Capítulo 14:
Ron acordou junto com o sol, o galo da casa do jardineiro e com os outros animais. Parecia-lhe que precisava urgentemente organizar algumas questões. Primeiro de tudo, tinha que ir a delegacia, para acertar questões sobre todas as acusações em cima de Malfoy e depois fazer uma pequena visita a este.
Olhou para o lado admirando Hermione, que dormia serenamente. Sorriu. Assim que ele acabasse com Malfoy, tudo ficaria perfeito e ele poderia viver em paz com ela. Poderiam viver uma vida que fora-lhes roubada.
Levantou-se e vestiu-se em silêncio e saiu do quarto, sem acordar a companheira. Precisava encontrar Harry para que eles pudessem, juntos, irem até a delegacia. Por sorte, o achou logo ao lado da escada, parecia ter acabado de acordar também.
- Harry é bom vê-lo! Temos coisas a fazer.
- Ron, preciso falar algo contigo. Sério.
Ron assustou-se pensando em o que poderia ser, pensou logo nas piores coisas possíveis, como morte de alguém ou até mesmo alguma falha em algum de seus planos.
- Estive contigo esses anos todos e jurei ficar contigo até que você terminasse sua vingança, que agora você tem apenas de dar mais um passo e ela estará terminada. Acho que posso dedicar-me a minha, certo? Ontem, recebi notícias de que Riddle chegou ontem em Manchester, planejando um ataque a Cornelius. Não sou amigo nem devoto deste, mas sinto que está na hora de eu me vingar de Riddle. Sei de suas conexões com ele, mas não irei te culpar nem nada...
- Não sou amigo de Riddle, ele fez-me um favor, eu retribui e acabei levando o pato por isso. Riddle? Longe de mim – Ron riu. – Mas agora, sério, também, eu concordo contigo, Harry. Digo, em partes, eu não gosto da idéia de você ir até Riddle, é arriscado, mas quem sou eu para falar de vinganças, não é mesmo? A única coisa que posso lhe desejar é boa sorte. E volte.
- Obrigado, Ron – Harry sorriu. – Eu voltarei, talvez não para cá, mas não irei morrer, eu não posso, prometi a outra pessoa que não iria.
- Outra pessoa? Oh! Deixe-me adivinhar? Nancy? Desde que você pisou aqui está junto dela, não sei se é só amizade, mas me parece que tem algo mais – Ron brincou.
- Realmente tem – Harry corou. – Se eu conseguir meu dinheiro de volta, pretendo-me casar com ela.
- Ótimo! – Ron ficou pensativo. – Nancy é bastante confiável, então... er... Harry? Você poderia pedir para que ela cuidasse do meu quarto hoje e se certificasse que ninguém mais entrasse lá?
- Sim. Por que? – Harry olhou para o rosto corado de Ron, e começou a rir. – Tem alguém lá dentro, não é?
- Sim, tem – Ron fechou a cara. – Hermione. Peça que a tratem bem.
- Hermione? Vocês fizeram as pazes? Ih, Ron, você já parou para pensar no que ela vai achar dessa sua idéia de acabar com o marido dela.
- Falta dele, te garanto que ela não sentirá.
- Bem, então é algo – Harry parou. – Bem, acho que eu vou andando.
- Certo, boa sorte, Harry.
- Boa sorte, Ron.
Hermione acordou sobressaltada, onde estava? Olhou para o quarto ao seu redor e lembrou-se da noite passada. Sorriu, sim a velha Hermione voltara assim como o antigo Ron, pelo menos era o que ela esperava.
Viu que havia outra mulher no quarto, vestindo roupas de empregada, Ron deveria tê-la mandado. Aliás, onde estava Ron? Hermione passou o olho pelo quarto e não o achou:
- O senhor Weasley saiu cedo, tinha coisas para resolver, mandou-me para cuidar da senhora. Sou Nancy, pode me pedir qualquer coisa. – Nancy se aproximou de Hermione. – Ao seu lado, como pode ver, está o seu café da manhã, preparei a água para um banho, o que mais deseja, senhora?
- Você sabe, Nancy, para onde o senhor Weasley foi?
- Receio que para algo perigoso tal como Harry – Hermione viu que Nancy abaixara os olhos e parecia tensa. – Mas não devemos pensar nisso porque eles voltarão, eles prometeram – Nancy pareceu se tocar que estava preocupando aquela senhora e esboçou um sorriso. – Portanto, não devemos nos preocupar.
