Capítulo 15: Tentativas
Chegou no pequeno jardim e se sentou na grama, olhando para os lados. A luz fraca do sol da manhã batendo em seu rosto. Cruzou as pernas, a ansiedade tomando conta. Ele estava atrasado como sempre. Deve ter tido algum contratempo no turno da madrugada. Pousou as mãos no queixo, os cotovelos em cima das coxas. Há dois anos terminou Hogwarts, dois longos anos, onde a guerra no mundo mágico se arrastava.
Conseguiu entrar para a Ordem da Fênix, mesmo depois da relutância dos seus pais e irmãos. Mostrou que podia fazer parte assim como eles. Não exatamente como queria, ironicamente preparava poções, logo a matéria que sempre detestou. Com a ajuda de Snape preparava as poções que podiam ser usadas pelos integrantes da ordem.
Alguns minutos depois de apreciar o pequeno jardim, percebeu a presença de alguém ao seu lado. Relaxou quando os lábios tocaram sua bochecha carinhosamente e Harry se sentou na grama.
- Pensei que não viesse mais.
- Me desculpe pelo atraso, Gina. Você sabe o quanto é difícil sair sem ter que dar explicação para alguém da Ordem, mesmo que seja para vim aqui no jardim.
- Não é fácil ser Harry Potter. – Brincou.
- Nem me lembre disso. Como você esta? Ultimamente não temos tempo de ficarmos juntos.
- Nossas responsabilidades não deixam. E eu estou bem, só um pouco cansada por ter passado a madrugada ajudando Snape.
- Como você o atura, hein? Acho que sua missão de passar a madrugada preparando poções é mais difícil que a minha.
Riu do comentário indignado de Harry.
- Na verdade eu gosto, mesmo que tenha que aturar ele resmungando e dizendo que eu não faço do jeito certo.
- Me surpreende você que sempre detestou poções.
- Depois que eu tirei um Trasgo em poções aprendi a gostar. Desespero sabe, pensei que fosse perde o meu último ano. Mas para que você me chamou aqui, achei que quisesse descansar depois de passar a madrugada acordado, assim como eu. – Bocejou e encarou Harry, que a olhava curioso.
- Você mudou tanto. – Deixou escapar em meio a sua contemplação, acabou ficando sem jeito e desviando o olhar. Gina deu mais um sorriso e perguntou:
- Mudei?
- Não fisicamente, sabe? Não sei explicar. – Voltou a olhar para ela sorrindo também, mas a ruiva ficou séria.
- Estou mesmo cansada, Harry. Que tal voltarmos para dentro e ir dormir. – Levantou e foi em direção a portas dos fundos da pequena casa.
- Hum... e... será que podíamos... dormir no mesmo quarto? – Harry perguntou um pouco corado.
- Ah... – Gina se virou para ele, um pouco constrangida. – Eu to cansada,e você também... acho melhor eu dormir no meu quarto e você no seu. Alem do mais eu divido meu quarto com a Mione e a Luna, e você divide o seu com o Rony e os gêmeos. – Entrou na casa antes que Harry falasse.
- Mas era só dormir junto, não íamos fazer nada... – Murmurou meio chateado, chutando a grama e entrando na casa.
Entrou no quarto, fechando a porta com força. Tinha que colocar um fim nisso, não agüentava mais. Deitou na cama, depois de tirar os sapatos e o casaco, xingando baixinho por causa do escuro. A desculpa que dava para si mesma de estar com Harry para esquecer Draco não a convencia mais. Não conseguia esquecê-lo. E todas as tentativas tinham sido inútil.
- Burra! Já não bastava o fato de gostar daquele loiro azedo, ainda tinha que arrumar mais um problema aceitando namorar Harry. – Resmungou sozinha. – E o pior é que fomos longe nesse namoro... – Lamentou fechando os olhos.
E mais uma vez estava no inverno, detestava aquela estação. Trazia lembranças. Frio e Draco eram a mesma coisa. Sentia falta. Nem sabia como ele estava, não tinha noticias desde que ele terminou Hogwarts. Nunca via o nome dele entrar na lista de comensais a serem capturados, nem a de comensais já capturados. Talvez ele não tivesse virado um. Ninguém ali tinha noticias de Draco Malfoy, ou se tinham escondiam isso dela muito bem.
