Capítulo 06: Teia de sentimentos

Todos corriam apavorados pelos corredores. Draco tentou pensar em algo para fazer. Ele viu alguns monitores tentando organizar os alunos, sem sucesso. O professore Flitwick apareceu, mas ninguém lhe deu atenção e Draco viu a hora de alguém esmaga-lo naquela confusão. Gina ao seu lado parecia que ia correr a qualquer momento como os outros.

- Nem pense nisso. – Ele a segurou pelo pulso. – Talvez seja melhor você ficar ai dentro. – Apontou para o retrato.

- Tem um dragão voando sobre o castelo e você quer que eu fique ai dentro. – A voz dela tinha um tom mais agudo.

- Então vá para um lugar longe dessa confusão, só não saia do castelo, é mais seguro aqui dentro do que lá fora.

- Você vai me deixar aqui sozinha? – Ela apertou a mão dele com força. Sentia um pânico tomar conta dela.

- Você quer que eu faça o que? – Perguntou aflito. – Tenho que ver o que esta acontecendo.

Gina olhou para os lados, procurando algum conhecido, ainda sem soltar Draco.

- Rony! – Ela gritou, Draco não percebeu que Weasley e Granger se aproximavam. Gina soltou a mão dele.

- Gina, venha. – Rony a agarrou pelo braço, olhando desconfiado para Malfoy.

- Granger o que esta acontecendo?

- Eu não sei Malfoy, acho que estamos sendo atacados.

- Por que estão todos correndo? Não tem como o dragão atacar o castelo.

- Eu sei disso. – Hermione olhou nervosa para Malfoy. – Mas eles não sabem que o castelo é protegido por um feitiço anti- incendio. Acho que devemos mandar os alunos para suas salas comunais.

Draco olhou mais uma vez ao redor e sem dizer mais nada saiu dali, virando o corredor da esquerda.

- Espero que ele tenha ido ajudar os professores.

- Acho mais fácil ele ter ido ajudar o dragão, Mione.

- Rony, leve Gina para outro lugar, eu vou ver o que esta acontecendo.

- Eu não vou te deixar aqui sozinha, Mione. E temos que achar o Harry.

- O Harry sumiu? – Gina olhou para Hermione como se pedisse explicações.

- Ele foi pegar o trabalho de Historia da magia que tinha esquecido no dormitório, logo em seguida começou essa confusão. – Hermione olhou para o lado. – Olhe ele ali. – Harry correu até eles.

- Vamos sair daqui. – Ele disse com uma aflição no rosto. Rony mexeu as mãos nervosamente.

- Sua cicatriz esta...?

- Não. Vamos. – Harry segurou na mão de Gina, que se viu sendo levado por Harry ate a sala comunal.

Rony foi com Hermione ajudar os professores, Harry ficou de encontro-los quando deixasse Gina em segurança. Os alunos já não corriam, mas olhavam apavorados pela janela. Gina notou que o dragão só sobrevoava Hogwarts, ele não tocava fogo em nada, e ela não consegui vê-lo direito, so viu que era de um verde-cor- de-lodo. Chegou na sala comunal com Harry, sem trocar nenhuma palavra e tentando ignorar o choro de alguns alunos do primeiro ano, se encontrava perturbada demais com seus próprios problemas.

- Esta tudo bem, Gina?

- Esta sim, eu vou subir para o meu quarto. – Harry fez que sim com a cabeça e virou as costas para sair da sala comunal.

Ela subiu para as escadas, querendo pensar, entender o que acontecia com ela. Tinha visto aquele dragão no primeiro dia de aula e não contou para ninguém. Devia ter avisado, podia ter evitado aquele caos. O dragão sumiu de sua cabeça com tudo que estava acontecendo, como ela podia esquecer uma coisa dessas. Não sabia nem o que se passava mais na sua cabeça. Agora pouco tinha aceitado a idéia de estar com Malfoy. Foi tudo tão rápido, sem explicações.

Simplesmente ela fez o que ele disse, seguiu a sua vontade e a vontade dele. Draco a deixava sem reação nenhuma, com ele as coisas era surpreendentemente instáveis e ela gostava da instabilidade, do estado volátil que ele representava, não sabia o que viria depois, era tudo novo, uma confusão de sentimentos, uma mistura que mexia com ela e estava gostando disso. Sabia que aquilo era um risco, que não passava de um jogo e que teria que tomar cuidado. Há poucos dias ela não queria saber de nenhum garoto, e agora estava com Draco, agindo da maneira que não esperava.

Ficou ali deitada na cama, ouvindo tudo silenciar aos poucos e acabar adormecendo. Como era bom dormir e se livrar daquilo tudo por algumas horas.


Draco se sentou na cama, Duchy ao seu lado, empinado de um jeito altivo. Ele passou a mão na testa suada. Aqueles alunos eram muito burros, o que adiantava ficar correndo pelo castelo? Era uma coisa tão burra de se fazer. Finalmente os professores estabeleceram a ordem e um grupo de bruxos especialista em dragões foi chamado ate Hogwarts. O dragão tinha sumido, sem fazer nenhum dano a propriedade. Draco ouviu um dos professores cochicharem sobre aquilo ter haver com Você- Sabe-Quem, e agora ele se perguntava porque não havia sido informado pelo seu pai e qual a finalidade daquele dragão ali? Não parecia muito o tipo de coisa que o Lord faria: mandar um dragão que apenas sobrevoasse Hogwarts. Não, talvez, não tivesse nada haver com o Lord.

