Olá! Finalmente voltarei a escrever este fic, motivo: estou brava com
minha outra fic e resolvi terminar esta primeira. Como vcs podem ter visto,
ainda há muita coisa para acontecer, espero q vcs gostem e não deixem de
comentar, sem comentários, sem capítulos novos, não quero nem saber u.u
Agradeçam ao Ryoga q veio me perguntar qnd eu iria escrever a continuação.
Capítulo7: O Passado
Um garotinho loiro, de aproximadamente quatro anos, estava correndo no jardim enquanto tentava pegar uma borboleta, enquanto isso, uma bela mulher o observava, zelando pela segurança do filho amado.
_ Fique longe do lago, Mikumo! - avisou a mulher ao garoto, que sorrindo disse para ela não se preocupar.
Enquanto a mulher cuidava do filho, sentada em uma bela cadeira branca ao lado de uma árvore, um homem, que até agora não havia se pronunciado, aproximou-se da bela mulher em silêncio, mas ela acabou por perceber sua chegada e virou-se para ele.
_ Olá, querido! Veja como nosso filho está crescendo! - disse ela entusiasmada, mas o homem não lhe disse nada, permaneceu com o mesmo rosto impassível. A mulher não entendeu a reação do marido e o olhou interrogativo, finalmente o homem voltou a face para a esposa, e com olhos duros e expressão neutra falou.
_ Eu estou partindo. - a mulher se espantou e ia dizer algo, mas ele não permitiu. - E levarei nosso filho.
_ Como assim?! - a mulher não entendia - Nós vamos a algum outro planeta?
_ Você não entendeu, mulher? - ela se assustou, seu marido nunca havia levantado o tom de voz para ela, muito menos chamado-a daquele jeito. - Você fica! Eu levarei nosso filho, pois é sangue do meu sangue. Você foi apenas um divertimento que durou mais tempo do que devia. - lágrimas começaram a brotar dos olhos da mulher. - Eu sou uma pessoa importante, você não passa de uma vagabunda de quem me aproveitei. - a mulher caiu de joelhos enquanto lágrimas escorriam pela sua face.
_ Por favor, querido. Não fale assim! Está me machucando. E as juras de amor que trocamos? - nesse momento o homem riu com gosto.
_ Tola! Você acha que eu ficaria com você? Por favor, não me faça rir. - disse o homem já se afastando, a mulher o olhou surpresa e correu em seu encalço. Ele se virou. - Afasta-te! - disse esticando um de seus braços na direção da mulher, o poder emanado jogou-a longe, ela cortou o braço, mas o homem não teve piedade. - Idiota! - e o homem se voltou para o filho que estava logo adiante, pegou-o no colo e começou a se afastar.
_ Não! Não, meu filho! Não o tire de mim! - disse a mulher esticando o braço que sangrava em direção aos dois. Mas o marido não se virou e partiu sem ao menos deixar a criança se despedir da mãe. - Não!!!!!!!!!!
---
Washu se levantou repentinamente da cama, suando e respirando com dificuldade. "Foi só um pesadelo". Colocou a mão na testa, enquanto recuperava o fôlego. Sentiu uma lágrima escorrer do seu rosto e limpou-a correndo.
_ Droga! Eu achei que não voltaria a lembrar deles. E prometi a mim mesma que não choraria de novo! - disse brava consigo e apertou o lençol de sua cama, onde estava a dormir até a pouco, com raiva. Silêncio se fez por alguns minutos, Washu recuperou o fôlego e começou a raciocinar. - Esses sonhos começaram quando aquela menina nos contou quem era, logo após a partida de Aeka e Ryoko. Era de se esperar...
***FLASHBACK***
Todos ali presentes esperavam por uma explicação da jovem alva em frente a eles. A moça mantinha o semblante sereno, mas era palpável seu nervosismo. Todos esperaram Tenchi fazer a primeira pergunta, mas ele ainda estava sentido pela partida das amigas, estava voltado para o lago. Washu não agüentou mais aquele silêncio e resolveu começar.
_ Então, o que significou isso tudo, Aiko? - Aiko não pareceu se assustar com a pergunta e se dirigiu a cientista.
_ Isso significou o começo do fim. - disse Aiko calmamente. Todos esperaram uma conclusão. Washu levantou uma sombrancelha inquisitiva e Aiko resolveu continuar, por fim explicou toda a situação para os presentes. Todos estavam assombrados, mas Tenchi não se pronunciava, continuava a olhar o lago a sua frente.
_ Você está dizendo que um novo inimigo, que você não sabe quem é, veio nos matar. E que a Aeka e a Ryoko precisavam ir para o futuro porque elas precisam se unir à versão delas do futuro e vencer o inimigo lá? Enquanto você fica aqui, para tentar derrotá-lo, mas não sabe se conseguirá?! - Washu usava um incrível tom de ironia na voz e ao mesmo tempo demonstrava certa ira. Tsunami colocou uma das mãos no ombro da amiga.
_ Está certa, Lady Washu. Eu sei que parece incrível demais, mas é toda a verdade. Eu vim tentar derrotar o inimigo aqui, enquanto Ryoko e Aeka - nessa hora Tenchi se voltou para a moça um tanto quanto sério e perguntou.
_ Por que elas não poderão voltar? - Aiko pareceu um pouco surpreendida com a pergunta, mas resolveu responder. - Uma quantidade muito grande de poder veio para o passado, uma quantidade parecida deveria voltar, senão surgiria um, como diria, "buraco" no espaço tempo, o que seria catastrófico. Aeka e Ryoko são úteis no futuro, por isso às enviei para lá. - Aiko iria continuar mas Tenchi a interrompeu.
_ Se elas são úteis lá, seriam aqui também! Elas não precisavam ter partido! Você podia ter ficado no seu maldito futuro e elas ainda estariam aqui. - Aiko ficou aturdida com tais palavras, mas este não era um bom momento para demonstrar emoções.
_ Foram elas que decidiram isso. - diante do rosto interrogativo de Tenchi ela continuou - Tanto a Ryoko e a Aeka do passado, quanto as do futuro decidiram isso. No passado você morria, Tenchi. Não foi páreo para o inimigo e resultou no que acontece no meu presente. Primeiro Lady Aeka e Lady Ryoko, elas não queriam você morto, mesmo que fosse em outra época, elas queriam que você tivesse sobrevivido ao inimigo, por isso eu vim, pois posso ajudar. Mas como eu parti, além do "buraco" no espaço tempo, Lady Aeka e Lady Ryoko não poderiam fazer muita coisa contra o inimigo em estado espiritual, que era o qual elas se encontravam. Por isso escolheram Ryoko e Aeka para irem para o futuro, assim, além de "tapar o buraco", se elas se unissem, seriam forte o bastante para vencer o inimigo, levando-se em conta que o espírito de Ryoko e Aeka está muito mais forte no futuro. A união delas seria praticamente igual aquela que ocorreu entre Tsunami e Sasami, quando a menina estava a beira da morte, - neste momento olhou para Tsunami que mantinha um sorriso sereno no rosto - mas neste caso, Ryoko e Aeka não correm perigo nenhum de vida, apenas ficarão mais fortes quando em forma de deusas, sendo que também poderão mudar de forma assim como Sasami e Tsunami fazem. - Aiko deu uma pausa para prováveis perguntas, mas todos se mantinham calados. - Em segundo, a Aeka e a Ryoko que você conhece, se elas não aceitassem partir, eu voltaria para o meu presente, para que, futuramente, nós conseguíssemos vencer o inimigo, pois naquela época eu ainda não sou páreo para ele. E elas ficariam aqui, aproveitando momentaneamente a paz, mas o inimigo viria e ele mataria você, o resto é a história do meu presente. E elas não queriam isso, Tenchi. - ela fez uma pausa - Elas partiram por você. - Tenchi virou o rosto repentinamente para o lado enquanto contraía as faces "Por mim... foi por mim que elas foram para um lugar que elas nem conhecem. Ah, minhas amigas...", lágrimas se formaram nos olhos de Tenchi, mas ele não as derramou. Washu que se mantinha calada, pareceu perceber algo e indagou.