Uma hora teria que se livrar daquele fantasma que a acompanhava em meio a escuridão que se via presa. Estava agarrada a ele com todas as suas forças e não conseguia se soltar. Era uma espécie de sadismo. Sofrer daquele jeito parecia algo bom, meio ao seu desespero. Queria tanto tê-lo, ainda podia sentir os toques gelados dele em seu rosto e os lábios que a queimavam. Fechava os olhos e se deparava com orbes cinzas que a perfuravam como gelo. Tudo perdido.
- Não custa nada me contar.
- Já disse que não.
- Só quero saber onde ela está.
- Isso é um absurdo. E mais absurdo ainda é eu ter dado noticias dela a você.
- Só me diga mais isso, onde ela esta?
- Você enlouqueceu, Draco. Você e ela estão de lados diferentes. Eu estou de lado diferente do seu, não posso dizer onde Virginia Weasley está.
- Algum lugar da Ordem, suponho. – Cruzou os braços, irritado. – Então me diga pelo menos um local que ela vá onde eu possa vê-la, Snape. Sem comprometer essa maldita ordem, fora de todo esse caos.
- Garoto, já estou perdendo a paciência. E sabe muito bem que não pode vê-la. Tem conseguido se esconder muito bem, Draco, ninguém da Ordem sabe se você é um comensal ou não, e é melhor que não saibam mesmo.
- Por que ainda não me entregou?
- Porque acho que ainda a um jeito para você. Mas isso só vai acontecer quando você ver que esta fazendo a coisa errada.
Draco revirou os olhos. Quem ligava para aquilo a essa altura? Sabia que tudo estava chegando ao fim e se chegassem a descobrir o que ele havia feito esse tempo todo, nunca o iriam absorver como tinham feito com Snape. Só queria noticias de Virginia. Havia tanto tempo que não a via, e se contentava com noticias limitadas que Snape dava. Contou o que houve entre ele e Virginia quando percebeu que poderia se manter perto dela através de noticias, e Snape era a pessoa mais indicada para isso, convivia com sua ruivinha constantemente, em um trabalho monótono.
- Draco, ainda a tempo de você sair dessa. – Lá vinha Snape com aquele velho assunto. – Sei que você não está nem um pouco contente com essa situação.
- Eu não vou trair o Lord. Até porque estamos bem melhor nessa guerra do que vocês.
- Não se iluda, Draco. Sabe que isso não é verdade. E se fizesse isso talvez tivesse uma chance com ela, mesmo que essa idéia me desagrade.
- Ela está com o Potter, não é?
- Ele esta com ela. Mas quanto a ela está com ele, isso já não sei.
- Não gosta dele, só está com aquele imbecil de quatro olhos porque quer me esquecer tenho certeza.
- Não seja tão egocêntrico. – Snape sorriu em deboche.
- Vamos, Snape, me diga algum local que ela vai esses dias. Eu sei que ela tem sempre que levar as poções que você prepara, só não sei aonde.
- Não adianta, não vou contar. – Snape levantou-se da cadeira do pequeno bar.
- Por que não pode me contar? Não vou fazer nada de mal.
- Você não me contou onde está.
- Oras, você é da Ordem, não posso dizer onde estou.
- Por esse mesmo motivo não posso dizer onde ela está. – Deixou alguns galeões em cima da mesa.
Pagou a conta rapidamente e saiu atrás de Snape.
- Espera, eu tive uma idéia.
Snape não se virou e continuou andando.
- Qual é a dessa vez, Draco?
- Lembra da Nayore? – Sorriu triunfante ao ver Snape se virar interessado.
- A comensal que tem feito belos estragos com os aurores?
- A irmã morreu, como já deve ser do conhecimento de todos, uma inútil se quer saber também. Mas a outra é esperta e uma das preferidas do Lord.
- Isso tudo eu já sei, Draco. – Disse Snape perdendo a paciência.
- Sei onde Eve Nayore está. Eu conto se você me dizer onde posso encontrar Virginia.
- Essa garota fez o que com você afinal? Enlouqueceu de vez? Não vou fazer isso.
- Você sabe que não vou fazer mal nenhum a ela. - Draco falou exasperado. – Só quero vê-la. E em troca disso você vai saber onde está a Nayore, é uma troca muito mais vantajosa para você. E um presente para o seu afilhado(1). – Não conteve a chantagem emocional.