Hermione que pensava em correr para procurar Ron, onde ele estivesse. Logo, acalmou-se. Resolveu que iria se arrumar e então iria para sua casa, resolver alguns assuntos com seu marido.
Levantou-se e tomou um banho rápido. Pôs algumas roupas que Nancy certamente separara para ela e tomou seu café tão rápido que fez Nancy comentar assustada:
- Você pode ter uma má digestão comendo assim tão rápido, para que essa pressa?
- Tenho assuntos a resolver. E desejo, realmente, resolvê-los o quanto antes – Terminou de comer. – Muito obrigada por tudo, agora preciso ir.
- Deseja que eu chame um carro? – Nancy perguntou, preocupada.
- Não. Vou a pé, assim como vim.
Hermione viu o olhar assustado de Nancy, na certa essa estava assustada em pensar que uma grã-fina andara um trecho tão longo assim a pé. Hermione riu, bem, ela não era uma verdadeira grã-fina.
É, sem dúvida, incrível como se pode se deixar de ser milionário para ser mendigo em apenas um dia. Esses tipo de coisa era apelidado como "Praga de Mortigan", sujeito que perdera toda sua fortuna, que se julgava ser ainda maior do que a de Cornelius, em apenas dois segundos.
Parecia que aquela praga se arrastara até ele. Bem, ele nunca fora muito sortudo mesmo. Como se podia ter sorte ao lado daquele sortudo do pobretão Prewett? Draco congelou, porque estava pensando em Ron agora?
Rugiu. Ultimamente, vinha sonhando e pensando demais em Ron, por que? Virou-se para a mala onde escondia todos os restos de objetos valiosos que tinha como os colares de Hermione e as jóias que ela possuía. Aquelas recordações começaram com a chegada do Conde Weasley, por que, céus, por quê?
Draco já havia cogitado a idéia de que era alguém enviado por Ron para atormentá-lo, mas essa idéia parecia-lhe realmente idiota e louca. Fosse como fosse, o Conde não gostava nem um pouco dele e de seus amigos.
A prova disso fora o suicídio, por ter sido levado a falência, de Severus e a prisão de Crouch. E, por fim, as denúncias que Crouch fizera dele. Sim, se ele não partisse logo a polícia o pegaria e iria prendê-lo.
Deu um pulo, sacando a pistola ao ouvir um barulho. Viu sua mulher, Hermione, que até então ele não havia se tocado que estava sumida. Voltou sua atenção às malas que fazia:
- Faça suas malas, Mione. Temos de fugir.
- Fugir? – Hermione perguntou.
- É, fugir. Ande, já arranjei um carro para nós.
- Eu não vou fugir com você – Hermione disse, decidida.
- O que? – Draco berrou virando-se irritado para Hermione. – Pretende sobreviver como?
- Isso não é de seu interesse, só sei que eu não fugir com você. Aliás, por que está fugindo? De quem está fugindo?
- Da polícia.
- Da polícia? – Hermione arregalou os olhos. – Eu sei que seus contatos não era exatamente bons, mas você chegou ao ponto de estar sendo caçado pela polícia? Quais são as acusações?
- Pirataria, corrupção, assassinato e outras coisas mais – Draco disse indiferente fechando a mala.
- Isso é verdade?
- Eu temo que sim.
Hermione fechou o punho, ela sabia que o marido não era perfeito, mas como ele pudera chegar a esse ponto?
- Isso tem algo a ver com o suicídio de Severus?
- Em parte, o suicídio dele mostrou-me o prejuízo que estava tendo com aquela estúpida empresa. Sim, eu entrei em falência, se você quiser tomar nota disso, olhe ali naquela gaveta, chegaram todas as contas hoje.
- Você deveria ter me ouvido, estava gastando demais – Hermione fez uma cara irônica. – Presumo que o que você gastava fora de casa também era algo absurdo, as prostitutas já bateram aqui em casa?
- Não – Draco sibilou, irado. - Mas você não precisa se preocupar com isso, Mione. – Draco pegou sua mala. – Afinal, você vai se virar sozinha, não é? Talvez até se torne colega delas em uma hora de desespero! Melhor para mim e para Albert, menos uma barriga para alimentar.
