Hi!!!! - Hello people! Well, eu tô escrevendo só agora (eu sei... devo tá atrasada, né?) pq eu queria receber mais alguns mails... talvez chegar aos 10, mas não deu, né (foi até o 9 huahuhauhuahaua) intaum... Aqui está o capítulo. Mas tipow... genty... se vcs não estiverem entendendo, ou se eu estou sendo muito confusa, me perguntem, ok? É uma questão até de aperfeiçoamento, e não de "necessidade de reviews ou mails", certo? Dedico este capítulo a Fab e a Violet-Tomoyo, q me cobraram a continuação - Thanks, friends!
Capítulo3: Em busca de cura
Século 20, ano de 1.924. (Seis anos após o treinamento)
Era aproximadamente nove horas quando a jovem acordou. Como sabia? Seu relógio biológico lhe informava isso. Tinha certeza que tinha algo a fazer, mas não lembrava o que. Enrolou mais um pouco na cama e pensando "na vida" não viu o tempo passar. Subitamente escutou a porta se abrir com pressa.
Voz feminina (em tom alto): 'Sakura! Você ainda está na cama?! Já esqueceu que hoje seu irmão chega?' Sakura levou um grande susto e gritou.
Sakura (assustada): 'Ah! Tomoyo! Como você não me avisou isto antes?! Ajude-me, por favor!' Tomoyo foi até a amiga e ajudou-lhe a se arrumar. Meia hora depois, quase dez da manhã, elas estavam em frente à porta da grande mansão aguardando a carruagem do General Touya, irmão da jovem Sakura, chegar. Sakura estava sentada em uma delicada cadeira, enquanto Tomoyo estava atrás desta, em pé, aguardando a chegada do noivo.
Poucos minutos após, e os portões da propriedade se abriram, Sakura sentiu seus olhos brilharem com o que via. Aguardou, com um pouco de impaciência, a chegada do irmão. Este desceu da carruagem ainda em movimento e veio de encontro à irmã, a menina sorriu.
Sakura (oferecendo os braços): 'Meu irmão!' O irmão a abraçou, girando-a no ar. A garota ficou muito feliz, e relembrou de seus tempos de meninice, quando o irmão brincava as tardes inteiras incansavelmente com a energética Sakura que foi. Olharam-se com recíproco carinho e ao desviar os olhos para detrás do irmão pôde ver outra pessoa muito querida.
Sakura (sorrindo): 'Yukito!!' A menina se sentou enquanto o jovem beijou sua mão.
Yukito (sorrindo serenamente): 'Minha querida Sakura, como está?' A menina respondeu com o sorriso para seu noivo, enquanto Touya ia cumprimentar sua própria noiva beijando sua mão, Tomoyo sorriu serenamente e todos entraram na casa para uma conversa na confortável sala, enquanto aguardavam o almoço.
Touya (carinhosamente): 'Como está, minha querida irmã?' Sakura simplesmente sorriu-lhe e Touya não pôde evitar uma pontada no coração, queria ouvir em verdadeiras palavras o que a irmã tentava mentir em um sorriso. 'Você está bem, Sakura?' Insistiu, a menina suspirou e respondeu.
Sakura (olhando para o nada tristemente): 'Não é fácil saber que nunca mais vou poder correr por entre as árvores de nosso jardim, nem caminhar pelo campo colhendo minhas flores. É um eterno martírio, mas eu convivo com isso, você sabe.' Touya se sentiu mal por fazer tal pergunta, mas esperava que a irmã já tivesse aceitado sua atual condição. Mas também sabia que perder os movimentos das pernas deveria ser uma situação realmente desconfortável e melancólica, ainda mais para sua inquieta irmã.
Havia pouco menos de cinco anos que Sakura perdera os movimentos de suas pernas, e para piorar a situação, seu pai foi morto na ocasião, ao tentar salvar Sakura de um bandido. Por sorte este fugiu quando ouviu a polícia chegando e não a matou, pelo menos era isso o que Sakura dissera para todos, mas sabendo dos poderes que a irmã detinha, mas tentava esconder dele, Touya resolveu não insistir no que realmente aconteceu. Acreditava que a menina nunca aceitaria a perda dos movimentos, mas muito menos a morte do pai. Vivia a dizer que poderia tê-lo salvo, mas o rapaz não concordava com tal.
Voz feminina: 'Touya...' Touya se recuperou de seus pensamentos ao sentir o toque de sua noiva em sua mão, preocupada com o devaneio dele. Sorriu-lhe discretamente e voltou a prestar atenção na conversa.
