes e continuou - Tenho inveja de você... - disse ela em tom de amargura. A outra se assustou, nunca em sua vida imaginaria que ouviria aquelas palavras vindas daquela boca, não disse nada. Percebendo a reação da moça Aeka continuou. - Sim, tenho inveja de você. Você é forte, não tem medo do seu destino. Talvez eu seja uma princesinha mimada como você diz. - A isso a outra respondeu.

_ Você não fala com franqueza. Se realmente tem inveja de mim não é por esse motivo, isso eu tenho certeza. - a outra não mostrou reação alguma, mas continuou.

_ Apesar de sarcástica, esnobe e viver implicando comigo como se fôssemos crianças, você me conhece bem e demonstra maturidade. É verdade, não é por esse motivo que te invejo, e sim da proximidade que tem de Tenchi, mesmo que involuntariamente da parte dele. - Ryoko não estranhou aquelas palavras, sabia que eram verdadeiras, mas então falou.

_ Sim, é verdade. Faz parte de meu ser ter mais facilidade de demonstrar o que sinto e me aproximar das pessoas quando quero. Mas, mesmo assim, mesmo que isso possa parecer uma vantagem sobre você, ele não me ama e acredito que nunca amará. - disse ela sem nenhum sentimento aparente, mas quase sufocando de tristeza por dentro por admitir aquilo.

_ Digo o mesmo. Não só por você, mas por mim também. Ele nunca nos amará. Mas me surpreende você dizer isso. Vejo que você realmente amadureceu e arrisco dizer que foi depois do que aconteceu hoje, não é a Ryoko de até hoje de manhã. Acredito que também te surpreendeu o que ouvimos. - Ryoko permaneceu quieta por instantes perante as palavras da outra, porém respondeu.

_ É verdade, todas suas suposições estão certas. Mas, como disse não tenho medo do meu destino e espero que você também não tenha.

_ Medo tenho, mas não desistirei. Eu só... bom, não importa mais o que sinto ou sentirei, apenas devo cumprir meu dever. Espero que ele seja feliz, é tudo o que quero.

_ Eu também. - e as duas levantaram juntas e foram para seus respectivos quartos.

Não houve nada mais estranho aquela noite, apenas... que dois olhos presenciaram o que havia se passado naquela varanda, naquele momento. Mas não eram olhos maus, olhos tristes e melancólicos sim, mas não maus.

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No outro dia após, nem Ryoko nem Aeka pareciam as mesmas. Tenchi estranhou, muito na verdade, mas resolveu não perguntar. Invés disso foi treinar, ainda pensando nas duas. Quando estava chegando no templo resolveu voltar e perguntar a elas o que se passava, eram suas amigas e talvez precisassem de ajuda. Desceu até sua casa, mas não encontrou nenhuma das duas, achou estranho e resolveu então ir até a árvore de Aeka, talvez a encontrasse lá, sendo que não sabia onde procurar Ryoko. Mas não a encontrou, quem estava lá era Aiko, sentada olhando a "árvore-nave" de Aeka. Ela o cumprimentou primeiro virando o rosto para ele, um rosto sorridente, mas para quem notasse bem, ela estava mais pálida do que o normal e tinha os olhos tristes apesar de não querer demonstrar isso.

_ Bom dia, Sr. Tenchi!

_ Bom dia, Srta. Aiko! Por acaso viu Aeka ou Ryoko? - disse ele se sentando ao lado dela. - Queria falar com elas, achei-as muito distantes e talvez... tristes, hoje no desjejum.

_ Concordo, mas não as vi. Mas, já que está aqui, queria saber uma coisa.

_ Diga. - disse ele em tom displicente.

_ O Sr., quero dizer... eu não conheço muito bem vocês ainda, mas percebo que são muito unidos, você, seus parentes e essas garotas. Uma vez te perguntei se se importava com elas, e você me deu a resposta que desejava, até melhor. Mas agora tenho outra dúvida. O que sentiria se elas particem? - dessa vez Tenchi realmente se assustou, muito mais do que na primeira vez que Aiko fez aquele tipo de pergunta. Aquilo sim era algo que dificilmente lhe passava pela cabeça. O que faria? O que sentiria? Realmente não sabia? Permaneceu quieto por muito tempo, mas Aiko não falou nada até que ele quebrou o silêncio.

_ Eu... realmente não sei... Creio que ficaria triste, muito triste. Mas talvez... talvez... muito mais que isso. Seria perder uma parte de mim, elas fazem parte do meu coração e admito não percebi isso por um longo tempo. Mas agora a resposta vem clara, não sei se conseguiria aceitar isso, não sei... - e ficou olhando para frente, muito distante em pensamentos e nem percebeu quando do rosto de Aiko desceu uma límpida lágrima, que foi retirada rápida e delicadamente para não ser notada.

_ Eu compreendendo... Eu... sinto muito, Sr. Tenchi. - mas essa última frase saiu quase como um sussurro, na verdade não era para ser dita, mas foi. E apesar de muito baixa foi ouvida por Tenchi que a olhou espantado.

