E depois de mais de meses sem escrever " eu retorno! Aiaiai... Desculpem-me, mas eu estava sem muita criatividade para escrever os capítulos seguintes, ainda mais que a trama está quase no fim e ela sempre complica no fim :P Bom... Espero que a espera de vcs seja compensada Logo termino esta fic, quero fazê-lo antes do vestiba... mesmo isso sendo quase impossível " Aí está, espero que curtam.
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Capítulo9: O futuro (Parte1)
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As duas recuperaram a consciência quase ao mesmo tempo, abriram os olhos lentamente enquanto uma dor latejante incomodava suas cabeças. A jovem de longos cabelos, ajoelhada, olhou para cima, arregalando os olhos meio castanho, meio avermelhados.
Pelas deusas.... – sua surpresa era enorme. A outra jovem acompanhou o olhar da primeira e não soube o que dizer, aquilo era mais estranho do que imaginara.
Olhando através de um gigantesco teto de vidro as duas podiam ver o provável céu daquele lugar. Aquele vermelho com vários deformações em tons escuros, cheio de fumaça enquanto chamas pareciam subir e descer por este davam um tom infernal àquela paisagem.
Então este é o nosso futuro... – a jovem de longos cabelos lilases escuro proferiu, um tanto quanto abobada e assustada. A outra não a olhou, se concentrando naquela visão tão aterradora.
Finalmente acordaram. – disse uma voz feminina se aproximando por entre as sombras para onde as duas estavam deitadas, em uma espécie de cama de alumínio, lembrando muito àquelas camas de hospital ou de experiências.
As duas jovens olharam assustadas para a mulher que se aproximava da mesa, seus olhos se arregalaram ainda mais quando finalmente a jovem saiu das sombras. Aqueles longos cabelos azuis, aquele olhar sereno e calmo, aquelas vestes únicas...
A jovem de cabelos lilases abaixou-se em reverência, enquanto a de azuis claro ficou olhando a jovem que se aproximara abobalhada.
Minha Lady... – disse a moça que fazia sua reverência.
Caramba... – a outra proferiu abobalhada para aquela que aparecera a sua frente. A jovem de longos cabelos azuis pareceu desconcertada e sorriu para as duas com uma gota descendo por sua cabeça.
Aiai... Para que tanta formalidade... – A jovem em reverência levantou a cabeça sem entender o que a outra queria dizer.
Mas... Por que me chama assim, Lady Tsunami? – perguntou confusa.
Sou eu... – disse a jovem esbelta em trajes formais – Sasami... – a outra jovem arregalou os olhos em surpresa.
Oras, princesinha, não achou mesmo que ela fosse aquela deusa, achou? Ainda tem cara de criança. – ironicamente falou a mulher ao lado da princesa.
Mas... Mas... – a garota ainda ajoelhada não sabia o que dizer. A semelhança entre a deusa e aquela moça era incrível! Como essa garota podia ter crescido tanto assim que ela nem percebera? Sasami pareceu adivinhar os pensamentos da jovem e sorriu para suas visitantes.
Sejam bem vindas ao futuro, Aeka-chan e Ryoko-chan.
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Então se passaram 20 anos desde que tudo começou? – Aeka mais afirmou do que perguntou. Estava sentada junto com Ryoko e Sasami em uma mesa improvisada.
Estavam em uma espécie de laboratório, o chão era descoberto e as instalações eram precárias, parecia ser difícil se conseguir bom material por ali, talvez por falta, talvez por empecilhos. O lugar era enorme, mas pelo que Ryoko e Aeka puderam constatar, tratava-se apenas de um dos cômodos do aposento, pelas várias portas em anexo, provavelmente tratava-se de uma organização rebelde. Bom... Parecia que o inimigo ainda estava muito ativo naquela época.
Exatamente, onii-chan. Estamos tentando combater Lord Mikamo há anos, mas não tivemos muito sucesso, infelizmente. – falou Sasami desolada. Ryoko ainda observava a jovem juraiana, com uma pergunta latejando em sua mente. Sasami pareceu notar e encarou a jovem pirata, como dando permissão para ela falar o que tinha em mente.
Diga-me, pirralha... Como você cresceu em tão pouco tempo, hein? Parece ter a nossa idade, mas precisaria de mais de dezenas de anos para ficar com esta aparência(#). – olhou desconfiada para a menina que começou a sorrir, provavelmente devido à perspicácia da pirata espacial.
Bem analisado, Ryoko-chan. Acho que tenho uma longa narrativa a fazer para vocês. – Aeka e Ryoko encararam-na, esperando uma continuação, que logo veio. – Quando Lord Mikamo apareceu na Terra estávamos muito despreparados, no entanto, a batalha foi inevitável. Tenchi tentou vencê- lo, assim como vocês duas, mas foi gravemente ferido.
E quem ou como é esse tal Lord? Por que ele veio para cá? Não me diga que queria conquistar esse mundo mixuruquinha. – interrompeu Ryoko com uma cara de impaciente e incrédula.
Bom, quando Lord Mikamo apareceu, foi uma grande surpresa descobrirmos quem ele era e quais seus motivos para estar aqui. – Sasami fez uma leve pausa e continuou. – Mikamo era marido de Washu-sama e...
Como é que é? – gritaram tanto Aeka quanto Ryoko ao mesmo tempo. A imagem de um suposto marido da "pequena Washu" era um tanto quanto inimaginável. Se muito, seria de um anãozinho... Com certeza o Senhor do Universo Futuro não deveria ser um anãozinho, não mesmo. Sasami ficou sem graça, já imaginando o que se passava na mente das duas e resolveu continuar antes que elas pensassem mais besteiras.
Washu-sama é uma das deusas representantes de Deus... Ela tem um corpo de mulher, só que prefere ficar como criança. Não vejo mal dela ter tido um marido. – disse sob os olhos assustados e incrédulos de Ryoko e Aeka. – Como eu dizia, Lord Mikamo era o marido de Washu. Só que ela havia abandonado-a por ela não ser da realeza, ou melhor, por ser amiga da família Jurai. Família que tanto o pai dele odiara.
Mas o que isso tem haver com o que te perguntei? – disse uma impaciente Ryoko.
Está certo, não vamos alongar a história, pois logo vocês terão que cumprir suas tarefas nesta época. – disse Sasami. – Simplificando, Tenchi não pôde vencer Lord Mikamo, estava além de suas forças. Como castigo, ele foi morto cruelmente pelo inimigo. – fez uma leve pausa, lembrando-se da morte de seu querido amigo. Suspirou e continuou. – Logo em seguida, Lord Mikamo matou Yosho-sama, por este ser também um membro da família Jurai.
Ainda não entendo qual o problema em sermos juraianos? – perguntou Aeka indignada.
A família de Mikamo era inimiga da nossa. Ele foi preso e condenado à infinita tortura ao ser derrotado pelos nossos familiares. Ele queria vingança, mais do que tudo e foi isso que conseguiu fazê-lo se libertar de sua prisão para vir atrás de nós. – disse Sasami pesarosa. – Primeiro ele matou Tenchi, depois Lord Yosho, depois nossos pais... – falou em um sussurro, observando Aeka, que estava atônita, enquanto seus olhos enchiam- se de lágrimas. Sasami abaixou a cabeça em um leve silêncio e logo voltou a falar. – Nossa família foi totalmente dizimada, e se não fosse por Lady Washu e Lady Tsunami, eu e Aeka também estaríamos mortas agora.