Sakura estava sentada em sua cadeira de rodas enquanto olhava as crianças brincarem a sua volta. Quase em frente a sua casa havia um orfanato e constantemente as crianças iam a sua casa, para o aconchego da doce menina, que sempre os recebia com carinho.
Mas aquele dia a moça estava distante, depois da conversa que tivera com o irmão durante a manhã muitos fatos voltaram a perturbar sua mente. Toda vez que tinha que tocar naquele assunto, seu coração doía. Porém, decidira sorrir sempre, buscando alegrar aqueles a sua volta, na tentativa de garantir a eles que o passado não a incomodava, mas nesta ocasião sentia ser impossível manter tal farsa. Não percebeu que um rapaz preocupado a observava da porta da mansão.
Voz de criança: 'Senholita Sakula... A senholita está bem?' Era uma das garotas que sempre iam lhe visitar. Sakura lhe sorriu e acenou positivamente com a cabeça.
Sakura (sorrindo): 'Vá brincar, meu anjinho.' A menina lhe sorriu e correu para perto dos amigos, que brincavam de pique-esconde. Sakura voltou a seus pensamentos, mas novamente foi interrompida, sentiu alguém lhe tocar nos ombros. Olhou para o par de olhos violetas que a contemplavam com carinho e não pôde evitar uma lágrima que finalmente escorria de seus olhos. O rapaz tocou em sua cadeira de rodas e a conduziu para dentro da casa.
Voz masculina: 'Sakura, não consigo vê-la triste dessa maneira. Se foi por minha indesejável pergunta esta manhã, me perdoe, por favor, não foi minha intenção magoá-la.' Touya estava sentado na poltrona da biblioteca da mansão olhando a irmã.
Sakura: 'Não se preocupe Touya, eu estou certa que esta tristeza logo partirá.' Tentava ser forte, mas falhava visivelmente.
Touya (um pouco irritado): 'Não minta para mim, Saki-chan. Você sabe que te conheço bem demais.' A menina olhou para o chão, neste momento muito interessante, na sua opinião 'Depois que papai mo...' Parou subitamente ao perceber a tensão que se apoderou de Sakura naquele segundo, mas respirou fundo e continuou decidido. Sakura deveria escutar aquilo para aceitar de uma vez a situação. 'Depois que papai morreu' Sakura olhou-o, espantada. O irmão nunca dissera as palavras "pai" e "morte" na mesma frase, tentando sempre poupá-la, mas desta vez sentia que a conversa seria diferente das tantas outras que já haviam tido. Touya continuou 'e você perdeu o movimento das pernas, nunca a vi sorrir com sinceridade novamente.' Fez uma pausa 'Mas papai me fez prometer que cuidaria de ti se um dia ele também tivesse que partir, assim como nossa mãe, e é isso que tento fazer a cinco anos. Papai serviu ao governo durante anos, enriqueceu, se tornou um homem rico e poderoso, para dar o melhor para nós, nos fazer felizes. Mas agora que ele se foi é minha vez de cuidar de ti... Pedi para que Yukito fosse seu noivo, pois sendo médico talvez pudesse vir a te ajudar algum dia, mas vejo nos seus olhos que tal situação não lhe agrada...' Ia continuar mas Sakura o cortou.
Sakura (um pouco alterada): 'Não diga isso, Touya! Eu nunca disse tais palavras, adoro o Yukito e não irei me impor ao fato de ter que' mas Touya não permitiu que ela continuasse.
Touya: 'Você adora o Yukito, mas não o ama.' A menina abaixou a cabeça novamente. 'Não irei deixá-la se casar se não é esse o seu desejo. Eu sei que é tradição o homem da casa decidir pelas mulheres, mas papai e mamãe se casaram por amor e eu desejo o mesmo por você, então que se dane as tradições!' Touya concluiu bravo, se lembrando dos vários nobres que tentavam persuadi-lo a permitir que se casassem com a beldade de sua irmã, com pouco mais de 23 anos, na flor da idade. Isso, é claro, antes de saberem que ela não podia andar e se afastavam, vendo nela uma inútil e incômodo que não desejavam em seus mundinhos egocêntricos.
Sakura (docemente): 'Então por que está se casando com Tomoyo?' Touya olhou-a com espanto diante da perspicácia da irmã, mas logo desviou o olhar.
