Olá!!! Gente, fico muito feliz em saber que ainda há tanta gente que teve a paciência de esperar eu escrever e ainda comentou! Amo vocês :) Eu sei que o capítulo não ficou grande como de costume, mas sinceramente espero que vocês gostem deles, pois foi feito com tanto capricho como qualquer outro, pois eu sei que vocês merecem!!! Esperem bastantes emoções para estes próximos capítulos, pois muitas coisas serão reveladas após este capítulo "não tão legal, mas necessário". Farei o melhor que puder para postar periodicamente e obrigada novamente pela compreensão de todos :) Divirtam-se!
Capítulo17: Uma sombra protetora
Mal olhava o que estava fazendo, sua pressa era grande, apesar de fazer pouco sentido. Depois de finalmente perceber o que procurava, tudo foi como um flash na sua mente e ele se viu numa necessidade repentina de começar o que prorrogara por tanto tempo, inconscientemente.
Em pouco mais de dez minutos suas duas malas estavam prontas, surpreendente. Mas isso era o de menos, lembranças do que acontecera minutos antes atingiram por um momento sua mente. Deixara-a livre de qualquer compromisso, sim, tanto ela quanto ele estavam livres, cada um para buscar suas próprias respostas.
Touya trancou a segunda mala e respirou profundamente. Demorara muito para entender e decidir-se. Como fora tolo, jamais seria feliz e faria Tomoyo infeliz também. A única coisa que o fazia insistir era que ainda achava estar fazendo o melhor pela prima... Mas agora era diferente... Tomoyo parecia estar se encontrando de verdade, finalmente. E, por mais que não lhe agradasse o pensamento, muito disso devia-se aquele que tirara-lhe a felicidade uma vez.
Ironia do destino, pensou enquanto soltava o ar sarcasticamente. Primeiro Eriol tirara-lhe a chance de ficar com Kaho, tirara-lhe a felicidade, em outras palavras. Agora ele voltava, e proporcionava-lhe a chance de recuperar isso. E não pensava dessa maneira por saber que ele não mais estava com Kaho, mas sim porque parecia estar ajudando mais do que ele esperava sua noiva, e assim sendo, por que ele continuava com aquele noivado? Não havia motivos e isso o fazia livre para procurá-la.
Sim, era exatamente isso que iria fazer. Não perderia mais tempo. Sabia que as chances de encontrá-la eram pequenas, menores ainda as chances dela querê-lo de novo, amá-lo de novo. Mas não importava, ele sabia que não encontraria paz de espírito enquanto não fizesse isso.
Com mais um suspiro, pegou suas duas malas e seu casaco de viagem. E assim que saía de seu quarto, pôde ouvir as vozes distantes de Sakura e Meylin em direção a escada. Ficou pensativo por vários segundos, um aperto no coração. Não queria que fosse assim sua despedida com Sakura, seu desejo era de abraçá-la e dizer que voltava logo.
Contudo, não podia fazer isso. Sakura iria se preocupar se soubesse o que ele faria, por isso diria ao sair que partiu com urgência devido a um problema político no governo. Depois, se fosse falar com ela, ficaria com o coração na mão e não saberia se conseguiria partir. Não sabia quanto tempo iria demorar, só sabia que precisava ir e, se caso ficasse muito tempo no exterior, mandaria passagens para ela e Tomoyo, caso esta quisesse também, para se encontrarem com ele onde quer que ele estivesse. Mas agora, o melhor era partir sem despedidas, Eriol poderia explicar a situação para sua irmã - pelo menos para isso o inglês lhe seria de boa utilidade – este último pensamento veio com um sorriso mais do que maléfico, o que ele não daria para ver o inglês explicar-se para uma Sakura mais do que revoltada com o irmão porque este partira sem lhe avisar.
Tentando não mais pensar no assunto, apertou suas mãos nas alças de suas malas e desceu as escadas, depois de ter certeza que Sakura não estava mais em seu campo de visão. Assim que alcançou um dos corredores inferiores da casa, parou no lugar, olhando ao redor desta que desde que a irmã nascera fora sua casa, uma certa dor no peito incomodando-o por alguns intantes, este sabendo previamente que seu dono demoraria mais do que imaginava para voltar a ver seu tão querido lar. Touya olhou por segundos para o chão e, resignado, voltou a andar com passos decididos à porta de entrada da casa.
Entretanto, não deu muitos passos, pois na sua frente encontrava-se alguém em quem ele andara pensando mais do que o normal nos últimos dias.
Voz feminina (quase em um sussurro): 'Touya-san...?' O rapaz desviou levemente a cabeça. Realmente não queria despedidas, mas não poderia simplesmente passar reto pela moça.
Touya (voltando a olhá-la): 'Estou partindo, Nakuru...' Sua voz era séria, mas ao mesmo tempo triste. A moça abaixou a cabeça, escondendo assim os olhos da visão do homem a sua frente, deste homem em específico. Touya caminhou em passos calmos até a garota e tocou o queixo dela e qual sua surpresa ao ver aqueles belos olhos cheios de lágrimas. Sentiu seu coração se apertar ainda mais do que antes.