Aeka tentava conter as lágrimas e Ryoko tentava assimilar os fatos. Sasami ficou de cabeça baixa por longos segundos antes de conseguir voltar a falar, já olhando para as visitantes do passado.
Nem Ryoko, nem Aeka do meu tempo conseguiram vencer Lord Mikamo. Lady Washu e Lady Tsunami transportaram-nos para um Universo Paralelo, para tentarmos nos esconder do vilão. – disse enquanto se lembrava do ocorrido. – Por pouco não fomos pegas, pois ele veio atrás de nós nos outros universos. Mas há muitos e ele não conseguiu nos achar.
E por que ele fez isso com a Terra? – perguntou Ryoko, observando através do teto de vidro o céu infernal daquele futuro.
Lord Mikamo destruiu muitos universos paralelos para que nós não pudéssemos ir para eles. Em seguida, começou a dominar o Universo, sem paciência para nos achar. Ele destruiu Jurai, matou nossos pais e nosso povo... Assim, com a Família mais poderosa do Universo dizimada foi fácil para ele conquistar o resto do Universo. – Sasami falou com amargura na voz. – Só que ele ainda nos queria e voltou para Terra, onde fez este mundo calmo e pacífico se tornar quase uma cópia do inferno. Ele sabia que não iríamos permitir que destruísse o planeta de Tenchi-sama. Sabia que iríamos voltar e se instalou aqui, enquanto mutilava e maltratava os terráqueos.
Que monstro... – soltou Aeka com raiva. Aquele homem era um maldito desgraçado. Não se contentava em destruir sua família, tinha que destruir todo um Universo. Onde ele esperava chegar?
Nós voltamos, como ele previu. Mas nos mantemos na sombra da melhor maneira possível, já que a destruição deste planeta fez dele um ótimo lugar para se manter escondido. Nós abrigamos o povo e fizemos uma frente revolucionária, com vários adeptos. Porém, Lord Mikamo era infinitamente mais forte e não foram poucas as vezes que quase morremos. – disse Sasami.
E o que houve em seguida? Como resolveram esta situação? – perguntou Ryoko já nervosa com o que estava sabendo.
Aeka e Ryoko eram quem protegiam os terráqueos, elas tinham este poder. Lady Washu e Lady Tsunami não tinham poder destrutivo para tal, pois sendo uma a deusa da Bondade e a outra da Sabedoria, não tinham o Poder de Lady Tokimi para medir forças contra ele. – continuou Sasami. – Mas Lady Washu nos deu uma possibilidade de vencermos, ela finalmente nos mostrou uma pequena esperança.
Aiko... – concluiu Ryoko. Sasami acenou positivamente.
Bom, como vocês já devem estar um pouco a par da história, a pequena Aiko estava mantida em um tubo para ser conservada, pois estava semi-viva. Quando ela nascera, há algumas centenas de anos, foi exposta a um grande poder e quase perdeu a vida. Salvou-se graças à Washu, que a deixou entubada para não morrer. – disse Sasami se lembrando da pequena garotinha que criara. – Entretanto, fazê-la renascer pedia um grande preço, um preço que nem todos poderiam aceitar oferecer. A pequena Aiko perdeu quase toda sua essência devido ao seu acidente e trazê-la de volta necessitava de um grande poder.
A essência de outro ser... – dessa vez foi Aeka que falou, logo que suas lágrimas secaram.
Exatamente. – disse Sasami. – Mas devido ao enorme poder que ela mantinha, apenas um outro grande poder a faria reviver. Por isso, Aeka e Ryoko aceitaram se sacrificar para que ela salvasse este mundo. – Sasami ainda podia se lembrar com detalhes da pequena Aiko e de como ela renascera, estava vivo em sua memória aqueles momentos alegres e tristes que se misturaram em sua mente, quando viu sua irmã e sua amiga dando a vida para que outra surgisse. – Aiko tem a essência de vocês duas: Os cabelos negros que ela tinha quando bebê, foram se modificando com o tempo, se tornando lilases como os de Aeka e com vários mechas azuis, como os de Ryoko.
Oras... Mas isso é surpreendente! – disse Ryoko sem poder acreditar no relato.
Aiko é um pouco Aeka e um pouco Ryoko agora. Em seu espírito sempre haverá um rastro de vocês duas e isso ninguém poderá mudar. Até mesmo o nome dela foi baseado na união, Ai de Aeka e Ko de Ryoko. – disse Sasami sorrindo. Aeka e Ryoko ficaram minutos atônitas, aquilo era mais do que elas esperavam. Mas havia mais a ser revelado e o tempo corria. Resolveram continuar com as explicações.
O porquê de estarmos aqui já nos foi revelado... – disse Aeka de cabeça baixa, enquanto pensava, para logo em seguida voltar seu olhar para a irmã "mais nova" – No entanto, por que você envelheceu tão rápido, minha irmã? Você não nos explicou...
Bom, como Aeka e Ryoko iriam dar sua essência para que Aiko voltasse a vida, elas perderiam muito de seu poder, tanto que perderiam sua forma material. Logo, não haveria quem cuidasse dos terráqueos, enquanto Aiko não estivesse pronta para lutar. – disse Sasami recordando-se de seu próprio destino. – Washu, prevendo o que iria acontecer caso não tivéssemos quem nos protegesse, construiu uma máquina, uma máquina que poderia acelerar o desenvolvimento de uma pessoa, uma máquina que me faria envelhecer até a idade atual.
Para você cuidar do povo. – terminou de proferir Aeka. Sasami apenas acenou positivamente.
Todos estavam fazendo de tudo por este povo, eu não poderia ficar apenas parada vendo o mundo que as pessoas que eu amo protegiam ser destruído. Portanto, aceitei o que Washu me propôs e, enquanto Aeka e Ryoko davam sua essência para Aiko renascer, eu fiquei confinada naquela máquina por centenas de anos, anos que só passaram para minha mente e meu corpo. – Sasami ainda sentia falta da infância perdida, mas a vida nem sempre é justa e devemos fazer o possível para aprender a conviver com isso e adaptar nossas vidas para certas situações onde nada mais pode ser feito. A jovem abaixou a cabeça, lembrando-se daquele longo um ano em que ficou presa em uma máquina, para logo levantá-la novamente e continuar. – Eu e Ry- oh-ki somos responsáveis pela guarda de nossa precária base revolucionária. E é isso que venho fazendo desde que Aeka-nii-chan e Ryoko-nii-san perderam seu ser material.
Ficaram quietas por instantes, Aeka e Ryoko tentando assimilar o que escutaram até o presente momento. Era realmente uma história impressionante, mas muito mais triste. Tantas vidas, tantos lugares, tantos amores perdidos devido à sede de vingança de um único homem.