Touya (sem encarar a irmã): 'Nossa tia morreu e Tomoyo não tem ninguém neste mundo além de nós... É o mínimo que posso fazer para agradar a memória de nossa tia e nossa mãe... Mas estamos aqui a falar de você.' Estava decidido. Fez uma pausa, tentava escolher as palavras certas e logo continuou. 'Por isso... Como Yukito não será seu marido, logo não poderei pedir para que te ajude sempre, já que ele tem muitos compromissos, tanto que partiu ontem em trabalho novamente... Então... Por todos estes fatos, decidi que você terá consultas com um dos melhores fisioterapeutas do mundo e...' Foi cortado novamente por Sakura.
Sakura (brava): 'Não! Eu não quero nenhum estranho cuidando de mim! Eu sei me cuidar muito bem sozinha, você sabe muito bem!'
Touya (decidido): 'Isso não vem ao caso. Eu não posso trazer nosso pai de volta' Sakura abaixou os olhos novamente tristes 'Mas irei lhe curar! Não quero minha querida irmã triste, você sabe bem. Irei fazer tudo o que posso para te ajudar, Saki-chan.' Ajoelhou-se até a irmã e a abraçou ternamente. A menina retornou o abraço, com algumas lágrimas contidas nos olhos.
Sakura (carinhosamente): 'Obrigada, onii-chan.' Permaneceram assim por alguns segundos e depois se desfizeram do abraço, assim que Sakura resolveu continuar 'Posso saber quem será meu grande salvador' perguntou ironicamente Sakura.
Touya: 'Vem da China, de um grande clã, o Clã Li.' Sakura arregalou os olhos.
Touya já acertara com o Clã Li a chegada de seu representante, como conseguira tal negócio foi uma grande surpresa. Um amigo seu, na verdade de Sakura, que estava no exterior, indicara o tal clã como uma das melhores famílias de médicos que toda a China possuía, com um pouco de esforço conseguiu contato com tal, esperava que fossem bons mesmos.
Sakura ainda estava um pouco preocupada com a situação. E se fosse ele? Se fosse Xiao Lang o tal médico? Conseguiria esconder dele seus poderes? Não tinha certeza disso. Mas seria muita coincidência se fosse o jovem que ela conhecera há seis anos nas montanhas chinesas, antes de sofrer seu acidente com seu pai. No entanto, ela sabia que coincidências não existiam e era isso que a deixava preocupada em demasia.
E os dias passavam, fazendo da situação mais difícil para a jovem suportar. Ainda podia lembrar-se claramente do arrogante jovem com quem teve que conviver durante um ano, realmente, ele era muito cabeça dura...
# # #FLASHBACK# # #
Templo Hong Kung
Mestre Lan: 'O treinamento de vós está concluído. Ensinei-lhes tudo o que podia, agora cabe a vós aperfeiçoar vossas técnicas.'
Xiao Lang (descrente): 'O senhor está me dizendo que o tapado do Tsukishiro também passou no treinamento?'
Yukito (indignado): 'O que você quer dizer com isso, Li? Eu já venci você, esqueceu?'
Xiao Lang (debochado): 'Foi apenas um descuido meu. Até uma mulher lutaria melhor que você.'
Yukito (irritado): 'Ora seu...' E Xiao Lang riu com gosto. Chegou até o rapaz e lhe estendeu a mão. Yukito ficou confuso.
Xiao Lang (sorrindo): 'Eu estava brincando, Tsukishiro, você tem muita capacidade. Fico feliz em saber que as cartas Clow estão em boas mãos.' Os dois se encararam por momentos e Yukito apertou a mão do amigo. Xiao Lang sorriu debochado novamente. 'É claro que você nunca será melhor que eu'
Yukito (sorrindo): 'Convencido.' E os dois riram.
Mestre Lan (com olhos fechados e mãos atrás das costas): 'E agora........ Vocês vão embora.'
Yukito: 'Não vai se despedir de nós, mestre?'
Mestre Lan: 'É claro que vou...' E tirou um bambu de trás das costas, Xiao Lang e Yukito o olharam de olhos arregalados 'Sumam daqui seus sangue sugas! Vocês não irão comer mais nem um grão de arroz do meu estoque! Bando de inúteis!'
E Mestre Lan os perseguiu durante um bom tempo, com Xiao Lang e Yukito rindo da situação... Minutos depois, quando se cansaram, chegaram cautelosamente e se despediram decentemente do mestre.
