Olá!!! Gente, que decepção, eu não recebi nenhum e-mail sobre o capítulo anterior. Que maldade a de vocês -_- Eu irei escrever apenas por escrever. Pois apenas um amigo meu me falou sobre meu fanfic. Ele me animou. Valeu, Maurício-san! Olha, eu perdi um pouco o fio da meada então não sei se vai ficar muito bom. Essa estória está quase no final. Falta muito pouco. Espero sinceramente receber algum e-mail. Obrigada a quem compreender! Aí está!

Quando o futuro e o presente se encontram

Revelações (parte 2)

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Um ser que até agora estava apenas observando resolve agir. Havia muito esperava por aquele momento, mas como ainda não estava totalmente preparado resolveu apenas assustar um pouco seus inimigos. A idéia de provocar confusão lhe permitiu um sorriso, um sorriso sinistro. Se levantou de seu "trono" e caminhou até o centro daquele salão.

_ Parece que a hora está próxima. Consegui recuperar parte de meu poder, mas ainda não é suficiente. Vou apenas assustá-los. Preciso descobrir que poderes se encontram lá. Aquela interferência em minha tela não foi normal.

Colocou dois dedos na testa e fechou os olhos. Começou a pronunciar uma língua antiga e não mais usada. Uma língua negra, usada apenas pelos grandes obscuros. Permaneceu um pouco naquela posição e depois apontou a mão para frente, visualizando mentalmente seu alvo.

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Naquele dia Tenchi resolveu que iria falar com Aeka e Ryoko. Mas infelizmente não as encontrou no desjejum. Saiu a procura delas mas estava muito difícil achá-las. Não sabia como faria para encontrá-las. Seguiu o coração e foi para a floresta próxima. Depois de andar um pouco encontrou uma das que procurava.

_ Finalmente, hein?! - disse olhando para o alto da árvore.

_ Tenchi, o que faz aqui? - disse ela olhando para baixo.

_ Oras, precisava achar você. Notei que anda muito estranha. Dá para descer, Ryoko? - disse para a moça de olhos amarelos antes cheio de vida e agora cheios de dor.

_ Tá. - disse desaparecendo e aparecendo ao lado de Tenchi.

_ O que você tem, Ryoko? - perguntou ao perceber que esta não o encarava.

_ Nada de importante. - disse ainda sem olhá-lo. - Não deveria estar no seu treino com o sr. Katsuhiro?

_ Não mude de assunto Ryoko. Percebi que você e a Aeka andam tristes o que foi? - disse ainda preocupado. _ É impressão sua, Tenchi. Agora queria ficar sozinha. - disse já saindo. Mas não pode partir pois Tenchi segurou-a pelo braço.

_ Não quero vê-la triste, Ryoko. - disse quase em um sussurro olhando-a, esta ainda estava de costas.

Ryoko não falou nada, apenas se virou e abraçou-o. Tenchi não entendeu aquilo, normalmente ela o agarrava, dessa vez o abraçava docemente. Mas não tentou se soltar, apenas correspondeu ao abraço. Ficaram assim por algum tempo. Até Ryoko se pronunciar.

_ Sinto muito... Tenchi - e se soltou e partiu sem deixar tempo para Tenchi falar alguma coisa.

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Katsuhiro não foi para o templo naquela tarde. Resolveu ir conversar com uma velha amiga. O estranho é que invés de ir a alguma casa próxima ele permaneceu dentro da sua e seguiu para uma pequena porta. Pouco importante para a maioria dos residentes. Na verdade apenas uma mulher usava aquele quartinho com freqüência.

_ Washu? - perguntou o velho entrando não em um pequeno quarto, mas em um grande laboratório que talvez fosse maior que sua própria casa.

_ O que deseja, Sr. Katsuhiro? - disse ela se voltando para o senhor.

_ Hoje não irá falar com um velho, mas com um antigo amigo. - disse isso enquanto emanava uma luz. Aquele que todos imaginavam ser um velho voltou a ser um jovem. Um belo jovem na verdade. De longos cabelos verdes, com um símbolo na cabeça, sem óculos, forte e austero.

_ Entendo... Imagino que também não queira falar com uma cientista?