Nakuru olhou aquele que fora sua responsabilidade nos planos de Eriol por tantos meses e que agora era muito mais do que um mero amigo para ela. Touya ganhara o carinho e amor da guardiã do inglês. Da primeira vez que ela se despediu dele, fora ela quem partia. Agora era o contrário... E a guardiã tinha quase certeza de quais motivos levavam ele a ir embora.
Mas não cabia a ela reclamar, por isso mantinha-se em silêncio, por mais que sua vontade fosse de pular no pescoço dele como tantas vezes fizera quando ele ainda era um jovem rapaz de seus vinte anos, só que dessa vez seus motivos seriam muito mais fortes do que deveres com aquele mago inglês, que mesmo sendo seu mestre e criador, não parecia lhe fazer sentir tanta emoções, da mais variadas, como este rapaz a sua frente lhe fazia sentir, com tanta intensidade...
Apesar de seu conflito de emoções – e já sabendo que aquele japonês não ficaria por mais que ela pedisse – Nakuru foi tirada de seus pensamentos com algo que não esperava jamais. Touya, aquele mesmo Touya que sempre a repelia com irritação, tão sério e fechado... Abraçava-a docemente, terna e docemente, ainda que com certa força, aquela força masculina que tanto lhe encantava nele.
Touya (em um sussurro): 'Vou sentir falta de você... Nakuru...'
E antes que ela pudesse dizer algo, antes que pudesse perguntar algo, Touya a soltou e abriu a porta de entrada, passando por esta e fechando-a, sem ao menos olhar uma vez para trás.
E a jovem ficou parada ali, ao lado da porta pela qual acabara de sair de um dos recintos da casa, sem saber exatamente o que fazer, perdendo, por um segundo, o dom de caminhar. Sua mente estava turva e seu coração batia fortemente, mais do em que qualquer outro momento de sua vida. A garota ficou encarando a porta, tentando entender os pensamentos que dançavam velozmente por sua mente, confusos, felizes, tristes, atônitos, tudo ao mesmo tempo.
Nakuru sempre soube que não teve... Nem por um segundo... O amor de Touya... O coração dele sempre pertenceu àquela a quem pertencera o coração de seu mestre, mesmo que em uma pequena proporção e por tão pouco tempo.
Kaho, ela sempre soube que era nela que os pensamentos de Touya estavam voltados, por mais que o japonês tentasse negar, seja por atos ou palavras. E mais uma vez isso se fazia visível diante do que o jovem general falara no começo da curta conversa que tiveram ali, com a decisão dele... Ela sabia, sempre soubera que um dia ele partiria e que não seria para encontrá-la... Não... Ela podia adivinhar com certeza os motivos que o faziam partir.
Um sorriso fino surgiu no rosto da jovem guardiã.
Talvez ele não a amasse, talvez nunca fosse amá-la, quem sabe... Era algo ao qual nem mesmo ela, com toda sua magia, poderia saber. Mas ela pôde sentir, mesmo que por um segundo... A magia que é estar nos braços da pessoa que mais se ama.
E isso nada e nem ninguém tiraria dela.
O rapaz deu um suspiro antes de entrar no recinto. A porta estava aberta, mas o local estava escuro, apenas iluminado pela lareira, uma das tantas que havia na casa. Olhou em volta, enquanto as labaredas dançavam como sombras e luzes nas paredes, e finalmente distinguiu dois vultos. um estava em pé, ao lado de um poltrona, onde o outro vulto podia ser distinguido sentado em uma das poltronas.
Bateu levemente na madeira grossa da porta, pedindo permissão para entrar. Uma voz feminina soou calmamente pela enorme sala, dando permissão para que o jovem continuasse seu caminho. A silhueta de um dos vultos, aquele que se encontrava em pé, voltou-se para o novo visitante.
Figura feminina (sorrindo): 'Mestre Eriol...'
Eriol (sorrindo para a guardiã): 'Olá, Nakuru... Poderia nos dar licença, por favor?' A jovem acenou afirmativamente com a cabeça e antes de se retirar, voltou-se para a pessoa a quem fazia companhia até presente momento.
Nakuru (fazendo leve mesura): 'Com sua licença, senhora Li.'
Yelan (voltando-se para a jovem e sorrindo): 'Toda, criança...' A moça sorriu um pouco mais e se retirou do local, encostando a porta ao sair.
Quando o silêncio mais uma vez tornava-se silencioso, este cortado apenas pelo crepitar da lareira, o jovem inglês encaminhou-se até uma das poltronas para se sentar, ao lado da mulher que já se encontrava sentada. A senhora chinesa observava o fogo enquanto seu companheiro sentava-se e logo ele se acomodou, ela resolveu se dirigir a ele.
Yelan (ainda olhando o fogo): 'O que aconteceu?'
Eriol (olhando-a calmamente): 'Ao que se refere?'
Yelan (sorrindo calmamente): 'Sei muito bem que atrasos não são comuns no comportamento inglês, jovem mago. O que houve?' O rapaz sorriu um pouco mais, a esperteza dos Li se fazia visível na matriarca da família.