Bom, para terminar... Aiko cresceu sob os ensinamentos da alma de Aeka- chan e Ryoko-chan; Lady Washu, Lady Tsunami e eu. Quando chegou a hora certa, a hora de agir contra Lord Mikamo, Aeka-chan e Ryoko-chan expressaram sua vontade de salvar a vida de Tenchi, nem que fosse em outro Universo. Logo, Lady Washu descobriu uma maneira de fazê-lo e enviamos Aiko para Terra do passado e, como forma de compensar o buraco que se formou no Tempo, resolvemos trazer vocês duas para cá, pois vocês eram as únicas que poderiam se unir às almas de Aeka-chan e Ryoko-chan. Podendo assim, salvarem o nosso tempo também, como vocês já devem saber.
Sim, já sabemos dessa parte da história. – disse Aeka pensativa, enquanto Ryoko resolveu se pronunciar depois de algum tempo em silêncio.
E por que eu não me lembro de quando cheguei aqui? – perguntou Ryoko desconfiada.
Assim como aconteceu com Aiko quando foi para seu tempo, vocês sofreram uma grande descarga de correntes elétricas e muito de suas forças foram drenadas. Vocês duas chegaram aqui, na nossa Sala de Experiências, desacordadas. Acho que já faz cerca de três horas que estavam dormindo.
Entendo... – disse Ryoko pensativa. A idéia de ter ido para o futuro e ainda permanentemente, não se instalava em sua cabeça com muita facilidade. Em certos momentos duvidou se aquilo não se tratava de uma brincadeira muito sem graça dos seus amigos, mas aquilo tudo era real demais, bem feito demais, triste demais para ser apenas uma fachada para uma espécie de teatro. Nem mesmo os Universos Alternativos para o qual fora mandada uma vez por Washu se comparavam com a veracidade e a melancolia daquele lugar, sua principal prova era aquela visão que tinha através do teto de vidro. Por mais que aquilo pudesse ser suspeito, um holograma talvez, duvidava que Washu ou qualquer outra pessoa pudesse conseguir, ou querer, fazer tal cenário. Agora só restava se conformar com o que lhe fora destinado, nada mais.
Sasami-chan... O que... O que houve com Ryoko e Myoshi? – perguntou a princesa Jurai, mudando de assunto. Sua irmã mais nova ainda não havia lhe dito o destino das duas policiais e devido aquela súbita carinha de infelicidade que surgiu no rosto da outra juraiana, não precisou muito mais para adivinhar o que também acontecera as suas amigas.
Infelizmente, assim como Yosho-sama e meus pais... As duas morreram... Durante um ataque da Polícia Galáctica contra Lord Mikamo... – falou tristemente, abaixando a cabeça.
Um momento de silêncio melancólico se formou depois de tais palavras.
Bip, bip. – o computador da instalação começou a chamar e Sasami foi ver do que se tratava.
Aeka-chan, Ryoko-chan... É chegada a hora de encontrar a "Outra Parte" de vocês. – um súbito silêncio se instalou no local.
Em seguida, tanto a princesa Jurai mais velha, quanto a pirata, acenaram positivamente e seguiram Sasami por uma das várias portas do estabelecimento.
O que aconteceria a partir de agora?
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O local não parecia muito melhor do que aquele em que estiveram há alguns minutos. O chão era do mesmo estilo, sem piso, e várias máquinas se encontravam no lugar, a diferença é que pareciam máquinas mais biológicas, diferentemente daquelas na sala em que acordaram.
Ah, finalmente as duas lindinhas resolveram dar o ar de suas graças. – disse uma voz um tanto quanto irônica. Ryoko e Aeka voltaram seus rostos para um dos lados vendo, com surpresa, uma Washu adulta, com roupas científicas. A verdade é que fora apenas uma vez que viram a "menina" naquela forma e ainda assim, parecia como se fosse a primeira vez, de tão incomum que aquele corpo demonstrava-se ser.
Bom dia para você também, Washu. – disse uma sarcástica Ryoko, olhando torto para sua criadora, Washu sorriu no mesmo tom para a jovem. – Espero que você saiba que passamos por uma longa e difícil viagem, não esperava que nós estivéssemos totalmente em forma.
Há! Eu estou completamente em forma, querida. Se você não está, só me resta sentir muito. – Aeka não pôde deixar de comentar num tom um tanto quanto sarcástico. Washu resolveu se intrometer antes que a moça de cabelos azuis resolvesse revidar.
Mas é claro que achei que vocês estariam "em forma", Ryoko. – disse como se fosse algo óbvio. Depois desviou os olhos e saiu andando com a cabeça levantada, como se estivesse orgulhosa de algo. – A minha Aiko não demorou mais de vinte minutos para recuperar a consciência. Vocês duas que são umas preguiçosas. – Tanto Aeka quanto Ryoko levantaram um pulso em ódio, enquanto uma veia pulava em suas cabeças.
Ma ma, não vamos brigar, sim? – disse Sasami levantando as mãos como se pedisse paz para suas amigas. No entanto, nem as duas viajantes do tempo, nem a "grande" cientista pareciam ouvir.
Vocês duas são umas preguiçosas, sim! Até mesmo em um momento crítico como o que vivemos, a Versão do Futuro de vocês só sabem incomodar e palpitar, não fazendo nada de útil! – disse Washu cruzando os braços e fechando os olhos, em pose de ofendida.
Mas Lady Washu, como você quer que onii-chan e rioko-nii-san ajudem se elas não possuem matéria para tal. Só resta opinarem e ensinarem, não concorda? – disse Sasami tentando instalar compreensão entre as presentes. Washu olhou para moça surpresa.
E você ainda ajuda elas, Sasami-chan! – disse colocando uma mão no peito, olhando a moça de cabelos longos e azuis incredulamente. – Assim você me decepciona. Onde já se viu defender dois seres que só sabem reclamar e tagarelar, vivendo para acabar me incomodarem... – disse com lágrimas de crocodilo nos olhos.
Oras, qualquer uma que fale com você sem ser para bajulá-la é um incômodo. – disse Ryoko revoltada.
Aposto como é você quem incomoda os outros com suas experiências loucas. – continuou Aeka. Washu voltou o rosto para as duas com ódio, as garotas olhavam-na da mesma maneira. Ondas elétricas rodeavam os olhos das revoltosas.
...
Agora já chega. – disse uma voz séria e penetrante. No mesmo momento, as três brigonas pareceram sair de seu transe de ódio e congelaram, talvez em medo, talvez em respeito.
Não precisa tanto, não é mesmo? – disse uma outra voz, um pouco menos séria, mas ainda assim penetrante. As quatro que "conversavam amigavelmente" voltaram-se para o local de onde vinham as vozes, Ryoko e Aeka não puderam deixar de prender a respiração.
Não é momento para discussões, temos muito o que fazer. – disse a mulher com a voz mais séria, dirigindo-se a sua companheira. Ryoko e Aeka deixaram o queixo cair. Aquela mulher, de longos cabelos roxos e a outra com uma longa trança azul pareciam muito mais espantosas ao vivo. O primeiro encontro que tiveram através de uma ligação entre o passado e o futuro deixava muito a desejar visto o quão surpreendente parecia ver a si mesma e tão diferente ao mesmo tempo...