Snape o fuzilou com os olhos negros e contraiu os lábios no que parecia ser uma tentativa de conter um sorriso.
- Está bem. – Disse extremamente irritado, o rosto corado ainda tentando conter o sorriso. Sabia que de alguma forma aquilo poderia ajudar Draco a se livrar daquelas trevas que o acompanhavam desde cedo. – Só me explique uma coisa: você sempre fala que não vai trair o Lord, então por que está entregando a Nayore?
- Uma pequena vingança. – Murmurou.
Snape balançou a cabeça em entendimento e olhou sério para o afilhado, pronto para fazer a devida troca de informações. Sabia que Draco não faria mal nenhum a Weasley. O conhecia bem e suspeitava que sabia muito mais que ele quais eram os verdadeiros sentimentos que nutria pela Weasley.
Andava pela rua estreita, muito mais tranqüila do que deveria. Estava aliviada por ter saído daquela casa e não ter que agüentar as perguntas e questionamentos de Harry sobre como andava o relacionamento dos dois. Na verdade ele nem costumava falar muito sobre isso, ultimamente é que estava assim, talvez tivesse percebido o quanto ela havia se distanciado dele. Até agora brigava consigo mesma por ter aceitado namorar Harry mais uma vez. Não seria bem mais fácil se ficasse sozinha e não se sentisse culpada por estar com ele? Ao menos tinha sido sincera de certa forma todo aquele tempo. Harry sabia que seus pensamentos não eram dedicados exclusivamente a ele, mas estava disposto a fazer com que um dia ela fosse só sua. E ela queria isso. Só assim poderia se sentir em paz.
Sua participação na Ordem não era das mais ativas, não que seu trabalho ali não fosse importante. Fazer as poções e distribuí-las onde era preciso não era nada fácil, mas por insistência dos irmãos ela não participava das missões mais agitadas e ditas como as mais perigosas.
Virou a esquina vendo as poucas pessoas que passavam por ali. Àquela hora da noite o beco diagonal se encontrava quase deserto. O mais sensato seria aparatar direto, mas ela sempre passava na biblioteca que ficava próxima ao banco Gringotes. Gostava de ir a pé, se livrar por mais tempo daquela casa velha e silenciosa, onde um grupo de integrantes da Ordem ficava. Queria ter ido para a casa dos Black, seus irmãos ficavam là e com certeza devia ser mais animada.
Praguejou pela milésima vez. Como ela demorava. Snape lhe garantiu que ela sairia no máximo às nove horas. Sentiu a brisa gelada daquela noite passar pelo corpo, confiava no padrinho, mesmo ele estando do lado oposto, e esperava que ela saísse sozinha daquela loja como ele havia garantido. Não agüentava mais esperar, daqui a pouco congelaria, sentado em cima daquele prédio velho, escondido com um feitiço disilusório. Até que finalmente vislumbrou os cabelos ruivos, saindo da loja apressada, olhando para o céu, irritada.
Desaparatou de cima do pequeno prédio e aparatou em um ponto mais a frente da rua quase deserta, esperando ela passar por ali, notando a distração dela.
"Tola! Como ainda não foi pega?"
A ruiva seguia em direção a biblioteca, que não estava perto, ainda teria que andar umas duas quadras. Já ia desviando da inconveniente pessoa que barrava seu caminho na estreita rua, quando levantou a cabeça e paralisou ao ver quem era. Draco estava ali, na sua frente. Um pesado casaco preto, cabelos desalinhados pelo suave vento da noite, braços para trás e um sorriso debochado no rosto.
- Não sabia que seria tão fácil te achar.
Gelou ao ouvir a voz dele. O coração acelerou e por um instante as pernas fraquejaram. Não sabia como reagir, não estava preparada para aquilo. Ver ele a sua frente e ao mesmo tempo inalcançável, machucava. Era a familiar dor que sentia quando estava sem ninguém por perto. Tentou dizer algo e ao notar que era inútil, desviou para seguir seu caminho. Draco a segurou sem muita força e imediatamente ela parou.
- Preciso falar com você, Virginia.– Ele murmurou.
- O que você quer? – Perguntou, sem se livrar da mão dele em seu braço, olhando para os lados procurando ajuda.
- Achei que você já soubesse que um dia iríamos voltar a nos ver. – Ele disse com suavidade, escondendo a insegurança na voz.