- Albert não irá com você – Hermione o atropelou. – Ele ficará aqui comigo – Respirou fundo. – Ele não é seu filho, Draco. Mas de alguém que você inveja, Ron Prewett. Por que você acha que me casei tão rapidamente com você após eles levarem Ron?
Draco parou olhando para ela. Pôs-se a rir:
- Prematuro – Draco parou, ficando por alguns instantes quieto até que voltou a rir. - Bem, você realmente me surpreende, Mione. Filho de Ron? Realmente, ele sempre me decepcionou, não tem nada de bom dos Malfoys. Acho que alguma coisa sorriu para mim, me livrei de dois pesos no meu bolso, quero dizer, você não pensava que eu iria levar aquela sua afilhada, certo? Bem, adeus, Hermione, você me deu prazer algumas vezes.
- Você nunca me deu nenhum prazer – Hermione disse, sincera.
Aquilo pareceu demais para Draco, o que aquela plebéia estava dizendo? Ela não podia se comparar a ele, ele era filho da nobreza. Esse era o castigo que recebia após dar a ela comida e casa? Via que ela não era muito diferente de todos os pobres ingratos do mundo. Para sua raiva, ela continuou a falar:
- Você nunca me amou, Malfoy. Você bem sabe disto. Eu lhe disse certa vez, e volto a repetir, eu não sou um pônei. Pensa que não sei, porque você logo se enjoou de mim? Não havia mais o Ron para você fazer inveja, não é? Isso sempre me foi um mistério Draco, porque tanta essa implicância por Ron? Essa inveja doentia? Você teve tudo o que queria! Você se preocupava tanto em acabar com a felicidade dele que não pode ser feliz. Às vezes, eu acho...
- CALE-SE! – Draco explodiu, pegando uma garrafa de vinho que iria guardar em uma das malas quebrou-a na nuca de Hermione, que caiu para a frente, desmaiada. – Idiota, não diga o que você não sabe, não diga!
Só depois de vê-la caída e não ouvir uma resposta, Draco entendeu que a feriu e, talvez, até a matado. O tempo estava correndo novamente e agora ele tinha de pegar algum dinheiro escondido nos escombros de uma antiga casa perto de sua residência. Pelo menos se ele quisesse fugir daquele país.
Nancy não gostara de ver aquela senhora sair tão apressada, Harry mandara que ela ficasse de olho nela e era isso que ela faria. Correra até a Sra. Windsor dizendo que voltaria mais tarde e ali estava ela, invadindo uma propriedade privada atrás da senhora.
Não que ela tivesse em apuros, a casa estava uma desordem e os empregados fugiam com algo de valor. Parecia-lhe exatamente uma casa em falência. Viu um homem loiro sair as pressas para o jardim. Ela reconhecia aquele homem de algum lugar. Sim, era o Sr. Malfoy. Pensando bem, aquela senhora era a senhora Malfoy!
Ficou paralisada por alguns instantes, mas ao ver que um empregado dirigia-se a ela resolveu procurar a senhora Malfoy o quanto antes. Obteve êxito na primeira tentativa, o quarto do casal, onde encontro a senhora desmaiada.
- Acorde, senhora! Acorde!
Para sua sorte, a senhora começou a se mexer, deveria ter desmaiado. Pelo cacos de vidro ao seu redor e o líquido, Nancy supôs que ela havia recebido um golpe de uma garrafa de vinho.
- Nancy? – Hermione abriu os olhos confusa. – O que faz aqui?
- Não há tempo de explicar, recordei-me de onde o Sr. Ron foi e acredito que você gostaria de impedi-lo de fazer uma loucura.
Hermione não questionou, deixou Nancy guiá-la para algum lugar, que ela nem sabia onde era.
Longe dali, Harry chegava ao centro de Manchester onde os comércios eram abundantes e a sujeita também. Mas nada como os cais de Londres, pensou Harry. Olhou para um pequeno mapa em sua mão. O esconderijo de Riddle era realmente bem escolhido. Sabia do plano deste, matar Cornelius. Fosse como fosse, Harry iria matá-lo antes, sem sequer se importar se era bom que Cornelius continuasse vivo ou não.
Entrou no beco, sacando logo uma porta escondida atrás de alguns latões. Bem, qualquer um passaria despercebido por ali, mas ele tinha os conhecimentos de um pirata. Pinta-se uma porta para o infeliz pensar que aquela é uma porta, se necessário. O mundo dos truques é necessário.
