Capítulo 9:
Harry
desceu da carruagem. Ele e Ron estavam em Manchester. Hospedados num
hotel, Ron achara que já era hora de comprarem uma casa, uma
grande e bela residência. E Harry, depois de pesquisar, achara
aquela a melhor. Mandou o cocheiro esperar e então foi a
procura do dono.
Uma
das criadas veio lhe mostrar a casa, contando histórias de
quadros. Harry esperou ela falar tudo, calmamente. Quando ela contava
a história do ancestral da família que ganhara a guerra
por utilizar uma técnica rara, o dono apareceu.
-
Quem é este cavalheiro, Nancy?
-
Sou Harry Potter. Gostaria de conversar com o senhor.
-
Oh, claro! Venha, aproveitaremos e daremos uma volta pelo jardim. É
considerado um dos mais bonitos de toda a Inglaterra! – Se gabou o
homem. – Como deve saber, sou Percy Roneth.
-
Soubemos da fama de seu jardim. – Harry esboçou um sorriso
falso, odiava aqueles lordes que se gabavam de suas coisas. – Eu e
meu patrão.
-
Oh, seu patrão te mandou aqui? – Percy começou a
andar e Harry o acompanhou. – É uma pena que ele não
veio, seria um prazer conhecê-lo.
-
Meu patrão está a resolver problemas. Nós
chegamos não faz muito tempo na região.
-
Vieram de onde?
-
Não de muito longe – Harry sorriu maldosamente. Já
estavam entrando no jardim. – Antes de entrarmos no jardim,
gostaria de lhe fazer uma proposta, mas vamos a minha carruagem.
-
O que? Que tipo de proposta seria?
-
Bem... espere – Harry assobiou para o cocheiro que veio lentamente
com a carruagem. Os dois acompanharam a carruagem até ela
parar perto deles. – Meu patrão me deu a missão de
acharmos uma boa residência. – andou até a carruagem.
– Gostaríamos de comprar a sua.
-
Não brinque comigo, insolente – Percy começou a rir.
– Eu mandaria prendê-lo em um manicômio. Ora, vejam! A
residência que pertenceu anos a minha famí...
O
queixo de Percy caiu enquanto falava quando Harry revirou os olhos e
então abriu a bagagem da carruagem. Várias moedas de
ouro caíram de um baú. Harry riu da cara de Percy,
pigarreou e voltou a falar.
-
Então, essa é a nossa oferta. O que você nos diz?
-
Bem, a oferta me parece digna.
-
Assim você ofende a mim e meu patrão, nós somos
dignos.
-
Vejo isso. Creio que tenho de fazer minhas malas.
-
Nossa carruagem irá esperá-lo. Meu patrão me fez
garantir que o cocheiro o levasse a algum lugar que quisesse. Desde
que seja nas proximidades da cidade.
-
Vejo que seu patrão é um bom cavalheiro. O combinado é
que os criados fiquem, certo? Creio que Nancy de bom grado mostrará
todos os criados.
Harry
voltou a sorrir e entrou na mansão junto a Percy, que parecia
radiante. Ele fora até a casa, pois sabia também que
Percy estava mal de dinheiro. Começou a olhar os cômodos,
mexer em alguns vasos e quadros. Bateu nos móveis e analisou
as madeiras, se eram boas ou não.
Depois
de um tempo ouviu um barulho e foi até a janela vendo, assim,
Percy ir embora com algumas bagagens. Ouviu um barulho atrás
de si e virou-se com uma faca na mão, um reflexo que ele nunca
perderia.
-
Ah... ah... senhor! – A criada Nancy parecia que ia ter um enfarto,
estava bem assustada a faca parara bem ao lado de seu pescoço.
Qualquer movimento brusco e a faca cortaria sua pele como se fosse
uma maçã.
-
Desculpe-me, Nancy. Pensei que fosse um ladrão ou coisa do
tipo.
-
Oh, não se preocupe, senhor. Eu entendo. E sobre ladrões,
felizmente, nunca tivemos ladrões nas redondezas. Só
alguns criados revoltados que anseiam matar Percy.
-
Eu não duvido nada... – Harry voltou-se a olhar a paisagem
pela janela.