_ Aiko... - Washu estava um tanto quanto pensativa, mantinha a face contraída e olhando para baixo. - Você disse que a Ryoko e a Aeka do futuro são só espírito. - Aiko pareceu se alarmar um pouco. Washu voltou a face para a moça, ainda contraída. - Por quê?
Aiko prendeu um pouco a respiração, vacilando se deveria continuar. Diante do silêncio dela, Tenchi se voltou para a moça, esperando uma conclusão. - Lady Aeka e Lady Ryoko são apenas espírito porque... - ela fez uma pausa. Todos estavam ansiosos - Porque elas entregaram grande parte da essência da vida delas, restando somente o espírito. - Washu pareceu ser a única a entender aquilo.
_ Mas eu achei que apenas deusas eram capazes de entregarem seus poderes, e para tanto elas deveriam se unir àquele a quem deu seus poderes. - pela primeira vez Tsunami se pronunciou.
_Neste caso elas só entregaram o poder delas, não foi algo natural, tratou- se de uma transferência realizada artificialmente. - Aiko ainda se mantinha discretamente contrariada com o rumo daquela conversa.
_ Como Assim, Aiko?! Como elas conseguiram fazer isso?! Eu estou tentando desenvolver um mecanismo para realizar tal processo há anos, mas nunca consegui, como elas poderiam... - Washu fez uma pausa, pareceu concluir algo - Mas é claro... elas são do futuro. Tecnologia mais avançada.
_ Desenvolvida por você. - terminou Aiko para Washu, que apenas sorriu, um sorriso que só podia significar algo: "Eu tinha certeza disso". Nova pausa surgiu entre eles.
_ Para quem elas entregaram o poder delas? - perguntou Tenchi repentinamente. Aiko até agora só demonstrava discretamente suas emoções atuais, mas diante de tal pergunta espantou-se palpavelmente. Olhou receosa para Tenchi e concluiu, um tanto quanto vacilante.
_ Para mim.
***FIM DO FLASHBACK***
_ Aquilo realmente foi surpreendente. - pensou consigo mesma Washu. - Mas depois do que ela havia dito, eu tinha quase certeza. - Washu levantou-se do futon e dirigiu-se para o seu laboratório. Caminhou um pouco e ficou diante de um dos seu painéis de controle, apertou o botão mais oculto deste e se dirigiu para uma parede lateral próxima. A parede, que se demonstrou ser falsa, começou a se abrir verticalmente, dando espaço para um pequeno recinto. Washu entrou nele e passou a observar uma espécie de tanque com um líquido semelhante a água ligado a vários aparelhos, nele borbulhas se moviam constantemente para cima. Washu se aproximou do tanque e o tocou com uma das mãos, dentro do tanque encontrava-se uma menina, com, aparentemente, pouco mais de três anos, adormecida encolhida.
_ Eu sabia que ainda iria escolher um bonito nome para você.... Aiko.
***
Ao contrário dos outros dias, aquele não foi nem um pouco comum. Quando se levantaram, todos pareciam que estavam melancólicos. Aiko chegou silenciosamente e de cabeça baixa até a mesa do café da manhã, sentou-se e não se pronunciou. Tsunami ainda estava comandando o corpo de Sasami, por isso o café da manhã ficou por conta de Tenchi. Quando ele chegou com uma bandeja de chá percebeu que Aiko estava lá, abaixou a cabeça e continuou a servir os presentes. O pai de Tenchi, que não havia presenciado as cenas do dia anterior pois ainda estava no trabalho, notou o silêncio e comentou em tom de divertimento.
_ Oras, porque todos estão tão quietos? E é impressão minha, ou a Sasami cresceu de repente, hm... está muito bonita sabia? - comentou ele mas nenhuma das outras pessoas se pronunciou, apenas o Sr. Katsuhiro, que já havia voltado a sua forma normal, bateu com um jornal na cabeça do genro. - Ai! O que eu fiz? É verdade! - todos ainda permaneceram calados. - Bom, eu só quero avisar para vocês que eu estou viajando a negócios e só volto mês que vem. Espero que tudo continue normal por aqui. - E sem esperar por recomendações se levantou, pegou sua maleta e mala e saiu de casa dizendo um "Volto logo!". O silêncio reinou novamente na sala.
Repentinamente, Kyone entrou na casa. Estava fora já havia algum tempo e foi seguida de uma estabanada Miyoshi. Todos olharam para elas, as duas afobadas mas nenhum pareceu querer dizer algo, Kyone não reparou e começou a falar.
_ Desculpe chegar assim de repente, mas eu tenho novidades. Conversei com o pai de Aeka e Sasami e depois de muito convenci-o de nos ajudar. Ele disse que o inimigo viria atacar-nos para matar os descendentes dele e... - ao perceber que ninguém parecia aturdido com as notícias, Kyone se aproximou confusa - Por que ninguém está surpreendido? - pareceu notar algo - E onde estão Aeka e Ryoko? - todos ficaram em silêncio, Aiko se pronunciou.
_ Elas não se encontram mais aqui, senhorita Kyone. - disse timidamente. Kyone olhou-a interrogativa, mas ela não se pronunciou mais. Katsuhiro se viu na obrigação de contar e a cada afirmação, os olhos de Kyone se arregalavam mais, olhava de tempos em tempos para Aiko, parecendo não poder acreditar naquilo que ouvia. Finalmente o sr. Katsuhiro terminou com o relato, Kyone tentou digerir todas as informações o mais rápido possível, por fim, se levantou e se pronunciou.
_ Eu sinto por não ter me despedido delas, sinto muito mesmo. - fez uma pausa. - Mas agora eu não posso lamentar. Onde estão Asaka e Kamidaki?
_ Por que os procura, srt. Kyone? - perguntou o sr. Katsuhiro.
_ O pai de Aeka, Sasami e... - Kyone vacilou um pouco, Katsuhiro havia contato que era Yosho, o filho desaparecido do rei de Jurai, era estranho imaginar ele como um príncipe, jamais faria tal comparação - e seu, disse- me que se eu quisesse que ele ajudasse deveria levar Azaka e Kamidake o mais rápido possível para ele, disse que sabe como aprisionar definitivamente nosso inimigo. - Katsuhiro ficou meditando por alguns momentos.
_ Ele vai abrir um portal, então. - concluiu pensativamente, Kyone acenou positivamente com a cabeça. - Eles estão lá no pátio dos fundos, ficaram sabendo agora de Aeka e Ryoko e não se conformaram ainda, mas você deve se apressar, vá logo. - Kyone acenou positivamente com a cabeça e seguiu para os fundos, Miyoshi a acompanhou, mas ao menos tinha entendido a conversa de minutos atrás.
Kyone e Miyoshi partiram assim que Azaka e Kamidake se despediram de todos, o mais brevemente possível.
