Capitulo 4 – Ânimo alterado.
Hermione caminhara até a estação de metrô e pegara um trem. Sim, é lógico que ela sabia aparatar. Mas não estava a fim. Se lembrava do primeiro dia em Hogwarts. Ah sim, e também da primeira vez que entrara no expresso. Encontrara Rony e Harry em uma cabine. Rony estava lá, todo atrapalhado tentando fazer o seu rato ficar amarelo. Inutilmente. E também estava com uma sujeira no nariz. Eles passaram tantas coisas juntos desde então. Ela sempre tivera esperança, de que ele a olhasse diferente. Que ele olhasse para ela e visse ela com ela sempre o vira.
Olhou as paredes do metrô. Ficou pensando por muito tempo. Se lembrou de quando seu pai a levara para sua primeira volta de metrô. Sempre gostara de andar de metrô. Era meio deslocada quando criança, e em Hogwarts nada mudou. Mas se sentiu mais a vontade, estando com Harry e Rony. No começo não foi nada fácil, todos antipatizavam com ela. Até Harry e Rony. Mas depois, invertendo totalmente a relação que tiveram até um certo dia, viraram melhores amigos. Tudo por causa de um trasgo montanhês que invadira o castelo. É engraçado como certas coisas ruins acontecem para o bem estar de algumas pessoas.
Ela queria pensar assim agora. Pensar que o casamento de Rony era só uma coisa ruim que iria acabar se revertendo em uma coisa boa... Mas não conseguia.
Finalmente chegou em casa, um caco. Foi para o seu quarto e se jogou na cama, sem notar a presença de Chang, que estava esfaqueando outro travesseiro.
-Hermione, querida? – chamou, com aquela sua voz cínica.
Hermione bufou, tristemente.
-O que você quer Chang? – disse, cansada.
-O que houve? – perguntou Chang.
-Você acha mesmo que eu vou te contar... – disse Hermione ironicamente.
Cho respirou fundo tentando juntar paciência.
-Ah... Nossas vidas não andam fáceis não é? Hoje mesmo vi o Alden com aquela lambisgóia...
-Já disse para não xingar a Gina na minha frente. – disse Hermione, impaciente.
-Whatever... – disse Cho como se não tivesse ouvido Hermione. – Você não sabe de alguma coisa que possa fazer a lambis... digo... Gina Weasley largar o meu namorado?
Hermione riu.
-Nem se eu soubesse te contaria, Chang.
Cho olhou para o teto do quarto e pensou "Senhor, dê me paciência!".
-Podíamos fazer algo como um pacto.
-Eu nunca faria um pacto com você, Chang.
-Então ta. Não
reclame se a sua amiguinha sofrer as conseqüências de meu
veneno. E você sabe muito bem quais são elas!
-PQP
CHANG! DÁ O FORA!
Que droga! A maldita tinha que lhe lembrar daquilo? Não podia simplesmente ficar calada? Mas não, tinha que provocar Hermione...
Chang saiu do quarto rindo cinicamente. Um ano após sair de Hogwarts, Hermione fora parar na República do Sr. Doom, para jovens bruxos. Hermione estava um pouco relutante em relação a Chang, porém, estava se sentindo sozinha e foi ficando amiga dela. Bah, essa frase lhe dera enjôo... Só de lembrar que algum dia fora amiga da Chang... Enfim, ela confiara na Chang e Chang a traíra.
Como? Hermione começara a gostar de um carinha e Chang foi lá e ficou com ele. Depois o descartou. É lógico que ela não havia esquecido Rony, mas essa pessoa era muito especial para ela. E ela pensou que talvez ele e ela pudessem ter um relacionamento. Mas Hermione ficara extremamente traumatizada depois daquilo.
Sempre imaginara Rony entrando pela porta da frente do Sr. Doom implorando por desculpas. Mas agora voltara à Londres acompanhado da noiva. Ela não suportaria.
-Mione? – chamou uma voz feminina da porta.
Hermione se virou.
-Oi Lucy...
-Recebeu outra carta com noticias dele? – perguntou Lucy vendo o estado de Hermione.
-Não. – ela respondeu melancolicamente. – Eu o vi.
Lucy tapou a boca com as mãos, em um gesto de espanto.