E o pior daquilo tudo é que tinha estragado o seu momento com Virginia. Sentia falta dela, so estava algumas horas longe de Virginia e sentia muita falta. Ele tentava se enganar tentava não pensar nela. Era algo mais forte que ele, e se via em desespero por ela não estar ali ao seu lado, como ele detestava sentir aquilo. Seu pai estava certo quando dizia que o amor era para fracos, que deixavam as pessoas tolas, que as faziam pensarem besteiras e que atrapalhava a vida de um homem. Mas como era bom sentir a sensação de se ter alguém, alguém que o fizesse esquecer de seus problemas, alguém que o fazia se sentir vivo.

Era torturante estar longe dela, e Duchy estava ali para acabar com aquela tortura. Pegou um pergaminho em sua gaveta e escreveu um bilhete para Virginia pedindo que ela o encontrasse em uma sala ao lado da de Adivinhação, a pequena sala que não era usada. Despachou a coruja e foi ate a sala esperar seu anjo.

Não foi difícil ir para lá sem ser notado, os corredores estavam sem movimentos, os alunos tinham recebido ordens de permanecerem em suas devidas casas. Ele chegou na sala e conjurou uma poltrona perto da janela. Ficou ali durante uns vinte minutos e nada dela aparecer. Ela não vinha, mesmo assim ele continuou ali, olhando para o céu que começava a escurecer.

Até que finalmente ela apareceu silenciosamente na sala, com um jeito tímido e de que não sabia o que fazer ou dizer.

- Pensei que não viesse mais. – Ele olhou em direção a ela. Gina se aproximou da poltrona.

- Eu não vinha mesmo. Os professores disseram que não podíamos sair.

- Ninguém vai pegar a gente aqui.

- Não é seguro, Draco.

- E me diga então qual lugar é? – Ele voltou a olhar enfadonho para a janela. – Nenhum lugar é seguro o suficiente.

Ela permaneceu calada, olhando ao redor da sala, já estava cogitando a possibilidade de conjurar uma poltrona também, quando ele voltou a falar.

- Venha aqui. – Chamou, tentando ser suave.

- Para que? – Draco sorriu.

- Eu quero te beijar. – Ele disse, sem esconder o riso dividido no sarcasmo e na sinceridade.

Ela ficou parada como se não tivesse ouvido o que ele disse. Draco levantou da poltrona e ela sentiu um frio na barriga, como se tudo despencasse dentro dela. Ele segurou a mão dela a levando ate a poltrona, sentou-se e deu espaço para ela se sentar ao seu lado.

- Por que você me chamou? Eu estava dormindo quando aquela coruja metida apareceu e ficou me beliscando. – Disse sem conter a vontade de passar o braço em volta da cintura dele e se encostar mais.

- Eu so queria te ver mais um pouco. E Duchy não é metido.

- Duchy é o nome da sua coruja?

- É.

- Você é tão estranho. –Draco suspirou passando a mão pelos cabelos dela.

- Eu também me acho estranho.

- Ah, mas isso é normal.

- O que?

- Se achar estranho, todo mundo se acha estranho. – Ela fechou os olhos encostando-se ao ombro dele. – O que é estranho é eu estar aqui te achando estranho, até porque eu já sei que você é estranho, mas hoje você tá um estranho diferente.

- Você é complicada.

- Essa situação toda é estranha. Ultimamente tem me acontecida cada coisa estranha. – Ela se lembrou do primeiro dia de aula e do esbarrão no garoto, no ocasional beijo. Tinha tirado aquilo da cabeça, nem queria mais saber quem era o cara que havia beijado. Estava com Malfoy e isso já bastava, já era complicado o suficiente.

- Estamos perdidos. – Draco falou depois de muito tempo em silencio.

- Do que você esta falando?

- Disso tudo aqui, Virginia, estamos perdidos. – Ela levantou a cabeça e o encarou. Draco sorriu de um jeito desolado.

- Mas o que você quer dizer com isso?

- Deixa pra lá, um outro dia eu te explico.

- Eu quero saber agora.

- Outro dia. – Ele colocou as duas mãos frias em cada lado das bochechas dela, trazendo seu rosto para mais junto.

A beijou da maneira mais suave que pode, apenas encostando a língua de leve na dela. A levantou um pouco, fazendo com ela sentasse em seu colo, sem desgrudar dos lábios dela. Envolveu Gina pelas costas com tanta delicadeza e cuidado, sentindo ela ficar arrepiada com aquele beijou suave e que ele tentou depositar todo o seu cuidado, necessitava demonstra isso ali, já que nunca seria de outra formar.

Até que separou sua boca da dela. Gina protestou o trazendo para mais perto e voltando a beija-lo de um jeito mais fogoso. Draco perdia seu controle.