_ O quê?! O que quer dizer com "sinto muito"?! - pela primeira vez Tenchi viu Aiko realmente assustada, se parecia pálida antes, agora parecia neve pura. Ela não respondeu e Tenchi percebendo que não iria falar resolveu por ele dizer o que estava pensando, pois ficou nervoso, aquelas palavras não soaram bem nos ouvidos dele, levantou-se abruptamente.

_ Muito bem, Srt. Aiko, percebo que não vai responder a essas perguntas, mas as essas outras vai! Sei que não te conheço direito e que não tenho direito de me intrometer na sua vida, mas há muito quero saber: Quem é você? O que faz aqui? Por que sempre está andando por aí silenciosamente sem ninguém por perto e nunca se abre comigo? - ela ficou estática por alguns momentos, mas logo recobrou seu antigo ar sereno e abaixou a cabeça que antes estava voltada para o rosto sério do jovem rapaz e falou baixo.

_ Eu... tenho uma missão. Não sou de Tóquio como disse e muito menos neta de um amigo de seu avô. Sou daqui de Okayama, se é que se pode dizer assim, em amplos sentidos. Mas... o que vim fazer não vou te dizer ainda, na verdade não posso te dizer ainda. Só sei que comecei e não posso parar mais. Mesmo que... mesmo que isso cause sofrimento, é esse o meu destino e o destino de outras pessoas que aprendi a amar. - então ela não se conteve mais, abaixou a cabeça e laçou as mão em volta de seus joelhos, agora estava encolhida e começou a chorar descontroladamente. - É muito difícil, Sr. Tenchi, muito! Mas deve ser assim! Por favor, me perdoe, me perdoe! Eu não quero trazer tristeza! Não é isso que quero, me perdoe, por favor! - soluçava e chorava como ninguém ali nunca antes tinha visto, na verdade Tenchi estava muito espantado, confuso e com pena da moça. Se arrependeu do modo como se dirigiu à ela. Percebeu o quão frágil aquela moça era apesar de não aparentar. Ajoelhou-se e a abraçou, trazendo-a para perto de si, sem palavras, apenas para reconfortá-la e ali ficaram por longo tempo. Até Aiko se acalmar novamente.

Depois voltaram juntos para casa e Tenchi colocou-a para dormir, ela estava exausta depois de tanto chorar. Tenchi ficou parado ali admirando-a por algum tempo, pensando no que ela falou, apesar de não entender. Por mais que tentasse, aquela situação foi ambígua para ele. Pensou então olhando para aquele rosto sereno, um pouco manchado pelas lágrimas "Como ela é linda!" e se assustou com o pensara, decidiu sair dali e foi para seu quarto.

Ali perto duas moças, em lugares diferentes e sem saberem uma da presença da outra viram o que aconteceu, normalmente sentiriam raiva. Mas do que valeria a pena? Por mais que o amassem não eram correspondidas e mesmo que fossem, seu destino era outro... "Tenchi..." As duas apenas sussurraram para ele não ouvir.

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Durante a tarde que Tenchi ficou com Aiko, seu avô estava em seu templo meditando. Aproveitou que Tenchi não apareceu e decidiu pensar sobre tudo o que estava acontecendo. "Pobres garotas..." era o que mais vinha em sua mente. Só que outra coisa o preocupava, aquele maldito demônio, aquele maldito no qual não se podia descrever tamanha aberração que infelizmente havia naquele universo. Temia que ele realmente quisesse matar a família Jurai, temia que ele quisesse matá-lo, e mais ainda temia por seu neto e pela sua querida Terra, que agora era seu amado lar. Mesmo que tivesse vencido Kagado, Tenchi não ficou sabendo quem era e quem seu avô era, na verdade, voltou para casa como herói terráqueo e nada mais. Katsuhiro não sabia se deveria contar para Tenchi suas origens, achou melhor não, pelo menos não até que tivesse certeza da ameaça que talvez estivesse prestes a surgir. Decidiu então fazer um chá e no templo ficou até a noite.

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Kyone e Myoshi acabavam de chegar no planeta real Jurai, foram recebida cortesmente por se tratarem da polícia galáctica. E foram a presença do rei, pai de Aeka. Kyone não se preocupou muito com a aparência, ou seja, não resolveu se vestir a maneira Jurai. Mas quanto a Myoshi, fez ela ficar do lado de fora, conversando com alguém para que não atrapalhasse.

_ Majestade, a polícia galáctica se faz presente! - disse um homem da guarda real.

_ Que entre. - disse o rei.

_ Senhor. - disse Kyone se reverenciando - desculpe-me a falta de formalidade, mas tenho um assunto grave a tratar.

_ Muito bem, diga. - então Kyone começou a relatar o que se passava.

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Já fazia algum tempo que estava se preparando, decidindo, planejando. Estava forte, mas ainda não o suficiente. Aqueles últimos anos não foram nada agradáveis, apenas tiveram o poder de fazer seu ódio crescer. Andou até sua cadeira e sentou-se e resolveu olhar o que se passava com o alvo de suas atuais atenções.