Mas... Mas... – tanto Ryoko quanto Aeka perderam a fala. A mulher de longos cabelos azuis parecia que iria responder a sua companheira, mas ao perceber que as outras as olhavam desviou o olhar para elas, sorrindo marota, acompanhada de sua amiga, ainda com o rosto severo. Sasami resolveu fazer as "re"-apresentações.
Bom, acho que vocês já se conhecem: Aeka-chan, Ryoko-chan, estas são Lady Ryoko e Lady Aeka. – mesmo com a reverência das duas mulheres, tanto Aeka quanto Ryoko ainda estavam abobadas e mal conseguiram responder ao cumprimento.
Um silêncio constrangedor se instalou entre aquelas moças. Washu, ainda nervosa e agora impaciente, disse que iria ver como estava o seu precioso maquinário. Sasami, vendo que as outras precisavam ter uma conversa, resolveu se retirar. Ficaram apenas as quatro jovens, das quais a existência mudaria drasticamente a partir daquele momento.
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Espero que tenham acordado bem. – disse uma sorridente Lady Ryoko para suas "convidadas", ao contrário de Lady Aeka, que não sorrira um segundo se quer. Ryoko e Aeka simplesmente acenaram que sim, rigidamente, mal podendo acreditar no que viam a sua frente.
Ao contrário da visão que tiveram através da conexão que Aiko fizera entre o passado e o presente, dessa vez, as duas mulheres pareciam muito menos "consistentes". Não era à toa que Sasami referira-se às duas como "almas", pois era exatamente isso que eram.
Suas vestes, seus rostos e seu físico eram idênticos ao que viram no passado, mas sua coloração era quase transparente, podendo-se ver através delas.
Espero que já estejam satisfeitas em analisar-nos. – disse Aeka seriamente. As duas moças se assustaram e Lady Ryoko deu uma risada gostosa, sem se importar com o olhar atravessado que sua amiga lhe lançou. Já a Ryoko do passado emburrou e resolveu responder.
Puxa, você parecia muito mais simpática no holograma que vimos no passado. – disse olhando a semi-deusa de canto de olhos. Lady Aeka apenas olhou para ela, sem resolver revidar. Lady Ryoko ainda ria e resolveu responder pela outra.
Aeka mudou muito, aquela que você conhece no passado não é exatamente a do futuro.
Em compensação, você continua a mesma garota infantil. Você parecia muito mais séria no holograma que vimos no passado. – Aeka falou meio irônica, repetindo quase as mesmas palavras que Ryoko falara há instantes.
Um pouco mais de respeito, Aeka. Lady Ryoko está certa, eu mudei e ela também, assim como o futuro mudou. Não zombe de nós. – Aeka ficou sem graça com a reprimenda que levou de si mesma e Lady Ryoko sorriu-lhe, aproximando- se discretamente das duas jovens do passado, para cochichar para Aeka.
Não fique nervosa, menina. Essa aí está de TPM. – disse brincalhona como sempre, mas parecendo querer tranqüilizar a jovem princesa Jurai, o que não seria nada comum no passado.
Eu ouvi isso, Ryoko. E não tenho mais corpo para sentir este tipo de coisa. – disse Lady Aeka no mesmo tom de antes. Fazendo uma gota surgir no rosto de Lady Ryoko.
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Durante algumas horas Aeka e Ryoko puderam esquecer o que estava preste a ocorrer com elas. Depois que Lady Ryoko e Lady Aeka explicaram mais ou menos o que ocorreria entre elas, as duas se retiraram para se juntar a Washu e preparar o maquinário necessário para realizar a fusão. Um preparo que durou a tarde inteira. Quando se viram sós, Sasami levou-as para outros lugares da base, tentando entreter as jovens, o que era muito difícil fazer, quando tudo o que se tem a falar era sobre a desgraça que vinha lhes ocorrendo.
Lord Mikamo não tivera nenhum escrúpulo desde o princípio, quando conseguiu matar Tenchi. Logo após ele, foi a família Jurai, cuja foi morta cruel e violentamente, como se dessa maneira o inimigo pudesse dar evasão a sua ira incontida. Porém, parecia que não era suficiente para aquele homem e ele voltou para Terra, com o propósito de destruir os últimos sobreviventes da família Jurai.
Contudo, Washu e Tsunami não permitiram que isso ocorresse, esconderam as duas, tentando buscar uma maneira de destruir aquele maligno ser que, um dia, fora marido da primeira e pai de seu filho (esta parte da história chocou tanto Aeka quanto Ryoko, que finalmente podiam entender o total motivo da vingança de Mikamo sob a família Jurai). Mas a fuga das princesas Jurai teve seu alto preço e Mikamo escravizou a Terra, achando que este seria um bom lugar para fixar seu Império de Terror:
Um lugar cercado de planetas desabitados, que ele fez de bases para seus exércitos; com um ambiente um tanto quanto favorável e com um povinho tão fraco que seriam perfeitos para fazer o trabalho pesado que seu poderoso império exigia sem poderem oferecer resistência alguma.
E por fim, aquele era o planeta onde suas rivais (e sua maldita ex-esposa) estavam. Seria deveras divertido, na opinião do Lord, ver a reação destas para com o planeta em que aquele rapaz que elas tanto gostavam nasceu, viveu e morreu.
O ódio de Aeka e Ryoko por Mikamo só crescia a cada revelação que ouviam. Finalmente podiam entender por quê Lady Aeka se tornara tão séria, realmente não era nada bom saber o que aquele monstro fizera. A morte da família de Aeka, a morte de Kyone e Myoshi de forma vil naquela batalha que o Novo Lord da Terra travou com a polícia galáctica e principalmente, um ponto que atingia tanto à pirata espacial quanto à princesa Jurai: A morte do querido terráqueo, a morte de seu amado Tenchi, fora a principal razão pelo qual as duas não tinham dúvida nenhuma de sua vontade quase mórbida de destruir aquele reinado de terror e aquele que o fez.
Aeka, Ryoko, chegou a hora. – disse Lady Washu ao entrar subitamente no aposento em que se encontravam as duas garotas do passado e a mais nova das princesas Jurai.
As duas jovens acenaram afirmativamente, já levantando e seguindo a cientista, sabendo qual seria seu destino a partir daquele momento. À Sasami, apenas restou desejar boa sorte para as duas e que tudo terminasse bem no fim.
# # #
(Continua)
06/06/04
Mary Marcato
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(#) Só para fazer alusão ao fato de que tanto Aeka, quanto Ryoko e outras integrantes do grupo Tenchi Muyo, têm mais de centenas de anos. Se não me engano, por volta de 20.000, mas como não tenho certeza absoluta da quantidade de anos, resolvi dizer que "muitos anos se passaram".
# # #
Comentários da autora: Finalmente!!!!!!!!!!!!! Meu Deus.... Quanto tempo desde a última postagem o.o Gomen nasai, minna-san -- Eu não fiz por querer.... Mas a história não ia pra frente de jeito nenhum e como eu tinha outros projetos que saíam mais facilmente eu fui deixando este para trás. Agora vai ser a parte mais difícil de todas e como eu sou uma pré- vestibulanda, não me matem por não poder postar logo o próximo capítulo. Só prometo que não vai demorar mais de dois meses dessa vez Obrigada a todos os comentários que ainda recebo desta fic, eu adoro eles, são os grandes responsáveis pela continuação :) Ja ne!