Eriol: 'Um pequeno problema entre Touya e Tomoyo. Vi-me forçado a intervir quando ouvi vozes alteradas em meu caminho até aqui.'
Yelan (voltando a observar o fogo, ainda sorrindo): 'Suponho que tudo tenha terminado bem.'
Eriol (observando o fogo também): 'Suponho assim também.'
Yelan (observando com o canto dos olhos o inglês antes de continuar): 'O rapaz já partiu?'
Eriol: 'Exatamente como a senhora havia previsto...'
Yelan (dando um suspiro): 'Não era exatamente isso que eu procurava ao consultar o futuro, mas creio que tenha sido-lhe de alguma importância, não?' A mulher poder ver um sorriso formar-se nos lábios do rapaz, um sorriso leve e sereno, e a chinesa não teve dúvidas de que pessoa nos pensamentos do mago inglês o fizeram reagir de tal maneira.
Não fora com grande surpresa que percebeu os sentimentos da reencarnação do Mago Clow. Quando ocorrera com o Mago criador das Cartas Clow, fora através de um ancião Li que soubera e ficara realmente surpresa ao descobrir que até mesmo os mais poderosos não resistiam às garras de tal sentimento. E agora, ao saber quem era a dona do coração deste mago, deste "segundo Mago Clow", não fora surpresa que sentira, fora satisfação. Fora com um singelo, mas verdadeiro sorriso que ela percebera os sentimentos do mago inglês, assim como fora com o mesmo sorriso que percebera os sentimentos de seu próprio filho por outra certa japonesa. Haveria de descobrir qual o segredo das mulheres do Japão em conquistar dos mais misteriosos aos mais indomáveis magos e guerreiros do mundo ocidental e oriental...
Enquanto refletia, um silêncio calmo formou-se entre eles, enquanto observavam as belas chamas do fogo. Muitas coisas haviam acontecido e muito havia a ser discutido, no entanto, nada adiantava resolver problemas às pressas, com pouco pensar e muito agir. Para os dois magos ali, silêncio e calmaria faziam bem para a mente durante momentos de reflexão como este. Era preciso pensamentos leves para acalmar mentes tão cheias de problemas como a daqueles dois. Muito haveria de acontecer ainda e, pelo menos dessa vez, eram eles quem mais sabiam, assim cabendo a eles saber como agir... Agir contra...
Eriol (cortando o silêncio subitamente): 'Acha que ele demorará para chegar?' Apesar da súbita mudança de assunto, Yelan não demorou a responder. A compreensão era clara em seus olhos, visto que o assunto realmente importante daquela conversa, previamente marcada, estava prestes a ser discutido.
Yelan (com um leve suspiro, fechando os olhos): 'Ele não deve estar nada feliz com a minha fuga, meu jovem. Duvido muito que ficará parado enquanto meu filho está aqui, supostamente tramando algo contra ele, como eu acredito que ele imagina ser.' Apesar do tom sério da conversa, o passo em que as palavras eram soltas não era nem mais rápido, nem mais devagar. Algo que já se tornara costumeiro para mentes tão sábia, independente da diferença de idades que ali havia.
Eriol (sorrindo discretamente): 'Tai Ming é tão astuto quanto seu deus regente, já deve estar fazendo muitas suposições do que está acontecendo. E acredito que muitas dessas suposições devem estar um tanto quanto certas.' A mulher sorriu tristemente, voltando seu olhar para o rapaz, uma luz de compreensão e lembranças não muito felizes preenchendo cada nuance de suas orbes escuras.
Yelan: 'Tai Ming é mais astuto do que você imagina, caro Eriol. E ele usará cada gota dessa astúcia para conseguir o que quer. Como sempre fez...' Terminou em um sussurro, voltando a encarar o fogo. Eriol observou a jovem senhora por momentos, antes de voltar a encarar o fogo também e continuar a conversa, sempre de maneira calma e aparentemente despreocupada.
Eriol: 'Acredita que podemos vencê-lo?'
A mulher não respondeu imediatamente, perdida em seus pensamentos. Ela sabia muito bem do que Tai Ming era capaz... Ele já fizera muito mal e não pararia agora. Duvidava de suas chances de poder medir forças com ele... Shang, que tão poderoso fora, não pôde contra a astúcia do homem... E como isso custara caro, para todos... Então... Como alguém poderia esperar que ela fosse ter forças para medir contra este mago deveras sábio e poderoso?
Yelan (olhando para seu colo): 'Você me faz perguntas das quais eu não tenho a resposta certa, meu jovem.' E passou a observar o inglês. 'Tai Ming é tão poderoso como Clow foi, vencê-lo vai requerer muito mais do que força física ou magia... Não sei se temos tanto poder assim.'
O jovem inglês não respondeu, passando a olhar o fogo novamente. Sim, Tai Ming era forte, muito forte... Mas mesmo assim...
Eriol: 'Talvez com a ajuda dela possamos vencer, Yelan.' Yelan observou por vários momentos o rapaz antes de falar, sem encará-lo dessa vez. Aquele era outro tópico que ela sabia que seria levantado, e do qual ela também não sabia certamente como interpretá-lo ou analisá-lo.
