Disclaimer: Nada me Pertence, só o Theodore. O Resto é da JK e Warner.


"... E teve aquela vez em que eu te ajudei a sair da Floresta Proibida, quer dizer, você tem que ser grato por isso, sabe, nem todo mundo tem a oportunidade de encontrar com seu anjo da guarda..." Dizia Theodore, gesticulando, sentado em uma cadeira em frente à de Draco, no escritório.

"Dá pra você cortar esse papo de auto promoção e irmos ao que interessa? Eu não posso ficar o dia todo escutando você se vangloriar!" Draco estava irritado. Não, ele não estava só irritado. Ele estava furioso, e aquele maluco sentado à sua frente só piorava as coisas. Theodore estava a mais de meia hora enumerando as vezes em que ele fez algo que de alguma forma ajudou Draco.

"Ah, sim. Ao que interessa. Primeiro, você vai patrocinar uma instituição de caridade. Coisa simples. Eu tenho uma boa sugestão para você, é uma pequena instituição que ajuda órfãos da guerra e..."

"Quanto, qual e onde?" Cortou Draco. Ele estava fazendo aquilo. De novo.

Logo depois de se recompor da manhã literalmente infernal que teve, Draco estava ali, em seu escritório, tentando acertar os trâmites para que ele se tornasse um 'homem decente' nas palavras de Theodore. Mas não demorou mais que uma hora para ele perceber o que o Anjo queria dizer com 'pequeno déficit de atenção'. Ele simplesmente não conseguia manter uma conversa sem desviar do assunto pelo menos umas três vezes. Emendava uma história na outra, gastando totalmente o tempo e a paciência de Draco.

"Sabe, nós vamos ter que trabalhar um pouco mais em cima dessa sua educação... Você é muito rude." Comentou Theodore.

Draco apoiou os cotovelos na mesa e afundou a cabeça (que ainda doía um pouco) nas mãos. Só pode ser castigo. Eu vou matá-lo e depois me matar.

"Bem, tecnicamente você não pode me matar, quer dizer, eu sou um anjo e, além do mais, eu já morri." Theodore falou calmamente, olhando as unhas.

"Quê? Eu falei isso em voz alta?" Draco levantou a cabeça.

"Não."

"Você lê meus pensamentos?" Ele arregalou os olhos.

"Não todos, só alguns, talvez uns que digam respeito a mim. Existe uma certa política de privacidade, mas cá entre nós, você nunca respeitou muito as regras, não é?"

"Você já morreu?" Indagou, depois de observar boquiaberto o que Theodore havia dito.

"É, foi a muito tempo, eu era um monge... Ouve um incêndio criminoso no meu mosteiro..." Ele respirou fundo, uma expressão saudosista no rosto. "Então, como eu já havia dedicado a minha vida a Deus, acabei virando anjo."

"Deviam ter dado um prêmio ao piromaníaco..." Soltou Draco, quase sem perceber.

"Tá vendo? É por essas e outras que você está indo para lá!" Theodore apontou com o indicador para o chão.

Sentindo um arrepio sinistro percorrer todo o corpo, Draco voltou sua atenção para o homem a sua frente.

"Podemos continuar?"

"Claro. Você vai devotar quarenta por cento dos seus lucros para a instituição. Ela fica na Inglaterra, aqui está o ende..."

"O quê? Quarenta por cento? Você enlouqueceu?" Draco exclamou, arregalando os olhos.

"Sabe, eu acho que para aonde você vai dinheiro não é necessário..."

"Merda..." Praguejou baixinho.

"Nós já falamos sobre esse seu linguajar?"


"Pronto, o que mais você quer que eu faça? Ajude velhinhos a atravessar a rua? Dê milho aos pombos no parque? Ou quem sabe você não quer que eu entre para um mosteiro?" Draco perguntava cinicamente. Ainda não conseguia acreditar que estava deixando quarenta por cento dos seus lucros para um orfanato qualquer de meia tigela.

"Até que não seria uma má idéia..." Theodore comentou pensativo, o que fez Draco arregalar os olhos e se arrepender do que havia dito. "Mas existem outros planos para você."