Mestre Lan: 'Usem seus poderes com cautela, jovens aprendizes.' Os dois acenaram positivamente com a cabeça 'E não se esqueçam: Não se distraiam, -'
Xiao Lang e Yukito: 'O inimigo não o fará' Terminaram zombeteiros. Depois, ao descerem das montanhas, Yukito e Xiao Lang tomaram caminhos diferentes, assim que se despedirem, com a promessa de um dia se verem de novo.
Mas Yukito, ou melhor, Sakura, foi embora com o coração na mão, por ter que partir mentindo para o amigo "Ele disse que até uma mulher lutaria melhor que eu. Será que ele não aceitaria o fato de EU ser uma mulher?" E não pôde evitar tal pensamento até chegar em casa e voltar a sua vida cotidiana, apesar de que tais perguntas sempre voltavam a sua mente, independente de nunca mais terem se falado.
# # #FIM DO FLASHBACK# # #
E tal dúvida voltava a perturbar os pensamentos da jovem feiticeira... Dessa vez com mais intensidade.
Sakura (brava): 'Droga! Por que me preocupo tanto dele saber a verdade? Talvez ele não seja igual aos outros de seu clã, talvez ele aceite uma mulher dona das Cartas Clow.' Mas seu coração sabia... Sabia que seu verdadeiro medo era que ele a odiasse por não lhe ter contado a verdade. Entretanto, o porquê do medo de tal acontecimento não era de seu conhecimento. E enquanto pensava nisso, o dia da vinda do membro da família Li chegou e ela não podia suportar a expectativa. Que Deus a livrasse do destino de vê-lo novamente.
Tomoyo: 'Venha Sakura! Seu fisioterapeuta está chegando em uma carruagem, vieram nos informar e Touya pede a sua presença.' Sakura suspirou, saiu de seu quarto e se encaminhou lentamente até a frente de sua casa.
Touya (irritado): 'Finalmente Sakura! Achei que não viria!' A menina não respondeu, Touya olhou-a por instantes e voltou a observar o portão.
Minutos depois e a carruagem chegou até a mansão e o coração de Sakura palpitava forte; Mais alguns metros e parou na frente das escadas da entrada, o coração de Sakura batia mais forte; e finalmente o cocheiro abriu a portinha da carruagem, mas o coração de Sakura começou a diminuir de velocidade.
Voz feminina: 'Bom dia, sou a fisioterapeuta que o Sr. Touya contratou, Li Meylin.' Sorria uma moça de longos cabelos negros e olhos numa cor rara de rubi.
Parece que Deus havia ouvido as preces de Sakura.
Todos haviam ficado surpresos com o fato de ser uma mulher o tão estimado fisioterapeuta. O fato era que, sendo um país tão tradicional e machista, era difícil ver na China uma mulher que trabalhasse em tão alto cargo.
Meylin (enquanto misturava seu chá): 'Eu sei que pode parecer surpreendente para vocês e quando me disseram que poderia cursar faculdade também foi para mim. A verdade é que na minha família, o mais alto cargo desta pertence a uma tia minha, que me permitiu trabalhar. É verdade que na China não é nada fácil a vida de uma mulher, mas todos respeitam minha família e perceberam o quanto eu podia ser boa, por isso sou conhecida hoje, por próprio mérito e da minha tia, é claro.' A moça, que aparentava ter mesma idade que Tomoyo e Sakura, era bastante extrovertida. E mesmo com um desconfiado Touya, não por não acreditar no trabalho da moça, mas por não ir com a cara dela mesmo, Sakura sentia que teria mais que uma fisioterapeuta, sentia nela uma nova amiga, uma querida amiga. Mas não reparou muito na sua nova fisioterapeuta, sua mente estava em um distante país, especificamente em um "cabeça dura".
Tomoyo: 'Então sua família é conhecida na China, Meylin-san?' A pergunta era quase uma afirmação
Meylin (sorrindo): 'Por favor, só Meylin. Sim, minha família é muito antiga, tradicional e possui...' Fez uma pausa achando que havia dito demais 'possui dinheiro.' disse rápido 'Conseqüentemente é muito influente na China.'
Tomoyo: 'E por que veio para o Japão apenas para atender uma jovem qualquer?' Perguntou Tomoyo sabiamente, pois, por mais que tivesse gostado da moça, sentia uma ponta de mistério por trás do sorriso da garota. Meylin sorriu com a pergunta, um sorriso de "você é esperta, garota", mas que só foi notado por Tomoyo, pois seria por Touya e Sakura também, se o primeiro não estivesse tão preocupado com o chá e a segunda perdida em pensamentos.