***
Aiko estava andando pela propriedade dos Masaki, estava sozinha, quanto mais tempo ficasse longe de todos, melhor. Sentia como se todos olhassem torto para ela, com exceção do sr. Katsuhiro e de Lady Tsunami. Apesar de achar compreensível, pois sabia o quanto Aeka e Ryoko eram amadas, não era nada fácil ser tratada tão friamente, principalmente por Tenchi. "Oras, por que estou pensando nele de novo? Ele foi tão rude comigo e... e mesmo assim eu não consigo ficar ressentida com ele..."
_ O que faz aqui sozinha? - Aiko se assustou, não estava prestando atenção ao seu redor, ao se virar viu aquele em que pensava segundos atrás.
_ Sr. Tenchi... eu... sinto muito... - disse com a cabeça baixa, Tenchi olhou-a interrogativamente e ela concluiu. - O senhor me disse que protegeria a qualquer custo suas amigas, mesmo que precisasse dar a vida por elas e eu ainda insisti em contar para Aeka e Ryoko sobre o que vai acontecer. Não fui justa com o senhor. - Tenchi olhou-a neutramente por alguns segundos.
_ Não há nada que você pudesse fazer. Era sua missão contar-lhes a verdade e a decisão era delas. - Tenchi estava usando um tom de voz um tanto quanto frio com a moça. Sabia que deveria falar com ela, mas isso não tornava as coisas mais "aceitáveis".
_ Entendo... Se me der licença eu vou - ela não pode concluir pois Tenchi segurou firmemente o braço dela, quando se virou viu olhos zangados a fitá- la.
_ Mas eu tinha o direito de saber. Não foi justo você só me revelar aquilo no momento da partida dela. Elas eram minhas amigas! Nunca mais poderei vê- las! Você não sabe a dor que eu estou sentindo. - Aiko não pode agüentar mais, soltou seu braço com os olhos cheios de lágrimas.
_ Você não sabe o que está dizendo! - disse gritando, pela primeira vez, deixando Tenchi meio aturdido. - Você não verá duas de suas amigas mais, eu não verei nenhuma das minhas!!! Eu aceitei vir para cá porque era importante para Lady Ryoko e Lady Aeka! Mas eu nunca mais verei meus amigos! Nunca mais terei alguém me acordando de manhã com um sorriso! Viverei como uma estranha neste mundo, sem ter para onde ir quando tudo isso acabar, se acabar! - as lágrimas de Aiko deslizavam sem controle pela sua face enquanto ela se abraçava tentando se conter, Tenchi se sentiu culpado. Aproximou-se lentamente da jovem e a abraçou carinhosamente.
_ Eu fui egoísta, só pensei na minha dor... - disse Tenchi e Aiko se assustou um pouco com o contato, mas seu estado de espírito não permitiu que ela ao menos dissesse algo. - Me perdoe... Aiko.
Ficaram abraçados por alguns minutos, até Aiko se recuperar. Saiu dos braços de Tenchi e enxugou suas lágrimas, lembrou-se de algo.
_ Senhor Tenchi, agora eu preciso procurar a srta. Washu. Preciso logo saber quem é nosso inimigo.
_ Eu entendo, eu... posso ir com você? - perguntou receoso, Aiko observou-o um pouco e concordou com a cabeça, saíram em direção ao laboratório de Washu. Logo já estavam na frente dele.
Tenchi foi o primeiro a entrar, seguido por Aiko, fecharam a porta e caminharam em direção ao centro do laboratório, encontraram, como esperado, Washu mexendo em seus computadores. Tenchi fez um barulho com a boca e Washu se virou para eles. Quando viu Aiko, sorriu docemente para ele, tanto Tenchi quanto Aiko ficaram surpresos com a reação. Tenchi por nunca ter visto uma expressão tão carinhosa na face da amiga excêntrica e Aiko pois não esperava ver tal face no rosto de Washu, pelo menos não da Washu que conheceu no passado.
_ Aiko, que prazer em revê-la. - disse Washu ainda sorrindo. Aiko se aproximou devagar. - Acho que já sei o motivo de ter vindo aqui. - Washu olhou para Tenchi na dúvida se devia continuar.
_ Não se preocupe, srta. Washu. Resolvi que ele deve saber toda a verdade, já que ele é o motivo para eu estar aqui. - Washu acenou positivamente com a cabeça.
_ Isso quer dizer... até o seu passado? - Aiko pareceu vacilar um pouco mas acenou positivamente. - Me acompanhem então. - Washu apertou o botão mais escondido do seu painel enquanto uma das paredes, que se demonstrava falsa, se abriu verticalmente, revelando um pequeno recinto. Tenchi e Aiko a acompanharam. Quando viu o enorme tanque de vidro, mais especificamente o que tinha dentro, Tenchi se assustou consideravelmente mas não se pronunciou, Aiko manteve a mesma expressão serena.
_ Washu, o que significa isso? Quem é esta? - perguntou Tenchi ainda sem entender muito bem do que se tratava aquilo tudo. Washu olhou para Aiko buscando consentimento e a moça apenas acenou com a cabeça.
_ Tenchi, está é Aiko. - Tenchi ficou bobo com o que acabara de ouvir. Será que ouvira certo? Como podia isso ser verdade? Aiko estava do lado dele. Diante da face confusa do garoto, Washu resolveu contar tudo de uma vez. - Esta é Aiko do nosso presente, Tenchi. Foi para esta menininha que você está vendo neste tanque que Aeka e Ryoko do futuro entregaram seus respectivos poderes.
_ Mas... por quê? - tudo era confusão para Tenchi.
_ Isso remota a época em que o atual rei de Jurai estava para nascer.- continuou Washu - O pai e a mãe de Asuza Jurai tiveram dois filhos, um menino e uma menina, o que desmente todas as histórias que Sasami e Aeka aprenderam. O nome da menina era Sasuma, irmã gêmea de Asuza e contrariando todos as tradições e história do planeta Jurai, ela nasceu mais poderosa que seu irmão, na verdade, a maior força que Jurai poderia um dia ter visto, talvez ela fosse tanto ou até mais poderosa que Ashika, sua mãe Tenchi - parou olhando para o rapaz - O caso era que isso não poderia jamais ser permitido, Asuza deveria ser rei, por ser mais velho e homem, e ninguém poderia ser mais poderoso que ele.
_ E o que isso tem haver com esta história? - perguntou Tenchi ansioso por respostas, Aiko se manteve quieta.
_ O caso foi que Sasuma foi exilada de seu planeta, ninguém poderia saber de sua existência, para não tentar usá-la contra o futuro rei. Foi enviada para um planeta pertencente a Jurai, porém, era um planeta pouco conhecido. E lá ela encontrou a felicidade, se apaixonou por um rapaz que estava a serviço de seu planeta e ele também se apaixonou por ela. Deste amor, nasceu Aiko. - Tenchi olhou incrédulo para Aiko, esta continuava de cabeça baixa, o rapaz jamais poderia desconfiar de tal origem da garota. Washu continuou. - Aiko nasceu naquele mesmo planeta, mas o rei de Jurai, pai de Sasuma e Asuza, descobriu o acontecido e isso foi um outro golpe para ele. Se Sasuma tivesse descendentes, isso provavelmente causaria uma guerra sem procedentes, Asuza já havia se casado alguns anos antes e Yosho e Aeka já haviam nascido, tal fato complicava ainda mais a situação, pois se um dia Aiko quisesse reivindicar sua posição ela poderia, por ser filha da pessoa mais poderosa do planeta Jurai e o rei não queria isso. Então - parou e suspirou profundamente - mandou matar Sasuma e sua família. - concluiu e Tenchi não pôde acreditar.