Tentou ver alguma emoção nos olhos azuis, algo que denunciasse a falta que ela fazia, algo que a convencesse a ficar ali com ele. Mas a expressão continuava fria e distante.
- Eu não quero falar nada com você.
- Preciso esclarecer algumas coisas. – Draco tentava ser paciente, entender aquele irritante cena que ela fazia para não se falarem. Por que ela não admitia de uma vez que queria ouvi-lo? Deixaria tudo bem mais simples.
- Foi você que desistiu de nós. – Ela disse de repente o surpreendendo. Draco levou algum tempo para processar a frase, e assim que compreendeu a soltou.
- Desisti?
Desviou o olhar e contraiu os lábios querendo impedir que as palavras saíssem. A verdade é que nunca tinha controle na frente dela, não sabia guiar os próprios sentimentos, se perdia sempre. E isso o deixava frustrado por saber que não era o mesmo. Detestava aquelas sensações que agora voltavam a aflorar por estarem próximos, e ao mesmo tempo apreciava o leve aperto que sentia no peito. Era o desespero doce ao qual ele era apegado que o faziam entender a própria a vida.
- Se desisti posso tentar mais uma vez, ou então posso provar se desisti de verdade. Não estou pedindo para voltarmos, nem para você entender as coisas. Sei bem qual a nossa real situação e o quanto isso complicaria mais ainda, mas você precisa ao menos me ouvir e ver se desisti de nós.
- Eu não posso... não podemos. Só iríamos piorar tudo.
- Então que piore de uma vez. – Falou com uma certa fúria. – Não entende que eu não agüento mais isso. Não agüento essa sensação de que falta algo para eu te esquecer de uma vez. Eu só quero descobri o que é, assim como você.
- Já esqueci você há muito tempo. – Conseguiu dizer em um fio de voz.
- Não funciona assim. – Fechou os olhos e abriu rapidamente, tentando organizar as palavras. - Admita que quer tanto quanto eu se livrar disso tudo, que quer viver sem ter algo constantemente na sua mente.
Ela sorriu amarga. Draco tinha razão, sabia que por mais que procurasse algo nada iria fazer com que ela o esquecesse.
- E o que você sugere? Uma boa dose de xingamentos e agressões verbais para que passemos a nos odiar?
- Para que? Eu te odeio desde o momento que te beijei, por que agora seria diferente? Mas eu amo você, então deve ser isso que não me deixa esquecê-la.
- Você...
- Na verdade eu te odeio desde que soube da existência dos Weasley. Vamos, Virginia. Já disse que tenho coisas para lhe contar e não será aqui no meio da rua. – Segurou a mão dela e começou a andar.
Gina se deixou levar, confusa com o que tinha ouvido. Até que se deu conta que estava andando com ele sem saber para onde.
- Aonde vamos?
- Hogsmeade. Você pode aparatar? – Gina afirmou com a cabeça, a razão gritando para que não fosse com ele. – Na estação de trem.
Soltou a mão dela e aparatou primeiro, mostrando que ela iria se quisesse. Gina se viu sozinha no meio da rua, ouvindo sua mente gritar para que não fosse com ele, que voltasse para a velha casa em Brighton, onde estudaria novas poções na companhia de um mal humorado Snape. Mas sempre achava de seguir seu lado contrario, e fez o mesmo dessa vez, mandando as favas a sua razão.
Aparatou em frente à estação de trem e viu Draco parado mais atrás, encostado na parede. Os braços cruzados em sinal de irritação pela demora dela, mas não disse nada, apenas foi até Gina e fez com que ela o acompanhasse, seguindo pelas estreitas ruas que se encontravam fazias. Hogsmeade não parecia mais o mesmo povoado com um ar singelo e aconchegante. As ruas sustentavam um ar lúgubre e um vazio acentuava mais a sensação de abandono presente no local.
Ela apertou mais o casaco em volta do corpo e se abraçou querendo espantar o frio. Draco parou em frente a uma pequena casa cinza, mais escondida e que parecia bem mais velha que as outras. Reconheceu aquele lugar. Foi ali que Draco a levou junto com Carlinhos no dia do ataque.
Draco subia os três degraus que davam para a entrada e foi seguido por ela. Abriu a porta com um feitiço e deu passagem para que Gina entrasse. Meio relutante ela entrou, ainda sentido o frio que estava lá fora mesmo com ele tendo fechado a porta.