Ouviu
um riso abafado e se virou curioso. Viu Nancy rir, com a mão
na boca. Se dirigiu a ela, assustado com a reação dela.
-
Você me parece um bom patrão – Ela sorriu.
-
Eu não sou o patrão – Harry suspirou. – Seu patrão
chega mais tarde. Creio que serei algo aproximado "a" governanta
da casa.
-
A Sra. Windsor ficará ofendida em saber que retiraram-lhe o
cargo.
-
Ela pode ficar tranqüila que ainda cuidará dos criados e
da cozinha. Eu apenas darei ordens e acompanharei o patrão –
Harry fez uma careta, odiava chamar Ron de patrão, era
estranho.
-
Ela já está se sentindo ofendida em saber que uma
criança como eu, na opinião dela, fiquei conhecendo os
novos proprietários antes e mostrando a mansão.
-
Você uma criança? – Harry ergueu uma sobrancelha.
-
Obviamente que não sou, já ultrapassei minhas 20
primaveras, mas para uma senhora como ela, eu sou uma criança.
-
Sim, claro – Harry sorriu, simpatizara-se com ela. – Então,
ficará entre nós o que pedirei a senhorita.
-
Me pedirá o que?
-
Que continue a me mostrar a mansão e me ajude a achar um
quarto para o patrão. E arranje tudo para deixá-la de
um jeito aceitável até ele chegar. E... Ah! Você
deve conhecer o jardim.
-
Sim, a vantagem de crescer sendo criada daqui é poder fazer as
caminhadas pelos jardins. Sempre ando quando posso, às vezes a
Sra. Hangal, a cozinheira, me acompanha. Ela já está
ficando debilitada, mas cozinha divinamente. Pedirei a ela que faça
um chá para você.
-
Sim, apronte também um bom jantar ao patrão. Ele merece
– Harry se virou com as mãos cruzadas para trás. –
Mas a senhorita agora terá de me mostrar os aposentos.
-
Sim, claro. Mas... – Ela parou e deu um sorrisinho. – Se iremos
ser colegas de trabalho, desejo que o senhor me chame apenas de
Nancy.
-
Certo, Nancy. Pode me chamar de Harry.
Nancy
sorriu para ele e então o encaminhou pelos aposentos, contando
sempre o que sabia sobre eles e seus objetos. Dizendo histórias
de acontecimentos estranhos ou importantes nos aposentos.
Os
dois, após subirem as escadas indo ao segundo andar, ficaram
sem saber qual quarto escolher. Ainda teriam o terceiro andar, mas lá
era a biblioteca, quartos de jogos e os escritórios. E no
último andar, por fim, um enorme quarto.
Harry
refletiu e chegou a conclusão que Ron preferiria um local bem
isolado mesmo, como o último quarto. Nancy e ele passaram
horas retirando panos dos móveis. Nancy, enquanto trabalhava
afastando poeira, contava a Harry porque o quarto estava daquele
jeito.
-
A mãe do Sr. Percy era uma senhora bastante bondosa e dormia
aqui. Ela era gentil com todos nós e dizia que quando morresse
deixaria suas coisas para nós. Realmente deixou, uma grande
pessoa a Sra. Roneth. Mas ela não gostava do filho, eu quero
dizer, ela amava o filho, mas não o perdoava por se tornar um
cachorrinho de Cornelius Fugde. De qualquer forma, você deve
saber que Percy, mesmo sendo amiguinho de Cornelius e trabalhando
para ele, estava prestes a falir.
-
O Sr. Percy não gostava de voltar aqui, lembrava-se da mãe
então teve a decisão de fechar o quarto. E quando uma
das meninas entraram aqui, ele fez um escândalo. Mas agora ele
está longe, então não tem importância.
Nancy
tirou um lençol de um cômodo e deu um gritinho de
alegria. Ali estavam as bonecas de Sra. Roneth, ela passara a
infância indo ao quarto da Sra. apenas para ver as bonecas que
sempre ansiara ter.
Pegou
uma e alisou o cabelo da boneca, não estava mais bonita como
antes, mas fazia Nancy se lembrar de muitas coisas. Harry, que tirava
um lençol de uma escrivaninha, observou Nancy concentrada em
olhar a boneca.