_ Como assim?! Mandou matar a própria filha?! - ele estava indignado.
_ Sim, para ele, seu planeta e sua realeza eram mais importantes. Nessa época Asuza não possuía muito poder, e mesmo que quisesse, o que não aconteceu, não poderia ajudar a irmã. - agora era Washu quem contraía as faces em indignação.
_ Quer dizer que, o pai de Aeka e Sasami, simplesmente fechou os olhos para a situação? - Washu confirmou com a cabeça. - Desgraçado... - concluiu em um sussurro Tenchi.
_ Bom, para matar tais seres tão poderosos, pois o marido de Sasuma também era poderoso, o rei de Jurai decidiu por sugar-lhes o poder e assim o fez, prenderam-nos e usaram de conhecimento antigo para realizar tal processo, semelhante ao aplicado por Aeka e Ryoko em relação a Aiko, no futuro. A diferença era que nem ao menos o espírito deles se manteriam. Mas Aiko foi salva de tal destino. - Tenchi olhou-a como se perguntasse "por quem?" - Eu salvei Aiko.
_ Como... como assim, Washu? O que você tem haver com esta história? - Washu virou o rosto e respondeu sem olhá-lo.
_ Isso não vem ao caso. O fato é que, quando consegui salvar Aiko ela estava totalmente sem energias, um estado de semi-vida e entubei ela na esperança de um dia salvá-la, ela tinha esta idade quando tudo aconteceu. - e se virou para o tanque onde a pequena garota se encontrava. - Mas quando Asuza, que pouco depois de tais atos se tornou rei, ficou sabendo do que acontecera, mandou me prender. - Tenchi olhou-a espantado. - Sim, armas destrutivas foram apenas um pretexto para me prender, eu as fazia realmente, mas trabalhava para uma organização legal, é claro que ninguém ficou sabendo desta parte da história, cortesia da família Jurai. Se eu continuasse solta, provavelmente encontraria um jeito de fazer Aiko se recuperar, e Asuza não queria isso, pois Aeka poderia perder o trono, sendo a prima mais poderosa.
_ Aeka não sabe da nada disso? - perguntou Tenchi pensativo.
_ Aeka pode ser qualquer coisa, mas não aceitaria o que aconteceu, os únicos vivos que sabem desta história são eu, Asuza e... - fez nova pausa - o atual inimigo de vocês. - Aiko olhou surpresa para Washu e passou a prestar mais atenção na conversa. - Yosho ainda não sabe dos acontecidos, nem ao menos Tsunami, este é um segredo muito bem guardado por anos incontáveis, por mim.
_ Mas, o que nosso inimigo tem haver com minha história, senhorita Washu? - perguntou finalmente Aiko.
_ O que você precisa saber é que ele busca vingança, quer todos da família real Jurai mortos. Aliás, este foi seu primeiro motivo em tanta sede por poder, mas como vocês sabem, poder consome e ele gostou disso. Agora quer um reino tão poderoso quanto o Jurai, continuará sempre sendo a rixa que ele tem com a família real Jurai. - disse Washu parecendo se lembrar de algo. - Contudo, não poderei te ajudar muito mais Aiko, não conheço os atuais poderes de nosso inimigo, mas saiba que ele não tem limites, não tem...- Washu fez pausa por alguns segundos - E finalmente, no futuro, devido ao nosso inimigo, Aeka e Ryoko se viram forçadas a entregar seus poderes para a única esperança de salvação, que era esta garota a seu lado, Tenchi, aceitando serem só espíritos. Estou certa Aiko? - Aiko concordou quietamente com a cabeça, mas percebendo que ainda não tinha satisfeito seus ouvintes Washu continuou. - E o resto vocês já sabem. Pelo menos sabem tudo o que precisam saber. Talvez, futuramente, eu te conte toda a história, Aiko. Principalmente os motivos de nosso inimigo para tanto ódio, não concordo com ele, mas sei que não está totalmente errado - concluiu Washu pensativamente e Aiko acenou positivamente com a cabeça. Tenchi ainda estava digerindo tudo o que soube.
_ Isto é tudo, senhorita Washu? - perguntou firmemente Aiko.
_ Ainda não, tenho mais uma coisa a dizer. Asuza percebeu as proporções de seus atos e de seu pai, foi por causa deles que este inimigo se fez presente, por isso ajudará vocês. Mas ele não poderá fazer muito mais do que abrir o portal, para tanto, vocês precisam enfraquecer o inimigo e esta não será uma tarefa nada fácil. - ficaram silenciosos por alguns segundos.
_ Está certo, Washu. - disse Tenchi sério. - Farei o possível e o impossível para vencer tal inimigo. - Washu concordou com a cabeça e Tenchi chamou Aiko para saírem dali, Aiko concordou quietamente e se retiraram.
_ Um dia Aiko, um dia ainda saberá de toda sua história, minha querida. - sussurrou para si mesma Washu enquanto via a garota sair do laboratório.
---
Tenchi saiu silenciosamente do laboratório, mas determinado. Olhou para Aiko um segundo e teve pena, pobre garota, realmente havia sido muito duro com ela, não merecia. Quando imaginaria que tudo aquilo já havia acontecido com garota tão doce, frágil... e bela "Mas que pensamentos são esses, Tenchi?! Depois de tudo o que ouviu, fica pensando nessas coisas, você não tem jeito!" se repreendeu mentalmente. Quando seu devaneios passaram, percebeu uma Aiko ajoelhada no chão, chorando e abraçada a si mesmo. Aproximou-se quietamente da garota e a abraçou.
_ Meus pais foram mortos! Nunca mais verei minhas amigas! Estou tão sozinha... - dizia Aiko entre soluços.
_ Shhh, acalme-se. Você ficará aqui conosco, não deixarei que se sinta sozinha. - disse em um sussurro Tenchi, enquanto aconchegava melhor a garota em seu peito. Quando viu, seus rostos estavam próximos, muito próximos, olharam-se por alguns segundos, enquanto as lágrimas da garota secavam e seus rostos foram se aproximando lentamente.
Se soltaram rapidamente, e levantaram, olhando para os lados preocupados.
_ Tenchi... ele... ele está aqui... - disse Aiko em tom baixo.
_ Que ele venha, estou pronto para derrotá-lo. - concluiu Tenchi destemido.
(Continua)
Mary Marcato
03/10/03
Comentários da autora: Terminei!!!!! Hahaha, falta muito pouco agora! Quantas coisas, não?! Não se preocupem, ainda há muita coisa a se revelar, parece um tanto confuso e sem nexo o que está neste capítulo, mas muitas surpresas estão reservadas para os últimos capítulos! Mais uma coisa, no começo da história, não tem porque eu esconder, porque eu acho que todos sabem, fiz alusão (no sonho) do passado de Washu, sobre o filho e o marido que a abandonou, como não sabia o nome deles inventei. Aguardem! Mas não esqueçam de comentar! Dúvidas ou reclamações: Mary_marcato@hotmail.com
Agradecimentos: Deixe-me ver... Ao Ryoga!! Eu adorei seu comentário. Ao Calerom!! Muito obrigada pelos seus comentários, são muito muito bons e me ajudam bastante! Ao Yukito-san que foi um dos que insistiram bastante na continuação. E todos aqueles que estão sempre querendo a continuação, se não fosse por vocês, eu certamente demoraria (ou desistiria) muito mais. Até o próximo cap!