Agradecimentos: Hm, dessa vez, meu agradecimento especial é para a Rina, que foi quem me cobrou a continuação E obrigada a todos que continuam a comentar!
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Capítulo9: O futuro (Parte1)
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As duas recuperaram a consciência quase ao mesmo tempo, abriram os olhos lentamente enquanto uma dor latejante incomodava suas cabeças. A jovem de longos cabelos, ajoelhada, olhou para cima, arregalando os olhos meio castanho, meio avermelhados.
Pelas deusas.... – sua surpresa era enorme. A outra jovem acompanhou o olhar da primeira e não soube o que dizer, aquilo era mais estranho do que imaginara.
Olhando através de um gigantesco teto de vidro as duas podiam ver o provável céu daquele lugar. Aquele vermelho com vários deformações em tons escuros, cheio de fumaça enquanto chamas pareciam subir e descer por este davam um tom infernal àquela paisagem.
Então este é o nosso futuro... – a jovem de longos cabelos lilases escuro proferiu, um tanto quanto abobada e assustada. A outra não a olhou, se concentrando naquela visão tão aterradora.
Finalmente acordaram. – disse uma voz feminina se aproximando por entre as sombras para onde as duas estavam deitadas, em uma espécie de cama de alumínio, lembrando muito àquelas camas de hospital ou de experiências.
As duas jovens olharam assustadas para a mulher que se aproximava da mesa, seus olhos se arregalaram ainda mais quando finalmente a jovem saiu das sombras. Aqueles longos cabelos azuis, aquele olhar sereno e calmo, aquelas vestes únicas...
A jovem de cabelos lilases abaixou-se em reverência, enquanto a de azuis claro ficou olhando a jovem que se aproximara abobalhada.
Minha Lady... – disse a moça que fazia sua reverência.
Caramba... – a outra proferiu abobalhada para aquela que aparecera a sua frente. A jovem de longos cabelos azuis pareceu desconcertada e sorriu para as duas com uma gota descendo por sua cabeça.
Aiai... Para que tanta formalidade... – A jovem em reverência levantou a cabeça sem entender o que a outra queria dizer.
Mas... Por que me chama assim, Lady Tsunami? – perguntou confusa.
Sou eu... – disse a jovem esbelta em trajes formais – Sasami... – a outra jovem arregalou os olhos em surpresa.
Oras, princesinha, não achou mesmo que ela fosse aquela deusa, achou? Ainda tem cara de criança. – ironicamente falou a mulher ao lado da princesa.
Mas... Mas... – a garota ainda ajoelhada não sabia o que dizer. A semelhança entre a deusa e aquela moça era incrível! Como essa garota podia ter crescido tanto assim que ela nem percebera? Sasami pareceu adivinhar os pensamentos da jovem e sorriu para suas visitantes.
Sejam bem vindas ao futuro, Aeka-chan e Ryoko-chan.
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Então se passaram 20 anos desde que tudo começou? – Aeka mais afirmou do que perguntou. Estava sentada junto com Ryoko e Sasami em uma mesa improvisada.
Estavam em uma espécie de laboratório, o chão era descoberto e as instalações eram precárias, parecia ser difícil se conseguir bom material por ali, talvez por falta, talvez por empecilhos. O lugar era enorme, mas pelo que Ryoko e Aeka puderam constatar, tratava-se apenas de um dos cômodos do aposento, pelas várias portas em anexo, provavelmente tratava-se de uma organização rebelde. Bom... Parecia que o inimigo ainda estava muito ativo naquela época.
Exatamente, onii-chan. Estamos tentando combater Lord Mikamo há anos, mas não tivemos muito sucesso, infelizmente. – falou Sasami desolada. Ryoko ainda observava a jovem juraiana, com uma pergunta latejando em sua mente. Sasami pareceu notar e encarou a jovem pirata, como dando permissão para ela falar o que tinha em mente.
Diga-me, pirralha... Como você cresceu em tão pouco tempo, hein? Parece ter a nossa idade, mas precisaria de mais de dezenas de anos para ficar com esta aparência(#). – olhou desconfiada para a menina que começou a sorrir, provavelmente devido à perspicácia da pirata espacial.
Bem analisado, Ryoko-chan. Acho que tenho uma longa narrativa a fazer para vocês. – Aeka e Ryoko encararam-na, esperando uma continuação, que logo veio. – Quando Lord Mikamo apareceu na Terra estávamos muito despreparados, no entanto, a batalha foi inevitável. Tenchi tentou vencê- lo, assim como vocês duas, mas foi gravemente ferido.
E quem ou como é esse tal Lord? Por que ele veio para cá? Não me diga que queria conquistar esse mundo mixuruquinha. – interrompeu Ryoko com uma cara de impaciente e incrédula.
Bom, quando Lord Mikamo apareceu, foi uma grande surpresa descobrirmos quem ele era e quais seus motivos para estar aqui. – Sasami fez uma leve pausa e continuou. – Mikamo era marido de Washu-sama e...
Como é que é? – gritaram tanto Aeka quanto Ryoko ao mesmo tempo. A imagem de um suposto marido da "pequena Washu" era um tanto quanto inimaginável. Se muito, seria de um anãozinho... Com certeza o Senhor do Universo Futuro não deveria ser um anãozinho, não mesmo. Sasami ficou sem graça, já imaginando o que se passava na mente das duas e resolveu continuar antes que elas pensassem mais besteiras.
Washu-sama é uma das deusas representantes de Deus... Ela tem um corpo de mulher, só que prefere ficar como criança. Não vejo mal dela ter tido um marido. – disse sob os olhos assustados e incrédulos de Ryoko e Aeka. – Como eu dizia, Lord Mikamo era o marido de Washu. Só que ela havia abandonado-a por ela não ser da realeza, ou melhor, por ser amiga da família Jurai. Família que tanto o pai dele odiara.
Mas o que isso tem haver com o que te perguntei? – disse uma impaciente Ryoko.
Está certo, não vamos alongar a história, pois logo vocês terão que cumprir suas tarefas nesta época. – disse Sasami. – Simplificando, Tenchi não pôde vencer Lord Mikamo, estava além de suas forças. Como castigo, ele foi morto cruelmente pelo inimigo. – fez uma leve pausa, lembrando-se da morte de seu querido amigo. Suspirou e continuou. – Logo em seguida, Lord Mikamo matou Yosho-sama, por este ser também um membro da família Jurai.
Ainda não entendo qual o problema em sermos juraianos? – perguntou Aeka indignada.
A família de Mikamo era inimiga da nossa. Ele foi preso e condenado à infinita tortura ao ser derrotado pelos nossos familiares. Ele queria vingança, mais do que tudo e foi isso que conseguiu fazê-lo se libertar de sua prisão para vir atrás de nós. – disse Sasami pesarosa. – Primeiro ele matou Tenchi, depois Lord Yosho, depois nossos pais... – falou em um sussurro, observando Aeka, que estava atônita, enquanto seus olhos enchiam- se de lágrimas. Sasami abaixou a cabeça em um leve silêncio e logo voltou a falar. – Nossa família foi totalmente dizimada, e se não fosse por Lady Washu e Lady Tsunami, eu e Aeka também estaríamos mortas agora.