Empurrou a porta e a ouviu ranger. Encolheu-se, já havia alertado sua presença ali dentro. Porém, para sua surpresa, não voaram milhares de flechas para cima de si, ou qualquer coisa que pudesse matá-lo. Muito pelo contrário, ele pode ouvir um convite:
- Seja quem você for meu rapaz, entre.
Harry olhou para uma figura cadavérica a sua frente. A voz era monótona, mas profunda. Seria deprimente se não fosse o odioso Tom Riddle.
- Vejo que não tem guardas – Harry tentou parecer indiferente.
- Não, realmente não tenho, estão ocupados procurando formas de invadirmos a mansão de Cornelius, acho que sabes quem sou, mas não sei quem és, faria o grande favor de se apresentar?
- Tem certeza de que não sabe quem eu sou? Os olhos, os cabelos, o rosto... – Harry parou em um local onde uma faixa de luz passava pelo buraco da madeira que revestia as pares. – Tem certeza... – parou respirando fundo. – que não sabe quem sou?
Tom Riddle deu um risinho ao ver o rosto de Harry. Levantou-se de sua cadeira e dirigiu-se a ele:
- Então, você sobreviveu. Devem ter sido aqueles moleques ruivos, não foram? Bem, eu tenho de dizer algo, sua mãe era bem corajosa, ela me deixou isso – Riddle puxou a manta sobre si, mostrando uma longa cicatriz em volta de seu tronco. – Realmente doeu, mas acho que ela sofreu mais do que eu no final – Começou a procurar por algo balançando a cabeça. – Presumo que esteja atrás de vingança. Esses jovens de hoje em dia são todos iguais, procuram vingança de modo tolo. Entram em locais onde nunca pisaram antes realmente esperando terem vantagem.
- Por que fala tanto enquanto poderíamos estar lutando? Você, pelo jeito, já sabe tudo que se é necessário para uma luta, meus motivos, quem sou e todo o resto.
- Nunca pensei que fosse impulsivo – Riddle deu um sorriso sarcástico. – Seu pai o era, bastante. Mas creio que você não possa recordar disso comigo, pois não se lembra deles, não é? - Riddle riu. – Do que mais você sente falta, pequeno Potter? Da fortuna ou de seus pais?
Harry mantivera-se até então parado e tentava não dar ouvidos aos insultos vindos do inimigo. Mas parecia-lhe demais permanecer impassível, ouvindo insultos daquele que acabara com sua vida. Ergueu sua espada, sendo seguido agilmente por Riddle.
- Caso tenha herdado o talento de seu pai na arte do duelo de espada, será realmente uma pena.
Harry não respondeu. Impaciente, atacou. Riddle se defendeu com uma força surpreendedora para sua idade. Riddle riu e fez um ataque bastante banal, de propósito, para irritar Harry, que pegou o recado: "Lute como homem". Foram as palavras que Harry viu que a boca de Riddle formou sem emitir som. Sem se controlar Harry começou uma cadeia de ataques não muitos estratégicos, mas bastantes fortes que obrigaram o velho Riddle a recuar.
- Está brincando, ainda, pequeno Potter?
Harry parou, respirando fundo e se acalmando:
- Sim, tens razão, estamos brincando. Vamos lutar sérios agora.
Riddle confirmou com a cabeça, e Harry começou outra cadeia de ataques que deram-lhe sucesso agora. A espada de Riddle voou longe de sua mão.
- Então é isso? – Harry disse com a espada no pescoço de Riddle. – Anos sonhando com esse momento que terminou em menos de dez minutos? Tenho em minhas mãos as chaves dos baús que julgo serem de seu tesouro, por que acha que demorei tanto a atacar decentemente, Riddle? Acho que não sou apenas o pequeno Potter, não é?
- Diga o que quiser, no fundo é apenas um órfão frustado, como bem o sabe! Eu continuo em vantagem, pequeno Potter. Você pode me matar, e pode ter certeza que ninguém terá saudades de mim. Mas eu matei algo que você nunca terá de volta, algo muito importante, seus pais. Creio que se é mesmo um Potter, a fortuna não te importa tanto assim – Riddle riu. – Bem, o velho Cornelius ficará feliz em saber que estou liquidado, hein?
- Na verdade, foi morto por seus amigos há poucas horas atrás. Parece que foi uma mulher, Bellatrix.
