Olá!!! Este é o novo capítulo. Não sei se está bom e nem tenho muito a dizer a respeito dele. Acho que alguns vão se sentir decepcionados, mas eu realmente não achei outra maneira de dizer o que aconteceu em seguida ao ataque ninja. Espero sinceramente que eu esteja errada e que vocês gostem, mas nem eu sei se gostei desse capítulo. Não está grande como o capítulo anterior, é uma pena... Mas... Eu desejo que este sofra uma boa aceitação da parte de vocês :) Divirtam-se!

Capítulo11: Conseqüências

Dois dias depois...

Estava tudo escuro, ela sentia seu corpo descansado, mesmo que ainda dolorido. Tentou se mover, mas algo a impedia, suspirou, talvez tudo não tivesse passado de um sonho.

No entanto, logo um pensamento lhe veio à cabeça e ela levantou seu tronco subitamente.

Sakura: 'Xiao Lang!'

Tomoyo: 'Sakura!' E pulou em cima da prima, abraçando-a com força. Sakura gemeu um pouco, mas achou melhor não reclamar. 'Sakura-chan...' Tomoyo tinha os olhos cheios de lágrimas 'Óh, minha prima querida, o que foi que te fizeram? Quando chegamos aqui Yukito estava te socorrendo, enquanto Li estava desacordado...' Mas Sakura a interrompeu.

Sakura (segurando os ombros da prima): 'Como ele está, Tomoyo? Ele está bem, por que não sinto a presença dele?'

Tomoyo: 'Ele está descansando, Sakura-chan...' Sakura soltou um suspiro de alívio, por um segundo achou que nunca mais o veria. Tudo era muito surreal, desde o fim do jantar, até o momento que desmaiou, tudo era uma confusão em sua mente. Tomoyo continuou 'Li-san estava tão debilitado quando chegamos... Yukito-san achou que ele não iria sobreviver, só que Yukito disse que...'

Sakura: 'Ele estava sendo sustentado por magia...' Tomoyo acenou positivamente.

A menina de olhos lilases escuros olhou para a prima com preocupação. Sakura estava menos machucada que Li, mas ainda assim quase não suportou ao vê-la desmaiada no chão. Agora que a prima acordara, quase dois dias sem fazê-lo, invés de diminuir, sua preocupação aumentara. A menina estava tão distante...

Por sua vez, Sakura só tentava assimilar tudo o que ouvira na noite da batalha, o que soube, o que Syaoran falou, o aperto no peito quando o viu caindo no chão... Estava com muitas dúvidas, seus medos apenas aumentavam, agora mais do que nunca tinha medo de revelar a verdade para Syaoran. Será que ele aceitaria? Será que ela iria aceitar as explicações dele?

Porém, o rapaz ainda se encontrava inconsciente, sendo cuidado a cada minuto por alguém da casa, principalmente por Meylin, que não saiu do lado dele quase em nenhum momento. Logo, sua única opção era falar com Yukito, talvez ele pudesse ajudá-la, talvez já soubesse de algo. Ah, como gostaria que Eriol estivesse ao seu lado, o amigo sempre sabia como agir em horas como essas.

Antes que Tomoyo pudesse perguntar sobre o que ocorrera, coisa que Sakura não se sentia nem um pouco tentada em fazer, alguém bateu na porta, pedindo licença para entrar.

Yukito: 'Como ela está, Tomo...' Parou ao ver a menina sentada na cama. 'Ah, Sakura! Que bom que já acordou, estava ficando preocupado!' O rapaz se encaminhou até a moça, sentando em sua cama. Pegou o pulso dela, enquanto media a pulsação da mesma. 'Parece que já está bem melhor, mas ainda...' Sakura o interromepu.

Sakura: 'Agora não posso descansar, Yukito...' Virou-se para a prima 'Tomoyo-chan, por favor, nos deixe a sós...' A menina iria protestar, mas ao ver o olhar sério, pouco comum vindo de sua prima, apenas acenou que sim e se retirou.

Um breve silêncio se formou antes da menina poder continuar.

Sakura: 'Yukito... O Xiao Lang...' A menina não tinha coragem de perguntar. Um medo de confirmar suas suspeitas se apossando dela.

Voz masculina: 'Seja o que for que aquele ninja tenha dito, não era verdade, Mestra.' Sakura voltou-se assustada para seu ex-noivo, a forma do rapaz sendo tomada pela de outro, com belas asas de anjo, que logo sumiram em suas costas. Ainda não se acostumara com as súbitas mudanças de Yukito para Yue.

Sakura: 'Yue... Aquele homem disse que Xiao Lang só veio atrás das cartas! Que queria roubar elas, apenas isso! Que eu era um pretexto para vir para cá... Que eu não significava... nada...' Terminou em um sussurro, tentando manter-se forte, sua própria voz traindo-a. Yue olhou impassível para a garota, no entanto, em seus olhos preocupação e carinho existiam. Tocou levemente o rosto da mestra. Mas a menina não o encarou.