Capítulo7: O Passado
Um garotinho loiro, de aproximadamente quatro anos, estava correndo no jardim enquanto tentava pegar uma borboleta, enquanto isso, uma bela mulher o observava, zelando pela segurança do filho amado.
_ Fique longe do lago, Mikumo! - avisou a mulher ao garoto, que sorrindo disse para ela não se preocupar.
Enquanto a mulher cuidava do filho, sentada em uma bela cadeira branca ao lado de uma árvore, um homem, que até agora não havia se pronunciado, aproximou-se da bela mulher em silêncio, mas ela acabou por perceber sua chegada e virou-se para ele.
_ Olá, querido! Veja como nosso filho está crescendo! - disse ela entusiasmada, mas o homem não lhe disse nada, permaneceu com o mesmo rosto impassível. A mulher não entendeu a reação do marido e o olhou interrogativo, finalmente o homem voltou a face para a esposa, e com olhos duros e expressão neutra falou.
_ Eu estou partindo. - a mulher se espantou e ia dizer algo, mas ele não permitiu. - E levarei nosso filho.
_ Como assim?! - a mulher não entendia - Nós vamos a algum outro planeta?
_ Você não entendeu, mulher? - ela se assustou, seu marido nunca havia levantado o tom de voz para ela, muito menos chamado-a daquele jeito. - Você fica! Eu levarei nosso filho, pois é sangue do meu sangue. Você foi apenas um divertimento que durou mais tempo do que devia. - lágrimas começaram a brotar dos olhos da mulher. - Eu sou uma pessoa importante, você não passa de uma vagabunda de quem me aproveitei. - a mulher caiu de joelhos enquanto lágrimas escorriam pela sua face.
_ Por favor, querido. Não fale assim! Está me machucando. E as juras de amor que trocamos? - nesse momento o homem riu com gosto.
_ Tola! Você acha que eu ficaria com você? Por favor, não me faça rir. - disse o homem já se afastando, a mulher o olhou surpresa e correu em seu encalço. Ele se virou. - Afasta-te! - disse esticando um de seus braços na direção da mulher, o poder emanado jogou-a longe, ela cortou o braço, mas o homem não teve piedade. - Idiota! - e o homem se voltou para o filho que estava logo adiante, pegou-o no colo e começou a se afastar.
_ Não! Não, meu filho! Não o tire de mim! - disse a mulher esticando o braço que sangrava em direção aos dois. Mas o marido não se virou e partiu sem ao menos deixar a criança se despedir da mãe. - Não!!!!!!!!!!
---
Washu se levantou repentinamente da cama, suando e respirando com dificuldade. "Foi só um pesadelo". Colocou a mão na testa, enquanto recuperava o fôlego. Sentiu uma lágrima escorrer do seu rosto e limpou-a correndo.
_ Droga! Eu achei que não voltaria a lembrar deles. E prometi a mim mesma que não choraria de novo! - disse brava consigo e apertou o lençol de sua cama, onde estava a dormir até a pouco, com raiva. Silêncio se fez por alguns minutos, Washu recuperou o fôlego e começou a raciocinar. - Esses sonhos começaram quando aquela menina nos contou quem era, logo após a partida de Aeka e Ryoko. Era de se esperar...
***FLASHBACK***
Todos ali presentes esperavam por uma explicação da jovem alva em frente a eles. A moça mantinha o semblante sereno, mas era palpável seu nervosismo. Todos esperaram Tenchi fazer a primeira pergunta, mas ele ainda estava sentido pela partida das amigas, estava voltado para o lago. Washu não agüentou mais aquele silêncio e resolveu começar.
_ Então, o que significou isso tudo, Aiko? - Aiko não pareceu se assustar com a pergunta e se dirigiu a cientista.
_ Isso significou o começo do fim. - disse Aiko calmamente. Todos esperaram uma conclusão. Washu levantou uma sombrancelha inquisitiva e Aiko resolveu continuar, por fim explicou toda a situação para os presentes. Todos estavam assombrados, mas Tenchi não se pronunciava, continuava a olhar o lago a sua frente.
_ Você está dizendo que um novo inimigo, que você não sabe quem é, veio nos matar. E que a Aeka e a Ryoko precisavam ir para o futuro porque elas precisam se unir à versão delas do futuro e vencer o inimigo lá? Enquanto você fica aqui, para tentar derrotá-lo, mas não sabe se conseguirá?! - Washu usava um incrível tom de ironia na voz e ao mesmo tempo demonstrava certa ira. Tsunami colocou uma das mãos no ombro da amiga.
_ Está certa, Lady Washu. Eu sei que parece incrível demais, mas é toda a verdade. Eu vim tentar derrotar o inimigo aqui, enquanto Ryoko e Aeka - nessa hora Tenchi se voltou para a moça um tanto quanto sério e perguntou.
_ Por que elas não poderão voltar? - Aiko pareceu um pouco surpreendida com a pergunta, mas resolveu responder. - Uma quantidade muito grande de poder veio para o passado, uma quantidade parecida deveria voltar, senão surgiria um, como diria, "buraco" no espaço tempo, o que seria catastrófico. Aeka e Ryoko são úteis no futuro, por isso às enviei para lá. - Aiko iria continuar mas Tenchi a interrompeu.
_ Se elas são úteis lá, seriam aqui também! Elas não precisavam ter partido! Você podia ter ficado no seu maldito futuro e elas ainda estariam aqui. - Aiko ficou aturdida com tais palavras, mas este não era um bom momento para demonstrar emoções.
_ Foram elas que decidiram isso. - diante do rosto interrogativo de Tenchi ela continuou - Tanto a Ryoko e a Aeka do passado, quanto as do futuro decidiram isso. No passado você morria, Tenchi. Não foi páreo para o inimigo e resultou no que acontece no meu presente. Primeiro Lady Aeka e Lady Ryoko, elas não queriam você morto, mesmo que fosse em outra época, elas queriam que você tivesse sobrevivido ao inimigo, por isso eu vim, pois posso ajudar. Mas como eu parti, além do "buraco" no espaço tempo, Lady Aeka e Lady Ryoko não poderiam fazer muita coisa contra o inimigo em estado espiritual, que era o qual elas se encontravam. Por isso escolheram Ryoko e Aeka para irem para o futuro, assim, além de "tapar o buraco", se elas se unissem, seriam forte o bastante para vencer o inimigo, levando-se em conta que o espírito de Ryoko e Aeka está muito mais forte no futuro. A união delas seria praticamente igual aquela que ocorreu entre Tsunami e Sasami, quando a menina estava a beira da morte, - neste momento olhou para Tsunami que mantinha um sorriso sereno no rosto - mas neste caso, Ryoko e Aeka não correm perigo nenhum de vida, apenas ficarão mais fortes quando em forma de deusas, sendo que também poderão mudar de forma assim como Sasami e Tsunami fazem. - Aiko deu uma pausa para prováveis perguntas, mas todos se mantinham calados. - Em segundo, a Aeka e a Ryoko que você conhece, se elas não aceitassem partir, eu voltaria para o meu presente, para que, futuramente, nós conseguíssemos vencer o inimigo, pois naquela época eu ainda não sou páreo para ele. E elas ficariam aqui, aproveitando momentaneamente a paz, mas o inimigo viria e ele mataria você, o resto é a história do meu presente. E elas não queriam isso, Tenchi. - ela fez uma pausa - Elas partiram por você. - Tenchi virou o rosto repentinamente para o lado enquanto contraía as faces "Por mim... foi por mim que elas foram para um lugar que elas nem conhecem. Ah, minhas amigas...", lágrimas se formaram nos olhos de Tenchi, mas ele não as derramou. Washu que se mantinha calada, pareceu perceber algo e indagou.