Aeka tentava conter as lágrimas e Ryoko tentava assimilar os fatos. Sasami ficou de cabeça baixa por longos segundos antes de conseguir voltar a falar, já olhando para as visitantes do passado.
Nem Ryoko, nem Aeka do meu tempo conseguiram vencer Lord Mikamo. Lady Washu e Lady Tsunami transportaram-nos para um Universo Paralelo, para tentarmos nos esconder do vilão. – disse enquanto se lembrava do ocorrido. – Por pouco não fomos pegas, pois ele veio atrás de nós nos outros universos. Mas há muitos e ele não conseguiu nos achar.
E por que ele fez isso com a Terra? – perguntou Ryoko, observando através do teto de vidro o céu infernal daquele futuro.
Lord Mikamo destruiu muitos universos paralelos para que nós não pudéssemos ir para eles. Em seguida, começou a dominar o Universo, sem paciência para nos achar. Ele destruiu Jurai, matou nossos pais e nosso povo... Assim, com a Família mais poderosa do Universo dizimada foi fácil para ele conquistar o resto do Universo. – Sasami falou com amargura na voz. – Só que ele ainda nos queria e voltou para Terra, onde fez este mundo calmo e pacífico se tornar quase uma cópia do inferno. Ele sabia que não iríamos permitir que destruísse o planeta de Tenchi-sama. Sabia que iríamos voltar e se instalou aqui, enquanto mutilava e maltratava os terráqueos.
Que monstro... – soltou Aeka com raiva. Aquele homem era um maldito desgraçado. Não se contentava em destruir sua família, tinha que destruir todo um Universo. Onde ele esperava chegar?
Nós voltamos, como ele previu. Mas nos mantemos na sombra da melhor maneira possível, já que a destruição deste planeta fez dele um ótimo lugar para se manter escondido. Nós abrigamos o povo e fizemos uma frente revolucionária, com vários adeptos. Porém, Lord Mikamo era infinitamente mais forte e não foram poucas as vezes que quase morremos. – disse Sasami.
E o que houve em seguida? Como resolveram esta situação? – perguntou Ryoko já nervosa com o que estava sabendo.
Aeka e Ryoko eram quem protegiam os terráqueos, elas tinham este poder. Lady Washu e Lady Tsunami não tinham poder destrutivo para tal, pois sendo uma a deusa da Bondade e a outra da Sabedoria, não tinham o Poder de Lady Tokimi para medir forças contra ele. – continuou Sasami. – Mas Lady Washu nos deu uma possibilidade de vencermos, ela finalmente nos mostrou uma pequena esperança.
Aiko... – concluiu Ryoko. Sasami acenou positivamente.
Bom, como vocês já devem estar um pouco a par da história, a pequena Aiko estava mantida em um tubo para ser conservada, pois estava semi-viva. Quando ela nascera, há algumas centenas de anos, foi exposta a um grande poder e quase perdeu a vida. Salvou-se graças à Washu, que a deixou entubada para não morrer. – disse Sasami se lembrando da pequena garotinha que criara. – Entretanto, fazê-la renascer pedia um grande preço, um preço que nem todos poderiam aceitar oferecer. A pequena Aiko perdeu quase toda sua essência devido ao seu acidente e trazê-la de volta necessitava de um grande poder.
A essência de outro ser... – dessa vez foi Aeka que falou, logo que suas lágrimas secaram.
Exatamente. – disse Sasami. – Mas devido ao enorme poder que ela mantinha, apenas um outro grande poder a faria reviver. Por isso, Aeka e Ryoko aceitaram se sacrificar para que ela salvasse este mundo. – Sasami ainda podia se lembrar com detalhes da pequena Aiko e de como ela renascera, estava vivo em sua memória aqueles momentos alegres e tristes que se misturaram em sua mente, quando viu sua irmã e sua amiga dando a vida para que outra surgisse. – Aiko tem a essência de vocês duas: Os cabelos negros que ela tinha quando bebê, foram se modificando com o tempo, se tornando lilases como os de Aeka e com vários mechas azuis, como os de Ryoko.
Oras... Mas isso é surpreendente! – disse Ryoko sem poder acreditar no relato.
Aiko é um pouco Aeka e um pouco Ryoko agora. Em seu espírito sempre haverá um rastro de vocês duas e isso ninguém poderá mudar. Até mesmo o nome dela foi baseado na união, Ai de Aeka e Ko de Ryoko. – disse Sasami sorrindo. Aeka e Ryoko ficaram minutos atônitas, aquilo era mais do que elas esperavam. Mas havia mais a ser revelado e o tempo corria. Resolveram continuar com as explicações.
O porquê de estarmos aqui já nos foi revelado... – disse Aeka de cabeça baixa, enquanto pensava, para logo em seguida voltar seu olhar para a irmã "mais nova" – No entanto, por que você envelheceu tão rápido, minha irmã? Você não nos explicou...
Bom, como Aeka e Ryoko iriam dar sua essência para que Aiko voltasse a vida, elas perderiam muito de seu poder, tanto que perderiam sua forma material. Logo, não haveria quem cuidasse dos terráqueos, enquanto Aiko não estivesse pronta para lutar. – disse Sasami recordando-se de seu próprio destino. – Washu, prevendo o que iria acontecer caso não tivéssemos quem nos protegesse, construiu uma máquina, uma máquina que poderia acelerar o desenvolvimento de uma pessoa, uma máquina que me faria envelhecer até a idade atual.
Para você cuidar do povo. – terminou de proferir Aeka. Sasami apenas acenou positivamente.
Todos estavam fazendo de tudo por este povo, eu não poderia ficar apenas parada vendo o mundo que as pessoas que eu amo protegiam ser destruído. Portanto, aceitei o que Washu me propôs e, enquanto Aeka e Ryoko davam sua essência para Aiko renascer, eu fiquei confinada naquela máquina por centenas de anos, anos que só passaram para minha mente e meu corpo. – Sasami ainda sentia falta da infância perdida, mas a vida nem sempre é justa e devemos fazer o possível para aprender a conviver com isso e adaptar nossas vidas para certas situações onde nada mais pode ser feito. A jovem abaixou a cabeça, lembrando-se daquele longo um ano em que ficou presa em uma máquina, para logo levantá-la novamente e continuar. – Eu e Ry- oh-ki somos responsáveis pela guarda de nossa precária base revolucionária. E é isso que venho fazendo desde que Aeka-nii-chan e Ryoko-nii-san perderam seu ser material.
Ficaram quietas por instantes, Aeka e Ryoko tentando assimilar o que escutaram até o presente momento. Era realmente uma história impressionante, mas muito mais triste. Tantas vidas, tantos lugares, tantos amores perdidos devido à sede de vingança de um único homem.
Bom, para terminar... Aiko cresceu sob os ensinamentos da alma de Aeka- chan e Ryoko-chan; Lady Washu, Lady Tsunami e eu. Quando chegou a hora certa, a hora de agir contra Lord Mikamo, Aeka-chan e Ryoko-chan expressaram sua vontade de salvar a vida de Tenchi, nem que fosse em outro Universo. Logo, Lady Washu descobriu uma maneira de fazê-lo e enviamos Aiko para Terra do passado e, como forma de compensar o buraco que se formou no Tempo, resolvemos trazer vocês duas para cá, pois vocês eram as únicas que poderiam se unir às almas de Aeka-chan e Ryoko-chan. Podendo assim, salvarem o nosso tempo também, como vocês já devem saber.