Yue: 'Sakura... Não é verdade. Você mais do que ninguém deveria confiar nele.' Sakura olhou-o novamente, talvez seu guardião estivesse certo. Syaoran nunca a magoou, jamais a traíra, muito menos mentiria. Mas seu receio era tão grande que enchia seu coração de medo. 'O rapaz veio falar com Yukito.' Sakura encarou-o esperançosa. Talvez aquele ninja dissera apenas mentiras. Sim, acreditava piamente nisso.

Sakura (angustiada): 'O que eles conversaram? Por que Yukito não me contou?'

Yue: 'Yukito não te contou pois não teve oportunidade. Foi no dia em que você e o menino ficaram sozinhos, Yukito tinha ido ao festival junto com os outros.' Sakura esperou para que ele continuasse. Yue mantinha seu olhar neutro na moça. 'O garoto chinês disse porque estava aqui. Contou-nos sobre o interesse de seu Clã nas cartas e qual sua função ao vir para o Japão.' Lágrimas se formaram nos olhos de Sakura, então era verdade.

Virou o rosto para que Yue não a visse chorando, a dor era grande demais. Syaoran a enganara, ela era apenas um desculpa para poder vir atrás das cartas. E por um momento ela chegou a achar que estava...

Yue: 'Não tire conclusões precipitadas, Mestra. O rapaz não queria suas cartas.' Sakura voltou-se novamente surpresa para seu guardião. Yue pôde ver com clareza os olhos esverdeados de sua mestra brilhando a lágrimas. Mas Sakura não se importava com isso. Como assim Syaoran não queria as cartas se veio por elas?

Yue resolveu explicar logo para sua dona o que ocorrera. As lágrimas dela estavam encomodando-o.

Touya estava em seu escritório. Um livro qualquer em seu colo, sua atenção voltada para o fogo crepitando na lareira.

Dois dias atrás encontrara sua irmã caída no chão, assim como o moleque chinês. Seu coração quase parou, o medo tomando conta dele. Sua irmã era seu mais doce e precioso tesouro, só de imaginá-la sofrendo era demais para ele, imagine aquela situação.

Sabia que não poderia protegê-la de tudo e todos. Sabia do "dom" de sua querida irmã, por mais que ela tentasse esconder dele.

Honestamente, sempre soube da verdade. Assim que o Livro das Cartas fora aberto, já sentira que sua irmã tinha despertado algo especial em si. Tentou, sempre que podia, ajudá-la, mesmo que seus poderes se limitassem a ver apenas fantasmas, algo que sempre assustou Sakura.

Suspirou. Por mais que soubesse que muito pouco poderia ajudar, Touya sempre tentou estar presente. Chegando a ser superprotetor às vezes... Está certo... Muitas vezes... Mas só queria que sua irmãzinha fosse feliz e não sofresse.

Porém, a vida não é assim. E maldito destino que não o colocara perto da irmã quando seu pai morreu. Ah, como doía em sua alma vê-la se culpando por algo em que ela não podia fazer nada. Consolá-la era algo que nem ele nem sua noiva, Tomoyo, conseguiam fazer, por mais que tentassem. E foi tentando consolá-la, ou ao menos vê-la um pouco feliz, que ele se empenhou tanto no exército, para trazer conforto para Sakura.

Mas isso não era suficiente, ele sabia. Nenhum vestido bonito, nenhuma mansão ou título de nobreza tiraria a tristeza dos olhos da irmã. Por seu pai e por ela mesma, devido a seu acidente.

Logo, tentou mudar sua estratégia. E invés de conseguir luxo, tentou achar a cura para a enfermidade dela. Procurou muito, pesquisou muito e encontrou alguém que parecia poder ajudá-la.

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No começo, Touya duvidou que uma mulher pudesse ser uma boa médica, mas Meylin se mostrou determinada a ajudar sua irmã. Foram vários meses de exercícios e tentativas, infelizmente, frustrantes.

E em seguida apareceu o moleque...

Touya não queria aquele garoto em sua casa. Algo lhe irritava no tal Li desde que mencionaram seu nome. Mas era sua única alternativa, a felicidade de Sakura dependia disso.

E o rapaz chegou...

Sakura o detestou, assim como ele. Nada fazia os dois se entenderem e isso, estranhamente, deixava Touya aliviado. Algo no olhar daquele chinês para sua pequena irmã incomodava-o profundamente.

Além disso, Touya conseguia perceber a determinação da irmã em não permitir que Syaoran soubesse de seus poderes. Touya não tinha os mesmos que os da irmã, mas conseguia perceber que o jovem chinês também possuía magia. Será que Sakura já conhecia Syaoran? Qual era o medo dela?

Bom, talvez tivesse relação com a viagem que ela fez aos dezesseis anos. Seu pai dissera que ela fora para Inglaterra, mas Touya não acreditou muito. Sondou e sondou, descobrindo que a irmã fora para a China. Oras, mas por que China? Com um pouco mais de persistência, tirou de seu grande amigo, Yukito, a verdade por trás de tal viagem. Ficou irado, não podia permitir que sua irmã se submetesse a tal treinamento! Isso não era certo para uma menina tão frágil quando ela.