- Ruivinha, não atiça muito não.

- Tá. – Ela percebeu que estava no colo dele, na verdade já tinha percebido antes, mas não tinha ligado. Saiu do colo de Draco e voltou a se sentar ao lado, muito vermelha por sinal. – Suas mãos são tão geladas.

- Sempre foram assim, algumas vezes elas ficam na temperatura normal.

- Talvez se você tomasse mais chocolate quente.

- Não gosto muito. E como você sabia disse? E o que chocolate quente tem haver com isso? – Ficou intrigado.

- Você não parece ser do tipo que gosta de chocolate quente. E bom... chocolate quente deixa as pessoas quente. – Ela mesmo sorriu de seu comentário bobo.

- Chocolate normal tudo bem, mas liquido e ainda mais quente, não mesmo. Eu gosto de doces, vai ver que é por isso que estou como você.

- Como assim? – Falou divertida.

- Seu perfume é meio doce, não muito, é na medida exata, suave.

- Você notou o meu perfume?

- Claro que notei.

Ela voltou a encostar a cabeça no ombro dele.

- Agora voltando ao chocolate. Quando eu to em casa só durmo se tomar chocolate quente, que a minha mãe faz.

- Você gosta de falar muito.

- Te incomoda? – Ela falou com tanta calma que a surpreendeu, se fosse em outro caso ela teria se sentindo ofendida com o fato dele dizer que ela falava muito.

- Não, eu gosto. – Se tratando dela ele gostava. – Podíamos ir a Hogsmeade esse final de semana.

- Acho melhor não, vão acabar nos vendo e eu não quero arranjar confusão com o meu irmão.

- Podíamos fazer de uma maneira que ninguém nos visse.

- Isso é praticamente impossível, há não ser que tivéssemos uma capa da invisibilidade. – Ela começou a mexer em um fiapo solto da poltrona e começou a descoser. – Você não conjurou muito bem.

- Nunca nem vi uma capa da invisibilidade. – Draco se lembrou da vez em que insistiu para seu pai lhe dar uma capa da invisibilidade no seu terceiro ano. Lucius não quis, porque dizia que ele poderia aprontar em casa sem ser visto.

- Eu já vi e... – Ela se calou, não podia contar sobre a capa de Harry.

- O que você ia dizer? – Dito com displicência.

- Nada, só que é muito raro conseguir uma.

- E como você viu?

- Ah, foi uma vez quando eu estava no Egito. – Ela ficou levemente vermelha. Draco a olhou desconfiado, tinha certeza que ela mentia, mas achou melhor não insistir.

- Podíamos ir para uma área mais afastado do povoado.

- Para que isso, Draco. – Gina desencostou a cabeça e se levantou, indo para mais perto da janela e apoiando os cotovelos no batente. – O passeio é no final de semana e nem sabemos se estaremos juntos daqui pra lá.

Só agora ele se dava conta de que estava planejando o futuro com ela e aquilo não deveria acontecer em um relacionamento que nem o deles, era uma situação incerta, não sabia o que aconteceria no outro dia. Ficou com raiva dela, por lembrar disso, e tentou esconder da melhor maneira possível.

- Eu sei disso. – Falou amuado, sem conseguir esconder a expressão carrancuda. Sua máscara falhou por breves instantes.

- Pensei que você não ligasse. – Gina voltou a se sentar no colo dele, se perguntando de onde vinha toda aquela ousadia da parte dela. – Afinal é so uma vontade passageira. – Envolveu seus braços no pescoço dele.

- Tem razão, é passageiro. – Assim ele torcia que fosse.

Pressionando seus lábios com força, uma das mãos passando para dentro da blusa dela na parte da cintura, sentindo a pele quente e macia. Gina fez menção de impedi-lo mais não conseguia. Ela gostava do toque frio dele em sua pele. Draco fazia com que ela perdesse todo o seu bom senso. Realmente ela nunca se imaginava naquela situação, ainda mais com um Malfoy. E o mais surpreendente para ela é que estava gostando.

Ele conseguia ser delicado e ao mesmo tempo intenso, moderadamente brusco em seus beijos e no jeito de conduzi-la. Gina se concentrava tanto nele, que não se dava conta de que era ela que mais o instigava a ser daquele jeito, não sabia que enlouquecia o sonserino com aquelas leves mordidas nos lábios dele, quando ele pressionou mais ainda. E desde quando ela mordia? Parou de pensar nisso ao perceber que a mão dele subia, ousando demais. Com o pingo de bom senso que lhe restava ela fez com que ele parasse, retirando a mão dele de dentro da sua blusa.

- Já tá tarde. – Murmurou muito próximo aos lábios dele.

- Você quer ir embora?

- Já devem estar sentindo a minha falta. – Ela se levantou.

- Então tá. – Nunca sabia como se despedir dela, e ela parecia não saber também.

- Já vou indo, você vai ficar ai?

- Vou ficar mais um pouco.

- Tchau.

- Tchau e... você pode vir aqui amanhã?

- Acho que não, eu tenho que estudar.