_ Correto.... - enquanto falava Washu emanou um brilho mais forte que o do jovem a sua frente emanou, e ela cresceu em tamanho, voltou a ser mulher e vestia um manto branco com detalhes em dourado, todos bordados em fios de ouro. Em sua cabeça estava uma tiara toda dourada, com pedras de diamantes, havia algum tipo de maquiagem, talvez, em seu rosto. Marcas em torno das bochechas e da testa, pareciam pequenos triângulos azuis. Três no total. - minha deusa... - disse se reverenciando.

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Tenchi continuou a caminhar pela floresta, pensando em Ryoko e em como ela agiu. Não conseguia compreender o que acontecera. Depois de alguns minutos levantou a cabeça que permanecia abaixada a muito e pronunciou. - Aeka...

Voltou pelo mesmo caminho em que veio. Saiu da floresta e foi voltando para casa. Pensou em ir para a nave de Aeka, mas ontem não havia visto ela lá. Quando chegava perto de sua casa olhou para o lago e viu quem procurava. Ela estava ao lado de sua árvore, parecia tocar esta. Tenchi desceu até o lago. Resolveu que iria conseguir entender algo conversando com ela. Chegou ao local e começou a caminhar até a árvore. Achou que Aeka iria notá-lo mas não foi o que aconteceu, ela estava realmente tocando a árvore e estava com a cabeça baixa. Percebeu que ela chorava. Aproximou-se mais.

_ Aeka... - chamou-a e ela levantou a cabeça e olhou para trás.

_ Senhor Tenchi? Pois não? - disse ela enxugando suas lágrimas.

_ O que a senhorita tem? Não sei o que há com a senhorita nem com a Ryoko, o que posso fazer para ajudar? - disse ele com olhar suplicante.

_ Não se preocupe senhor Tenchi... - mas as lágrimas que voltaram a denunciaram que não estava nada bem. Ela começou a soluçar e abaixou a cabeça segurando seus próprios braços com as duas mãos. - Tenchi se aproximou e a abraçou. Dessa vez era ela quem se assustava. Mas diferente de Ryoko ela não permaneceu por muito tempo assim, apenas o suficiente para dizer aquilo que havia muito esperava para dizer. - Eu... te amo, Tenchi... - Tenchi se assustou, é claro que já havia notado algo, mas não imaginou que ela diria algo. Esta se soltou dos braços daquele a quem mais queria abraçar e partiu.

Tenchi olhou-a partir "Mas o que é que há com essas garotas?" pensou aflito.

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Já havia uma hora que ela se encontrava ali a conversar com aquele soberano. Contou para este tudo o que se passava e de sua aflição. O homem escutou pacientemente ao mesmo tempo que analisava a situação de cabeça baixa e olhos fechados. Por fim, como não dizia nada, Kyone resolveu perguntar.

_ Sei que este é um inimigo de Jurai. Agora preciso saber por que dessa inimizade. - disse ela seriamente. Ele voltou a olha-la e resolveu se pronunciar.

_ Entendo... Muito bem irei contar parte da história que lhe interessa.

_ Há alguns séculos estávamos em guerra. Estávamos com dificuldades de organizar a casa real e reinos vizinhos nos ameaçavam. Um dos nossos enlouqueceu por motivos não conhecidos e passou a odiar o reino jurai como culpado das desgraças que estava a acontecer com ele. Nossos inimigos já haviam sido derrotados e juraram paz perante os sábios. Mas este jurai não viu a derrota de nossos inimigos como fim da sua guerra particular. Resolveu nos matar, a todos os nobres, aos descendentes da família jurai. Mas ele foi derrotado ao tentar matar nosso mais bravo guerreiro. Também membro de nossa família. Foi banido e preso em uma dimensão especial por uma das grandes. E ficou assim até a era atual. Agora ele se libertou e percebo que quer vingança. Mas enquanto ele não ameaça nosso povo não irei fazer nada. Devo proteção apenas a eles. Não posso ajudá-la.

_ Mas... - disse Kyone não compreendendo a reação do soberano. _ Estou muito ocupado e peço que se retire. Desejo apenas boa sorte. Adeus - disse ele sério e impassível.

_ Como quiser, vossa alteza. - E Kyone se retirou muito nervosa, desejando falar umas verdades para o soberano arrogante.

"Isso é preocupante" pensou o soberano enquanto Kyone se retirava. Percebia-se ódio e medo em seus olhos.

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_ Correto...... minha deusa - o jovem disse se reverenciando.

_ Detesto esse título, Yosho! - falou a deusa meio irritada.