Entretanto, Yukito o fez ficar quieto e ele jurou não contar para a irmã que ele sabia da verdade. Isso provavelmente faria que a garpta se sentisse reprimida ou até mesmo preocupada em se manter perto dele possuindo magia. Ele sabia que muitos podiam tentar usá-la para algum fim ilícito e, quem sabe, fariam dele ou de seus familiares chantagem para que ela aceitasse.

Então, Touya resolveu calar-se. Além de que, fingindo não saber da verdade, seria mais fácil observar e cuidar da irmã sem que ela desconfiasse.

Por isso, nada disse ao perceber a relutância de Sakura em aceitar Li. Por mais que ele não gostasse do jovem, sabia que Sakura nunca fora de evitar tanto alguma pessoa e isso, com certeza, tinha a ver com magia. Mas quanto à essa situação, nem Yukito aceitou contar-lhe algo.

Contudo, resolveu deixar esses pormenores de lado. E por mais que não tivesse gostado do moleque chinês, tinha que admitir que ele estava fazendo um bom trabalho. Apesar de serem poucos os momentos, Sakura voltava a sorrir como antes, ou até mesmo se irritar quando Touya a chamava de "Monstrenga" algo que ele não assistia há muito tempo. E isso deixava-o feliz.

E o maior dos seus desejos se realizou...

Sakura finalmente começou a demonstrar sinais de recuperação! Isso era bom demais para ser verdade e a felicidade da irmã se fazia sua também. Estava planejando uma viagem para a irmã assim que ela melhorasse, sair um pouco de Tomoeda lhe faria bem, com certeza...

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Naquele fatídico dia, saiu protestando de casa. Tomoyo o fez ir ao festival na cidade com ela, Yukito e a encrenqueira chinesa, Meylin. Não queria deixar sua irmã sozinha com o "mal feitor" chinês, mas Tomoyo sabia ser bem persistente.

Até que se divertiu no festival, a festa estava linda, as flores o fazendo lembrar de sua querida e falecida mãe. Tudo poderia ter saído perfeitamente bem, senão fosse pela súbita preocupação que surgiu na face de Yukito.

Touya sabia da identidade do amigo (com certeza sabia muito mais do que Sakura poderia imaginar) e foi com ele até um lugar onde Yue pudesse se revelar. O outro estava bastante preocupado e à menção do nome de sua irmã em algum problema o fez disparar até a carruagem mais próxima. Enquanto isso, Yue voltou a ser Yukito e foi avisar as garotas que tanto ele quanto Touya precisariam se ausentar. E este, logo depois, voltou a ser Yue e partiu voando em direção à mansão Kinomoto, assim chegaria mais rápido.

O coração de Touya contraía a cada barulho que o cavalo fazia no chão em seu galope, o medo crescente se apossava de si. Não podia cogitar a possibilidade de sua irmã estar em apuros daquela maneira... Isso era inadmissível! Cada segundo parecia um minuto; um minuto, uma hora. A cidade era longe, quase a uma hora de casa. Torcia para que sua irmã estivesse bem.

Logo chegou, entrou correndo na mansão, buscando pela aura fraca de Sakura. Olhou nas duas primeiras salas da casa e amaldiçoou-a por ser tão grande. Quando entrava no salão de visitas, sentiu seus olhos arderem, sua respiração lhe faltar.

Yukito estava debruçado, ajudando alguém... Sua querida irmã inconsciente no chão...

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Touya levantou-se de sua poltrona, caminhando pela sala escura até a mesinha ao lado da prateleira cheia de livros. Pegou um leve licor e degustou-o por segundos, antes de voltar-se para a janela semi-escondida pela escura cortina, observando alguns raios de sol que escapavam por esta. Voltando a relembrar...

Yukito socorrera sua irmã no momento em que chegara em casa. Sua pulsação era fraca, mas, graças a Deus, não o suficiente para ser grave. Yukito confidenciou ao amigo que Sakura havia utilizado magia demais e fizera muito esforço físico.

Touya não estava surpreso com o que o amigo disse, pois isso já havia passado no momento em que viu dois corpos estendidos ao lado da irmã. Um de um homem em negro, alguém que ele nem conhecia. O outro... Do garoto chinês. O que estivera ocorrendo ali, Touya fazia pouca idéia, mas Sakura, com certeza, não ficara quieta durante os acontecimentos.

Contudo, não foram os corpos que o surpreenderam. Enquanto Yukito cuidava de sua irmã, pode ver espirros de sangue no rosto dela, um filete do líquido vermelho escorrendo pelo braço da garota, de um ferimento que não existia. Será que fora sua doce Sakura que fizera aquilo? Isso causava-lhe arrepios.

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Felizmente, Sakura não corria perigo de vida. Ao contrário do jovem Li, que havia perdido muito sangue e miraculosamente ainda respirava. Yukito cuidou com afinco dos dois, sendo auxiliado por duas garotas preocupadas em demasia: Meylin e Tomoyo. Que quinze minutos depois da chegada deles, apareceram na mansão.

Touya desviou seu olhar da janela para novamente olhar para lareira. Por um momento esquecendo-se de sua irmã.

