Capitulo oito – Será que nada deveria mudar?
Hermione foi exausta para casa e se jogou no sofá. Andara fazendo muito isso ultimamente. Mas o ponto é que ela estava tão cansada que nem viu Malfoy.
-AI! – ele exclamou.
Hermione levantou assustada.
-Malfoy? – ela exclamou surpresa. – Seu pai te expulsou de casa de novo?
Malfoy, só para variar, deu a mesma resposta mal-humorada de sempre:
-Não é da sua conta.
Hermione deu de ombros. Realmente não era da conta dela, e se ele não estava a fim de falar não havia nada que ela pudesse fazer pra saber. Nem estava tão interessada em saber...
-Mas já que você está tão interessada... – começou Draco.
-Não... Só impressão sua. – cortou Hermione.
Malfoy bufou.
-Dessa vez eu que saí de casa... – disse Draco.
Hermione olhou para ele surpresa.
-Seu pai está sem dinheiro ou coisa assim? – ela perguntou.
-Não, Granger. – respondeu Draco friamente.
Hermione olhou para ele com descrença.
-No que você queria que eu acreditasse? Do que mais você pode gostar?
Ele bufou de novo.
-Então você pensa isso também?
-Hmmm... Penso. – disse Hermione como se a resposta fosse óbvia.
-Bem... Pelo menos impõe respeito... – disse Malfoy para si mesmo. – Mas... Eu acho que talvez não seja só isso. Você acredita que nada deveria mudar, Granger?
Ela olhou para ele, confusa.
-Como assim?
-Acredita que as coisas deveriam permanecer do jeito que sempre foram?
-Continuo não te entendendo... – disse Hermione sem entender. Mas talvez no fundo ela o entendesse...
Malfoy bufou impaciente. Porém, insistiu.
-Eu perguntei...
-Eu sei o que você perguntou, Malfoy. – disse Hermione bruscamente. – Só não estou entendendo a que ponto você quer chegar...
-Só responda a minha pergunta. – pediu ele. Hermione franziu a testa. Malfoy nunca havia pedido a opinião dela. Parecia muita carência chegar a esse ponto.
-O.k. Você quer saber se eu acredito se as coisas deveriam permanecer como sempre foram. – disse Hermione.
Ela fez uma pausa. Parecia uma pergunta simples. Mas não era tão simples. Se nada tivesse mudado ela não estaria sozinha. Se ela não tivesse afastado as pessoas que amava para longe, não estaria se sentindo tão só. Seus olhos encheram d'água. Ela tentou com toda sua força impedir que as lágrimas caíssem. Mas não foi possível.
-Eu hein, Granger. – resmungou Malfoy. – Só responda a pergunta.
Ela enxugou as lágrimas.
-Eu acho... – ela fez uma pausa. – Acho que todos gostaríamos que certas coisas não mudassem... Mas é impossível impedir que as coisas mudem... Tudo muda... É claro que não deveria mudar... Às vezes parece até que levamos uma rasteira da vida. Mas essas mudanças são necessárias para nos mostrar que o tempo continua correndo e ele não pára.
Malfoy continuou em silêncio após o que ela disse. Parecia pensativo. Hermione franziu a testa.
-Mas pra que tudo isso? Por quê você me perguntou essas coisas? – perguntou ela ainda sem entender.
-Assunto meu, Granger. – respondeu ele. O estranho é que por de trás de seu usual semblante aborrecido, ele não usou nenhum tipo de tom ríspido. – Talvez as coisas fossem mais simples se eu não desafiasse meu pai e não saísse de casa. Mas vale à pena arriscar, Granger. A vida é feita de riscos.
Hermione não disse nada. Apenas olhou para o canto da sala.
-Mas você percebe o que acabou de dizer? – perguntou ele. – Percebe o quanto é grave?
-Grave? – perguntou Hermione sem entender.
-Granger, se você tem um assunto mal resolvido você não pode esperar que ele se resolva sozinho! Você não pode ter medo numa hora dessas! Medo Burrice! – esbravejou ele.
Hermione franziu a testa o máximo que pôde.