- Por que me trouxe aqui?
- Porque eu sei que não vão nos encontrar aqui. Não é muito agradável, mas acho que serve para conversarmos. E é o ideal para nos livrarmos um do outro.
Gina olhou ao redor da pequena sala, viu um tapete estirado no meio do chão e um pequeno sofá azul escuro a um canto. Um sorriso escapou pelos lábios. Definitivamente aquilo não era um pedido de reconciliação. Viu Draco tirar o sobretudo, andar até o sofá e coloca-lo cuidadosamente ali em cima.
- Por que você desistiu de nós, Draco? – Perguntou novamente,sem se dar conta de imediato. Era tão difícil controlar o que sentia, não queria simplesmente esquecer tudo. Era uma parte da sua vida que estava ali.
- Não fui eu que desisti. – Disse com uma certeza que chegou a surpreendê-la. – Foi você que desistiu quando entramos nessa casa pela primeira vez. Não podíamos ficar juntos e foi você que me fez perceber isso quando me olhou antes de te deixar aqui sozinha.
Aquele dia passou rapidamente por sua mente, e ela se lembrava claramente da magoa dele quando disse que ele era um comensal, que não estava segura com ele ali. Fechou os olhos, percebendo que de certo modo o tinha ferido. Não iriam conseguir resistir e tinham consciência disso. Conversas podiam ser inúteis e um simples pedido de desculpa poderia concertar tudo.
O que tivessem que explicar só atrapalharia, aumentaria a angustia, então por que não se rendiam de uma vez? Mesmo que parecesse loucura ou sem sentido. O afastamento só aumentava o que sentiam e deixava mais sensível as sensações de desespero. Poderiam acabar com aquilo de maneira simples sem se importar com as conseqüências.
Respirou sentindo agora o cheiro de mofo que tinha o local. Sua mente estava confusa com toda aquela situação. Queria estar mais próxima dele, apreciar o momento sem se importar com o que poderia acontecer. Já tinham entrado naquele romance uma vez, por que não podia repetir? Mesmo que fosse deliciosamente errado.
Aproximou-sedele, não se controlando. Com as duas mãos pousadas em cada lado do rosto de Draco, acariciou com as pontas dos dedos, fechando os olhos. Quando abriu, viu o olhar confuso dele e sem se conter aproximou seu rosto, tocando os lábios dele com os seus. No mesmo instante Draco reagiu apertando-a mais contra seu corpo, explorando a boca dela sem nenhuma calma. Saudade e paixão despertando no beijo, misturados com finas linhas de desejo. Doía o que sentiam um pelo outro, mas doía muito mais ficarem afastados.
Draco desceu as mãos pela cintura dela, passando por debaixo da blusa, sentindo a pele se arrepiar com o contato. Gina se afastou um pouco, encarando-o. Guardando o resto de consciência que lhe restava, voltou a beija-lo, deixando que seu casaco fosse desabotoado.
- Virginia... – Draco parou o beijo e murmurou próximo ao pescoço dela. – Nós...
- Shhh... não quero pensar em nada agora. – Baixou um pouco a cabeça olhando para a camisa preta que ele vestia e começou a desabotoa-la.
- Me prometa que não vai mais se afastar de mim. – Draco pediu entre beijos, sem noção do que falava, levado pelo momento.
(1) O Draco é afilhado do Snape? Sinceramente não sei, mas já vi isso em algumas fan fics, que não me recordo os nomes, e acabei colocando aqui também como se o Snape fosse padrinho do Draco.
N.A: Mais um e demorei porque ando sem muita paciência pra escrever e agora sem tempo também. Agradecimentos a: Miaka, Carol Malfoy Potter, Chi Dieh, Nacilme, Nostalgi Camp, Mabel, Fefs Malfoy, Cela-chan, Kle, Jamerson Widdler, Misai, Nara, Forsaken, Laurinha, Marina, Eriele. Porque se não fosse por vocês eu demoraria bem mais.
Mas eu digo mais uma vez que não vou desistir da fic e que minha cabecinha anda trabalhando direito agora.
P.S: Algumasverbos como ''beija-la'' e ''esta'' não estão acentuadas porque o site está se recusando a acentua-las, e coloca um í no lugar do ''a'' acentuado.