Sentira um fio de inveja de Sakura, nada a se considerar. A verdade é que jamais imaginaria sua noiva sentindo tamanha preocupação por ele como sentira por Sakura quando a viu desfalecida no meio da sala.

Tomoyo era sua prima. Nunca pensou em se casar com ela, a garota sempre foi a amiguinha querida da irmã. Mas fatos posteriores o fizeram responsáveis pela jovem, obrigando-o a decidir entre arrumar um casamento forçado para a menina, ou permitir que ela fosse feliz ao lado de sua família.

Achou justo a segunda opção. Tomoyo era jovem, mas não tinha posses. Seu pai fora morto em uma das várias guerras que sempre ocorriam e sua mãe morreu alguns anos depois, com poucas posses. A garita era só no mundo e se agarrou a Sakura de tal maneira que chegava a causar pena no rapaz. Touya achou injusto desprendê-la de seu único consolo, mesmo que a única maneira fosse o casamento com ele.

Sabia do suposto amor que Tomoyo sentia pela irmã, tinha quase convicção de que ninguém havia percebido ainda. Mas ele sabia observar e via o carinho enorme que a prima devotava à Sakura. No entanto, também sabia que aquele amor era menos do que a garota imaginava ser. Solidão, carência, necessidade de que alguém se preocupe com você e vice-versa classificariam melhor os sentimentos da prima para com sua irmã.

Na realidade, não se importava com o fato da garota não o amá-lo, pois ele também não devotava o mesmo amor por ela. A garota seria sempre sua segunda irmã. Mas devia protegê-la do mundo, assim como desejara o casamento de Yukito e Sakura para proteger esta.

Touya estava disposto a se sacrificar pela garota e sabia que ela também fazia isso. Já que achava amar sua irmã. O importante era que ela fosse protegida e eventualmente feliz.

Ele também tentaria ser feliz... Por mais que soubesse que sua felicidade só seria completa ao lado dela...

Da mulher que o deixou... Mas que seu coração não deixou partir...

Da mulher que foi única para ele... Que o fez sentir-se especial...

Da única mulher que amou com todo seu coração...

Uma batida se fez ouvir e Touya desviou seu olhar da lareira para a porta. Sua jovem noiva entrava no aposento escuro, um sorriso em seu rosto.

Tomoyo: 'Touya... Sakura-chan acordou.' O rapaz sorriu discretamente.

Touya, Yukito e Tomoyo haviam saído de seu aposento poucos minutos atrás. Enquanto estivera com eles, pôde esquecer-se um poucos dos problemas. Pena não ter conversado com Meylin também, ela não deveria estar bem.

Sakura voltou seu olhar para a janela de seu quarto. Com a lembrança da chinesa veio junto a de Syaoran. Suspirou longamente, fechando os olhos em seguida. Estava realmente aliviada por saber a verdade. Yue contara-lhe tudo o que Syaoran havia lhe dito, ou melhor, dito para Yukito. Por um momento, Sakura teve medo de acreditar novamente e se enganar. Mas sabia que Yue não era facilmente enganado e se ele disse que o rapaz estava sendo sincero, era porque estava mesmo.

A garota não sentia muito bem em nem ao menos ficar ao lado de Syaoran. O rapaz lhe salvara a vida, mostrara o quanto se preocupava com ela, o quanto era importante. E por um momento Sakura sorriu. Um sorriso doce e verdadeiro, de quem se sente importante para uma pessoa que lhe é o mesmo.

Desencostou-se de seu travesseiro e esticou o braço para pegar sua cadeira de rodas. Com alguma dificuldade, visto que seus ferimentos ainda doíam, a menina conseguiu sentar no assento. Respirou fundo antes de se dirigir ao quarto ao lado, onde Syaoran ainda estava desde que o ninja destruí-ra seu quarto.

Bateu na porta levemente, antes de abrir uma leve fresta e pedir permissão para entrar. Viu Meylin olhá-la e sorrir tristemente e logo adentrou no aposento. Seguiu lentamente até o lado da jovem chinesa, cuja estava sentada ao lado de Syaoran, velando seu sono. O rosto do rapaz estava sereno.

Sakura: 'Meylin-chan... Como ele está?'

Meylin (ainda olhando para o rapaz): 'Tsukishiro-san disse que ele ainda está fraco. Mas que, por algum milagre, ainda tem forças para se agüentar até que seu sistema imunológico o cure.' Sakura lembrou-se da mulher que salvara Syaoran dois dias atrás. Agradeceu internamente pela intevenção dela.

Sakura: 'Ele... Ele já mostrou sinais de recuperação?' Viu a menina fazer um leve sinal de negativo e suspirou. Rezaria muito para que o chinês pudesse se recuperar logo. Preferia mil vezes suportar aquele sorriso irritante dele do que vê-lo naquele estado doentio.

Meylin (virando-se com um leve sorriso para a menina): 'Você provavelmente não vai dormir hoje, não é?' Sakura piscou duas vezes, em sinal de que não entendera o que a chinesa dissera. Meylin riu. 'Oras, já faz dois dias que vocês dois estão dormindo. Não me espantaria nada você não conseguir dormir hoje.' Sakura arregalou os olhos. Como conseguira dormir tanto tempo assim?