Sim, já sabemos dessa parte da história. – disse Aeka pensativa, enquanto Ryoko resolveu se pronunciar depois de algum tempo em silêncio.
E por que eu não me lembro de quando cheguei aqui? – perguntou Ryoko desconfiada.
Assim como aconteceu com Aiko quando foi para seu tempo, vocês sofreram uma grande descarga de correntes elétricas e muito de suas forças foram drenadas. Vocês duas chegaram aqui, na nossa Sala de Experiências, desacordadas. Acho que já faz cerca de três horas que estavam dormindo.
Entendo... – disse Ryoko pensativa. A idéia de ter ido para o futuro e ainda permanentemente, não se instalava em sua cabeça com muita facilidade. Em certos momentos duvidou se aquilo não se tratava de uma brincadeira muito sem graça dos seus amigos, mas aquilo tudo era real demais, bem feito demais, triste demais para ser apenas uma fachada para uma espécie de teatro. Nem mesmo os Universos Alternativos para o qual fora mandada uma vez por Washu se comparavam com a veracidade e a melancolia daquele lugar, sua principal prova era aquela visão que tinha através do teto de vidro. Por mais que aquilo pudesse ser suspeito, um holograma talvez, duvidava que Washu ou qualquer outra pessoa pudesse conseguir, ou querer, fazer tal cenário. Agora só restava se conformar com o que lhe fora destinado, nada mais.
Sasami-chan... O que... O que houve com Ryoko e Myoshi? – perguntou a princesa Jurai, mudando de assunto. Sua irmã mais nova ainda não havia lhe dito o destino das duas policiais e devido aquela súbita carinha de infelicidade que surgiu no rosto da outra juraiana, não precisou muito mais para adivinhar o que também acontecera as suas amigas.
Infelizmente, assim como Yosho-sama e meus pais... As duas morreram... Durante um ataque da Polícia Galáctica contra Lord Mikamo... – falou tristemente, abaixando a cabeça.
Um momento de silêncio melancólico se formou depois de tais palavras.
Bip, bip. – o computador da instalação começou a chamar e Sasami foi ver do que se tratava.
Aeka-chan, Ryoko-chan... É chegada a hora de encontrar a "Outra Parte" de vocês. – um súbito silêncio se instalou no local.
Em seguida, tanto a princesa Jurai mais velha, quanto a pirata, acenaram positivamente e seguiram Sasami por uma das várias portas do estabelecimento.
O que aconteceria a partir de agora?
# # #
O local não parecia muito melhor do que aquele em que estiveram há alguns minutos. O chão era do mesmo estilo, sem piso, e várias máquinas se encontravam no lugar, a diferença é que pareciam máquinas mais biológicas, diferentemente daquelas na sala em que acordaram.
Ah, finalmente as duas lindinhas resolveram dar o ar de suas graças. – disse uma voz um tanto quanto irônica. Ryoko e Aeka voltaram seus rostos para um dos lados vendo, com surpresa, uma Washu adulta, com roupas científicas. A verdade é que fora apenas uma vez que viram a "menina" naquela forma e ainda assim, parecia como se fosse a primeira vez, de tão incomum que aquele corpo demonstrava-se ser.
Bom dia para você também, Washu. – disse uma sarcástica Ryoko, olhando torto para sua criadora, Washu sorriu no mesmo tom para a jovem. – Espero que você saiba que passamos por uma longa e difícil viagem, não esperava que nós estivéssemos totalmente em forma.
Há! Eu estou completamente em forma, querida. Se você não está, só me resta sentir muito. – Aeka não pôde deixar de comentar num tom um tanto quanto sarcástico. Washu resolveu se intrometer antes que a moça de cabelos azuis resolvesse revidar.
Mas é claro que achei que vocês estariam "em forma", Ryoko. – disse como se fosse algo óbvio. Depois desviou os olhos e saiu andando com a cabeça levantada, como se estivesse orgulhosa de algo. – A minha Aiko não demorou mais de vinte minutos para recuperar a consciência. Vocês duas que são umas preguiçosas. – Tanto Aeka quanto Ryoko levantaram um pulso em ódio, enquanto uma veia pulava em suas cabeças.
Ma ma, não vamos brigar, sim? – disse Sasami levantando as mãos como se pedisse paz para suas amigas. No entanto, nem as duas viajantes do tempo, nem a "grande" cientista pareciam ouvir.
Vocês duas são umas preguiçosas, sim! Até mesmo em um momento crítico como o que vivemos, a Versão do Futuro de vocês só sabem incomodar e palpitar, não fazendo nada de útil! – disse Washu cruzando os braços e fechando os olhos, em pose de ofendida.
Mas Lady Washu, como você quer que onii-chan e rioko-nii-san ajudem se elas não possuem matéria para tal. Só resta opinarem e ensinarem, não concorda? – disse Sasami tentando instalar compreensão entre as presentes. Washu olhou para moça surpresa.
E você ainda ajuda elas, Sasami-chan! – disse colocando uma mão no peito, olhando a moça de cabelos longos e azuis incredulamente. – Assim você me decepciona. Onde já se viu defender dois seres que só sabem reclamar e tagarelar, vivendo para acabar me incomodarem... – disse com lágrimas de crocodilo nos olhos.
Oras, qualquer uma que fale com você sem ser para bajulá-la é um incômodo. – disse Ryoko revoltada.
Aposto como é você quem incomoda os outros com suas experiências loucas. – continuou Aeka. Washu voltou o rosto para as duas com ódio, as garotas olhavam-na da mesma maneira. Ondas elétricas rodeavam os olhos das revoltosas.
...
Agora já chega. – disse uma voz séria e penetrante. No mesmo momento, as três brigonas pareceram sair de seu transe de ódio e congelaram, talvez em medo, talvez em respeito.
Não precisa tanto, não é mesmo? – disse uma outra voz, um pouco menos séria, mas ainda assim penetrante. As quatro que "conversavam amigavelmente" voltaram-se para o local de onde vinham as vozes, Ryoko e Aeka não puderam deixar de prender a respiração.
Não é momento para discussões, temos muito o que fazer. – disse a mulher com a voz mais séria, dirigindo-se a sua companheira. Ryoko e Aeka deixaram o queixo cair. Aquela mulher, de longos cabelos roxos e a outra com uma longa trança azul pareciam muito mais espantosas ao vivo. O primeiro encontro que tiveram através de uma ligação entre o passado e o futuro deixava muito a desejar visto o quão surpreendente parecia ver a si mesma e tão diferente ao mesmo tempo...
Mas... Mas... – tanto Ryoko quanto Aeka perderam a fala. A mulher de longos cabelos azuis parecia que iria responder a sua companheira, mas ao perceber que as outras as olhavam desviou o olhar para elas, sorrindo marota, acompanhada de sua amiga, ainda com o rosto severo. Sasami resolveu fazer as "re"-apresentações.