-
O que tem a boneca? – Perguntou receoso que estivesse atrapalhando
Nancy.
-
Apenas lembranças – Ela sorriu e colocou a boneca de volta
no lugar. – Vamos, temos muito a fazer. Se você quer que isso
seja ignorado pela Sra. Hangal, precisaremos correr e nada de buscar
ajuda.
-
Você não sabe com quem está falando – Harry
riu. – Eu já limpei lugares piores do que esse – Harry
sorriu e lembrou-se dos navios que Bill e Charlie tiveram.
Ron pensava em muitas coisas enquanto olhava pela janela da carruagem que estava indo em direção de sua nova residência. Mas, no momento, apenas pensava em como seria ao se reencontrar com Hermione e Draco, não saberia o que fazer, e se eles o reconhecessem?
Riu. Bem, ele estava morto para eles, certo? Não iriam reconhecê-lo e nem desconfiariam. Além disso, Ron resolvera deixara a barba crescer para dar um ar mais intelectual e um pouco de charme.
Ao longe, foi vendo a mansão. Sim, era bem bonita e senhorial. Ele viu o jardim, realmente bonito, mas ele não ligava para como era o jardim. Ele nem ligava para a casa, ele queria logo poder fazer uma grande festa na casa. Para deixar claro que o Conde Weasley chegara, e era um homem rico e aparentemente sem podres.
Harry e ele deram seus jeitos de fazerem um histórico do Conde Weasley, dizendo que ele viera da Escócia entre outras coisas. Subordinando um homem do cartório, fizeram a certidão de nascimento dele. Ron sabia que assim que os nobres o conhecessem, iriam fazer de tudo para levá-lo a pobreza e ficarem assim com suas poses. Bill quem os alertara. Era impressionante como Bill mesmo fora do mundo nobre, pois sabia de tudo que ocorria por lá.
Como Charlie dizia, os podres sempre vão para os portos. Ron riu, sentia saudades das piadas de Charlie e das histórias de Bill. Esse jurava que já tinha ido para África, para o Egito especificamente e contava maravilhas de lá. Dizia que seu primeiro tesouro fora de lá. Ninguém acreditava nele, nem mesmo Charlie ou Harry.
Mas Ron acreditava. Pelo que Bill contava, fazia sentido. Foi numa época que Charlie e Harry foram pegos para um orfanato e ele fugiu. Mas acidentalmente foi parar num navio em direção a África. Para voltar, não foi difícil, apenas pagou algumas moedas e voltou com luxo.
A versão de Charlie era que Bill tinha desmaiado de fome por dias e sonhara. Disse que era bem possível já que ele mesmo já havia uma vez, e Bill tivera de correr com ele para um hospital.
Ron deu um risinho, ele passara a infância dizendo que tinha má sorte, mas Harry, Bill e Charlie tiveram uma com certeza bem mais difícil. Lembrou de Bill contando quando Harry ficou terrivelmente resfriado, mas a cidade inteira estava, que eles não tiveram alternativa a não ser roubar remédios de uma farmácia e darem a Harry, enquanto faziam de tudo para ele melhorar.
- Chegamos – Ele ouviu o cocheiro dizer.
Saiu da carruagem e começou a andar em direção da casa, talvez fosse da ignorância dos criados que ele chegara mais cedo. E Harry? Harry deveria estar arrumando seu quarto. Se bobeasse, o jantar nem estava sendo aprontado.
Já estava subindo as escadas da mansão quando Harry e uma mulher idosa, que mais parecia uma governanta, apareceram.
- Olá, senhor. Sou a governanta da casa, Sra. Windsor.
- Prazer, como você sabe, sou o patrão, apenas me chame de senhor – Ron passou direto bem rude. – Ah, sim, a partir de agora, Harry dará ordens, siga as ordens dele, quando ele não der ordens, prossiga seu trabalho comandando os criados.
A senhora ficou roxa e Harry segurou um riso, gostaria que Nancy estivesse ali para ver. Virou-se para Ron, a fim de falar algo, mas não pôde.
- Vamos Harry, me mostre meus aposentos – Ron olhou para a Sra. Windsor. – Pode me chamar de Ron, também se preferir. Chamarei a senhora se precisar.