_ Aiko... - Washu estava um tanto quanto pensativa, mantinha a face contraída e olhando para baixo. - Você disse que a Ryoko e a Aeka do futuro são só espírito. - Aiko pareceu se alarmar um pouco. Washu voltou a face para a moça, ainda contraída. - Por quê?
Aiko prendeu um pouco a respiração, vacilando se deveria continuar. Diante do silêncio dela, Tenchi se voltou para a moça, esperando uma conclusão. - Lady Aeka e Lady Ryoko são apenas espírito porque... - ela fez uma pausa. Todos estavam ansiosos - Porque elas entregaram grande parte da essência da vida delas, restando somente o espírito. - Washu pareceu ser a única a entender aquilo.
_ Mas eu achei que apenas deusas eram capazes de entregarem seus poderes, e para tanto elas deveriam se unir àquele a quem deu seus poderes. - pela primeira vez Tsunami se pronunciou.
_Neste caso elas só entregaram o poder delas, não foi algo natural, tratou- se de uma transferência realizada artificialmente. - Aiko ainda se mantinha discretamente contrariada com o rumo daquela conversa.
_ Como Assim, Aiko?! Como elas conseguiram fazer isso?! Eu estou tentando desenvolver um mecanismo para realizar tal processo há anos, mas nunca consegui, como elas poderiam... - Washu fez uma pausa, pareceu concluir algo - Mas é claro... elas são do futuro. Tecnologia mais avançada.
_ Desenvolvida por você. - terminou Aiko para Washu, que apenas sorriu, um sorriso que só podia significar algo: "Eu tinha certeza disso". Nova pausa surgiu entre eles.
_ Para quem elas entregaram o poder delas? - perguntou Tenchi repentinamente. Aiko até agora só demonstrava discretamente suas emoções atuais, mas diante de tal pergunta espantou-se palpavelmente. Olhou receosa para Tenchi e concluiu, um tanto quanto vacilante.
_ Para mim.
***FIM DO FLASHBACK***
_ Aquilo realmente foi surpreendente. - pensou consigo mesma Washu. - Mas depois do que ela havia dito, eu tinha quase certeza. - Washu levantou-se do futon e dirigiu-se para o seu laboratório. Caminhou um pouco e ficou diante de um dos seu painéis de controle, apertou o botão mais oculto deste e se dirigiu para uma parede lateral próxima. A parede, que se demonstrou ser falsa, começou a se abrir verticalmente, dando espaço para um pequeno recinto. Washu entrou nele e passou a observar uma espécie de tanque com um líquido semelhante a água ligado a vários aparelhos, nele borbulhas se moviam constantemente para cima. Washu se aproximou do tanque e o tocou com uma das mãos, dentro do tanque encontrava-se uma menina, com, aparentemente, pouco mais de três anos, adormecida encolhida.
_ Eu sabia que ainda iria escolher um bonito nome para você.... Aiko.
***
Ao contrário dos outros dias, aquele não foi nem um pouco comum. Quando se levantaram, todos pareciam que estavam melancólicos. Aiko chegou silenciosamente e de cabeça baixa até a mesa do café da manhã, sentou-se e não se pronunciou. Tsunami ainda estava comandando o corpo de Sasami, por isso o café da manhã ficou por conta de Tenchi. Quando ele chegou com uma bandeja de chá percebeu que Aiko estava lá, abaixou a cabeça e continuou a servir os presentes. O pai de Tenchi, que não havia presenciado as cenas do dia anterior pois ainda estava no trabalho, notou o silêncio e comentou em tom de divertimento.
_ Oras, porque todos estão tão quietos? E é impressão minha, ou a Sasami cresceu de repente, hm... está muito bonita sabia? - comentou ele mas nenhuma das outras pessoas se pronunciou, apenas o Sr. Katsuhiro, que já havia voltado a sua forma normal, bateu com um jornal na cabeça do genro. - Ai! O que eu fiz? É verdade! - todos ainda permaneceram calados. - Bom, eu só quero avisar para vocês que eu estou viajando a negócios e só volto mês que vem. Espero que tudo continue normal por aqui. - E sem esperar por recomendações se levantou, pegou sua maleta e mala e saiu de casa dizendo um "Volto logo!". O silêncio reinou novamente na sala.
Repentinamente, Kyone entrou na casa. Estava fora já havia algum tempo e foi seguida de uma estabanada Miyoshi. Todos olharam para elas, as duas afobadas mas nenhum pareceu querer dizer algo, Kyone não reparou e começou a falar.
_ Desculpe chegar assim de repente, mas eu tenho novidades. Conversei com o pai de Aeka e Sasami e depois de muito convenci-o de nos ajudar. Ele disse que o inimigo viria atacar-nos para matar os descendentes dele e... - ao perceber que ninguém parecia aturdido com as notícias, Kyone se aproximou confusa - Por que ninguém está surpreendido? - pareceu notar algo - E onde estão Aeka e Ryoko? - todos ficaram em silêncio, Aiko se pronunciou.
_ Elas não se encontram mais aqui, senhorita Kyone. - disse timidamente. Kyone olhou-a interrogativa, mas ela não se pronunciou mais. Katsuhiro se viu na obrigação de contar e a cada afirmação, os olhos de Kyone se arregalavam mais, olhava de tempos em tempos para Aiko, parecendo não poder acreditar naquilo que ouvia. Finalmente o sr. Katsuhiro terminou com o relato, Kyone tentou digerir todas as informações o mais rápido possível, por fim, se levantou e se pronunciou.
_ Eu sinto por não ter me despedido delas, sinto muito mesmo. - fez uma pausa. - Mas agora eu não posso lamentar. Onde estão Asaka e Kamidaki?
_ Por que os procura, srt. Kyone? - perguntou o sr. Katsuhiro.
_ O pai de Aeka, Sasami e... - Kyone vacilou um pouco, Katsuhiro havia contato que era Yosho, o filho desaparecido do rei de Jurai, era estranho imaginar ele como um príncipe, jamais faria tal comparação - e seu, disse- me que se eu quisesse que ele ajudasse deveria levar Azaka e Kamidake o mais rápido possível para ele, disse que sabe como aprisionar definitivamente nosso inimigo. - Katsuhiro ficou meditando por alguns momentos.
_ Ele vai abrir um portal, então. - concluiu pensativamente, Kyone acenou positivamente com a cabeça. - Eles estão lá no pátio dos fundos, ficaram sabendo agora de Aeka e Ryoko e não se conformaram ainda, mas você deve se apressar, vá logo. - Kyone acenou positivamente com a cabeça e seguiu para os fundos, Miyoshi a acompanhou, mas ao menos tinha entendido a conversa de minutos atrás.
Kyone e Miyoshi partiram assim que Azaka e Kamidake se despediram de todos, o mais brevemente possível.