- Ah, Bella. Talvez essa sinta minha falta, mas ela sabe se cuidar – Riddle sorriu. – Ande, pequeno Potter, o que espera? Mate-me! Cumpra sua vingança. É realmente decepcionante, não é? Você passa a vida pensando em se vingar e se depara com algo assim. Eu sei como se sente, pequeno Potter. Na verdade não somos muitos diferentes. Na verdade...
Riddle não terminou. Harry o matou, já irritado.
- Falava demais. Essa é a conclusão a se tirar.
Dizendo isso, começou a busca pelos baús onde deveriam estar escondida a fortuna constituída de pequenas partes de fortunas de outras pessoas que Riddle tinha.
Draco parou em frente a um esqueleto de uma casa que parecia que ao ser tocada, cairia. Olhou de um lado para o outro, certificando-se que a campina que o rodeava estava vazia. Adentrou os escombros da casa à procura do resto de seu tesouro escondido, encontrou os baús já abertos, mas isso não pareceu lhe alertar.
Só se deu conta da gravidade de ter os baús já abertos quando os viu vazios. Desesperado, abriu todos os que achou, apenas um estava fechado, um pequeno baú atrás de todos. Atirou com sua pistola no cadeado que se desfez, no entanto, para sua surpresa, esse baú também estava vazio exceto por um pequeno peão de jogo de xadrez.
- O que diabos... ?
- Um peão de xadrez, como pode ver. – Draco se virou bruscamente para quem falou.
- Conde Weasley?
- Acho que não, quero dizer, também, mas agora prefiro que seja Prewett. Ron Prewett.
- O que? – Draco arregalou os olhos. – Você? Como veio para aqui? – Parou recuperando-se, riu sarcasticamente. – Tinha de ser um pobretão mesmo.
- Rei para você, Malfoy – Ron sorriu.
Deu um passo para frente e Draco recuou, largando o peão que tinha em mãos:
- Como eu escapei? Bem, com dificuldade. O que estou fazendo aqui? Me vingando. O que eu irei fazer com você? Posso mostrar agora. O que...
Ron foi interrompido por Draco, que avançou com a espada em punho. Mas Ron agilmente pegou a sua e se defendeu.
- Alguém te treinou – Draco ergueu as sobrancelhas. – Mas ainda duela como um pobretão. O que pretende fazer, Prewett? Me matar? Um pobretão matando um nobre?
Ron o atacou. E os dois começaram a duelar, um se defendendo e outro atacando e as espadas se encontrando. Finalmente, com uma pequena ajuda de sua capa, Ron conseguiu roubar a espada de Draco. Prensando-o contra a parede com as duas espadas prontas para decepar o amigo.
- Você não consegue, não é? Sempre foi um molenga.
- Você me mandou para o inferno, por que, Draco? Por que? Eu nunca entendi o porque de sua inveja.
- Céus, é ainda melodramático – Draco revirou os olhos ainda sarcástico.
Ron fechou a cara. Não adiantava, Draco continuaria sendo o mesmo idiota de sempre. Estava prestes a decepar sua cabeça quando uma outra espada bateu em suas mãos, o desarmando. Cambaleou para trás e jogou a capa por cima de si para se proteger de quem quer fosse. Deparou-se com Albert:
- Desculpe-me, meu pai, pela minha demora, fui iludido. Peço perdão.
- Bem, você sempre se atrasa mesmo – Draco pegou sua pistola. - Esse homem enganou a todos nós, filho. Está perdoado dessa vez.
- Seu garoto tolo, estamos em algo que garotinhos como você não deve se meter. Não sabe nada, hein? O que se pode esperar? Tem a cabeça cheia de miolos como qualquer um na sua idade – Ron berrava. – Você ainda nem saiu das fraldas!
Falando isso, recuperou sua espada e apenas com um movimento desarmou Abert:
- Se você prometer que sairá daqui, o privarei da morte.
- Não saio daqui, mate-me então!
- Garoto to...
- NÃO!