Ele e Harry deixaram a senhora na sala, e essa roxa ainda de raiva se dirigiu a cozinha para ordenar a preparação do jantar.
- Você foi rude com ela – Harry comentou, ao constatar que já estavam longe da Sra. Windsor.
- Fui mesmo. Bem, eu estou com tanto sono... – Ron bocejou. – Tirarei um cochilo e depois, chame a Sra. Windsor para me acordar antes do jantar. Sabe de algo que a animaria depois dessa minha incomoda chegada?
- Acho que você a faria feliz se a pedisse para lhe mostrar a casa. Foi o que Nancy me disse..
- Nancy? – Ron ergueu uma sobrancelha. – Quem é Nancy?
- Uma das criada foi a primeira com quem falei antes de comprar a residência. Ela quem me mostrou a casa.
- Só isso? – Ron riu.
- Sim, porque?
- Poderia jurar que vi um brilho nos seus olhos ao falar o nome dela.
- O que? Ah, não brinque com isso, Ron!
Ron não respondeu, apenas riu. E Harry teve de se contentar em emburrar a cara e apenas isso. Depois de horas deitado na cama pensando sobre a festa, decidiu procurar a Sra. Windsor para pedi-la para mostrar-lhe a casa como um pedido de desculpas.
No jantar, Ron não se acostumou a ver apenas ele e Harry sentado na grande mesa. Impaciente, chamou Nancy, que servia a comida a eles.
- Nancy, por favor, chame os outros criados até mesmo o jardineiro ou o menino que o ajuda.
- Bem, senhor, eles estão jantando eu creio – Nancy disse humildemente.
- Chame os para compartilhar a comida conosco, não vejo porque esse banquete só para mim e Harry, chame-os.
- Mas senhor, as regras são que...
- Regras não são só feitas para se obedecer, mas para se desobedecer também. E além disso, eu sou o patrão. Chame-os todos para se sentar.
- Se o senhor assim desejar – Nancy foi para a cozinha correndo.
Harry a seguiu com os olhos até sumir no corredor e virou-se para Ron, que comia silenciosamente.
- Você vai ser amiguinho dos criados?
- Se você pensa que irei ficar conversando com eles, pode esquecer. Eu apenas odeio ver desperdício na minha frente. Se perguntarem qualquer coisa que for, você irá responder.
- Está bem – Harry pareceu meio confuso.
E assim foi. Nancy chamou todos os criados, e todos se sentaram a mesa e comeram à vontade. De início, todos ficaram parados pensando que o novo patrão era louco. Mas logo Ron, impaciente em ver aquelas pessoas caladas olhando a comida, os mandou comer e assim fizeram. Por um bom tempo, ninguém questionou Ron, até que o jardineiro resolveu perguntar o porque daquilo:
- Com todo respeito senhor, irei perguntá-lo, porque nos convidou a sentar na mesa – O homem disse humildemente.
- O senhor não gosta de ver desperdício na mesa, se tem bastante comida, tem de ter bastante gente – Harry respondeu. E Ron deu um sorriso cínico.
Todos viram a cara um pouco emburrada de Ron e resolveram não mais questionar. Cada um formou sua opinião sobre o novo patrão. A maioria optou por achar que o novo patrão era um bom homem, mas por alguma razão, endurecera. O que era bem verdade.
Ron, após ter terminado de comer, resolveu deixar todos alerta, pois no mais rápido possível ele iria dar uma festa, e gostaria da colaboração de todos.
- Bem, se me dão licença, subirei para meus aposentos. Bem, eu gostaria de logo avisar que daremos uma festa o mais rápido possível, deixei Harry encarregado de arrumar as coisas junto à Sra. Windsor. Gostaria da colaboração de todos e obedeçam o que Harry diz. Quando ele não estiver no comando, obedecerão a Sra. Windsor, que continuará sendo a governanta. Uma boa noite a todos – E saiu.
Todos olharam para Harry, que deu um sorrisinho amarelo.
- Está tudo pronto? – Nancy perguntou a Harry, que olhava ao longe com um binóculo as carruagens chegarem. O céu já estava escurecendo e o sol praticamente já se fora por inteiro.