_ Entendo... também não me agrada muito esse nome. Não me reconheço mais usando ele.

_ O passado às vezes é inoportuno. Mas diga-me o que deseja.

_ Ontem senti você usando seus poderes de deusa, Washu. Já sabe do perigo que nos persegue?

_ Parte dele. Mas acredito que você sabe mais do que eu. - disse olhando fundo nos olhos do jovem.

_ Correto. Acho que já percebeu quem é nosso inimigo.

_ Apenas suposição, jovem príncipe jurai. - disse ela sorrindo com o título que mencionou ao perceber o olhar de desagrado do rapaz.

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Era um dia calmo em Okayama, para a maioria das pessoas. Poucos sabiam do perigo que aquele povo corria. E aqueles que sabiam não imaginaram que este se faria presente tão cedo.

Todos caminhavam pelas ruas comprando e vendendo. Indo e voltando. Conversando e agindo. Um silêncio por parte dos animais e da natureza foi percebido mesmo que pouco perceptível. Um homem que lanchava percebeu seu chá tremer e não compreendeu. Alguns poucos começaram a sentir os pés tremendo ou melhor, o chão que pisavam tremer.

Aquele que começou fraco se tornou forte, muito forte. As pessoas começaram a cair. Suas mercadorias caíam das bancas. Pequenas telhas caíam. O terremoto se tornou mais forte, mais, e mais... Agora algumas casas fracas começavam a soltar algumas pedrinhas. E não acabou aí, se aquele terremoto estava incomodando, começou a causar pânico. Aumentou ainda mais. As pessoas começaram a gritar de terror, algumas casas racharam e outras caíram por inteiro. Pedras começaram a surgir do chão. Enormes rochas pontiagudas. Muitas pessoas estavam se ferindo. Algumas gravemente. Casa mais resistentes começaram a desabar. As pessoas corriam desesperadas. E o terror continuou por algum tempo. Até que o tremor cessou, mas o pânico não. Por toda volta se via o rastro da destruição.

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Mesmo que distante do centro da região a casa dos Masaki não saiu ilesa. O tremor também ocorreu lá. Um pouco mais fraco. Mas perceptível. Muitos objetos na casa caíram e se partiram. E do templo algumas telhas caíram e espadas tombavam de seus suportes na parede. Todos ali perceberam o ocorrido. Uns já sabiam do que se tratava, outros não.

_ Parece que já começou. - disse o jovem soberano.

_ Sim. - foi a única resposta daquela mulher de longos cabelos rosa.

E em outro cômodo da casa uma jovem aparentemente comum levantou a cabeça deixando de lado a meditação e saiu de seu quarto a procura de outras duas moças.

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Ryoko e Aeka que estavam a caminhar uma em cada lugar sentiram o tremor e partiram em direção à atual residência delas. No meio do caminho encontraram uma outra moça. De rosto sereno, mas olhar sério.

_ Achei-as. - disse olhando para as duas que por acaso se encontraram ao estarem a retornar para casa. - O sinal veio. É chegada a hora. - disse mais séria do que nunca. - Já pensaram no que disse?

_ Sim. - responderam em uníssono.

*********FLASHBACK**********

Aeka estava em frente ao lago, admirando sua árvore, sua nave, sua amiga. Ela lhe trazia doces lembranças, um dos motivos pelo qual pôde ficar na casa de Tenchi. Sentou-se na grama e ficou olhando para o nada, sim... para o nada, ou pelo menos não prestava atenção em nada. E não percebeu quando alguém se aproximou e tocou-lhe. Ela se virou um pouco assustada, mas este se mostrou infundado.

_ Precisamos conversar - disse a garota ao lado de Aeka.

_ Sobre o quê? - disse Aeka friamente.

_ Algo que lhe interessa, ou pelo menos eu acredito, levando-se em conta que se refere ao seu grande amor.

Seguiram por algum tempo para um lugar mais isolado do que o outro. O templo do senhor Katsuhiro. A moça finalmente voltou a falar.

_ Espere aqui, irei chamar a outra. - disse saindo. Sem saber o que pensar Aeka continuou no templo e se sentou para esperar.