_ Parece que nada de estranho acontece, na verdade... está muito quieto, é estranho não ver aquelas mortais agindo daquela maneira.- disse ele secamente - Crianças... inocentes, frágeis, idiotas, desprezíveis! Quando me recuperar irão me pagar por tudo, todos... nenhum irá sobreviver. Mas... como irei matá-los, não posso deixar fugi-los e também quero me divertir. Creio que não será difícil, apesar de saber que não devo subestimar meu inimigo, provavelmente irão resistir por algum tempo mas são fracos demais. Apesar disso... sinto alguma anormalia naquele espaço, algo diferente. O que poderá ser? Devo me precaver, por enquanto só irei observar. - E dizendo aquilo voltou toda sua atenção para sua tela. Estreitou seus olhos e percebeu mais nitidamente anormalidades na tela, e de repente a tela se apagou, ele se assustou e ficou meditando sobre o ocorrido.

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Fazia dois dias que não saía daquele laboratório, não sabia dos acontecimentos recentes. Por incrível que pareça ela não estava brincando com armas biológicas ou criando qualquer loucura, estava estranhamente preocupada. Havia algum tempo ela percebeu anormalidades em Okayama, anormalidades no espaço a sua volta, imperceptíveis aos olhos ou a qualquer sentido, mas notados, mesmo que de forma muito superficial pelos seus desenvolvidos computadores. E não era só isso, não só seus computadores mostravam coisas estranhas, por ser quem era ela também percebia algo estranho, algo muito mais grave do que aquelas anormalidades.

_ Isso não é certo, nem essas anormalidades no espaço muito menos o que sinto. Há muito não sinto algo tão forte. O que será? Primeiro, irei descobrir essa anormalidade, que parece algo mais próximo para mim desvendar. Parece alta-tecnologia, na verdade, impressionantemente muito maior e avançada do que a minha. Me parece algum tipo de espaço alternativo... - e antes que terminasse de concluir, um de seus computadores disparou. - Mas... o que será? - aquela dúvida não se devia somente ao alarme, mas pelo fato de ela também sentir algo. - Parece que alguém está nos olhando, quem será. Já senti algo parecido uma vez, mas não me recordo. Bom, devo então atrapalhar esse indivíduo. Ninguém irá me incomodar enquanto estou prestes a descobrir algo fantástico!

E ela começou a escrever e analisar em seu computador com extrema concentração e se assustou.

_ Ora, ora, ora... Quem diria, esse espião é mais do que pensava que era. Isso não é tecnologia, é poder interior, magia talvez. Bom, se é assim terei de usar do mesmo... - E ela cresceu em tamanho, voltou a ser mulher e vestia um manto branco com detalhes em dourado, todos bordados em fios de ouro. Em sua cabeça estava uma tiara toda dourada, com pedras de diamantes, havia algum tipo de maquiagem, talvez, em seu rosto. Marcas em torno das bochechas e da testa, pareciam pequenos triângulos azuis. Três no total. Estava totalmente diferente, quem a visse não a reconheceria. Esticou os braços e fechou os olhos e emanou um brilho azul de todo corpo, depois de algum tempo parou e apenas pronunciou - Não pensei que voltaria a fazer isso. - disse com uma cara um pouco decepcionada e voltou a sua antiga forma.

Na verdade, aquilo não passou despercebido, apesar de aquele a quem foi dirigido o ataque não perceber de quem vinha, outro alguém percebeu. Na verdade, um senhor, que apenas aparentava muita idade. Ele estava chegando em casa, era noite. Quando sentiu o poder parou estático, quando este passou apenas pronunciou - Washu... finalmente.

(Continua)

Mary Marcato

17/02/03

Comentários da autora: Finalmente!!!!!!!!!!! Aleluia!!!!!!!! Me desculpem, achei que não iria terminar mais este capítulo, a verdade é que ele não foi planejado previamente, então talvez não tenha saído como devido, mas eu tentei. Agora eu vou desenrolar a estória, já estava em tempo, não via a hora de acabar logo esse capítulo, esse foi a primeira parte, a segunda (talvez) será muito melhor, com muitas revelações. Massssssss...... para o próximo capítulo sair, quero receber alguns e-mails, senão nada feito, meu mail pra quem ainda não sabe é prettymaryms@bol.com.br . Eu já enrolei pra escrever esse e não quero enrolar de novo, então mail me! Por hora é só e espero que estejam curtindo este fic pois está me dando trabalho. Até mais!

Agradecimentos: Como sempre, agradeço primeiramente a Deus e aos meus pais. Depois àqueles que me mandaram e-mails, não vou citar nomes agora, mas prometo que ainda faço isso. Estou muito grata por estarem lendo meu fic e comentando, vocês não sabem como isso é importante pra mim. Espero continuar mantendo contato, pois eu respondo todos aqueles que me mandam e- mail e dependendo do mail eu até dou uma resposta melhor, só que até agora não recebi nenhum e-mail que realmente fosse aquele "Nossa! Estou realmente impressionada!" Não estou reclamando, por favor! Eu adoro os mails que recebo. Agora chega, né?! ^^' Tchauzinho!