- Sim, a Sra. Windsor já mandou aquele menino ir com Ron até o balão – Harry passou o binóculo a Nancy, que ria. – Os convidados estão chegando.
- Imagine a cara deles ao verem o espetáculo que o patrão irá mostrá-los.
- Isso não é tudo. Eles irão querer descobrir quem passou pelo orgulho de Percy e comprou a casa – O jardineiro, que estava agora arrumado pronto para ajudar na cozinha, disse. – Como Nancy sabe, muitas pessoas tentaram comprar a casa. O que você fez para ele sair tão rápido da casa?
- Apenas uma quantia favorável de dinheiro.
- O patrão é rico mesmo... – Nancy disse pensativa.
- Eu arriscaria a dizer que Ron é o mais rico de toda a cidade, se não da Inglaterra. Mas enfim, vamos, temos de trabalhar! – Harry bateu as mãos e forçou um sorriso. – Os primeiros convidados acabam de chegar.
Já estava escuro e as várias velas com diversas formas foram acessas. Os convidados dançavam e conversavam animadamente, e a pergunta que mais se fazia era onde estaria o anfitrião. Todos queriam trocar palavras com ele, alguns para conseguir uma amizade, outros para tirar a curiosidade e outras para criar um vínculo que pudesse ser vantajoso.
Finalmente, Harry resolveu anunciar a chegada de Ron, após ver um pontinho no céu. Pigarreou e se dirigiu até o centro:
- Senhoras e senhores, nós da casa temos o prazer de apresentar o vosso querido anfitrião dessa bela noite, o Conde Weasley!
Longe deles, o jardineiro acendeu fogos de artifícios que Harry conseguira comprar com a ajuda de Charlie, que conhecia um amigo que trazia fogos da Ásia. E logo após, soltaram um balão, que fora o mais difícil de se achar para Harry.
Todos ali presentes apreciavam a cena e cada vez mais era confirmada a riqueza do misterioso Conde Weasley. Então, para a surpresa de todos, cordas saltaram do balão e junto a elas, homens que prenderam o balão à alavancas. Virado para o balão Harry ria, Ron estava um pouco ridículo naquela apresentação. Fora idéia da Sra. Windsor e Harry sabia que Ron daria um esporro nela quando a festa terminasse.
Quando o balão pousou no chão com um grande barulho, um dos homens abriu a porta e Ron saiu com uma cara nada amigável. Parou ao lado de Harry.
- Boa noite a todos, sou o anfitrião da noite, o Conde Weasley. Aproveitem a noite e se divirtam.
E então se virou, fazendo um aceno na mão para Harry segui-lo. Mas antes que ele fosse berrar com Harry perguntando quem tivera a idéia daquela apresentação ridícula, viu duas pessoas se dirigirem a eles e tomou uma surpresa ao reconhecer o juiz Crouch ali. Era ele e a mulher que seguiam até ele.
- Sr. Weasley, permita-me apresentar meu marido, Bartolomeu Crouch.
- Já ouvi a respeito do senhor – Ron apertara os olhos e Harry sentiu um pouco de medo que o amigo perdesse a cabeça e partisse para cima do homem.
- Oh, que bom – A Sra. Crouch deu um risinho afetado que fez Harry revirar os olhos.
- Se me dão licença, preciso trocar palavras com meu criado – Ron fez uma reverência e saiu sendo seguido por Harry.
- Ele é confiável? – Crouch perguntou a mulher assim que Harry e Ron estavam um pouco longe.
- Ainda não sabemos.
- Melhor investigar.
- Eu sei – Ela sorriu marotamente.
- Eu jurava que você iria partir para cima dele. – Harry comentou olhando para trás.
- Aonde estão os Malfoys?
- Não vieram.
- Não? Então não vejo motivo para ficar aqui. Se me dá licença, irei dormir.
- O que? Essa festa todo e você nem vai dar olá aos presentes?
- Eu tinha intenção de ver Crouch e os Malfoys, apenas isso. Já vi um e outro vejo que não verei, então irei dormir – Dizendo isso Ron se virou e andou em direção a mansão.
- Tanto trabalho pra nada. – Harry resmungou.
Agora teria de agüentar milhares de perguntas de um bando de convidados. Ainda não entendia. O que Ron queria com esse plano louco?
(Continua...)