- Eu te vejo na biblioteca.

- Eu disse que tenha que estudar. – Ela olhou irritada para o sorrisinho sarcástico que se formava nos lábios dele.

- Eu não vou te atrapalhar. - Vendo que aquilo era uma perda de tempo, ela saiu da sala o deixando sozinho.

Draco voltou a olhar para o céu, mas não chegava a prestar atenção. Sua cabeça pensava em tantas coisas ao mesmo tempo, que chegava a incomoda-lo. Se condenava por estar se envolvendo e ela não parecer estar na mesma situação que ele. E o pior, foi ele quem tinha começado tudo. Caiu na própria cilada, estava em uma teia com Virginia, uma teia de sentimentos contraditórios que se encontravam. Já tinha tanta coisa com que se preocupar e agora tinha mais uma e aquilo estava se tornando uma prioridade.

Saiu da sala se sentindo cansado e querendo apagar o mais rápido possível.


Draco acordou aquela manhã se sentindo bem. O que era muito raro e nem ele entendia o porque de ter acordado assim, já que tinha ficado com seus problemas martelando em sua cabeça até conseguir dormir. Comeu bastante naquele café da manhã, Gina ainda não tinha aparecido e Pansy conversava ao seu lado com uma colega, até a voz dela naquele momento parecia agradável. Tinha acabado de receber alguns doces que sua mãe enviara e se viu na vontade de guardar alguns para Virginia, e foi o que vez, meio contrariado, mas fez. Guardou os que considerava mais deliciosos. Teria que guarda até de noite, quando a visse na biblioteca.

Esperou ela até a ultimo instante que pode, queria vê-la antes de começar as aulas. Saiu da mesa acompanhado de Pansy, Crabbe e Goyle.


Gina acordou em cima da hora, mais uma vez não daria tempo de tomar café da manhã. Depois de pronto correu para o salão na esperança de pelo menos pegar umas torradas e um copo de leite. Harry estava ali por perto e a chamou.

- Eu estou atrasada. – Tentou parecer educada.

- Toma. – Ele estendeu uma cestinha com algumas torradas. – Eu tenho essas torradas aqui.

- Obrigada, tenho que ir.

- Espera Gin. Eu queria conversar com você.

- Agora eu não posso... – Ele se posicionou na frente dela e sorriu.

- É rápido.

- Tá certo, Harry. – Falou tentando conter a irritação.

- Eu sei que você ainda ta chateada comigo, eu só queria que você entendesse.

- Por que você insiste tanto nisso? – Ela viu de relance, Draco e seus colegas saírem do salão principal.

- Eu posso te explicar melhor. É que realmente acho que o que eu fiz foi sem necessidade.

Draco a viu conversando com Harry. Ele estava tão próximo dela, falando sem jeito e um pouco animado. Draco teve vontade de fazer com que ele voasse longe e nunca mais chegasse perto dela. Ela era sua, não do Potter. Deixou que seus colegas fossem na frente e com a desculpa de amarrar os sapatos se abaixou perto de Harry e Gina.

- Eu não devia ter terminado com você. – Harry ficou mais vermelho do que os cabelos de Gina e timidamente colocou a mão direita na cintura dela, enquanto a outra mexia no cabelo dela.

- Como? – Gina arregalou os olhos, confusa. O que deu em Harry para esta falando assim, não era normal se tratando de Harry, ele não mudava de idéia assim e ela se lembrava muito bem de que quando ele terminou parecia muito convicto no que fazia.

Draco levantou os olhos para ela. Harry ainda não havia notado ele ali abaixado, mas Gina passava os olhos de Harry para Draco, sem saber o que fazer com as mãos de Harry, sem saber com agir diante daquela situação, só tinha certeza de que não estava gostando nem um pouco do que Harry disse, não por Draco, mas porque ela achava tão insensível da parte de Harry ter terminado com ela e agora chegar e dizer que não devia ter terminado.

- Posso falar com você mais tarde? – Harry tirou as mãos do cabelo dela.

Draco se viu enchendo-se de fúria, queria acabar com Potter. Ele estava tocando nela. Levantou-se pronto para dizer algo no intuito de afastar Potter.

- Potter, tentado seduzir a irmãzinha do seu amigo pobretão? – A habitual voz arrastada, os olhos expressando uma cólera em direção a Gina. – Até que o santo Potter, não é tão santo assim.

- O que você tem haver com isso Malfoy? – Harry se desvencilhou de Gina

- Nada, só que ela já esta atrasada para a aula e você também. Vou ter que tirar pontos. – Draco deu um dos seus sorrisos sarcásticos.

- Você também está atrasado, Malfoy.

- Não estaria se você não tivesse parado aqui para dar em cima da Weasley e eu me sentir na obrigação de parar para tirar pontos.

- Eu já vou indo. – Gina tentou falar sem encarar Draco.

Harry não disse mais nada, se dirigiu para as masmorras, ouvindo Draco dizer:

- Cinco pontos a menos para a Grifinoria. – Esperou Harry sumir de vista para ir atrás de Gina, alcançando-a próxima as escadas. – Então ele quer voltar com você?