Bom, acho que vocês já se conhecem: Aeka-chan, Ryoko-chan, estas são Lady Ryoko e Lady Aeka. – mesmo com a reverência das duas mulheres, tanto Aeka quanto Ryoko ainda estavam abobadas e mal conseguiram responder ao cumprimento.
Um silêncio constrangedor se instalou entre aquelas moças. Washu, ainda nervosa e agora impaciente, disse que iria ver como estava o seu precioso maquinário. Sasami, vendo que as outras precisavam ter uma conversa, resolveu se retirar. Ficaram apenas as quatro jovens, das quais a existência mudaria drasticamente a partir daquele momento.
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Espero que tenham acordado bem. – disse uma sorridente Lady Ryoko para suas "convidadas", ao contrário de Lady Aeka, que não sorrira um segundo se quer. Ryoko e Aeka simplesmente acenaram que sim, rigidamente, mal podendo acreditar no que viam a sua frente.
Ao contrário da visão que tiveram através da conexão que Aiko fizera entre o passado e o presente, dessa vez, as duas mulheres pareciam muito menos "consistentes". Não era à toa que Sasami referira-se às duas como "almas", pois era exatamente isso que eram.
Suas vestes, seus rostos e seu físico eram idênticos ao que viram no passado, mas sua coloração era quase transparente, podendo-se ver através delas.
Espero que já estejam satisfeitas em analisar-nos. – disse Aeka seriamente. As duas moças se assustaram e Lady Ryoko deu uma risada gostosa, sem se importar com o olhar atravessado que sua amiga lhe lançou. Já a Ryoko do passado emburrou e resolveu responder.
Puxa, você parecia muito mais simpática no holograma que vimos no passado. – disse olhando a semi-deusa de canto de olhos. Lady Aeka apenas olhou para ela, sem resolver revidar. Lady Ryoko ainda ria e resolveu responder pela outra.
Aeka mudou muito, aquela que você conhece no passado não é exatamente a do futuro.
Em compensação, você continua a mesma garota infantil. Você parecia muito mais séria no holograma que vimos no passado. – Aeka falou meio irônica, repetindo quase as mesmas palavras que Ryoko falara há instantes.
Um pouco mais de respeito, Aeka. Lady Ryoko está certa, eu mudei e ela também, assim como o futuro mudou. Não zombe de nós. – Aeka ficou sem graça com a reprimenda que levou de si mesma e Lady Ryoko sorriu-lhe, aproximando- se discretamente das duas jovens do passado, para cochichar para Aeka.
Não fique nervosa, menina. Essa aí está de TPM. – disse brincalhona como sempre, mas parecendo querer tranqüilizar a jovem princesa Jurai, o que não seria nada comum no passado.
Eu ouvi isso, Ryoko. E não tenho mais corpo para sentir este tipo de coisa. – disse Lady Aeka no mesmo tom de antes. Fazendo uma gota surgir no rosto de Lady Ryoko.
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Durante algumas horas Aeka e Ryoko puderam esquecer o que estava preste a ocorrer com elas. Depois que Lady Ryoko e Lady Aeka explicaram mais ou menos o que ocorreria entre elas, as duas se retiraram para se juntar a Washu e preparar o maquinário necessário para realizar a fusão. Um preparo que durou a tarde inteira. Quando se viram sós, Sasami levou-as para outros lugares da base, tentando entreter as jovens, o que era muito difícil fazer, quando tudo o que se tem a falar era sobre a desgraça que vinha lhes ocorrendo.
Lord Mikamo não tivera nenhum escrúpulo desde o princípio, quando conseguiu matar Tenchi. Logo após ele, foi a família Jurai, cuja foi morta cruel e violentamente, como se dessa maneira o inimigo pudesse dar evasão a sua ira incontida. Porém, parecia que não era suficiente para aquele homem e ele voltou para Terra, com o propósito de destruir os últimos sobreviventes da família Jurai.
Contudo, Washu e Tsunami não permitiram que isso ocorresse, esconderam as duas, tentando buscar uma maneira de destruir aquele maligno ser que, um dia, fora marido da primeira e pai de seu filho (esta parte da história chocou tanto Aeka quanto Ryoko, que finalmente podiam entender o total motivo da vingança de Mikamo sob a família Jurai). Mas a fuga das princesas Jurai teve seu alto preço e Mikamo escravizou a Terra, achando que este seria um bom lugar para fixar seu Império de Terror:
Um lugar cercado de planetas desabitados, que ele fez de bases para seus exércitos; com um ambiente um tanto quanto favorável e com um povinho tão fraco que seriam perfeitos para fazer o trabalho pesado que seu poderoso império exigia sem poderem oferecer resistência alguma.
E por fim, aquele era o planeta onde suas rivais (e sua maldita ex-esposa) estavam. Seria deveras divertido, na opinião do Lord, ver a reação destas para com o planeta em que aquele rapaz que elas tanto gostavam nasceu, viveu e morreu.
O ódio de Aeka e Ryoko por Mikamo só crescia a cada revelação que ouviam. Finalmente podiam entender por quê Lady Aeka se tornara tão séria, realmente não era nada bom saber o que aquele monstro fizera. A morte da família de Aeka, a morte de Kyone e Myoshi de forma vil naquela batalha que o Novo Lord da Terra travou com a polícia galáctica e principalmente, um ponto que atingia tanto à pirata espacial quanto à princesa Jurai: A morte do querido terráqueo, a morte de seu amado Tenchi, fora a principal razão pelo qual as duas não tinham dúvida nenhuma de sua vontade quase mórbida de destruir aquele reinado de terror e aquele que o fez.
Aeka, Ryoko, chegou a hora. – disse Lady Washu ao entrar subitamente no aposento em que se encontravam as duas garotas do passado e a mais nova das princesas Jurai.
As duas jovens acenaram afirmativamente, já levantando e seguindo a cientista, sabendo qual seria seu destino a partir daquele momento. À Sasami, apenas restou desejar boa sorte para as duas e que tudo terminasse bem no fim.
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(Continua)
06/06/04
Mary Marcato
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(#) Só para fazer alusão ao fato de que tanto Aeka, quanto Ryoko e outras integrantes do grupo Tenchi Muyo, têm mais de centenas de anos. Se não me engano, por volta de 20.000, mas como não tenho certeza absoluta da quantidade de anos, resolvi dizer que "muitos anos se passaram".
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Comentários da autora: Finalmente!!!!!!!!!!!!! Meu Deus.... Quanto tempo desde a última postagem o.o Gomen nasai, minna-san -- Eu não fiz por querer.... Mas a história não ia pra frente de jeito nenhum e como eu tinha outros projetos que saíam mais facilmente eu fui deixando este para trás. Agora vai ser a parte mais difícil de todas e como eu sou uma pré- vestibulanda, não me matem por não poder postar logo o próximo capítulo. Só prometo que não vai demorar mais de dois meses dessa vez Obrigada a todos os comentários que ainda recebo desta fic, eu adoro eles, são os grandes responsáveis pela continuação :) Ja ne!
Agradecimentos: Hm, dessa vez, meu agradecimento especial é para a Rina, que foi quem me cobrou a continuação E obrigada a todos que continuam a comentar!