Todos os homens ali presentes se viraram para trás vendo Hermione, com a cabeça ensangüentada, e mais uma mulher chegarem. A segunda parou a soleira da porta abaixando a cabeça ao ver o olhar de repreensão do patrão. Hermione dirigiu-se a seu filho:
- Albert, está na hora de você saber certas coisas. Primeira de tudo, esses dois homens estão acertando contas sobre coisas passadas, que ocorreram antes mesmo de você nascer, não se deve interferir assim. Isso implica em algo que vim ocultando-lhe há algum tempo – Parou, hesitante. – Devo ser sincera sobre suas verdadeiras raízes, Albert. Você não é filho de Draco Malfoy, nunca foi. Você é filho de Ron Prewett - Ron virou-se bruscamente para os dois. - Esse homem que você conhece como Conde Weasley.
Albert virou-se para Draco rapidamente.
- Isso é verdade?
- Temo que sim. Isso só prova a prostituta que sua mãe sempre foi por trás dessa mulher aparentemente culta.
- Porque você deixou que eu tentasse matá-lo?
- Não temos tempo para choro, garoto. O que você quer que eu diga? Que é realmente tolo, tal como seu pai reforçou? Eu sempre soube que de algum jeito você não era um Malfoy mesmo.
- Chega, Draco! Deixe o menino em paz, – Ron se viu entre Albert e Draco. – esqueça isso tudo, temos contas a acertar.
- Eu acho que não – Draco riu. – Não se mova, ou eu atiro – Começou a rir. – É incrível como vocês são tão sentimentais ao ponto de, em momentos como esse, baixarem a guarda e deixarem que eu adicione uma bala nessa pistola – Riu mais ainda. – Então, quem é mesmo o rei? Onde você prefere que eu atira? Braço, perna, cabeça, tronco? Qualquer lugar é bom para mim.
Ron deu um passo adiante. Por impulso, chutou com força a espada de Malfoy caída que perfurou o sapato desse machucando seu pé. Ao mesmo tempo, Malfoy disparou em direção a Hermione, que caiu no chão.
- Seu idiota! – Draco berrou caindo no chão.
Ron, tal como Nancy, que permanecia atrás de uma parede, e Albert correram até Hermione caída no chão. Nancy foi a mais rápida rasgando um pedaço de sua saia e começando um pré-curativo no ombro de Hermione, por onde a bala passara. Levantou seus olhos, olhando séria para o patrão:
- Harry pediu que eu seguisse a Sra. Hermione para garantir a segurança dela. Mas ele também me falou sobre o senhor e seu objetivo. Seja como for, senhor. Não perca seu tempo, está vendo Malfoy ali? Está mancando até seu cavalo – Respirou fundo. – Eu não apóio esse tipo de coisa, apoio o amor, mas qualquer um entenderia você. Vá e termine isso de uma vez, eu cuidarei dela, eu e o rapaz.
Ron confirmou com a cabeça. Levantando-se com um salto e pegando sua espada, suas mãos sangravam e pareciam-lhes difíceis para segurarem quaisquer coisas. Correu até Draco, o derrubando do cavalo e então, o outro, ao levantar-se pegou sua espada, entendendo que não poderia ir embora sem lutar antes:
- Será que o sangue nobre vencerá mais uma vez?
Draco riu atacando, Ron defendeu-se atacando novamente. E assim se seguiu, até que Draco desferiu um golpe à mão de Ron que largou a espada com dor. Vendo-se em desvantagem, Ron pôs-se a correr indo em direção a campina, pegou um pouco de terra e ao ver Malfoy se aproximar jogou esta nos olhos deles que parou tentando recuperar a visão. Ron correu até onde sua espada caíra, voltando-se até Draco e eles recomeçaram a luta. Dessa vez, ela teve um fim. Ron agilmente enfiou a espada no pulmão de Malfoy, que caiu.
- O que aconteceu com sua humildade e piedade, Ron? Aquela a qual todos admiravam?
- Você a matou – Ron deu um sorriso forçado, respirando fundo tentando recuperar suas forças. – Eu sou um Conde, Malfoy. Não um santo.
- Muito engraçad... – Draco não continuou. Ficou rígido e morreu.
Ron deixou-se cair na relva, ficando sentado. Olhou para o céu e tentou sorrir:
- Acho que acabei, Dumbledore. Pode ficar sossegado, eu irei ao próximo passo agora. Irei fazer o bem, e somente o bem a partir de agora – Sorriu. – Eu sei que você entenderá.
(continua...)
N/A: Dah, dah, dah! Terminou! Haha, tá okay, não terminou, ainda tem o epílogo, mas digamos que terminou, certo?