- Draco, vá embora, eu já estou atrasada.

- Você vai voltar com o Potter? – Ele a segurou pelo braço.

- Ele na pediu para voltar comigo.

- Foi praticamente a mesma coisa que ele insinuou, Virginia.

Ela se soltou dele e voltou a andar. Draco quis ir atrás dela, se conteve. O que estava fazendo? Que se danasse se ela voltaria ou não com o Potter. Voltou para as masmorras entrando na aula de Snape e pedindo desculpa pelo atraso.

Se sentou no fundo da sala com Zabine, sem prestar atenção a aula. E se ela realmente voltasse com o Potter? Não, ela não podia fazer isso, não agora. Ele tinha dito que precisava dela e precisava de verdade mesmo. Se irritava mais ainda consigo mesmo. Não tinha mais jeito, não se imagina sem ela, e foi tudo em tão pouco tempo. Quando viu Potter a tocando, se sentia estranho, algo corroia dentro dele de maneira venenosa. Sentiu mais raiva de Potter e dela também, por estar se deixando tocar. Era algo tão simples, nada demais, e para ele parecia o fim do mundo.

Nunca sentiu isso por ninguém. O que sentia por Virginia era tão diferente do que já tinha sentido. Fervilhava dentro dele e até o ciúme o aquecia. Experimentava uma quase sensação de perda. A amarga realidade de que ela não era dele de verdade, machucava. Talvez não existisse mais nada entre eles, se afastar era algo impossível, e o fato de saber que os dois não tinha nada verdadeiramente concreto, nada que os deixasse preso um ao outro, machucava ainda mais.


Fim das aulas daquele dia e Draco chegou na biblioteca primeiro que Gina. Sentou na mesmo lugar que ela tinha escolhido da outra vez. Começou a folhear um livro sem muito entusiasmo, Madame Pince passava por ali o olhando com desagrado por ele demonstrar tanto desprezo pelo livro. Ela só não reclamava porque o livro não era da biblioteca. Draco ficou ali durante mais ou menos uma hora até que Virginia apareceu.

Ela se sentou ao lado dele sorrindo e fazendo-o esquecer do que iria falar para ela, da bronca que ia dar por ela estar atrasada e por conta do acontecimento com Potter.

- Por que demorou tanto? – Tentou falar de maneira fria.

- Eu estava conversando com Eve e Thamy e acabei perdendo a hora. – Ela tirou da mochila um pergaminho. – Você pode me ajudar com uma redação para Adivinhação.

- Posso, mas antes você vai ter que me explicar o que foi aquilo com Potter. – Por que não se controlava, não era para se importar com isso. Gina fechou a cara.

- Se você não quer me ajudar, tudo bem.

- Você vai voltar com ele?

- De novo isso. Você quer parar, Draco. Eu não estou a fim de falar sobre isso.

- Por que está tão irritada? – Mantinha um tom de tédio.

- Porque você esta me irritando com isso. Vamos parar, ok. Eu não devo satisfação a você.

- Ótimo, Weasley. Então corra para o estúpido do Potter. – Ele levantou e pegou suas coisas, a deixando ali. Sem dar os doces que havia guardado para ela.

Gina acompanhou com o olhar atônito, Draco se afastar e desaparecer do seu campo de visão por causa das estantes de livros. Mal teve tempo de pensar direito no que tinha acontecido, Thamy apareceu furtivamente e se sentou, ocupando o lugar de Draco.

- O que foi aquilo? – Ela perguntou abobalhada para Gina.

- Que? – Gina se desesperou com a possibilidade de Thamy ter escutado ela e Draco.

- Você e Malfoy? Vocês conversando e depois ele saindo irritado por causa de uma historia com o Harry, parecia até um ataque de ciúme. – Thamy olhou com um misto de curiosidade e indignação.

- Há quanto tempo você esta ai?

- Tempo suficiente para ouvir a conversar de vocês dois.

- Você estava nesse instante na sala comunal.

- Logo depois que você saiu eu vim atrás para poder estudar com você, então eu vi você com Malfoy, vocês pareciam... impossível.

- Thamy não conte para o Rony, por favor.

- Oh, Merlin! Então você e Malfoy estão mesmo...

- Não exatamente. – Gina interrompeu exasperada. – Não conte a ninguém, Thamy.

- Me explique essa historia direito. – Thamy meio que exigiu. – Você e Malfoy é algo do outro mundo.

- Eu... eu não sei exatamente como explicar, aconteceu e... sei lá... aconteceu.

- Gina, ele é um Malfoy, a família dele despreza a sua, ele vive te ofendendo e você sempre pareceu detesta-lo.

- Eu não consegui impedir. – Gina deitou a cabeça na mesa.

- Não me diga que você esta apaixonada por ele. – Thamy falou com total desprezo.

- Não. – Gina levantou a cabeça irritada. – Não estou apaixonada, isso é só um momento e não fale desse jeito comigo.

- Gina, ele é perigoso, há boatos de que ele é ou se tornara um comensal. Você perdeu o juízo?