"Uhhh, planos do Todo Poderoso, mal posso esperar para ouví-los!" Debochou.

"Você está tão engraçadinho..."

"Claro, você acaba de me fazer doar quase metade da minha renda para um orfanato, estou imaginando o que mais você pode querer de mim!"

"Eu quero que você volte para a Inglaterra."

"Sem chance." Respondeu Draco, sem ao menos esperar Theodore terminar de falar.

"É uma coisa bem fácil e simples..."

"Não, parece que você não entendeu," começou Draco, sério. "Quando eu saí de lá, como fugitivo, a minha cabeça valia um prêmio. Imagine eu voltando, vários Comensais, vários Aurores, com ódio fermentado, por dez anos, apenas esperando eu colocar os meus pés naquele solo para caírem em cima de mim, como hienas carniceiras."

"Não seja tão dramático. Eu sou o seu anjo da guarda, você acha que eu mandaria você fazer algo que pode te matar?"

"Eu não duvido de mais nada. O seu último 'protegido' morreu debaixo de um piano. Eu não volto, assunto encerrado." Com isso, Draco levantou da cadeira, abruptamente.

"Isso é tão infantil da sua parte..."

Draco que estava de costas para Theodore, virou rapidamente, ficando face a face com o outro.

"Infantil? Eu vou te dizer o que é infantil." Ele falou entre os dentes "A dez anos atrás eu entrei em um joguinho estúpido, barganhei a minha liberdade, disse alguns nomes e depois fiz o que foi mais conveniente para mim: fugi. Mas parece que não foi muito conveniente para algumas pessoas, principalmente uns certos Comensais, e certamente que alguns deles têm tendências bastante vingativas com um 'traidor' como eu. E pode acreditar, não são só Comensais que vão querer me ver morto. Portanto, não me importa o que você pensa ou deixa de pensar. Não tenho NADA para fazer na Inglaterra. Ponto." Ele terminou, ainda nervoso.

Theodore o encarava calmamente, como se Draco não tivesse dito nada de importante. Esperou que ele se sentasse novamente, e então inclinou-se para frente, como se fosse contar-lhe um segredo.

"Se isso faz você se sentir melhor, eu não estou te dando uma opção. Você concordou que faria qualquer coisa, e esse é o preço a ser pago."

"Ótimo!" Draco falou com raiva, sarcástico. "Morrer ou morrer, grande dilema. Sabe, você não parece ser uma criatura divina."

"É, para você ver o que a convivência com você faz com um ser..."


"Dá para você relaxar? Já colocou feitiços de segurança nas portas, janelas, no prédio inteiro. Você já fechou a Rede de Flú e colocou feitiços Anti-Aparatação por aqui. Acredite quando eu digo que já esta seguro."

A mais de uma hora inspecionando o apartamento, Draco não conseguia se sentir seguro. A todo lugar que ia ele levava a varinha, em punho.

"Eu tenho que ficar atento, todo cuidado é pouco." Draco falou, checando mais uma vez a lareira.

"Você está totalmente paranóico." Theodore estava sentando despreocupadamente em uma poltrona na sala de estar, observando Draco fazer o que parecia a quinta ronda pelo lugar. "Estamos aqui há mais de seis horas, você não acha que se quisessem te atacar já não o teriam feito?"

"Eu não quero dar-lhes o beneficio do elemento surpresa."

"Ok 'Senhor Vigilância Constante'," Draco fez uma careta ao ouvir o comentário de Theodore, lembrando-se de Moody e do humilhante episódio em que foi transformado em uma Doninha. Saltitante. "Você tem um compromisso daqui a uma hora, não pense que eu esqueci."

"Ah, vamos conversar... Quer dizer, isso tem que ser negociável!" Draco falava, gesticulando e balançando a varinha entre os dedos. "Isso não vai dar certo, acredite."

"Não, isso não é negociável. É uma coisa tão simples! Você vai lá, fala com a diretora da instituição e se voluntaria para ajudar com as crianças." Theodore disse, olhando as unhas.

"Crianças não gostam de mim, ok? E a recíproca é verdadeira. Elas são inconvenientes, chatas, barulhentas, desastradas, espontâneas, sempre falando e fazendo o que bem entendem... Por que não tentamos um abrigo de animais? Eles podem morder, mas pra mim apresentam menos perigo do que aquelas mini pestes."