Yelan (após um suspiro): 'Ela é forte, jovem Eriol... Muito poderosa... Mas os motivos dela são outros... Não sei se podemos contar com essa ajuda para vencê-lo...' Eriol passou a encarar a mulher, que devolveu o mesmo olhar, cheio de preocupação.
Eriol (preocupado): 'Acredita que ela está tão cega em sua própria vingança que não ajudará os descendentes dela?'
Yelan (pensando por um momento e desviando o olhar): 'Das poucas vezes que pude conversar com ela... Logo cheguei aqui... Pude perceber que ela tem um carinho especial por meu filho... E pela jovem Kinomoto também... Talvez... Talvez possamos contar com a ajuda dela...' Eriol desviou o olhar da senhora, voltando para seus próprios pensamentos. Confiar nesse carinho era perigoso e arriscado, mas era uma remota esperança, ao qual ele insistiria em se apegar.
Eriol e Yelan ficaram calados mais uma vez, perdidos em seus pensamentos. Tanto ele quanto ela tinham dezenas de problemas com os quais se preocupar, isso era evidente. Tai Ming se tornara um inimigo muito maior do que Eriol um dia esperara, tanto nessa quanto na sua antiga vida. E agora sua jovem aprendiz teria que arcar com os problemas que um dia eram só dele.
O rapaz suspirou... Não queria nada disso para a jovem Sakura, mas o destino era esse e ele só podia tentar tornar as coisas mais fáceis e claras o possível para ela.
Contudo, não era só a moça que o preocupava. Seu jovem descendente e amigo, Syaoran, tornara-se alvo da ira do mago chinês também, talvez ainda mais do que a atual Mestra das Cartas Clow. Syaoran era filho de Shang, por quem Tai Ming sempre nutrira ódio mortal. E assim como tentara destruir o pai, não havia dúvidas de que o mago tentaria destruir o filho também.
Eriol (após um suspiro): 'Fico imaginando até onde vai a ambição e o ódio de Tai Ming...' Falou mais para si do que para qualquer um que pudesse estar ouvindo. Contudo, após vários segundos de reflexão, a voz profunda da maga chinesa se fez ouvir.
Yelan (de cabeça baixa): 'Não há limites, Eriol... Não há limites...' O mago inglês ficou quieto por instantes, antes de formular qualquer pensamento realmente necessário ou importante para ser dito ali.
Eriol (encarando-a): 'Acha que ele tentará algo contra Sakura também?' Yelan sentiu seus músculos tensionarem por um momento. Aquela era uma pergunta inevitável, mas que ela rezara para não ser feita...
Yelan (olhando o rapaz por momentos antes de desviar o olhar e responder): 'Não há dúvidas...' Calou-se por um momento, pois não conseguiria continuar daquele jeito...
Esta era uma resposta que ela aprendera a odiar, por mais que soubesse ser verdade. Sakura não era mais apenas a Mestra das Cartas Clown. E isso não se devia apenas aos sentimentos de Syaoran pela garota... Não... A japonesa tinha sua luz própria, e sabia aquecer e conquistar os corações de qualquer pessoa que soubesse o que é amor e carinho... E por mais que o da senhora chinesa estivesse calejado de tristezas e sofrimentos, o dela também fora conquistado... Tal lembrança fez um pouco da alegria e da esperança voltar ao rosto frio da matriarca Li, talvez principal motivo que dera forças para ela continuar com aquela conversa agora.
Yelan (com um ligeiro brilho nos olhos, mas rosto sério): 'Sakura não só é a Mestra das Cartas, Eriol... Ela também...' Suspirou por um segundo, antes de um sorriso surgir em seus lábios e ela se voltar para o inglês. 'Já deve ter notado os sentimentos de meu filho por essa japonesa, não?'
Eriol (perdendo um pouco o ar preocupado e sorrindo também): 'Sim...' O rapaz começou em seu tom calmo de sempre, mas agora cheio de uma certa satisfação não antes presente. 'Mesmo que, perdoe-me o palavreado mas, mesmo que o cabeça dura do seu filho não tenha percebido ainda... Assim como minha querida e ingênua Sakura também não percebeu...Eu pude notar com alguns poucos momentos de convivência com os dois.'
Yelan (sorrindo um pouco mais): 'Sim... Eles não perceberam... Mas o sentimento já existe...' E como logo veio... Logo o sorriso da maga sumiu, formando-se mais uma vez seu olhar preocupado 'Eles não perceberam, como você mesmo disse, meu jovem... Mas logo Tai Ming veja, ele vai perceber... E vai usar isso para sobrepujar-se perante meu filho... Assim como fez no passado...' Concluiu em um sussurro, enquanto uma sombra cobria o fundo dos seus olhos, onde o passado escondido ainda machucava.
Eriol nada comentou, tinha noção do que acontecera e não era ele a pessoa certa para perguntar ou discutir com a jovem senhora tais assuntos. Isso era entre ela, Shang e Syaoran... Seus assuntos ali eram outros... E ele precisava concluí-los... Sim, seus pensamentos deveriam voltar-se para estes problemas tão assustadoramente presentes.