Um leve silêncio se instalou entre as duas. Enquanto voltavam suas faces novamente para o rapaz. Sakura podia ver que ele parecia bem. Desviou seu olhar para sua amiga, que ainda mantinha os olhos em Syaoran, esta, com certeza, tinha passado as duas noites em claro. Aproximou-se mais um pouco da menina e tocou levemente em seu ombro. Chamando a atenção desta.

Sakura (sorrindo docemente): 'Vá descansar, Meylin-chan... Você não está bem.' A menina iria protestar, mas Sakura a interrompeu. 'Se não dormir direito suas rugas vão aparecer mais cedo do que você imagina.' Disse em tom brincalhão. Meylin sorriu para a amiga e novamente olhou para o primo, com medo de deixá-lo sozinho. Sakura percebeu. 'Não se preocupe...' A chinesa novamente a encarou 'Eu cuido dele agora...' Meylin olhou com dúvida para Sakura, mas sabia que poderia confiar na jovem. Sorriu levemente e acenou positivamente com a cabeça.

Meylin: 'Qualquer coisa, não hesite em me chamar, certo?' Sakura sorriu e acenou que sim. Meylin levantou-se e novamente voltou-se para o primo, beijou a face deste e saiu lentamente do quarto, visivelmente cansada. Sakura encarou a porta por segundos antes de voltar-se para o rapaz.

Sakura: 'Xiao Lang...'

A menina se aproximou mais do jovem, suficientemente para tocar em sua mão, ao lado de seu corpo, ainda fria. Sentiu seus olhos cheios de lágrimas, quando achou que tinha perdido-o, por um momento parte de sua alma se foi com ele.

Sakura (quase em um sussurro): 'Perdoe-me, Xiao Lang. Perdoe-me por não confiar em você.' Uma lágrima escorria lentamente pelo rosto da moça, enquanto esta se aproximava do rosto do jovem, beijando ternamente os lábios dele. 'Eu sou uma tonta, por achar que você me enganaria.' Parou por um momento, as lágrimas ainda visíveis em seus tristes olhos. Desviou a face da do rapaz. 'Eu deveria saber que a única mentirosa aqui sou eu...' E olhou-o novamente, velando o sono do jovem que preenchera-lhe o coração.

Já se passara quase uma semana desde o incidente, para ser exato, cinco dias. Sakura constantemente revesava com Meylin para assistir Syaoran, por mais que Tomoyo insistisse que ela deveria cuidar de si mesma. Durante este tempo, a menina continuou fazendo seus exercícios, na esperança de recuperar logo os movimentos de suas pernas, que depois do fatídico dia da batalha, parecia estar respondendo com mais facilidade.

Sakura (irritada enquanto fazia um exercício): 'Pelo menos para alguma coisa aquilo tudo serviu.'

Era pouco mais de dez horas da manhã, duas que ela se mantinha naquele rítimo constante de movimentos ritimados. Por um instante, Sakura quase deixou o objeto de treino cair de suas mãos, com a leve impressão de um súbito vestígio de magia próximo a si. Que logo desapareceu.

Ficou quieta por instantes, tentando concentrar-se em qualquer anomalia no espaço, estava sozinha em casa, com exceção de alguns empregados da casa. Touya saíra a negócios, assim como Yukito. Tomoyo obrigara Meylin a sair um pouco, dizendo que ar lhe faria bem depois de tantos dias trancada naquele quarto cuidando de Syaoran. A chinesa não queria, mas de tanta insistência acabou cedendo, não antes de Sakura jurar-lhe que ficaria atenta a qualquer problema que pudesse surgir.

Voltou a fazer seus exercícios, provavelmente estava estressada demais nos últimos dias e estava imaginando coisas.

Sakura, dessa vez, deixou seu aparelho cair no chão. Agora tinha certeza de que sentira uma presença mágica. Uma presença muito familiar!

Olhou para a porta em anexo ao quarto ao lado, seus olhos arregalados.

Subitamente a porta se abre, Sakura prende a respiração.

Syaoran (escorando-se na porta para não cair): 'Graças a Deus...' Seu rosto sério e preocupado assumindo um ar calmo ao encontrar Sakura no aposento. No segundo seguinte, antes que Sakura pudesse responder qualquer coisa, o rapaz caiu no chão, suas forças se perdendo novamente.

Sakura praticamente saltou da cama, esquecendo-se por milésimos que ainda não podia andar e indo, dolorosamente, ao chão. Essa era uma desvantagem de poder sentir as pernas novamente, elas doíam igualzinho quando ela vivia caindo das árvores de casa, para a total preocupação de Tomoyo.

Desviou tais pensamentos com urgência e puxou sua cadeira de rodas, fazendo força para conseguir se sentar. Em pouco tempo já ao lado de Syaoran, que, apesar de caído ao chão, ainda parecia estar acordado.