- Não venha julgar minhas atitudes. Por que todo mundo tem que me ver desse jeito? Eu não gosto de ser certinha sempre, isso enche. – Ela puxou o ar suavemente a sua volta, tentando se acalmar. – E quer saber de mais uma coisa: é maravilhoso estar com ele, Draco me faz sentir bem e ele pode ser encantadoramente sedutor.

Thamy olhou para ela horrorizada para depois amenizar sua expressão.

- Encantadoramente sedutor é? – Ela deu um sorrisinho. – Então foi ele que fez você chegar daquele jeito aquela noite?

- Que jeito? – Gina rosnou.

- O jeito que você chegou aquela noite, depois de uma sessão de "estudos" na biblioteca.

- Ah... – Ela corou.

- Eu só quero que você tome cuidado, Gin. – Thamy voltou a ficar seria. – Isso pode ser perigoso.

- Eu sei, estou tomando cuidado. – Ela murmurou. – Preciso estudar.

Thamy tirou seu livro de Adivinhação e alguns pergaminhos da mochila.

- Você já fez a redação, Thamy?

- Já, mas nem pense que eu vou deixar você copiar.

- Thamy, é uma redação, eu não vou copiar. Só quero ler para ter uma idéia.

- Nada disso.

- Você é uma péssima amiga. – Gina pegou seu pergaminho e pena, tentando escrever algo.

- Não vou levar isso a sério. – Thamy sorriu e voltou sua atenção para o livro de Adivinhação.


Aquela situação não era perigosa para Gina, não por enquanto. Ela era perigosa para Draco, que não sabia lidar com seus sentimentos e emoções. Ele se jogou na cama, a mochila voando longe arremessada por uma das mãos. Tirou os sapatos com os próprios pés e ficou deitado olhando para o teto, de maneira tão intensa, que era capaz de fazer o teto despencar. Pensava na estupidez que tinha feito ao sair daquele jeito. Uma voz muito baixa dizia que aquele foi um ataque de ciúme. Um ataque de ciúme muito idiota.

Seu primeiro ataque de ciúme tinha sido por causa de uma Weasley e de uma forma tão estúpida. Cruzou os braços no peito e fechou os olhos, querendo se esquecer daquilo tudo. Que raiva sentia dela. Raiva da transformação que ela estava fazendo nele. Alguém bateu na porta do seu quarto. Ele permaneceu calado na esperança de que a pessoa fosse embora. A porta abriu e Pansy entrou.

- Draco, você não desceu para o jantar, algum problema?

- Não, só não estou com fome.

- Você anda tão estranho ultimamente. – Ela viu que ele não falaria nada, se sentou na ponta da cama. – Eu tive uma outra idéia de como você se aproximar da Weasley

- Não preciso mais disso. – Draco abriu os olhos fixando o teto.

Pansy ficou calada como se pensasse em algo, devia ser por isso que Draco andava desse jeito, concluiu.

- É ela que está te fazendo ficar assim. – Disse com uma certa tristeza.

- O que você tem haver com isso, Pansy? – Draco usou um tom de voz rude.

- Por mais que você diga que não há amizade entre a gente, eu sei que isso não é verdade. Não que eu costume pensar assim de todos, isso é só com você. – Draco se sentou enquanto ela dizia isso.

- Desculpe a grosseria, Pansy, mas eu não gosto dessas conversinhas patéticas.

- Certo Draco. Só não esqueça que você é um Malfoy e ela uma Weasley. – Pansy se levantou e saiu do quarto furiosa.

Ela estava certa. Ele era um Malfoy. Virginia, uma Weasley. Aquilo chegava ao fim, já bastava.


Desde aquela noite, em que deu seu ataque de ciúme na biblioteca, que Draco não falava com ela. Gina não veio procura- lo, não se encontravam, ele mesmo evitava estar nos mesmos lugares que ela, o que não era difícil. Agora nesse final de semana em Hogsmeade, que chovia bastante por sinal, ele não se preocupava, tinha quase certeza que ela estava no castelo.

Draco entrou dentro da Dedosdemel, agradecendo internamente por lá estar quente. Esfregou as mãos uma na outra e começou a olhar os doces da loja, até que viu os conhecidos cabelos vermelhos. Gina olhava os doces que tinha a mesma cor que seu cabelo. Se controlou para não falar com ela. Saiu da loja no meio da chuva, sem se importar com sua roupa sendo molhada e seus sapatos se encharcando de água.

Viu Gina sair da loja instante depois, acompanhada das amigas. Ela o avistou em meio aquela chuva. Draco se virou e entrou na primeira loja que viu, o correio.

Gina sentiu vontade de ir até lá e falar com Malfoy. Achava que aquilo tudo já tinha terminado, já que ele não tinha mais vindo falar com ela e seria algo típico dele não vim dizer que tinha terminado. Algo mais forte que ela a atraiu para ir ver ele, queria esclarecer, ter certeza que havia terminado aquela loucura. Deu uma desculpa as suas amigas e correu para o correio, entrou e já de cara o viu. Draco ignorou sua presença. Gina ficou ali fingindo que via as corujas, ele não agüentou e foi até ela com seu ar de superior.