-Você... Você o viu?
-Vi. – respondeu Hermione. – E vi a noiva dele. Ela é linda. É alta, magra, tem olhos azuis... Parece uma princesinha...
-Mione! – exclamou Lucy. – Pare com isso! Não é de uma princesa que Rony precisa!
-Eu não sei do que ele precisa. Mas tenho certeza de que não é de mim. – cortou Hermione.
-Você precisa conversar com ele... Vocês precisam conversar!
-Eu não tenho mais nada para falar com ele, Lucy! – exclamou Hermione, enfurecida e saiu do quarto. Voltou para o trabalho.
Mas o que Hermione não imaginava era o que Lucy estava fazendo.
Assim que ela saíra por aquela porta, soltando fogo pelas ventas, Lucy pegou um pedaço de pergaminho e uma pena e pôs a mãe na massa.
Prezado Harry Potter,
Eu não sei se você já ouviu falar de mim, mas meu nome é Lucy Fuller, amiga da Hermione. Sim, Hermione Granger. Eu devia estar furiosa com você pelas vezes que mandou notícias sobre Ronald Weasley para a minha amiga e a fez sofrer. Mas concordo com você no quesito: Rony-e-Hermione-se-amam. Ou poderíamos chamar a partir de agora de Operação RHSA? Ou só RH? Whatever... Eu estava pensando em promover um encontro entre os dois, e resolvi pedir sua ajuda. Os dois precisam MUITO conversar. Nem que seja para brigar de novo. Hermione anda muito deprimida nesses últimos dias. Aliás, sempre que o assunto é ele ela se deprime toda. Pelo amor de deus, Harry, ela o ama muito! E como Ronald é seu amigo você podia ajudar na parte dele, que eu ajudo com a Mione. Ele também a ama? Se a amar, me ajude nessa operação RH. Mande uma carta para Hermione dizendo que quer se encontrar com ela para conversarem. E mande outra para Rony. Hehe, esse antigo método nunca falha. Então os dois se entendem, ou brigam para sempre e ponto final!
Obrigado pela atenção,
Lucy Fuller.
Lucy amarrou a carta na coruja de Will e mandou a carta para Harry, esperançosa. Esperava muito que funcionasse...
-O que está fazendo, Lucy, querida? – perguntou Cho cinicamente.
-Pare de bisbilhotar Chang. – disse tentando tampar a janela e impedir Chang de ver o pontinho negro no céu, que era a coruja de Will.
-Pare de ser tão rabugenta, Fuller! – disse Cho estressada, saindo da sala.
Malfoy adentrou a sala, sorrateiro.
-Olá, Fuller. – ele disse.
-Tchau, Malfoy. – disse tentando sair da sala. Ele a segurou.
-Qual é o seu problema? – ele perguntou irritado.
-Eu acho que o problema aqui é com você, Malfoy! – ela disse se soltando dele e adentrando o corredor.
-Que merda! Não vejo a hora de voltar pra casa... – resmungou ele.
Hermione e Neville chegaram tarde, com olheiras do tamanho de um mundo, parecendo zumbis. Lucy estava à espera da amiga.
-Mione! O que aconteceu?
-Nós tivemos que ir para a ação. – disse Neville. – Algo tão tedioso...
-Como assim tedioso Neville? – perguntou Lucy sem entender.
-Nós só tivemos que esperar um suposto ex-comensal sair de um navio... E ele nem estava no navio... Ficamos horas e horas em frente a um porto esperando.
-Porque um ex-comensal usaria um navio? – perguntou Lucy sem entender.
-Não me pergunte. – respondeu Neville. – Nos mandaram lá urgentemente. De certo a Hermione sabe, mas ela ta a fim de dormir... E sério, não provoque ela hoje...
Hermione sumiu pelo estreito corredor e foi dormir. Lucy deu de ombros e se sentou no sofá. Neville se sentou ao lado dela.
-Sabe... Mione tem andado estranha desde que... – fez uma pausa. – Ahh... Desde que o Rony voltou. – completou Neville, hesitante.
-É... Percebe-se... Esse Weasley é um vegetal... Teremos que fazer tudo sozinhos... – comentou Lucy distraída.