Sakura (irritada e preocupada): 'Pelo amor de Kami, Xiao Lang! Não me dê um susto desses!' E pegou-o pelo braço, fazendo força para poder levantá-lo. Com muito esforço conseguiu chegar perto da cama com ele caminhando lentamente ao seu lado. Sentou-o na mesma, enquanto segurava seu rosto com firmeza, para ter certeza que ele estava lúcido. 'Você está bem? Não se machucou? Sente alguma dor? Eu vou chamar alguém...' Antes que pudesse se virar o rapaz segurou seu braço, fazendo-a olhá-lo.

A menina estava pasma, o rapaz sorria como um bobo. E antes que tivesse a chance de reclamar com ele pela pouca preocupação com sua própria saúde, o rapaz puxou-a para perto de si, abraçando-a com força, uma de onde ela não sabia ter vindo, e carinho nítido.

Ficaram assim por longos minutos. Sakura, por mais que se visse sem reação, não podia negar que era maravilhoso poder senti-lo novamente. Agradecia aos céus por não terem lhe tirado o jovem chinês.

Syaoran (sussurrando contra o ouvido dela): 'Senti tanto medo de perdê- la...' Sakura estacou no mesmo minuto. Se antes se achava sem reação, dessa vez não conseguia assimilar seus próprios pensamentos. Mas ela ouvira bem, ouvira o que ele lhe dissera e sentiu uma sensação jamais sentida antes, por mais estranha que fosse; uma mistura de culpa e de felicidade por ouvir aquelas palavras. Se ele soubesse o que ela fizera...

Sakura sentiu seus olhos encherem-se de lágrimas, enquanto um sorriso bobo aparecia em sua face. Era algo tão contraditório, uma satisfação tão imensa e uma culpa tão visível que doía-lhe fundo no peito. Não pôde mais continuar abraçada a ele, por mais que seu coração e seu corpo jamais quisessem sair dali, do aconchego do corpo daquele homem.

Syaoran (olhando-a preocupado): 'Você está bem, Sakura? Aqueles ninja não lhe fizeram mal, não é mesmo?' A menina apenas acenou negativamente com a cabeça. Syaoran suspirou aliviado.

Ficaram em silêncio, o rapaz contemplando a jovem com alegria por vê-la salva, enquanto esta tentava fazer de tudo para não encarar aqueles olhos ambarinos. Mas Syaoran não havia se esquecido da luta que houvera e ficou novamente sério.

Syaoran: 'Sakura, o que houve depois de que...?' Não sabia o que dizer, não lembrava-se do que ocorrera. Viu a menina voltar-se para ele, timidamente. Estranhou a reação, pois ela estava brava com... Ah! Como havia se esquecido? Sakura deveria estar com ódio dele e... 'Sakura, tudo o que aquele maldito disse não é verdade! Eu não menti para você, por favor, não...' Contudo Sakura não queria ouvir, ela era a única que deveria estar pedindo desculpas ali. Interrompeu-o.

Sakura (voltando a encará-lo): 'Eu já sei de tudo, Xiao Lang. Sei que não me enganou.' Viu as faces do rapaz se aliviarem nitidamente, como um peso que lhe saía do coração. Mas Sakura mantinha-se séria e o rapaz não entendia por quê. No entanto, achou melhor saber o que ocorrera naquela noite, antes de qualquer conclusão precipitada se formar.

Syaoran: 'Então... O que houve naquela noite...?'

Sakura (ainda séria): 'Aquele ninja, Saigo, ele atacou-o covardemente e você desmaiou.'

Syaoran: 'Mas... Então eles aguardaram Tsukishiro chegar, não é mesmo? Para pegar as Cartas.' O rapaz tentava arrumar seus próprios pensamentos. Quando Saigo o acertara, achou que tudo estava perdido, que ele morreria e ninguém poderia proteger Sakura ou ajudar Yukito quando este chegasse em casa. Então... Arregalou os olhos. 'Como está o Yukito, Sakura? Ele está bem? Saigo o pegou desprevenido, não foi? Eu sabia que aquele maldito não tinha escrúpulos...' Começou a pensar alto e Sakura interrompeu-o.

Sakura (nervosa): 'Saigo está morto.' Disse pura e simplesmente. O queicho de Syaoran quase foi ao chão com a sentença. Se ele estava morto, o responsável só poderia ser Yukito...

Syaoran: 'Então Yukito está bem? Como ele derrotou aquele ninja desgraçado?' Ainda tinha raiva do primo e não escondia isso. Sakura prendeu a respiração.

Assim que conseguira acordar depois do incidente e soubera que Syaoran não estava mais em perigo, jurou a si mesma que contaria a verdade para o rapaz, por mais que soubesse que ele iria odiá-la. E a hora parecia ter chegado.

Sakura (de cabeça baixa): 'Não foi Yukito que o venceu...' Syaoran voltou no mesmo instante de seus pensamentos e encarou a menina descrente. Como assim não fora Yukito? Quem poderia ter sido? Só se fosse aquele ser mágico que aparecera para ajudá-lo quando Sakura fora presa por Saigo, mas quem seria este...