"Não."

"É loucura e eu definitivamente NÃO vou fazer isso." De punhos cerrados, Draco respirou fundo, fechando os olhos. "Olha só a que ponto eu cheguei! Dei dinheiro para um orfanato, vim para um país onde todos me querem morto, tenho que ficar rodeado por uma bando de criaturinhas e isso tudo por que o meu ANJO da guarda está mandando. Chega, eu vou procurar um psiquiatra."Ele se virou, pronto para deixar a sala, quando Theodore falou:

"Faça como quiser. Mas nós dois sabemos que é verdade. Você viu e sentiu, aquilo era real." Ele deu uma pausa, se levantando da poltrona. "É como se você falasse para um trouxa sobre o mundo bruxo. Provavelmente ele vai te perguntar quais alucinógenos você anda usando, mas de novo, nós dois sabemos que é verdade."

Draco caminhou calmamente, se deixando cair sentado no sofá. Afundou a cabeça nas mãos e xingou com raiva:

"Merda! Merda! Merda!"

"Você não vai poder usar esse tipo de linguagem perto das crianças."


"Lily!" A ruiva berrou, segurando a porta aberta, impaciente.

"Já vai!" Um vozinha veio do fundo do corredor.

"Lílian, o que está faltando? Hoje a mamãe tem um compromisso importante, não posso me atrasar!" Gina Weasley suspirou, batendo a porta atrás de si e entrando novamente no apartamento.

"O Senhor Froggy sumiu de novo! Não consigo encontrar ele em lugar nenhum!" Falou a garotinha, saindo de um quarto e entrando em outro, procurando.

A mulher respirou fundo, largando a bolsa que carregava no chão da sala de estar e começando a procurar o animal também. Eu juro que vou matar o Fred por ter dado esse bicho para minha filha, pensava enquanto olhava atrás do sofá. Um barulho na lareira a fez levantar rápido, batendo com a cabeça na quina da mesa de chá.

"Ai!" Gemeu, massageando o local injuriado. Levantou os olhos e viu em meio às chamas verdes, a cabeça de sua mãe. Ótimo, só para o meu dia ficar melhor!

"Ahh Gina, que bom que ainda consegui te pegar em casa!" Molly disse, sorridente.

"É, mãe, aparentemente há um complô para que eu não vá trabalhar hoje." Gina comentou aborrecida, sentando no sofá, ainda com a mão na cabeça.

"Mas você trabalha muito, quase não tem tempo para nada! Aposto que só tem tempo para a Lily por que ela vai para o trabalho com você. Eu sei o quanto você ama o seu trabalho e aquelas crianças, mas..."

"Tudo bem, mamãe, eu já estou muito atrasada, será que podemos cortar essa parte e irmos direto ao assunto?" Gina a interrompeu, sentindo um pouco de raiva. Definitivamente esse não era um dos dias em que ela estava com paciência para escutar de sua mãe o mesmo discurso de que ela não tinha mais tempo para a família e etc, etc, etc, que ela sempre falava.

"Ah, sim, claro, querida!" Molly se recompôs, soando um pouco chateada. "Presumindo que você é uma mulher muito atarefada e sem tempo, eu tomei a liberdade de preparar uma pequena festinha de aniversário para a Lily."

"Festa de aniversário? Para mim?" A pequena Lílian entrou correndo na sala, rabo-de-cavalo nos cabelos lisos e pretos já quase desfeito por correr.

"Sim, querida, se a sua mãe arranjar tempo, é claro." Molly frisou a palavra, sorrindo carinhosamente para a neta.

Gina puxou Lily para sentar ao seu lado no sofá, refazendo o penteado da menina. Ela soltou um gritinho de excitamento quando ouviu as palavras da avó.

"Nós vamos, mãe, pode ficar tranqüila." Falou Gina, sem ao menos desviar o olhar para a lareira. "Lily, pára de quicar!"

"Desculpa, mãe..." A pequena murmurou, sorrindo e acenando para a avó na lareira.