***
Aiko estava andando pela propriedade dos Masaki, estava sozinha, quanto mais tempo ficasse longe de todos, melhor. Sentia como se todos olhassem torto para ela, com exceção do sr. Katsuhiro e de Lady Tsunami. Apesar de achar compreensível, pois sabia o quanto Aeka e Ryoko eram amadas, não era nada fácil ser tratada tão friamente, principalmente por Tenchi. "Oras, por que estou pensando nele de novo? Ele foi tão rude comigo e... e mesmo assim eu não consigo ficar ressentida com ele..."
_ O que faz aqui sozinha? - Aiko se assustou, não estava prestando atenção ao seu redor, ao se virar viu aquele em que pensava segundos atrás.
_ Sr. Tenchi... eu... sinto muito... - disse com a cabeça baixa, Tenchi olhou-a interrogativamente e ela concluiu. - O senhor me disse que protegeria a qualquer custo suas amigas, mesmo que precisasse dar a vida por elas e eu ainda insisti em contar para Aeka e Ryoko sobre o que vai acontecer. Não fui justa com o senhor. - Tenchi olhou-a neutramente por alguns segundos.
_ Não há nada que você pudesse fazer. Era sua missão contar-lhes a verdade e a decisão era delas. - Tenchi estava usando um tom de voz um tanto quanto frio com a moça. Sabia que deveria falar com ela, mas isso não tornava as coisas mais "aceitáveis".
_ Entendo... Se me der licença eu vou - ela não pode concluir pois Tenchi segurou firmemente o braço dela, quando se virou viu olhos zangados a fitá- la.
_ Mas eu tinha o direito de saber. Não foi justo você só me revelar aquilo no momento da partida dela. Elas eram minhas amigas! Nunca mais poderei vê- las! Você não sabe a dor que eu estou sentindo. - Aiko não pode agüentar mais, soltou seu braço com os olhos cheios de lágrimas.
_ Você não sabe o que está dizendo! - disse gritando, pela primeira vez, deixando Tenchi meio aturdido. - Você não verá duas de suas amigas mais, eu não verei nenhuma das minhas!!! Eu aceitei vir para cá porque era importante para Lady Ryoko e Lady Aeka! Mas eu nunca mais verei meus amigos! Nunca mais terei alguém me acordando de manhã com um sorriso! Viverei como uma estranha neste mundo, sem ter para onde ir quando tudo isso acabar, se acabar! - as lágrimas de Aiko deslizavam sem controle pela sua face enquanto ela se abraçava tentando se conter, Tenchi se sentiu culpado. Aproximou-se lentamente da jovem e a abraçou carinhosamente.
_ Eu fui egoísta, só pensei na minha dor... - disse Tenchi e Aiko se assustou um pouco com o contato, mas seu estado de espírito não permitiu que ela ao menos dissesse algo. - Me perdoe... Aiko.
Ficaram abraçados por alguns minutos, até Aiko se recuperar. Saiu dos braços de Tenchi e enxugou suas lágrimas, lembrou-se de algo.
_ Senhor Tenchi, agora eu preciso procurar a srta. Washu. Preciso logo saber quem é nosso inimigo.
_ Eu entendo, eu... posso ir com você? - perguntou receoso, Aiko observou-o um pouco e concordou com a cabeça, saíram em direção ao laboratório de Washu. Logo já estavam na frente dele.
Tenchi foi o primeiro a entrar, seguido por Aiko, fecharam a porta e caminharam em direção ao centro do laboratório, encontraram, como esperado, Washu mexendo em seus computadores. Tenchi fez um barulho com a boca e Washu se virou para eles. Quando viu Aiko, sorriu docemente para ele, tanto Tenchi quanto Aiko ficaram surpresos com a reação. Tenchi por nunca ter visto uma expressão tão carinhosa na face da amiga excêntrica e Aiko pois não esperava ver tal face no rosto de Washu, pelo menos não da Washu que conheceu no passado.
_ Aiko, que prazer em revê-la. - disse Washu ainda sorrindo. Aiko se aproximou devagar. - Acho que já sei o motivo de ter vindo aqui. - Washu olhou para Tenchi na dúvida se devia continuar.
_ Não se preocupe, srta. Washu. Resolvi que ele deve saber toda a verdade, já que ele é o motivo para eu estar aqui. - Washu acenou positivamente com a cabeça.
_ Isso quer dizer... até o seu passado? - Aiko pareceu vacilar um pouco mas acenou positivamente. - Me acompanhem então. - Washu apertou o botão mais escondido do seu painel enquanto uma das paredes, que se demonstrava falsa, se abriu verticalmente, revelando um pequeno recinto. Tenchi e Aiko a acompanharam. Quando viu o enorme tanque de vidro, mais especificamente o que tinha dentro, Tenchi se assustou consideravelmente mas não se pronunciou, Aiko manteve a mesma expressão serena.
_ Washu, o que significa isso? Quem é esta? - perguntou Tenchi ainda sem entender muito bem do que se tratava aquilo tudo. Washu olhou para Aiko buscando consentimento e a moça apenas acenou com a cabeça.
_ Tenchi, está é Aiko. - Tenchi ficou bobo com o que acabara de ouvir. Será que ouvira certo? Como podia isso ser verdade? Aiko estava do lado dele. Diante da face confusa do garoto, Washu resolveu contar tudo de uma vez. - Esta é Aiko do nosso presente, Tenchi. Foi para esta menininha que você está vendo neste tanque que Aeka e Ryoko do futuro entregaram seus respectivos poderes.
_ Mas... por quê? - tudo era confusão para Tenchi.
_ Isso remota a época em que o atual rei de Jurai estava para nascer.- continuou Washu - O pai e a mãe de Asuza Jurai tiveram dois filhos, um menino e uma menina, o que desmente todas as histórias que Sasami e Aeka aprenderam. O nome da menina era Sasuma, irmã gêmea de Asuza e contrariando todos as tradições e história do planeta Jurai, ela nasceu mais poderosa que seu irmão, na verdade, a maior força que Jurai poderia um dia ter visto, talvez ela fosse tanto ou até mais poderosa que Ashika, sua mãe Tenchi - parou olhando para o rapaz - O caso era que isso não poderia jamais ser permitido, Asuza deveria ser rei, por ser mais velho e homem, e ninguém poderia ser mais poderoso que ele.
_ E o que isso tem haver com esta história? - perguntou Tenchi ansioso por respostas, Aiko se manteve quieta.
_ O caso foi que Sasuma foi exilada de seu planeta, ninguém poderia saber de sua existência, para não tentar usá-la contra o futuro rei. Foi enviada para um planeta pertencente a Jurai, porém, era um planeta pouco conhecido. E lá ela encontrou a felicidade, se apaixonou por um rapaz que estava a serviço de seu planeta e ele também se apaixonou por ela. Deste amor, nasceu Aiko. - Tenchi olhou incrédulo para Aiko, esta continuava de cabeça baixa, o rapaz jamais poderia desconfiar de tal origem da garota. Washu continuou. - Aiko nasceu naquele mesmo planeta, mas o rei de Jurai, pai de Sasuma e Asuza, descobriu o acontecido e isso foi um outro golpe para ele. Se Sasuma tivesse descendentes, isso provavelmente causaria uma guerra sem procedentes, Asuza já havia se casado alguns anos antes e Yosho e Aeka já haviam nascido, tal fato complicava ainda mais a situação, pois se um dia Aiko quisesse reivindicar sua posição ela poderia, por ser filha da pessoa mais poderosa do planeta Jurai e o rei não queria isso. Então - parou e suspirou profundamente - mandou matar Sasuma e sua família. - concluiu e Tenchi não pôde acreditar.