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Ryoko subiu em cima de uma árvore e ficou pensando sobre o plano que tivera com Aeka de aprontar com a novata, mesmo que não gostasse da idéia de ter sua inimiga como aliada, era mais desagradável a idéia de ter uma outra rival. Então, por que não acabar com a mais nova, visto que já sabia como lhe dar com a outra? Não era má idéia, só esperava poder colocar seu plano em prática logo, mal sabia que não teria tempo nem disposição de realizá-lo depois daquele dia, ou melhor, depois do ficasse sabendo naquele dia.

_ Rioko...

_ Uh? Ah, é você. Não esperava vê-la. O que quer? - disse ela olhando para baixo.

_ Tenho algo a dizer e acho que queira saber, é sobre Tenchi. - Ryoko mudou aquele ar esnobe para outro muito mais sério. Desceu da árvore e acompanhou aquela pessoa que acabara de aparecer.

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Caminharam por algum tempo até chegar ao templo, onde Aeka as esperava.

_ Finalmente chegou, cansei de esperar. - disse Aeka rispidamente e se assustou ao ver quem a acompanhava. - O que essa aí faz aqui? - perguntou meio irritada apontando para Ryoko.

_ Ela é tão importante quanto você sobre o que iremos tratar. - a moça disse e Aeka não falou mais nada.

_ O que queria? - agora era Ryoko que falava, mas estava séria.

_ Vim pedir a ajuda de vocês. - a moça falou, a essa frase as duas se assustaram e não entenderam. Percebendo isso a garota continuou. - Sim, pedir ajuda. Daqui a alguns dias um grande mal chegará nesse local, um mal no qual nenhuma de vocês tem poder suficiente para derrotar, um mal que permanecerá nesse planeta por longos anos, um mal que irá matar aquele a quem vocês mais ama - ao dizer essa última afirmação Aeka e Ryoko se assustaram muito e iriam falar algo mas a moça continuou - a não ser... que vocês me ajudem.

_ Como podemos confiar em você. - Ryoko perguntou desconfiada.

_ Por causa disso. - e mostrou um aparelho que parecia um comunicador. A moça apertou um botão e uma tela apareceu e antes de continuar o procedimento continuou. - Eu vim do futuro, tudo o que disse irá acontecer. Tenchi irá morrer tentando proteger vocês e Washu irá transportá-la para um espaço alternativo, todas vocês. Irão treinar, mas não será suficiente, toda vez que tentarem derrotar o mal irão perder. Washu mostrará uma solução, mas que só irá fazer acessível a um alto preço. Vocês irão aceitar por não haver outra alternativa. O mal no futuro ainda não foi destruído, isso dependerá de vocês. Vocês não queriam apenas derrotar o mal, queriam anular a morte prematura de Tenchi. Por isso estou aqui, para derrotar o mal no passado e evitar a morte de Tenchi, mas eu só poderei realizar isso se vocês aceitarem o que vim pedir. Há um buraco entre o futuro e o passado. Ou seja, como eu vim do futuro um buraco surgiu, e só irá sumir se alguém for para o futuro pois deve haver um equilíbrio no tempo entre o passado o presente e o futuro, ao derrotar o mal não poderei voltar mais para o futuro, por motivos que depois irei explicar, outro alguém deverá ir para o futuro, e esse alguém deve ser vocês.

_ E porque nós? - perguntou Aeka.

_ É o que irei explicar. - e apertou um outro botão no aparelho e duas imagens surgiram. Duas imagens que assustaram Aeka e Ryoko.

(Continua)

Mary Marcato

03/03/03

Comentários da autora: Prontinho, aí está o quinto capítulo. Pode parecer um pouco confuso, mas eu até falei demais. Eu deixei o flashback pela metade de propósito, logo irão entender o que está a acontecer. Mas, o próximo capítulo eu só vou colocar se receber algum comentário. E eu falo seríssimo. Meu mail é prettymaryms@bol.com.br já falei isso um monte de vezes mas acho que não tá adiantando muito -_- Acredito que o próximo capítulo irei revelar muitas coisas. Não sei ainda se será uma parte três de Revelações ou terá outro título. Estou pensando a respeito. Espero ansiosa por comentários. Tchauzinho!

Agradecimentos: A Deus em primeiro lugar, meu pais e aqueles que até hoje vêm me apoiando. Ao Maurício que vêm me apoiando sempre e espero mesmo que você consiga fazer sua fic. Estou torcendo por você e sempre que precisar eu estarei pronta a ajudar e você sabe que é verdade "amigos são para essas coisas" ^^ E quem quiser eu como miguinha estamos aí!