Eriol (respirando fundo antes de continuar): 'Creio que precisamos decidir como iremos agir antes e assim que Tai Ming chegar...'
Yelan (desanuviando os pensamentos e encarando o rapaz): 'Sim... Tem toda razão. Precisamos estar preparados, assim como meu filho e a jovem Kinomoto também devem estar...'
Eriol: 'Devemos conversar seriamente com Sakura e Syaoran. Há coisas que eles não sabem ainda, mas precisam - ' Contudo, o jovem mago não concluiu sua sentença. O ar leve e sereno subitamente substituídos por uma atmosfera tensa e preocupada, formada em milésimos.
Yelan e Eriol levantaram-se de imediato de suas respectivas poltronas tão logo sentiram aquela presença... Era fato que antes puderam sentir as presenças de Syaoran e Sakura aumentando consideravelmente e assim souberam que iniciavam mais uma batalha entre eles.
Contudo, não era aquela batalha que os fizera levantar-se. Não... Uma pequena luta entre os dois guerreiros não era algo com o que se preocupar realmente... Aquela presença era outra... Uma presença conhecida e, ainda assim, misteriosa...
Eriol e Yelan não perderam tempo algum com conclusões óbvias e saíram rapidamente da sala, sob o ar ainda tenso do local, seguindo para a saída dos fundos da mansão nos passos mais cheios de expectativas dos últimos dias.
Não havia dúvidas do que estava acontecendo. E era hora de algumas verdades virem à tona.
O vento batia fortemente em seu rosto alvo e sereno, cabelos negros eram jogados para trás, facilmente conduzido pela força daquele fenômeno da natureza. Ela podia ver claramente toda a região da altura em que se encontrava, muito além dos muros da propriedade ali. Pequenas barracas de comércio durante alguns quilômetros, logo substituídas por um longo percurso de árvores e mato, próprios da região, e finalmente a pequena cidade, bem ao fundo, onde apenas alguns rastros desta podiam ser vistos.
Entretanto, não era a paisagem ao longe que prendia a atenção da mulher, e sim um cavalo negro que se distanciava rapidamente, deixando um rastro de poeira para trás. Poeira que começou a ser levantada exatamente daquela propriedade que fora o lugar onde estivera mais tempo durante estes últimos anos, sem que ninguém soubesse ao certo disso...
A mulher coberta por uma longa capa negra, onde apenas seu rosto era descoberto, continuou a observar o jovem homem se distanciar em seu cavalo. Suspirou profundamente, o rapaz nunca chegara a ter contato com ela, mas ela também aprendera a zelar por ele enquanto observava a mais nova, a pequena garotinha que corria animadamente por aquela mansão em sua infância. O jovem que agora era um general tornara-se também um daqueles por quem ela zelava há pouco mais de dez anos, não seria agora que não se preocuparia.
Logo, seu coração se aliviava por ele agora. Estava partindo para outra jornada, ela sabia disso, e antes partir para outro desafio do que ficar naquela casa, como mero espectador e provável distração e alvo fácil no desafio que fora destinado para a irmã deste.
Sim... A jovem com quem ela se preocupara tanto nos últimos anos estava prestes a iniciar, talvez, o maior desafio da sua vida até presente momento. A mulher desviou seu olhar do cavalo que agora era apenas um pequeno pontinho na distância e observou o horizonte, o sol começando a descer. Havia tantas coisas pelo qual passara... Tanto sofrera... E sabia que aquela jovenzinha por quem criara tanto afeto poderia sofrer também se ela não fizesse algo...
E não só ela... Ele... Ele, que tanto lembrava seu pequeno menino... Iria sofrer tanto... Tanto... Nas mãos daquele maldito... Aquele maldito que destruíra sua e a vida de todos aqueles que ela amou há tantos e tantos anos atrás. Não podia permitir que isso acontecesse, não de novo...
Não permitiria que ele causasse mal novamente, não... Isso ela jamais permitira de novo... Não seria tão passiva quanto foi da primeira vez... Nunca mais seria passiva. Era por isso que ainda estava ali, era por isso que ainda respirava o mesmo ar e andava na mesma terra que aqueles mortais...
A mulher cerrou suas belas orbes vermelhas enquanto lembrava-se com amargura do que acontecera... O que acontecera com sua filha... O que acontecera com seu neto... E repetiu aquele que se tornara quase um mantra para ela: não seria passiva novamente, não mais...
Os pensamentos distantes da mulher foram cortados subitamente quando ela sentiu duas energias crescendo. Suspirou levemente, aqueles dois voltavam a lutar mais uma vez... Que lástima... Quando eles aprenderiam que o destino deles era totalmente diferente deste que eles estavam construindo entre si?
Apesar de todo o carinho que devotava tanto a ele, quanto a ela, não era de nenhum mistério para seus olhos o quanto os dois mais brigavam do que agiam, ao que as pessoas costumam dizer, civilizadamente entre si. Não era este o destino dos dois, ela podia ver isso no jeito de cada um agir, de falar... Eles precisavam começar a entender, e precisavam fazer isso logo, pois o tempo passava e o inimigo não tardaria em chegar.