_ Como assim?! Mandou matar a própria filha?! - ele estava indignado.
_ Sim, para ele, seu planeta e sua realeza eram mais importantes. Nessa época Asuza não possuía muito poder, e mesmo que quisesse, o que não aconteceu, não poderia ajudar a irmã. - agora era Washu quem contraía as faces em indignação.
_ Quer dizer que, o pai de Aeka e Sasami, simplesmente fechou os olhos para a situação? - Washu confirmou com a cabeça. - Desgraçado... - concluiu em um sussurro Tenchi.
_ Bom, para matar tais seres tão poderosos, pois o marido de Sasuma também era poderoso, o rei de Jurai decidiu por sugar-lhes o poder e assim o fez, prenderam-nos e usaram de conhecimento antigo para realizar tal processo, semelhante ao aplicado por Aeka e Ryoko em relação a Aiko, no futuro. A diferença era que nem ao menos o espírito deles se manteriam. Mas Aiko foi salva de tal destino. - Tenchi olhou-a como se perguntasse "por quem?" - Eu salvei Aiko.
_ Como... como assim, Washu? O que você tem haver com esta história? - Washu virou o rosto e respondeu sem olhá-lo.
_ Isso não vem ao caso. O fato é que, quando consegui salvar Aiko ela estava totalmente sem energias, um estado de semi-vida e entubei ela na esperança de um dia salvá-la, ela tinha esta idade quando tudo aconteceu. - e se virou para o tanque onde a pequena garota se encontrava. - Mas quando Asuza, que pouco depois de tais atos se tornou rei, ficou sabendo do que acontecera, mandou me prender. - Tenchi olhou-a espantado. - Sim, armas destrutivas foram apenas um pretexto para me prender, eu as fazia realmente, mas trabalhava para uma organização legal, é claro que ninguém ficou sabendo desta parte da história, cortesia da família Jurai. Se eu continuasse solta, provavelmente encontraria um jeito de fazer Aiko se recuperar, e Asuza não queria isso, pois Aeka poderia perder o trono, sendo a prima mais poderosa.
_ Aeka não sabe da nada disso? - perguntou Tenchi pensativo.
_ Aeka pode ser qualquer coisa, mas não aceitaria o que aconteceu, os únicos vivos que sabem desta história são eu, Asuza e... - fez nova pausa - o atual inimigo de vocês. - Aiko olhou surpresa para Washu e passou a prestar mais atenção na conversa. - Yosho ainda não sabe dos acontecidos, nem ao menos Tsunami, este é um segredo muito bem guardado por anos incontáveis, por mim.
_ Mas, o que nosso inimigo tem haver com minha história, senhorita Washu? - perguntou finalmente Aiko.
_ O que você precisa saber é que ele busca vingança, quer todos da família real Jurai mortos. Aliás, este foi seu primeiro motivo em tanta sede por poder, mas como vocês sabem, poder consome e ele gostou disso. Agora quer um reino tão poderoso quanto o Jurai, continuará sempre sendo a rixa que ele tem com a família real Jurai. - disse Washu parecendo se lembrar de algo. - Contudo, não poderei te ajudar muito mais Aiko, não conheço os atuais poderes de nosso inimigo, mas saiba que ele não tem limites, não tem...- Washu fez pausa por alguns segundos - E finalmente, no futuro, devido ao nosso inimigo, Aeka e Ryoko se viram forçadas a entregar seus poderes para a única esperança de salvação, que era esta garota a seu lado, Tenchi, aceitando serem só espíritos. Estou certa Aiko? - Aiko concordou quietamente com a cabeça, mas percebendo que ainda não tinha satisfeito seus ouvintes Washu continuou. - E o resto vocês já sabem. Pelo menos sabem tudo o que precisam saber. Talvez, futuramente, eu te conte toda a história, Aiko. Principalmente os motivos de nosso inimigo para tanto ódio, não concordo com ele, mas sei que não está totalmente errado - concluiu Washu pensativamente e Aiko acenou positivamente com a cabeça. Tenchi ainda estava digerindo tudo o que soube.
_ Isto é tudo, senhorita Washu? - perguntou firmemente Aiko.
_ Ainda não, tenho mais uma coisa a dizer. Asuza percebeu as proporções de seus atos e de seu pai, foi por causa deles que este inimigo se fez presente, por isso ajudará vocês. Mas ele não poderá fazer muito mais do que abrir o portal, para tanto, vocês precisam enfraquecer o inimigo e esta não será uma tarefa nada fácil. - ficaram silenciosos por alguns segundos.
_ Está certo, Washu. - disse Tenchi sério. - Farei o possível e o impossível para vencer tal inimigo. - Washu concordou com a cabeça e Tenchi chamou Aiko para saírem dali, Aiko concordou quietamente e se retiraram.
_ Um dia Aiko, um dia ainda saberá de toda sua história, minha querida. - sussurrou para si mesma Washu enquanto via a garota sair do laboratório.
---
Tenchi saiu silenciosamente do laboratório, mas determinado. Olhou para Aiko um segundo e teve pena, pobre garota, realmente havia sido muito duro com ela, não merecia. Quando imaginaria que tudo aquilo já havia acontecido com garota tão doce, frágil... e bela "Mas que pensamentos são esses, Tenchi?! Depois de tudo o que ouviu, fica pensando nessas coisas, você não tem jeito!" se repreendeu mentalmente. Quando seu devaneios passaram, percebeu uma Aiko ajoelhada no chão, chorando e abraçada a si mesmo. Aproximou-se quietamente da garota e a abraçou.
_ Meus pais foram mortos! Nunca mais verei minhas amigas! Estou tão sozinha... - dizia Aiko entre soluços.
_ Shhh, acalme-se. Você ficará aqui conosco, não deixarei que se sinta sozinha. - disse em um sussurro Tenchi, enquanto aconchegava melhor a garota em seu peito. Quando viu, seus rostos estavam próximos, muito próximos, olharam-se por alguns segundos, enquanto as lágrimas da garota secavam e seus rostos foram se aproximando lentamente.
Se soltaram rapidamente, e levantaram, olhando para os lados preocupados.
_ Tenchi... ele... ele está aqui... - disse Aiko em tom baixo.
_ Que ele venha, estou pronto para derrotá-lo. - concluiu Tenchi destemido.
(Continua)
Mary Marcato
03/10/03
Comentários da autora: Terminei!!!!! Hahaha, falta muito pouco agora! Quantas coisas, não?! Não se preocupem, ainda há muita coisa a se revelar, parece um tanto confuso e sem nexo o que está neste capítulo, mas muitas surpresas estão reservadas para os últimos capítulos! Mais uma coisa, no começo da história, não tem porque eu esconder, porque eu acho que todos sabem, fiz alusão (no sonho) do passado de Washu, sobre o filho e o marido que a abandonou, como não sabia o nome deles inventei. Aguardem! Mas não esqueçam de comentar! Dúvidas ou reclamações: Mary_marcato@hotmail.com
Agradecimentos: Deixe-me ver... Ao Ryoga!! Eu adorei seu comentário. Ao Calerom!! Muito obrigada pelos seus comentários, são muito muito bons e me ajudam bastante! Ao Yukito-san que foi um dos que insistiram bastante na continuação. E todos aqueles que estão sempre querendo a continuação, se não fosse por vocês, eu certamente demoraria (ou desistiria) muito mais. Até o próximo cap!