Syaoran (descrente): 'Não me diga que foi aquela pessoa misteriosa que nos ajudou quando Saigo te pegou?! Oras, mas quem é o tal, que eu preciso agradecê-lo por...' Sakura se irritou de uma vez.

Sakura (irritada): 'Fique quieto, Xiao Lang e deixe-me falar!' O rapaz assustou com o "estouro" da menina. Por que ela se mantinha com o rosto sério? Por que tinha a ligeira impressão que ela estava aflita por dizer algo. Ficou por instantes mudo, enquanto a menina respirava fundo, para recuperar a calma.

Syaoran olhou para a menina preocupado. O que haveria de tão sério para deixá-la naquele estado se já haviam vencido o inimigo? Não conseguia entender e seu coração apertava ao vê-la tão angustiada. Aproximou-se e tocou a face da menina que, para sua grande surpresa, repeliou-o, desviando o rosto.

Syaoran (magoado): 'Sakura...?' A menina se controlou para não começar a chorar, tinha que contar logo a verdade para ele. "Meu Deus, como ele vai reagir?' Olhou novamente para o rapaz, como se soubesse que aquela seria a última vez que o encararia sem ver ódio nos olhos dele.

Sakura (tristemente): 'Não foi Yukito, nem aquele que nos ajudou, nem ninguém que você conheça... Ou pelo menos imagina conhecer...' Sussurrou, sentindo que era uma falsa, uma falsa que escondera dele um segredo que não deveria manter para ele.

Syaoran ficou mudo, sabia que o assunto era sério e também fechou o rosto, esperando que ela concluísse. Seja o que fosse, sabia que estava fazendo a menina sofrer.

Tomoyo e Meylin voltavam lentamente para casa. Deram um passeio pela feira daquele dia e acharam que já era hora de retornar. Meylin ainda estava preocupada com Syaoran e mesmo com toda insistência de Tomoyo, não ficaria muito tempo longe dele.

Logo estavam em casa, mas antes que Meylin subisse para ver Syaoran, Tomoyo pediu-lhe que ajudasse a descarregar as compras que fizeram. Meylin queria ver o primo, mas não seria nada educado não ajudar a moça.

Foram lentamente para a cozinha e começaram a guardar o que compraram, em uma conversa gostosa. Vários dos empregados estavam ocupados, ou haviam saído para fazer algo para Touya. Tomoyo ria de um dos comentários da amiga quando ouviu um barulho na porta. Pediu licença para a outra garota e foi atender.

Tomoyo (abrindo a porta sorrindo): 'Pois não?'

Voz masculina: Desculpe-me entrar nesta propriedade assim, mas não havia ninguém no portão.'

Tomoyo (abrindo os olhos e ainda sorrindo): 'Ah, não se preocupe, pois...' Mas parou subitamente. Seus olhos indo de encontro a belas orbes azuis.

Fazia uma semana que Saigo não dava notícias e ele já estava extremamente nervoso com a incopetência de este seu servo. Caminhava com passos duros e rápidos pelo enorme corredor, seu manto negro roçando nos objetos e quase os derrubando. Não deveria ter confiado novamente naquele estúpido, uma vez que se falha é óbvio que aconteceria de novo.

Mas agora não podia pensar em como castigar o servo. Um dos mordomos da mansão o avisara de que um dos ninja retornara, só não entendia porque só um deles. Mas isso não era importante agora.

Logo já se encontrava no aposento em que um de seus servidores da escuridão o aguardava. Assim que entrou, o jovem ninja abaixou-se em reverência.

Mestre (irritado): 'Levante-se logo, inútil! Por que Saigo ainda não voltou?!' Não pretendia enrolar nem um segundo e viu o nervosismo na face do outro homem, que engoliu em seco.

Ninja (de olhos abaixados): 'Meu mestre, nosso líder, Saigo.. Não sobreviveu ao confronto.' O mestre, mesmo que não fosse sua atenção, arregalou os olhos. Sabia que Saigo não era tão poderoso como ele, mas mesmo assim era um guerreiro de elite. Xiao Lang era um bom lutador, mas não seria fácil vencer tantos ninja de uma vez, muito menos matar o líder deles. E agora só um deles voltava!

Mestre: 'O que houve lá?!'

Ninja (ainda sem encará-lo): 'Atacamos durante a noite, quando ninguém estava na casa. Apenas Xiao Lang-san e a garota estavam lá. Iríamos derrotá- lo e aguardar o mestre das Cartas Clow para pegá-lo desprevinido.'

O mestre continuava em silêncio, encarando nervoso o seu servo.

Ninja: 'Atacamos Xiao Lang-san, mas ele quase nos venceu, senão fosse pela intervenção de Saigo-sama, trazendo a jovem como refém. Fazendo Xiao Lang- san vacilar.' Os olhos do mestre cintilaram, aquela informação seria valiosa agora. 'Mas alguém ajudou-os e não conseguimos ver quem era, no entanto, o ser mágico logo sumiu...'

Mestre (interrompendo-o): 'Há outro ser mágico na mansão?!'

Ninja: 'Não temos certeza, não tínhamos visto aquela pessoa ainda. Só sabemos que era bastante poderoso e logo libertou a jovem Kinomoto foi embora.'