Só quando os dois finalmente entendessem o significado do que sentiam e aceitassem isso, era que poderiam agir juntos. Como já fizeram uma vez, mesmo que inconscientemente. Apesar de toda debilitação pela qual passava naquela situação complicada, a moça pôde vencer aquele ninja só quando percebeu o quanto seu companheiro estava fraco, muito fraco... E fora isso que salvara os dois... Apenas isso...
O motivo pelo qual ela ainda estava ali era claro em seus olhos, jamais desviara de seus planos. Ainda iria concluir o que a trouxera àquele lugar, àquela casa e família... Mas a garota se tornara muito mais importante para ela do que um dia poderia imaginar. E quando ele chegara naquele país, o mesmo acontecera. Não iria permitir que os dois sofressem, muito menos por não terem percebido o quão podem ser fortes quando unidos...
Deu as costas para o sol que quase alcançava o horizonte neste momento, enquanto caminhava a passos decididos na direção oposta, jogando sua capa para trás, contra a força do vento.
Era hora dela intervir... Intervir mais uma vez... Definitivamente.
E concluir finalmente o que lhe trouxera de volta...
Vingança.
Meylin olhou para os dois jovens que se agrediam verbalmente e deu um suspiro, derrotada. Não adiantava, Syaoran e Sakura, por mais que se gostassem – e ela tinha certeza absoluta disso – não conseguiam ficar sem se ofenderem uma vez se quer que se encontrassem. Por vezes ficou imaginando se aquilo não era encenação quando os outros estavam próximos dos dois, mas certa vez, quando vira Sakura quase sufocando um já vermelho Syaoran depois de algo que o rapaz dissera, teve certeza de que era a mais pura realidade... Engraçada, doída e pura realidade.
Sakura (virou-se lentamente, olhos determinados): 'Muito bem, Li Syaoran... Esse seu golpe mais velho que a Muralha da China funcionou. Satisfeito?'
Syaoran (sorrindo de lado): 'Muito...'
Meylin viu a jovem japonesa dar outro suspiro derrotado e se aproximar novamente dela e do primo. Viu-a lançar-lhe um olhar malvado, provavelmente por Meylin ter apoiado o "tão querido e amado" primo dela. Mas a chinesa muito sabia que aquilo iria acabar daquele jeito mesmo se ela não tivesse dito nada, logo pois, fingiu-se de desentendida e começou a se afastar dos dois guerreiros com quem se encontrava, dois guerreiros infantis e brigões, se alguém pedisse sua opinião.
Assim que achou estar a uma boa distância dos amigos, uma distância ao menos segura de que não apanharia também, Meylin voltou-se para eles mais uma vez, e surpresa ficou ao ver os olhares sérios e compenetrados que enfeitavam os rostos de Sakura e Syaoran. Olhares que não estavam ali dois segundos antes.
Meylin ficou séria também, seus amigos novamente iriam lutar... E apesar de não saber o desfecho da luta anterior, seu sexto sentido lhe avisava que os próximos minutos com certeza seriam muito diferentes do que qualquer um ali poderia imaginar...
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Syaoran e Sakura se encararam por pouco, mas longos, segundos. Mais uma vez iniciavam uma luta e mais uma vez se viam analisando o oponente e em qual forma atacá-lo. Cada vez que lutavam, tanto o chinês quanto a japonesa aprendiam novas formas de ataque e defesa, e usar um mesmo golpe contra um oponente tão conhecido não fazia muito efeito quando dois teimoso quanto eles tanto queriam vencer.
Sakura deslizou o pé e Syaoran sabia muito bem que aquele era o sinal de que ela estava prestes a atacá-lo. Dessa vez ele não se enganou e, no mesmo segundo em que armava sua defesa, aumentando seu nível de magia, sentiu a magia da moça fazer o mesmo. Em um piscar de olhos, literalmente, Sakura desapareceu do lugar em que se encontrava e Syaoran começou a escanear os pontos a sua volta, esperando o ataque da garota.
Foi em um reflexo, mais do que habilidade, que Syaoran percebeu a proximidade da japonesa e se esquivou para o lado, escapando de um belo chute que veio dos céus direto para sua cabeça. O rapaz deslizou os pés no gramado até parar, quase tocando uma das mãos no chão para manter o equilíbrio, e logo teve que se desviar mais uma vez.
Syaoran sentiu seus olhos arregalando-se de puro espanto, enquanto desviava-se consecutivamente de uma série de golpes da garota, apenas analisando a força desta. Quando fora que Sakura se tornara tão veloz? Ele sabia que ela estava em fase de recuperação, mas de duas uma, ela não podia ser tão rápida e/ou jamais poderia se recuperar tão rápido assim!
No entanto... A quem ele estava enganando? Mais de uma vez ele percebera que tanto ele quanto a japonesa estavam se recuperando mais rápido do que o normal dos seus respectivos problemas e ferimentos. Ainda não entendera bem, mas tinha praticamente certeza que tinha a ver com o nível de magia deles. Iria perguntar sobre isso para Eriol mais tarde.