-Você está sabendo de algo, Malfoy? – perguntou Hermione.
-Fiquei sabendo que você estava pra cortar os pulsos... – respondeu ele. – Mas não é isso...
Hermione ficou surpresa. Nem Neville, nem Will, muito menos Lucy contariam a Malfoy. Quem mais poderia ter comentado?
-Chang... – murmurou Hermione cerrando os punhos.
-Sabe como é... – disse Malfoy. – Nas condições precárias de hoje em dia... Eu tava sem nada pra fazer, ai acabei dando uns pegas na Chang. Foi horrível. – disse com cara de nojo – a garota não para de tagarelar!
-Eu não quero saber de você e a Chang, Malfoy! – disse Hermione. – Foi por isso que você perguntou aquilo? Pra me dar apoio moral? Duvido muito...
Malfoy riu.
-O que importa? Pare de ser tão burra e vá atrás do Weasley logo!
Ela estremeceu. Malfoy sabia até quem era a pessoa? Decididamente, cabeças iam rolar... Cabeças orientais, de preferência.
-Pare de perder tempo e caia nos braços do traidor do próprio sangue logo! Vocês se merecem!
Hermione estava para responder que não era tão simples assim, quando pensou "Não estou a fim de fazer confidencias pro Malfoy! Francamente". Mas como ele não parava de tagarelar...
-Não é tão simples assim, Malfoy. Você só fala como se fosse por que não é você que está no meu lugar.
Draco bufou.
-Você ta sendo burra, Granger. – disse ele.
-E quem me garante que Rony quer me ver? – perguntou Hermione, insegura, mas tentando não demonstrar.
-Você, garota! Você tem que se garantir!
Hermione olhou para ele. E então ele parou de falar. Talvez ainda houvesse uma chance... E agora iria atrás de Rony. Não desperdiçaria sua última chance. Não mesmo.
Ela saiu correndo de lá e nem se importou de fechar a porta. Não foi capaz de esperar o elevador (estavam em um prédio trouxa) desceu a escadaria toda, de dois em dois degraus. Mas aonde encontrá-lo?
Faltavam duas semanas para o casamento, então provavelmente ele estava preparando algo para o mesmo. Ou talvez estivesse treinando quadribol. Mas qual era o nome de seu time mesmo?
Qual seria o modo mais rápido de encontrá-lo?
Ela entrou, apressada, n' O Caldeirão Furado e usou uma das lareiras de lá. Chamou por alguém na Toca. Graças à Merlin Gina viera atendê-la.
-Hermione?
-Gina! – exclamou Hermione. – Onde está seu irmão?
-Ele ta trabalhando... Treinando...
-Aonde?
-Hmm no campo de treinamento do time dele... – respondeu Gina, franzindo a sobrancelha. Onde mais ele estaria treinando?
-Ta! Mas que time é este?
-Bartleby's Wings. – respondeu Gina. – É da segunda divisão sabe... Mas eles estão crescendo e...
-Não importa Ginny! – disse Hermione. Estava realmente com pressa. – Desculpa mas eu tenho que achar o Rony.
Gina compreendeu. E sorriu.
-Finalmente... Eu vou com você. Eu te mostro. Você ta n' O Caldeirão Furado, certo?
Então Hermione tirou a cabeça das chamas da lareira e ouviu um CRAQUE.
-Cá estou eu. Vamos, Mione! – encorajou Gina.
Hermione assentiu.
-Vamos. – murmurou.
N/A: Nhah... Provavelmente este é o penúltimo capitulo.
Pena q ngm comentou. Já sei... como punição vou fazer um fim dramático acompanhado por uma chacina no centro de treinamento do Bartleby's Wings (gostaram? Eu q inventei o nome...).
Hehe... Dependendo das reviews nesse capitulo eu posso até perdoar vcs.
Aliás teve uma pessoinha q comentou sim, Holly Potter me convidando pro concurso Potter-Shelter fics... Mas ela nem leu a fic ¬¬'
E eu tb n faço idéia d onde seja pq ela n deixou endereço... td bem, eu relevo...
Reviews pr'esse capitulo, tá seres humanos?