- O que faz aqui, Weasley? Me seguindo?

- Não estou te seguindo, olhando as corujas, seria o mais exato, quero enviar uma carta a mamãe, e Rony não me deixa usar a dele.

- E com que dinheiro você vai pagar o correio? Vai acabar falindo a sua família de vez se não economizar, Weasley. – Ele sorriu com escárnio.

- Eu sabia que isso ia acontecer. Sabia que quando terminasse você ia me tratar do mesmo jeito de sempre.

- Quem disse que terminou? – Ele soltou. Algumas pessoas que passavam olhavam sem entender o que se passava.

Era verdade que tinha tentando se afastar dela, mas era inútil, ela estava gravada em seus pensamentos. Gina bufou irritada e saiu da loja, Draco foi atrás dela. Os pingos d' água escorrendo pelos cabelos de Draco e batendo em seu rosto atrapalhando sua visão. Ela andou naquela chuva até uma área mais afastada do povoado, tentando achar algum abrigo, tinha se arrependido de andar naquela chuva só porque estava enfurecida com Draco.

- Acho que aqui já está bom, Virginia.

- Fique longe de mim. – Ela parou de andar e virou para ele.

O contemplou completamente molhado pela chuva e sendo hipnotizada pelos olhos cinza que caia tão bem naquela tempestade. Ele se aproximou dela, e ela deixou que a envolvesse pela cintura.

- Aqui no meio da chuva? – Ela se viu perguntado sem resistir mais.

- Eu gosto de chuva. – Draco afastou os cabelos dela que estavam grudados no rosto e com os lábios muito próximos ao dela disse: – Você devia ter me procurado.

Ele começou a beija-la, os rosto dos dois molhados pela chuva. Ela tremia por conta do frio e ele tentava aquece-la abraçando- a. Os pingos de chuva entrando no meio do beijo sempre que eles afastavam um pouco a boca, para encaixa-las revezando os lábios. Ele a levantou um pouco, os pés dela não encostavam mais no chão. Sentiam a chuva cair cada vez mais forte e molha-los, não se importavam. No meio do beijo ela começou a rir, se segurando no pescoço dele.

- O que foi?

- Nada. – Ela controlou o riso. – Mas é que ta entrando muita água.

- É verdade. – Ele sorriu também. – Você não gosta?

- Gosto. Os doces que eu comprei a essa altura já estão molhados e estragados.

- Eu compro outros para você. – Ele começou a dar beijos na bochecha dela.

- Você é tão imprevisível. Eu nunca achei que você fosse assim.

- Você me deixa assim, Virginia. – Ele a colocou no chão. – Vamos sair da chuva, você vai acabar pegando um resfriado. Ele a levou até uma outra loja, onde os estudantes não costumavam ir. Tinha uma espécie de capo enorme na frente da loja, onde poderiam ficar protegidos da chuva.

- Devem estar me procurando, tenho que ir.

- Não vai agora, fica só mais um pouco. – Ele não soltou a mão dela.

- Ta frio aqui.

- Vem para mais perto. – A segurou pela cintura. – Quer voltar para o castelo?

- Achei que você não pudesse.

- Eu invento uma desculpa depois.

- Não, você tem que permanecer aqui, Mione não vai dar conta sozinha de todos que estão aqui.

- Não acredito que você ta preocupada com aquela sangue ruim.

- Ela é minha amiga, Draco, e por favor, não chame ela assim, pelo menos, não na minha frente.

- Já falei que não vou mudar.

- Não estou pedindo para você mudar.

- Não vamos discutir por causa disso, Virginia.

- Certo. Você poderia pelo menos não chamá-la assim na minha frente, só isso.

- Não comece.

- Podia pelo menos tentar. – Ela voltou a abraça-lo. – Que frio, vamos para um lugar mais quente.

- Só tem as lojas e não poderíamos ficar juntos.

- Então vamos voltar para o castelo.

- Você disse que não era para eu deixar a sua amiguinha tomar conta sozinha dos alunos.

- Acho que ela se vira. Rony e Harry podem ajuda-la.

- Você muda de idéia muito rápido. – Draco levantou um pouco as sobrancelhas como se a analisasse.

- Vamos ter que ir na chuva, vamos Draco. – O puxou de volta para a chuva.

- Virginia, somos bruxos, podemos conjurar um guarda chuva. – Ela não ligou para o que ele disse e Draco entendeu como um pedido para ficar na chuva mesmo.

Começaram a correr fugindo da chuva e sem estarem de mãos dadas, mas estavam longe do castelo e não agüentavam correr mais por muito tempo. Gina parou primeiro, com a mão acima do peito e tentando regular a respiração.

- Vamos andando, estamos molhados mesmo. – Draco disse, tentou tirar o cabelo que insistia em cair por cima de seus olhos. Gina fez que sim com a cabeça e eles foram andando de mãos dadas.

Ela gostou de andar na chuva com ele, não ligou mais para o frio. Ele ficava lindo molhado daquele jeito, os cabelos caindo e passando a mão direto sobre os olhos, para tirar os fios que sempre caiam, ensopado, com a blusa colando no corpo, os lábios molhados e com gotinhas pela face. Quando já estavam perto do castelo ela soltou a mão dele.