Mestre (estreitando os olhos): 'Continue.'

Ninja: 'Xiao Lang-san conseguiu abater todos nós e eu não soube o que houve durante aquele tempo.' Tremeu ao perceber a fúria de seu mestre, mas não adiantava parar. 'Só sei que quando todos acordamos, Saigo-sama e mais um dos nossos estavam estendidos no chão, enquanto a garota estava sentada ao lado dos corpos de Saigo-sama e Xiao Lang-san.' Novamente os olhos do mestre brilharam com o que ouvira. 'Mas não pudemos fazer nada, pois logo ouvimos barulhos e presenças próximas. Nas condições que Xiao Lang-san nos deixou não seria aconselhável continuar ali e fugimos.'

O mestre ficou em silêncio por instantes. Um misto de ódio e prazer formando em seu ser. Òdio, pois não conseguira as Cartas; prazer, ao saber que Xiao Lang poderia estar morto.

Mestre: 'Por que demoraram tanto para me informar do acontecido?'

Ninja (tremendo levemente com a voz do mestre): 'Estávamos todos debilitados com a luta, além de que o senhor da mansão Kinomoto mandou fechar todas as saídas e entradas das redondezas, além de enviar dezenas de militares a procura dos homens que invadiram sua casa. Eu vim representando a todos, para informar o mais rápido possível o senhor dos acontecimentos, nossos outros homens estão tentando voltar as escondidas e não levantar nenhuma suspeita tanto dos japoneses quanto do governo chinês.'

Mestre (ainda nervoso): 'Muito bem, homem. Já fez seu trabalho. Agora retire-se desta casa e vá para os aposentos destinados a sua classe antes que eu descarregue minha decepção para com meus guerreiros em cima de você.' E depois de falar tais palavras, o mestre virou-se de costas e começou a se retirar apreçado do aposento, sem dizer nenhuma palavra a mais.

Ninja (fazendo uma longa reverência enquanto o homem se retirava): 'Como quiser, mestre Tai Ming.'

Syaoran estava mudo, sabia que o assunto era sério e também fechou o rosto, esperando que Sakura continuasse o que tinha a dizer. Seja o que fosse, sabia que estava fazendo a menina sofrer.

Sakura (encarando-o novamente): 'Xiao Lang... O que vou te falar agora irá mudar muita coisa. Eu sei que você irá se sentir enganado e que não há perdão para isso...' Seus olhos enchiam-se de lágrimas 'Mas há certas coisas que fazemos visando a segurança, tanto de nós, quanto de quem nós amamos.... Por isso...' Parou por segundos, tentando achar as palavras certas para continuar.

Syaoran (sério): 'O que isso tem haver com o assunto em questão, Sakura? Não consigo entender o que você está tentando me dizer...'

Sakura (olhando-o tristemente): 'Tem tudo a ver, Xiao Lang. Talvez não todas, mas a maioria de suas dúvidas desde que chegou aqui irão se esclarecer com o que tenho a te dizer...' Engoliu em seco, não conseguia continuar. Syaoran a encarava seriamente e tinha medo do que ele iria fazer assim que soubesse...

Resolveu agir, seria muito mais fácil do que continuar com aquele diálogo improdutivo. Desviou seus olhos do rapaz e seguiu até sua escrivaninha, onde pegou um objeto depositado nesta. Syaoran mantinha seu olhar na garota, não entendo o que tudo aquilo significava.

A menina voltou-se novamente para o rapaz. Encarou-o por breves segundos, com um olhar que Syaoran não conseguiu decifrar. Abaixou seus olhos novamente para o pequeno objeto em sua mão e esticou-o lentamente a sua frente, pronunciando algumas palavras... Conhecidas de Syaoran.

Sakura (lentamente): 'Chave que guarda o poder da minha estrela...' Syaoran começou a arregalar seu olhos... 'Revele seus verdadeiros poderes sobre nós...' O que tudo aquilo significava...?! 'E ofereça-os a valente Sakura que aceitou esta missão...' Mas... Essas palavras so podiam significar que... 'Liberte-se!'

(Continua)

07/05/04

Mary Marcato

Comentários da autora: Desculpem-me se não foi do agrado da maioria o jeito que Syaoran descobriu o segredo de Sakura. Sei que muitos vão ficar decepcionados, mas eu achei que já era hora dele saber e resolvi fazer algo mais dramático do que uma súbita revelação por acaso ou no meio de uma batalha. Desculpem-me novamente. Bom, eu queria escrever muito mais coisas aqui, mas este é um capítulo de transição e eu não achei correto misturar vários temas, ia sair um bolo sem um conteúdo claro. Acho que é só, se vocês quiserem me mandar algum review ou comentário eu agradeceria muito. :) Ja ne!

Agradecimentos: Primeiramente pedir desculpas a Violet-Tomoyo porque eu escrevi o nick dela errado no capítulo anterior ", mas eu agradeço a ela desde já por sempre comentar. Também à Lara-chan e a todos e todas que continuam a ler minha humilde fic Obrigada a todos!