Sakura estava chateada, sabia disso, mas por quê? Talvez... Talvez quisesse que fosse o jovem guerreiro a ser seu fisioterapeuta, no final das contas. Droga! Por que não parava de pensar nele?
Meylin: 'Bom... Recebi um pedido especial de meu primo, que disse que um amigo seu havia lhe pedido tal favor, pois conhecia a família Kinomoto e a tinha em grande estima.'
Touya (voltando a prestar atenção na conversa): 'Refere-se a Eriol Hiragisawa?' Sakura ficou interessada no assunto, Syaoran sumindo por instantes de sua mente.
Eriol Hiragisawa foi seu grande amigo de infância, seu conselheiro e seu primeiro mestre em magia. Quando descobriu as cartas Clow, foi ele que lhe ensinara grande parte das coisas que sabia e havia sido ele que lhe indicara ao mestre Lan.
Devia muito ao amigo e o amava deveras, como a um irmão. Queria muito voltar a vê-lo, mas fazia anos que o amigo não dava notícias. Além de muito misterioso e enigmático, quando queria sabia ser silencioso, deixando-a preocupada com seu paradeiro, saiu de seus devaneios, novamente, quando ouviu a jovem fisioterapeuta responder.
Meylin: 'Sim, ele é um grande amigo de minha família, e foi ele que pediu para que um Li viesse atendê-los, e eu era a mais requisitada para tal função.' E conversaram por mais algum tempo, até todos se retirarem para dormir.
Uma moça estava acordada tarde da noite sentada em sua cama, na sua atual residência, usando o telefone em voz baixa, talvez com medo que viessem a escutá-la.
Voz feminina (em um sussurro): 'Sim, já cheguei à casa dos Kinomoto.' Tratava-se da jovem Li 'Já fiz contato com a noiva de Yukito, a tal Sakura, parece uma garota comum, mas não o vi. Foi uma sorte achar uma maneira de nos aproximar dos Kinomoto, espero que Eriol não tenha desconfiado de nossas verdadeiras intenções quando fez o pedido a você.' Ficou em silêncio ouvindo as instruções do outro lado da linha e concluiu 'Não, acho que ninguém possui magia por aqui.' Se calou novamente 'Sim, assim que tiver mais informações ligo novamente. Beijo...' Ouviu algo do outro lado da linha 'Não seja rabugento... Beijo.' Disse destacando a última palavra 'Tchau.'
Respirou fundo e se deitou, olhando para o teto do belo quarto em que se encontrava. Ficou determinado que ficaria na casa de Sakura, para maior disponibilidade para com a moça. Assim, quem sabe, também pudesse retirar alguma informação que lhe ajudasse em sua missão mais facilmente.
Doía-lhe ter que enganar família tão amável. Apesar da desconfiança do jovem Kinomoto, das perguntas perspicazes da senhorita Daidouji e das poucas palavras de Sakura Kinomoto, sentia que era uma família bondosa e amigável, senão fosse pela situação, talvez pudessem ser bons amigos.
Tirou tais pensamentos da cabeça, o que precisava fazer não lhe permitia que tivesse sentimentos para com aquela família. Não pretendia lhes fazer mal, mas a situação pedia cautela, qualquer passo em falso e talvez descobrissem o que não deviam. Virou para o outro lado da cama e conseguiu finalmente pegar no sono.
Enquanto isso, Sakura, em seu quarto, sentia um pouco de dificuldades em dormir, sentou-se em sua cadeira de rodas e se dirigiu até a sacada de seu quarto, olhou para a Lua e suspirou.
Sakura: 'Amanhã... Amanhã eu começarei um novo treinamento... Não por mais poder ou controle deste... Mas pela volta de minha felicidade... Ou pelo menos... Parte dela.'
Pouco mais de sete da manhã e Meylin invadiu o quarto de sua paciente abrindo a cortina com força e permitindo que os raios do sol invadissem a face de sua preguiçosa "vítima", como costumava chamar aqueles que estavam sob seus cuidados. Sakura levou um grande susto e xingou Meylin, enquanto cobria sua cabeça com o lençol, Meylin riu com gosto.
Meylin: 'Acorde, sua preguiçosa! Ou estás a pensar que eu te darei um pingo de folga? Saiba que és minha atual vítima?!' E riu malignamente, ela podia ser realmente má se quisesse, concluiu Sakura. Esta descobriu apenas seus olhos, pedintes de piedade.