A linha de raciocínio do guerreiro mais uma vez foi interrompida pelo forte golpe vindo lateralmente do punho da garota. Syaoran contraiu suas faces em concentração e agarrou o pulso da garota a milímetros do seu rosto, puxando-a ao seu encontro e tentando desferir seu próprio soco na face da garota.
Mas Sakura não iria se deixar apanhar tão facilmente, assim que o punho do rapaz chegou próximo do rosto dela, a garota segurou-o também. E os dois se viram presos pelas mãos um do outro.
Syaoran e Sakura não soltaram o punho do rival. Sabiam perfeitamente bem que o primeiro a fazê-lo iria receber um forte golpe, que se não finalizasse aquela luta, ao menos iria deixá-la bastante desigual. Contudo, nem um dos dois ali era do tipo que se entrega fácil, principalmente por se tratar de com quem estavam lutando!
Os dois guerreiros trincaram dentes enquanto um tentava drenar as forças do outro em cansaço. À medida que tentavam sustentar seus corpos, Sakura sentia que logo perderia, pois... Droga! Se tinha uma coisa que ela detestava era a diferença de força física entre homens e mulheres, inevitável.
Logo pois, a garota começou a aumentar seu nível de magia, fazendo sua aura dourada começar a rodeá-la, dando-lhe mais estabilidade. Ao ver a energia da moça subindo, Syaoran começou a aumentar a sua também, se ele ganhava em força, sabia muito bem que com magia a garota o faria agüentar menos tempo, não poderia deixar a luta desigual. Ou melhor, ele tinha que ganhar!
As duas enormes energias começaram a se destacar, chocando-se cada vez mais em "indos e vindos" extremamente agressíveis. Até mesmo para Meylin, que não podia ver ou sentir magia, o deslocamento do ar, provocado pela alteração espacial feita pela magia ali concentrada, demonstrava visivelmente para ela que a carga de força, o potencial dos dois a sua frente, era maior do que ela imaginava.
Entretanto, nem um nem o outro parecia ceder. E o que começara com uma forte luta de forças físicas e espirituais, tornou-se uma verdadeira batalha de força de vontade. Sakura e Syaoran se encaravam com firmeza e um começou a prender com mais força o punho do outro. Era visível que iriam se soltar e, como se um pudesse perceber e medir o grau de resistência do outro, os dois agiram ao mesmo tempo, um saltando em direção oposta a do outro, suas energias ainda alteradas.
Mas eles não pretendiam parar por ali, e mal tocaram um dos pés no chão, os dois, ao mesmo tempo, saltaram novamente de encontro, um ao outro, cada um com o punho direito levantado, prontos para acertar certeiramente o outro. A velocidade que um corpo se dirigiu ao outro era fora do comum, a força concentrada maior do que uma pessoa normal poderia suportar, a magia dos dois corria velozmente pelas veias dos dois, dando uma força que os dois desconheciam e que agora iriam testar.
Poucos segundos, poucos metros, centímetros...
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Um enorme raio cruzou a vista dos três jovens ali presentes, caindo bem no meio do lugar onde os dois guerreiros que ali lutavam iriam se encontrar caso não tivessem parado...
E graças a Kami pararam...
Uma cratera de pouco mais de um metro se formou no caminho de Sakura e Syaoran, enquanto fumaça saía da terra ainda quente do lugar onde o raio de energia caíra. Os rostos ali presentes encontravam-se perplexos, totalmente sem palavras diante da cena inusitada que ali ocorrera.
Os dois feiticeiros, ainda boquiabertos, dirigiram seus olhares para o lugar de onde sentiram a magia vir, procurando por alguém que pudesse fazer aquele tipo de estrago.
No alto do telhado daquela mansão, um vulto negro era facilmente distinguido, cortado pelos raios do sol que sumiam lentamente do outro lado da propriedade. Tanto Sakura quanto Syaoran sentiram-se arregalando os olhos de pura surpresa.
Antes que qualquer palavra pudesse ser dita, o vulto saltou do alto em que se encontrava, pousando, como uma leve e delicada pluma, ao chão. Os olhos de Sakura e Syaoran não se desviaram daquela pessoa e logo o olhar de Meylin também se juntou ao deles, totalmente sem palavras diante daquilo.
O vulto ficou parado por momentos e nenhum dos presentes parecia que iria falar.
Contudo, o silêncio foi quebrado por uma das portas da mansão que abriu-se abruptamente, revelando duas figuras austeras, uma mulher em trajes chineses e face alva e um rapaz de terno escuro e profundos olhos azuis. As faces sempre tão serenas daqueles dois estavam alteradas, talvez da mesma surpresa que encontrava lugar nos rostos daqueles que presenciaram a cena de um minuto antes.
Eriol e Yelan observavam com surpresa aquela sombra encoberta de uma capa negra, envolta em seus mistérios. Meylin fora a única que desviara o olhar para eles ao escutar o barulho da porta. Sakura e Syaoran ainda encaravam aquela pessoa que interferira em sua batalha, talvez com medo de que aquele vulto, para eles tão familiar, sumisse mais uma vez.
O silêncio durou mais alguns momentos, talvez a situação fora mais inusitada do que a pessoa que a provocara pudera imaginar, mesmo que isso ninguém jamais soubesse ao certo.