"Pronto." Gina disse, terminando de arrumar o cabelo da menina. "Mãe, se a senhora não se importa, nós já estamos mais do que atrasadas."

"Ahh sim, claro" Falou Molly, um tanto quanto desapontada. "Não se esqueça da festa, semana que vem!"

"Não vamos esquecer." Gina assegurou, levantando do sofá e pegando a bolsa no chão. "Tchau, mãe."

"Tchau, querida! Tchau, Lily!" Molly acenou para a menina, e enfim sua cabeça desapareceu nas chamas.

Virando para a filha, Gina perguntou :

"Podemos ir agora, senhorita?"

"Não, ainda não achei o Senhor Froggy!" Lily respondeu, se abaixando e começando a engatinhar pelo chão da sala.

"Lílian, não! Nós temos que ir! Olha, a gente compra um sorvete para ele, aposto que ele não se importará."

"Mas, mãe, ele não pode ficar aqui sozinho!"

A menina não parecia dar ouvido aos apelos de Gina, que por sua vez sentou no sofá, respirando fundo. Levou a mão ao lado para pegar uma almofada e quando puxou o objeto, pensou ter visto algo se mexer. Levantou a outra almofada e lá estava: gordo, verde e coaxando.

"Então é aqui que você gosta de se esconder, não é, Senhor Froggy?" Disse, segurando o sapo pegajoso. "Lily, eu o achei! Agora coloca ele numa caixa e trata de não o deixar fugir de novo!"

"Tá bom!" Falou Lily ao pegar o bicho das mãos da mãe, sorrindo e o colocando em um pequeno aquário quadrado de plástico transparente, com uma alça. "Agora sim, podemos ir!"

"Já não era sem tempo" murmurou Gina, trancando a porta do apartamento.


"Estou muito atrasada? Ele já esta esperando há muito tempo? Por Merlin, que manhã! Primeiro a Lily perde aquele sapo doido dela e me faz procurar, depois minha mãe aparece na lareira pra conversar..." Gina entrou esbaforida na sala do escritório, falando rápido enquanto tirava o casaco.

"Gina, fica calma! Ele ainda não chegou. Toma um pouco d'água, você está muito nervosa." Emily, a secretária de Gina, disse, passando um copo de água.

"Tem razão, eu tenho que me acalmar. Afinal, não é todo dia que iremos conhecer o maior patrocinador que o orfanato já teve." Ela fez uma pausa, bebendo um pouco mais da água. "Estou tão ansiosa."

"Eu estava aqui imaginando quem poderia ser o nosso misterioso colaborador... Deve ser algum homem bastante nobre, charmoso. Ele pode ter sido órfão, mas conseguiu vencer na vida e por isso está nos ajudando." Emily falou sonhadora, dando um longo suspiro.

"Emily, você fantasia demais. Provavelmente é um senhor rico, que está perto da morte. Não deve ter tido filhos, então deve estar distribuindo a fortuna por orfanatos. Eu já ouvi falar de muitas historias desse tipo."

"Só estava dando um toque de romantismo à situação!" Emily se defendeu, sorrindo.

"Então eu vou romantizar a situação lá da minha sala. Quando o nosso amigo misterioso chegar, mande-o para lá, sim?" Gina saiu rindo, e entrou na própria sala.


"Não acredito que você está mesmo me obrigando a fazer isso." Falou Draco, enquanto caminhava pela rua. O orfanato ficava em um bairro que tinha alguns trouxas, o que fazia com que o ponto de Aparatação mais próximo fosse em um beco.

"Eu não te obriguei a fazer nada. Você está agindo por livre e espontânea vontade. É o livre arbítrio." Theodore disse, caminhando ao lado de Draco. Ele era visivelmente mais alto que o sonserino, e suas pernas eram bem mais compridas, o que fazia com que Draco desse muito mais passadas do que ele.

"Livre e espontânea pressão, você quer dizer. E o nome disso é chantagem, e não livre arbítrio." Draco de repente parou e olhou para o lado, parecendo assustado. "Mais alguém pode te ver?" Perguntou, e então viu o anjo acenar negativamente com a cabeça. "Ótimo, agora todas as pessoas vão pensar que eu sou maluco, falando sozinho..."