Sakura (fingindo medo): 'Por favor... Não me torture!' Meylin sorriu com maldade e puxou com tudo o lençol da moça. Sakura xingou-a de novo, mas logo perceberia que insultos não abalavam a "poderosa Meylin" como a menina se autodenominava. "Ela me lembra o Kero." Concluiu Sakura "Matará um pouco da saudade que tenho dele." Disse nostalgicamente, ao lembrar que o amiguinho partira ao encontro de Eriol pouco mais de dois anos atrás.
E as "sessões de tortura" da "poderosa Meylin" se deram início, "Pior do que Mestre Lan" concluiu pesarosamente Sakura.
Meylin estava naquela casa pois lhe era destinada uma missão secreta, mas isso não tirava sua vontade de ajudar a jovem garota tão doce e determinada que se revelava Sakura. Mas não sentia nenhum progresso na moça e já se passava quatro meses desde que estava ali, isso a preocupava, mas já tinha uma suposição do motivo da falta de progresso. "E aquele Tsukishiro nem aparece por aqui, já estou ficando impaciente" Ficara sabendo através dos empregados que o jovem, filho de consideração do falecido pai dos jovens Kinomoto, estava viajando a trabalho e só voltaria alguns meses depois, isso a irritava. Mas enquanto esperava, tentava ajudar Sakura, mas a moça, por mais que tentasse, não conseguia nenhum progresso. Decidiu falar com o irmão da moça. Encaminhou-se até o escritório do jovem e bateu na porta.
Touya: 'Entre.'
Meylin: 'Com licença, Kinomoto-san.' Disse entrando na sala. Touya olhou-a e apontou uma cadeira para a jovem se sentar. 'Desculpe-me o incômodo, mas preciso falar-lhe.'
Touya (soltando a caneta que estava a usar e suspirando): 'Sakura não está mostrando progresso, não é?'
Meylin (surpresa): 'Sim... Era isso. Mas como sabia?'
Touya: 'Não é o primeiro fisioterapeuta que diz isso. Já contratei outros, mas todos diziam a mesma coisa. Só não entendo por que...'
Meylin (depois de pensar por alguns momentos): 'Poderia me contar como Sakura perdeu os movimentos?'
Touya (um pouco contrariado): 'Sakura não gosta que eu toque neste assunto, mas... Se é para o bem dela...' E contou a história para a jovem fisioterapeuta que mantinha os olhos fechados e cabeça baixa, parecendo chegar a uma conclusão, atenta a cada palavra que escutava.
Meylin (ainda de cabeça baixa e olhos fechados): 'Então ela perdeu os movimentos com uma bala de um bandido... Que na mesma ocasião matou vosso pai... Sinto muito...'
Touya: 'Já superamos... Bom, pelo menos eu superei. Sakura nunca aceitou tal situação.'
Meylin (finalmente olhando-o): 'Pois eu acho que sei o porquê dela não conseguir nenhum progresso.' Touya olhou-a com surpresa.
Não poderia haver melhor jeito para dar continuidade ao seu plano. Apesar de ser em cima do sofrimento dos outros, achara um jeito perfeito de resolver aquele problema. Meylin estava animada com o que acabara de conseguir, entrou no seu quarto e foi direto ao telefone, aguardou alguns momentos e às falas "Residência da família Li" disparou:
Meylin: 'Chame-me Li Xiao Lang.'
(Continua)
25/10/03
Mary Marcato
Comentários da autora: Heheheh, acharam que o fisioterapeuta seria o Syaoran, né? Pois bem, acabei com a alegria de vocês. Mas este capítulo deve por estar meio confuso, não? Não se preocupem, com o tempo entenderão tudo. Finalmente a Sakurinha apareceu como sendo a "verdadeira" Sakura e não como Yukito (blarg �), mas logo vocês verão mais animação, não havia como criá-la neste capítulo, mas acho que ele ficou de bom tamanho, concordam? Mas eu espero sinceramente por comentários... estou carente deles, pode ser tanto review quanto mails, certo? marymarcato(arroba)hotmail(ponto)com :P C ya!
Agradecimentos: Àqueles que sempre me mandam comentários, é claro! - O que seria de mim sem vocês... Mas agora não dá para mim pegar o nome de todos... Contudo, futuramente coloco o nome de todos aqui, com os merecidos agradecimentos que lhes irei fazer. Valeu mesmo, people! :)