-TeremoS? SozinhoS? – perguntou Neville, confuso.
-Ah... É claro que você não deve saber da operação RH né? – disse Lucy. – Relaxe, Neville. Quando eu me referi a mim e a outra pessoa, não estava me referindo a você...
-Mas se eu puder ajudar...
-Eu falo com você se precisar de ajuda... – cortou Lucy, e logo depois bocejou. – Bom, estou morrendo de sono. Vou dormir. Boa noite.
Neville também se levantou e foi se deitar.
Hermione estava toda encolhida na sua cama de manhã, quando foi acordada por um barulho de farfalhar de asas. Era uma coruja branca.
- Edwiges! – Hermione exclamou surpresa indo até ela. A coruja pousou em alguém, que estava atrás de Hermione. – Lucy... ? Você está se correspondendo com o Harry?
-Ahhh... Mais ou menos sabe Mione... Ar – É que... Aaa... Eu tenho um amor platônico por ele...
-Ahn? Pelo Harry?
-Isso mesmo! E resolvi conhecer direito...
-Ta bom... Se é o que você diz... – ela disse, dando de ombros e saindo do quarto.
Quando Hermione deixou o quarto, Lucy abriu a carta, ansiosa.
Prezada Lucy Fuller,
Sinto pelas vezes que tive que mandar noticias de Rony para a Mione, mas eu acho que até você sabe que se eu não fizesse isso, ela iria sofrer ainda mais.
Bem... Quanto à
afirmação: "Rony-e-Hermione-se-amam". É o
seguinte: Eu estou mais do que certo de que essa frase está
mais do que correta, mas quanto à "Rony e Hermione vão
ficar juntos" eu tenho minhas dúvidas. Só Merlin sabe
o número de vezes que eu tentei juntar os dois. Mas foram
tentativas inúteis... Só para te ajudar com o seu
plano, já estou escrevendo para Rony e Mione como você
sugeriu, e espero sinceramente que funcione.
Me mantenha
informado.
Qualquer coisa é só me gritar na lareira,
Harry.
Lucy amassou a carta com um sorriso triunfante. A qualquer minuto Hermione a contaria que iria se encontrar com Harry na sorveteria no Beco Diagonal. Lucy saiu do quarto e foi fazer o seu café. Hermione se levantou de sua cama e foi ao banheiro.
-Nossa... Estou um caco... – disse se olhando no espelho.
Ela se arrumou, lenta e sonolentamente para ir para o trabalho, e foi tomar café. Estranhou a alegria de Lucy, que cantarolava.
-Você acha que pode rolar algo entre você e o Harry? – perguntou Hermione.
-Hmmm... Sei lá. – respondeu Lucy.
-Mas... Ele mora na França.
-O time dele está quase vencendo o torneio de lá. Se tudo der certo esse time vem disputar a prova Européia, e vai ficar hospedado adivinha onde?
-Onde? – perguntou Hermione.
-Londres! – respondeu Lucy, fingindo entusiasmo. E voltou a cantarolar.
Hermione terminou o café e foi para o trabalho. Nada de novo. Juliet tagarelava insistentemente sobre ela e Rony e Hermione fingia não se interessar. Quando ela estava realmente cheia bateu com os relatórios na mesa e pediu, estressada:
-Binoche, realmente, será que da para parar de tagarelar e trabalhar?
Juliet murchou em sua cadeira e pegou um relatório para ler.
-Hermione, não precisa ser tão grossa! – brigou Matt.
-Eu SOU grossa, eu até consigo controlar, mas a garota não para de tagarelar! Eu não estou nem ai com o que você faz ou deixa de fazer com o idiota do Rony!
-Você chamou MEU noivo de idiota? – perguntou Juliet em tom de desafio.
-Chamei! Ele não
é só um idiota! É um covarde também!
Estúpido!
-Lave a sua boca para falar do Rony! Eu o
conheço...
-Ninguém o conhece melhor do que EU, queridinha... E ele é um cretino! – berrou Hermione, e por fim, saiu da sala, batendo a porta.
N/A: Capitulozin a toa... To na maior falta de criatividade . ... mas o q vcs axaram?
Bem... deixem reviews... ngm deixou no cap passado :(