- Melhor você ir na frente. – Draco fez sinal com a cabeça para ela continuar andando. – Tem uma sala no primeiro andar e ninguém quase nunca vai lá. Me espera na sala, é a que fica ao lado daquela armário meio amassado.

- Esta bem. – Gina andou na frente e voltou a correr.

Draco ficou ali na chuva, esperando ela se afastar. Voltou a andar quando ela já tinha entrado no castelo. Sentiu uma agonia com seus pés encharcados de água. Entrou no castelo e foi direto para a sala, Gina tinha acendido a lareira e tentava se aquecer. Draco fechou a porta e a trancou com um feitiço que só ele poderia abrir.

- É melhor você usar um feitiço de secagem.

- Nem pensei nisso. – Gina se virou para ele. Draco tirou os sapatos e depois a meia. – Isso é um pé? – Ela riu ao ver o pé dele muito branco e engelhado.

- Aposto que o seu deve estar da mesma maneira. – Draco se sentou próximo a lareira.

Gina tirou os sapatos vendo que seus pés estavam iguais aos de Draco. Ela secou sua roupa com um feitiço e sentou ao lado dele.

- Você não vai se secar? – Draco olhou para ela. – Vai acabar pegando um resfriado.

- Já estou acostumado com resfriados. – Gina fez o feitiço nele o deixando seco. Mas claro, você não quer que eu lhe molhe.

Ela sorriu e tirou uma sacola do bolso.

- Meus doces, acho que não prestam mais.

- Você so comprou esses vermelhinhos.

- É que tem gosto de cereja.

Draco a abraçou e começou a beijar sua nuca.

- Isso tudo e tão inexplicável. – Ela ficou calada depois de dizer isso, pensando nesses dias em que estava com ele e como começou aquilo tudo. Ela não tinha se permitido pensar desde que tudo começou, e bem ali achou de pensar no que andava fazendo e na maneira que ele mexia com ela.

- Esta tão calada. – Draco a virou de frente para ele.

- Pensando. Eu te perguntei uma vez e vou te perguntar de novo. Por que eu?

- Por que você? – Ele não entendeu.

- Qual a finalidade disso tudo?

- Eu não sei dizer. Foi por causa... – Se lembrou que ela não sabia que tinha sido ele que havia beijado-a no corredor escuro. – Não sei dizer.

- Você ia dizer outra coisa.

- Eu achei que soubesse.

Draco a beijou com a intenção de não tocar mais naquele assunto. Ele foi beijando e caindo por cima dela, seus pés gelados se tocando e ele sentindo o corpo dela quente. As mãos de Gina o apertavam, mordia o lábio dele bem leve, os lábios somente se encaixando, sem contado de línguas. Depois de um tempo nesse joguinho, Draco não agüentou mais e começou a roçar sua língua na dela com carinho, intensificando o beijo. As mãos dele apertavam sua coxa, estavam indo longe demais e ela não queria chegar a esse ponto. O empurrou um pouco para que ele pudesse sair de cima dela.

Ele sentou olhando-a com malicia.

- Você já quis parar. – Gina corou ao ouvi-lo dizer isso. – Você cora com muita facilidade. – Acariciou o rosto dela. – Não tem problema nenhum, estávamos indo rápido demais, foi bom você parar. – Em outra situação ele se sentiria irritado, mas com ela tudo era tão diferente, diferente demais para seu gosto.

- Eu só queria entender tudo isso, saber porque estou aqui com você e agindo dessa maneira.

Draco se levantou e destrancou a porta.

- Vamos! É melhor irmos, talvez de tempo de voltar a Hogsmeade e fazer o que eu tenho que fazer como monitor chefe. Você vem?

- Não, vou ficar no castelo mesmo.

- Tchau.

- Tchau. – Ela viu Draco sair da sala e saiu logo em seguida para ir ao seu dormitório. Espirrou enquanto andava pelos corredores, conseqüência de uma chuva.


NA: Deixando de lado o meu estresse, afinal eu estou de férias e vou poder atualizar pelo menos um cap. por semana quando tiver capítulos estabilizados e adiantados, vamos ao cap.6: Se a parte do dragão ficou confusa ou sem graça, é que eu não me empolgo muito com cenas de aventura ou suspense, gosto, mas em termos de escrever não é muito o meu forte. Faz parte da trama da fic, então eu tinha que colocar, mas não preciso me aprofundar muito. E a cena da chuva, é clichê, eu sei, mas eu sempre quis escrever algo na chuva, apesar de não ter ficado exatamente como eu queria (nunca fica).

Thanks thanks: Kika Felton, Vivian Malfoy, Kirina-Li, Nayara, Katiucha Barcelos, Nininha e Lan Malfoy. Se eu esqueci alguém mil perdões. Bjinhos para todo mundo.

E mais uma coisinha: terça, dia 6, é meu niver, 16 aninhos. Quem quiser deixar review de presente vai me fazer ficar hiper feliz, isso se alguém agüento ler isso aqui até o final.