"Então pare de falar. Você só reclama mesmo."

Draco parou e se virou, pronto para replicar alguma coisa com Theodore, quando percebeu que ele havia sumido. Soltou um grunhido de raiva e já ia voltar a andar, mas então ouviu algumas risadinhas e olhou para o lado: uma casa grande, de dois andares, com um grande jardim na frente, todo gramado e circundado com uma pequena cerca branca. Ele pôde ver, através dela, um playground no gramado. E o que fez Draco estremecer: umas vinte crianças brincando nele.

Isso é patético, pensou, respirando fundo e enfim abrindo o portão. Ele pedia internamente para que nenhuma peste esbarrasse nele pelo caminho. Para o bem delas.


Gina estava tão entretida mexendo em alguns papéis sobre a mesa que quase saltou da cadeira de susto quando ouviu alguém bater à sua porta.

"Entra." Falou, se recompondo.

"Gina, ele chegou. Mando-o entrar?" Emily disse, apenas enfiando a cabeça pela porta entreaberta.

Rapidamente, Gina se levantou da cadeira, tentando esticar pequenas dobras em sua blusa e saia. Então levantou a cabeça e acenou positivamente para Emily, colocando seu melhor sorriso no rosto e tentando a todo custo não transparecer o quão nervosa estava.

Alguns segundos depois, viu a porta ser aberta novamente, e um homem entrou. Ele não é nem de perto como eu esperava que fosse. Talvez não seja um velho rico. Ou seja mesmo, e esse seja apenas um representante. Sem ao menos olhar direito para o rosto dele, lhe estendeu a mão, e falou jovialmente:

"Eu sou Ginevra Weasley, e devo lhe dizer é que um grande prazer conhecer o Senhor..."

"Draco Malfoy..." Ele falou, fazendo uma careta em seguida. "Você disse Weasley? Ah, que merda!"

"Malfoy?" Gina quase murmurou, deixando o queixo cair e dando diversos passos para trás, até bater com os calcanhares na mesa. Passava a mão nervosamente por cima dos papéis, obviamente procurando a varinha.

"Não, a Rainha Elizabeth." Comentou, cínico, cruzando os braços sobre o peito. "Que droga! Weasley? Eu não acredito que dei dinheiro para uma Weasley! Provavelmente você deve estar usando esse orfanato para transferir recursos para tirar a sua família do buraco finalmente!"

Finalmente conseguindo alcançar a sua varinha, Gina a segurou firmemente, fazendo com que os nós de seus dedos ficassem quase brancos e a apontou para ele.

"Sai daqui!"

"Não! Eu não saio antes de você me dar uma prestação de contas. Nada MEU vai servir para sustentar o seu batalhão de irmãos." Ele disse, com pose, estufando o peito.

"Saia daqui agora, Malfoy! E pode deixar, você será plenamente restituído do seu dinheiro SUJO!" Gina berrou ameaçadoramente, o que fez Draco recuar um pouco.

"Não dá pra acreditar... Todos vocês, se dizendo tão idôneos, tão perfeitos, usando de pobres crianças..." Ia dizendo, quando teve que parar de falar para se desviar de um peso de papel que passou ameaçadoramente perto de sua cabeça. "Você está louca? Quer me matar?"

"Malfoy. Fora. AGORA!" Gritou, extremamente vermelha. A mão que segurava a varinha visivelmente tremia, como ela toda. De raiva.

"Ok, eu saio, antes que você faça alguma coisa que vá te mandar para Azkaban para o resto da vida." Falou, levantando as mãos e deixando o escritório, tomando o cuidado de não dar as costas para ela. Assim que fechou a porta ouviu o barulho de um feitiço batendo nesta e um berro. "Quem devia estar em Azkaban era você, seu Comensal imundo!"

Ao virar de costas, viu Emily o observando de sua mesa, estarrecida. Provavelmente ela ouvira tudo. Então, simplesmente virou as costas e saiu andando. Afinal de contas, não era possível que aquele fosse o único orfanato de Londres.

Continua...


N/A: Desculpem a demora. Cap 3 Em Breve, espero. Agradeço a todos que comentaram!