Foi uma voz, mais uma vez voltada para a costumeira serenidade, que cortou aquela mudez sepulcral.
Yelan: 'Sua aparição para eles foi totalmente divergente daquela que um dia eu poderia imaginar.' Ao som da voz feminina, Syaoran sentiu o corpo tenso e pela primeira vez desde que aquele vulto aparecera, tanto ele quanto Sakura voltaram-se para Yelan e Eriol.
Syaoran (incrédulo): 'Como...?' O rapaz mal conseguiu formular a questão que martelava tanto na sua quanto na cabeça de Sakura ou Meylin. Yelan conhecia aquela pessoa?
Mas não foi a voz tão conhecida de todos que se fez ouvir.
Voz feminina: 'Já era mais do que na hora dessa serva do tempo e do destino se revelar... Pois haveríamos de nos encontrar novamente, não é mesmo, pequena regida pela Estrela?'
As orbes verdes de Sakura diminuíram em espanto ao que acabara de ser dito e ela sentiu sua mente ainda mais confusa quando aquela mulher que tanto a protegera e por quem tanto perdera noites de sono tentando desvendar, abaixou o capuz negro que lhe cobriam as faces.
Não revelando aquele rosto sereno e jovem que pudera ver apenas duas vezes, vezes em que perdera a consciência de puro cansaço e tristeza... Não... Estas eram faces velhas e cansadas, cortada por fios lisos e compridos de cabelos brancos da idade e em que a única coisa que parecia ter vida, mas não brilho, eram os olhos vermelhos...
(Continua)
Mary Marcato
12/01/04
Observação: Antes de concluir só quero deixar algo claro. Alguns devem ter achado Sakura forte demais, principalmente, contra um homem como Syaoran, não é? Bom... Eu tenho algumas explicações para certas dúvidas.
Primeiro, por que Sakura e Syaoran parecem sempre empatar nas lutas? Desde o começo dessa última luta, Sakura já estava usando magia, assim como nosso chinês favorito também. Sakura sabe da diferença de forças entre eles, assim como Syaoran. Logo, ela recorre para outros métodos. Talvez não tenha ficado claro ainda, mas na minha fic a força corporal e a espiritual andam juntas. Se Sakura é forte espiritualmente (ou magicamente, se preferirem), ela pode refletir isso na sua força física também. E se lembrem que Sakura é mais forte em termos de mágica do que Syaoran, mesmo que só um pouco, o que faz as forças deles se equivalerem tanto quando lutam. É por isso que eu nunca fiz um vencendo o outro em cem percento dos casos; as forças deles, de um jeito ou de outro, estão equilibradas.
Segundo, por que Sakura é tão forte fisicamente (a ponto de conseguir lutar de igual para igual contra um homem "musculoso") e não aparenta isso (lembrem-se que na minha fic ela tem corpo forte, mas muito feminino também)? O fato dela possuir magia e, principalmente, de ter sofrido aquele treinamento nas montanhas, faz com que Sakura tenha condições suficientes para sustentar, sem aparentar, força maior do que a comum. Vou tentar explicar... Caso já tenham assistido Dragon Ball, podem se lembrar que Kuririn e Goku, quando pequenos, sofreram um treinamento especial. E mesmo que Kuririn seja humano, ele é mais forte do que a grande maioria de sua espécie. O mesmo ocorre aqui, não que o tipo de poder seja parecido na minha fic e no anime de Akira Toriyama, mas sim pelo fato de tanto Syaoran quanto Sakura terem sofrido um treinamento mais forte que é considerado normal nas montanhas com mestre Lan como ocorreu com os guerreiros de Dragon Ball com o mestre Kami.
Acho que era isso. Espero que eu tenha sido clara e qualquer dúvida não hesitem em me perguntar :)
Comentário da autora: Hahahaha, NINGUÉM adivinhou o que aconteceria na luta! Yes! Hahahaha. :P Er... (cof cof – controlando-se) Bom, hehehe, para quem estava acostumado com capítulos grandes, deve ter se decepcionado com o tamanho desse, não? :P Eu sinto muito, mas realmente não teve como eu acrescentar mais do que eu escrevi, só se vocês quisessem "encheção de lingüiça". A próxima cena iria ser enorme e eu precisava de pelo menos meio capítulo para as próximas cenas, espero que entendam. Caso achem este capítulo digno de um comentário meu e-mail é marymarcato(arroba)hotmail(ponto)com, entenderam, né? Heheheh.
Agradecimentos: Principalmente à Yoru e à Violet-Tomoyo :) Obrigada minhas queridas pelos comentários, não sabem como eu fico me achando por causa deles, hahaha. Ah! Muito obrigada à Yure Sawamura pelo review :) Assim como aconteceu outras vezes, esta aqui também "esbarrou" na minha fic e me mandou um comentário lindo (e no qual eu fiquei me achando tb, hahahah)!!! Assim que puder respondo :) Obrigada a cada um por cada comentário, não vivo sem eles! :P Caso eu não tenha respondido todos comentários e reviews pessoalmente, assim que tiver um tempinho extra, faço isso. Arigatou minna-san! Ja ne! :)
